Pela Eternidade escrita por EJWar


Capítulo 1
I


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Único



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Tudo estava frio, o vento tocava a todos os que se encontravam naquela grande cidade infestada por promessas não cumpridas, por cicatrizes imortais e por sangue derramado. Surgiam calafrios nas espinhas de alguns, de outros, rancor e olhares de ódio. As chamas ardentes permitiam que os trolls vissem o que estava se aproximando por fora dos portões. Eram apenas alguns deles, mas todos sabiam que estes poderia destruir a cidade inteira em minutos. Algo estava por vir, os mensageiros da tribo rival se aproximavam com suas carnes intocáveis, suas auras imprescindíveis, seus poderes inalcançáveis.

Os portões se abriram. Os únicos sussurros possíveis de serem escutados eram os passos daquelas gigantescas criaturas, as quais possuíam por traz de seus poderosos olhares uma única ânsia... A morte. Seus passos pesados aturdiam os que o vigiavam por entre pinheirais, de seu destino todos já haviam tomado conhecimento, ele se dirigia ao tolo ancião. Os defensores olhavam os recém-chegados rancorosamente, seus corpos estavam enrijecidos por temor.

O líder gritou ordens penosas para as centenas de soldados. Ninguém negligenciava o fato de haver um general tão incapaz pelo mundo, aquela tribo havia decaído e o frio era o único escudo que possuíam. O Grande-Troll, como chamavam-no, estava no comando somente pelo sangue que corria em suas veias, o sangue real. Sua linhagem sempre fora imponente e perfeita. Eram eles o povo que praticavam o caos pelo Norte, eles assistiram Freljord cair, eles presenciaram todas as guerras, envolvendo Noxus ou Demácia. Mas agora eram eles que estavam se acabando, não há mais volta, o destino estava consumado e já os defrontava.

Os Trolls Gigantes pararam, os 30, no máximo, cochicharam entre si, e por conseguinte bradaram gritos ensurdecedores. A batalha começava, e não havia quem impedisse. Trundle, um jovem troll, olhou de relance sua família partir para a luta, a outra horda estava chacinando seu povo, e ele, na sua fúria, pegou sua arma – um grande bastão de gelo – e partira para sua jornada, se assim fosse, recorreria às trevas.

A cada passo rápido, sentia os gritos ficarem cada vez mais fracos, ele se debatia nos grandes arbustos que atrapalhavam seu caminho e esmagava a lama que cobria todo o terreno. As árvores passavam por si como vultos. Sentia ser perseguido, mas sabia que era somente impressão sua, ele estava sozinho, a macabra floresta ficava cada vez mais espessa, as árvores gigantescas cobriam-lhe a visão do céu. A escuridão tomou-lhe os olhos, a raiva percorreu-lhe o corpo e os fantasmas de seus temores emergiram na sua pele. Ele urrou e deu um golpe mortal em um urso que parecia querer iniciar um combate, os ossos da criatura esvaíram-se e seu corpo saltou para metros de distância.

A trilha começava a ser enxergada, e logo estaria ao sopé da gigantesca montanha negra. Já sentia-se perdido, as pedras eram extremamente íngremes, lembrara-se que não era comum alguém tentar aproximar-se do território da bruxa. Quando olhou para a altura daquele morro congelado, sentiu quase que uma fraqueza, o troll riu sozinho, ele era Trundle, e uma parede de pedras não iria lhe fazer hesitar. Quando olhou com os olhos cerrados viu que a uns 10 metros iniciava uma estrada sinuosa até o topo. Pegou sua arma e jogou-a até o alto, suas mãos grandes não tinham dificuldade de agarrar os lisos pedregulhos. A neve cobria tudo, e sentiu-se quase em um abraço materno quando seus pés aconchegaram-se nela. Tomou o poderoso bastão do chão e seguiu seu caminho. A lua melancólica aparecia levemente por detrás das espessas camadas de nuvens, ainda era possível ver daquela altura chamas crepitando em sua aldeia. Afrouxaram-se-lhe as mãos e sua arma caiu. Ele parou para suspirar o mais forte que podia, apanhou novamente sua única defesa e seguiu. Sentia o ar cada vez mais denso, isso lhe dava uma sensação estranha. Não era normal que naquela altura já tivesse dificuldades para respirar.

