Férias Inesquecíveis. escrita por Júnionline
A noite mais uma vez chegava na vida patética das pessoas daquele grupo. Linnah, Mandinha e Igor já estavam arrumados, eles iam para o centro de Santo Peter ter uma conversa com aquele Padre que havia conversado com a Paula. Paula, Cris e Gus iriam atrás estavam conversando com a polícia sobre o quê havia acontecido com Gabriel:
— Eu não entendo, ele tá esfaqueado - Paula apontava para o corpo de seu namorado ensanguentado no chão - Como isso pode ter sido uma morte de causas naturais ?!
— Olha, moça, eu fiz curso pra isso - O Policial dizia calmamente - E se eu to dizendo que ele morreu de causa natural, ele morreu de causa natural.
— Eu tenho certeza que não é só um curso que você precisa fazer - Gus dizia desconfiado.
— Enfim, vamos encaminhar até o IML - O policial entregou uma ficha para Paula - Pode assinar a autorização aqui?
— Não é os responsáveis que tem que fazer isso?
— Somos bem evoluídos aqui em Santo Peter - O Policial botou a mão na cintura e sorriu - Sabia que somos a 1° cidade do Brasil a permitir casamento entre pessoas do mesmo sexo e entre animais.
— Legal - Cris disse até perceber o olhar estranho dos seus amigos - To falando do casamento entre pessoas, não animais.
— Okay... - Paula e Gus se olharam com aquele ar desconfiado.
Depois que Paula assinou a permissão, o Policial levou o corpo de seu namorado e ela e seus amigos foram para a beira da praia descansar e repensar.
No centro, Linnah e Mandinha entravam na Igreja, enquanto Igor as esperava na frente. Grandes janelas com desenhos e um longo corredor as faziam lembrar do estilo gótico. O Padre estava de costas para entrada e quando elas se aproximaram, ele logo se virou para elas.
— Pois não ?
— Ah, oi - Mandinha se assustou - Uma amiga minha veio aqui esses dias, Paula.
— Ah, sim - Ele se lembrou facilmente - Era uma menina bem bonita.
— Pois é ... - Mandinha lançou um olhar para Linnah, a pedindo para continuar.
— Pode nos dar mais alguma informação sobre a Marybelle - Linnah respirou fundo - Qualquer coisa, por favor.
— Bom, existe mais uma pessoa envolvida na história.
— Quem? - Linnah e Mandinha perguntaram ao mesmo tempo.
— Uma cigana, adoradora do diabo - Padre resmungou - Ela tá cada vez mais roubando meus seguidores, digo, fiéis.
— Qual o nome dela?!
— Nome não tenho - Ele deu um papel para elas - Mas tenho um endereço.
Elas saíram da Igreja rapidamente, chegaram lá fora e entregam o endereço para Igor. Os três rapidamente foram atrás do endereço e não ligaram para o fato de que acabaram em uma cabana na parte escura da floresta.
Na pousada, Paula, Cris e Gus se encontravam no quarto, tentando adivinhar quem havia matado seus amigos. Foi quando eles chegaram no hospital local de Santo Peter e encontraram um mar de mortos. Não sabiam o quê dizer ou fazer, mal podiam sair do lugar, o fedor os estava matando-os.
— O quê aconteceu aqui?! - Paula falava com a mão sobre a seu rosto.
— Precisa mesmo perguntar ?! - Gus a respondia também prendendo a respiração - Lógico que foi um massacre.
— Marybelle?? - Cris deu de ombros.
— Não acho que ela seja a única assassina - Paula se lembrava da noite anterior da morte de seu namorado - Vamos conversar lá fora por favor.
Enquanto eles saiam, Paula pensava se contava ou não para eles o quê havia acontecido naquela noite. Eles conversavam enquanto andavam de volta para a pousada, enquanto isso, Mandinha, Linnah e Igor adentravam aquela barraca velha e assustadora que fedia a morte. No interior, havia uma mesa com um pano de estampa psicodélico, cartas espalhadas em volta a uma bola de cristal e, sentada na cadeira, uma mulher de pele morena, cabelos enrolados e escuros, aqueles olhos claros em volta da maquiagem preta podiam ler a sua alma.
— Sejam bem vindos - Ela os encarou - Eu estava esperando vocês.
— Claro, por quê você é um vidente de "verdade" - Igor fez um gesto de aspas com a mão enquanto dava uma risada nervosa.
— Podem fingir o quanto quiser, mas eu vejo suas auras podres - Ela sorriu - Vocês zombam da situação, pois não querem encarar o fato de que isso esteja acontecendo com vocês, mas adivinhem só: Está acontecendo, sim.
— Bem - Mandinha sentou em volta da mesa meio nervosa - Nós queríamos perguntar sobre Marybelle.
— Eu... - Quando ela ia falar, foi interrompida por Linnah.
— Espera aí - Linnah sorriu - Eu sabia que já tinha te visto antes, é a mulher que nos guia no ônibus de turismo.
— Pior - Igor se aproximou - É você mesmo.
— Ser guia é meu emprego, e o que quê tem?!
— Achei que você ganhasse dinheiro lendo mãos e coisas do tipo - Igor apontou pras cartas sobre a mesa.