Não estava longe do seu destino, uma espada fria e mortal passara por seu estômago embrulhado. Órgãos, cabeças, ossos e sangue banhavam a curva seguinte. Uma criatura gélida mastigava alguma coisa comprida e vermelha. Ela percebeu a presença do grande troll, e fitou-o com seus olhos brancos. Seu corpo de gelo escuro se diferenciava da neve. O guincho que soltou ao levantar-se de súbito fez sangrar-lhe um dos ouvidos. A morte saltou como uma puma, e com um gesto rápido e preciso, Trundle despedaçou-a em milhares de cacos.

Já temia o que poderia encontrar ali em frente, o vento ficava cada vez mais forte, a lua já havia desaparecido e a tempestade de neve iniciara. Seu corpo começara a se cansar, ele bufava ao percorrer aquela trilha. Uma nuvem passava por cima de sua cabeça, mal via seu caminho, ele iria morrer se não chegasse logo até a velha bruxa. Provavelmente esta seria uma feiticeira igual à dos contos de sua infância: uma velha vestida com um grande chapéu, uma capa, um grande nariz e uma vassoura recostada na parede. Ele repudiava a ideia, esperava mais de sua salvadora.

Ele escorou o bastão no chão e descansou o corpo ali. Teria ele seguido o caminho errado? “Vai!” – pensou ele – “Vai!” – sua voz foi levada pelo vento. Talvez os espíritos de seus amigos lhe ouvissem lá embaixo. Uma silhueta surgiu... Um riso de uma voz aveludada ecoou pela trilha invisível, estava ante a entrada da caverna, finalmente deixara toda a ventania para trás.

Com um poderoso grito massacrou um grupo de pequenas criaturas quase idênticas à que havia visto. Seu bastão era feito de um gelo extremamente forte. Quando estava decidido a matar alguém, ele com certeza o faria. Menos, claro, contra as outras hordas, que por vezes sabiam bem como anular o material.

Fogo iluminava o caminho, tal fogo que não emitia calor. A luz era fria, a temperatura de dentro da grande caverna não era diferente do lado de fora. Conforme caminhava, as chamas iam se apagando. Seus olhos estavam pesados, mas devia manter-se acordado dentro do lar da misteriosa feiticeira. Depois de mais alguns passos, chegou a uma grande porta talhada de gelo negro. O desenho era de um rosto deformado com dois grandes chifres, onde os olhos eram tapados. Ele empurrou a porta e esta se abriu dando visão a um grande salão. Os olhos de Trundle cintilaram ao ver tamanha suntuosidade. Havia mobilhas, louças, carvalhos, tapetes, molduras, quadros e grandes candelabros que se prendiam até a parte mais alta da parede de quase 10 metros. Em um canto negro, um grande trono detalhado abrigava uma fina silhueta, que parecia combinar com o grande salão.

- Venha, Grande Troll! Há aqui toda a hospedagem para lhe reconfortar da tortuosa jornada que fez – o jeito que a mulher falava era zombeteiro, tinha uma malícia amedrontadora na voz. Ela se levantou e desceu as escadas para chegar até a luz.

Ela apareceu então, a bruxa gélida. Era alta, magérrima, como se fosse feita somente por frio. Seu grande e longo vestido azul cobria-lhe todo o corpo, os ombros eram extremamente largos. Uma grande trança caía por detrás de uma espécie de chapéu com chifres largos e compridos. Tudo nela era azul, seu cabelo arrastava no chão, seus pés não apareciam, estavam cobertos por lanças de gelo negro que a acompanhavam cada vez que deslizava pelo recinto. Seus olhos eram cobertos pela estranha base do chapéu em forma de V. Seus lábios denunciavam toda a maldade que carregava consigo pelo estranho sorriso que nunca saía de lá. Sua voz dava arrepios à grande besta.

- E então? – a bruxa iniciou - Não estou habituada com visitas. Perdoe qualquer desencanto causado pelo caminho. Há filhos que às vezes se rebelam e saem matando por aí. Não foram-lhe grande problema, não?

- Eles não existem mais – sua voz grave e rouca lhe dava a sensação de que era mais forte do que a realidade, isso era bom. Trundle não sabia exatamente o que dizer – Eu não vim aqui por acaso, eu...

- Ah! É claro que não – a bruxa lhe interrompeu – Eu estive lhe observando, troll...