— Escuta aqui garoto, você acha que eu faço truques baratos em troca de dinheiro sujo que vocês arranjam do governo imundo ?! - Ela se levantou irritada e foi na direção do Igor - Eu levo minhas habilidades paranormais muito a sério, então acho bom você começar a me respeitar antes que eu te transforme em sapo ou coisa pior - Ela o olhou de cima a baixo - Apesar de que qualquer coisa seria uma melhora para você.
— Por favor estamos com pressa - Mandinha se pôs em frente a Cigana - Qual sua relação na história de Marybelle?
— Eu nem sempre fui tão profissional, sabe ? - Ela se sentou - Antigamente eu realmente fazia feitiços e coisas do tipo por dinheiro, então quando o Fundador perdeu a filha, ele veio me procurar.
— Para fazer uma boneca ?! - Igor perguntou confuso.
— Sim, ele queria que eu fizesse uma boneca do tamanho real da filha dele e trouxesse o espírito da filha para o boneca - A Cigana baixou a cabeça - Mas Marybelle não era uma criança normal, ela simplesmente não era boa como as outras crianças, não tem explicação, algumas pessos apenas são más.
— Ela era tão má assim? - Mandinha sentou ao seu lado.
— Uma verdadeira peste, quando ela fez uma ano de idade ela simplesmente mordeu a cabeça de um pombo e a arrancou - A Cigana olhava fixamente para a bola de cristal, talvez ela visse algo - Ela nem tinha todos os dentes, nem falar podia, mas quando ela morreu com mais ou menos uns 5 ou 8 anos, ela foi direto pro inferno, nem precisou ficar na Penumbra, a Dona Morte sabia que ela era do mal.
— Então - Linnah a olhou - Quando você a trouxe de volta...?!
— Imaginem um ser que por si só já era maligno, agora imaginem esse ser voltando a vida depois de passar um tempo no inferno - Ela pegou uma carta e mostrou para os três, era O Bobo da Corte - Quando eu percebi o que eu havia feito, precisei tentar consertar, mas não podia, a única solução seria prende-la naquela casa que por anos foi seu refúgio.
— A casa do fundador, certo?
— E só tinha uma regra: NÃO DEIXEM A PORRA DA PORTA ABERTA - Ela gritou e em seguida socou a mesa - E vocês a libertaram.
— Mas..
— MOLEQUES INTROMETIDOS, CURIOSOS, VOCÊS LIBERTARAM O MAL NA CIDADE E AGORA ESTÃO AÍ, TENTANDO DESCOBRIR QUEM ESTAVAM ENVOLVIDOS NA HISTÓRIA ORIGINAL, MAS NÃO ACEITAM QUE QUEM CAUSOU TUDO FORAM VOCÊS.
— A gente pode ajudar - Mandinha disse.
— NÃO, eu vou arranjar um jeito de prende-la de volta - Ela abriu a cortina da saída - Agora saiam, vocês já ajudaram o suficiente.
Eles saíram assustados, totalmente perdidos, sem saberem o quê fazer. Olharam em volta e perceberam quê não se lembravam o caminho para fora da floresta, mas quando tentaram voltar para perguntar a Cigana, já não sabiam onde estava a sua barraca.
No caminho para a pousada, Paula, Gus e Cris conversavam sobre todas as possibilidades sobre quem seria O Assassino Mundano que podia estar ou não trabalhando com Marybelle.
— Katsy - Gus disse estalando os dedos - É óbvio, ela é a única do nosso grupo que teria coragem de matar.
— Ela nem veio - Cris disse - Parem de pegar no pé dela.
— Ela disse "Eu não posso ir pois to ocupada com a faculdade", mas podia muito bem tá mentindo.
— Você tá parecendo o OJ.
— Eu sentindo falta dele pegando no pé dela, mas o quê tem?! Ainda pode ser ela.
— Não é ela - Paula os interrompeu chegando na frente da Pousada.
— Como você sabe?
— Por quê ela não tem um pênis.
— Quê ?? - Os dois perguntaram ao mesmo tempo.
— Na noite que o Gabriel morreu O Assassino veio no meu quarto, estava escuro, eu não o vi direito, então... - Ela os olhou e depois entrou na pousada.
— Então é o OJ - Cris disse sorrindo.
— Isso não faz sentindo.
— OJ que disse para nós vimos passear em Santo Peter, toda essa "aventura" foi ideia dele - Cris foi aspas com as mãos - E você mais do quê ninguém sabe que ele teria coragem de matar alguém.
— Mas a ideia não foi dele, alguém tinha falado para ele que Santo Peter foi interessante - Gus parou no corredor do quarto para pensar - "Gus, o ... disse que Santo Peter é ótimo para passar as férias" Mas não lembro quem disse para ele...
Eles entraram no quarto enquanto Gus ainda pensava, lá dentro encontraram o quarto revirado e um O Assassino parado em pé na cama. Ele puxou uma peixeira com a mão esquerda e com direito mandou um "oi".
— Chega, eu sei muito bem que é você - Gus deu um passo para frente - Katsy.
— Katsy?! - O Assassino riu enquanto tirava a máscara - Tente novamente.
— Gerson ?!
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