- Trundle! Meu nome é Trundle.

Ela riu.

- É claro que é – ela se aproximou dele com toda a suavidade que alguém poderia ter – Você não tem mais para onde voltar, não é, Trundle? Sua aldeia destruída, uma poderosa horda buscando mais espaço – sua risada foi mais forte, ela gargalhou – Trolls às vezes conseguem ser tão desprezíveis!

- SE ARREPENDERÁ SE FALAR DE MEU POVO! – seu bastão se levantou o mais rápido que pôde, uma grandiosa garra de gelo cortou o salão sem bater em objeto algum. A arma do troll atingiu o chão, e a bruxa se encontrava longe, ela ainda carregava seu sorriso, parecia se divertir.

- Acalme-se, Trundle, não há por que agir com violência a alguém que está recorrendo ajuda – ela voltou a se aproximar dele – Acho que ainda não me apresentei, não é? – ela colocou uma mão em sua própria barriga, a outra nas costas, e reverenciou o grande troll – Meu nome é Lissandra – ela virou seu rosto para cima – Glacinata, se preferir. Vivo aqui há centenas de anos, controlo todo o frio que existe, todas a criatura gélidas que eu desejar. Eu faço o frio parecer quente. Não vai querer que eu me zangue, não é? – ela criou uma lança de gelo em sua mão direita, e jogou ao lado do rosto do visitante.

- Eles precisam de ajuda! – Trundle bradou – Eles não vão conseguir sobreviver! Eu dou qualquer coisa em troca, apenas proteja meu povo! – mesmo havendo apelo em sua voz, seu jeito monstruoso não saía de cada traço de seu corpo e alma.

Lissandra ficou séria, e mesmo sem ver seus olhos era possível perceber que agora olhava para o troll.

- Qualquer coisa? – o sorriso voltou ao seu rosto – Esta é uma oferta muito valiosa, Trundle, um exército de trolls? – ela gargalhou – Mas seu povo foi massacrado, tolo!

- Eu governarei-os, eu irei libertar as hordas espalhadas, não posso deixar tudo ficar assim.

- Tentador – ela segurou levemente o rosto do grande troll, ela “encarou” o fundo de seus olhos pesarosos – Por que leva o desejo de morte consigo?

Trundle pareceu desconfortável com a pergunta. Já começara a se irritar de novo. Tinha vontade de massacrar tudo o que visse, mas sabia que disso já não era tão capaz.

- Nós nascemos com a cobiça de protegermos uns aos outros, matamos se for preciso, mas não deixamos ninguém para trás.

- Eu era assim – ela riu novamente, era quase um cacoete – Minhas irmãs não me deram escolha se não proteger a mim mesma. Eu as eliminei, não serviam para nada mesmo, era eu quem importava para Freljord. Eu protegi o meu povo, e mesmo assim eles me expulsaram e tentaram me matar.

Trundle segurou o braço que segurava seu queixo e colocou delicadamente para baixo. Ela não era ruim, afinal, só havia sido injustiçada. Ela não parecia ter o tamanho de uma humana qualquer, ela era um pouco maior, quase igualavam-se.

- Os Observadores nos concederam a vida eterna, e ninguém tirará isso de mim. Eu enterrarei o mundo em gelo. Eu irei até sua tribo, Trundle, tiraremos os medíocres da história para conquistarmos a nossa ascensão.

O Troll sentiu calafrios com aquelas palavras. Iria ela terminar ao seu lado? Ou lhe trairia após conquistar o que lhe interessa?

......

Ela erguia as mãos e cada centímetro de neve se tornava em gelo negro, tomando alguma forma mortal, garras, lanças, e animais gigantescos emergiam nos entremeios da floresta sombria. A saída da caverna não havia sido tão tortuosa, ela fizera alguma coisa para que o caminho ficasse mais fácil. Ela ficou séria nesses últimos minutos, parecia que algo lhe incomodava, ou que fizesse grande esforço para invocar suas habilidades. Trundle já podia escutar a música da desgraça. Ainda havia gritos por toda a parte, eles estavam muito próximos, havia neve por todos os arredores e a tempestade ainda continuava a lhes seguir, Lissandra parou.

- É aqui... – ela suspirou – Os maiores e mais poderosos, não é?

- Sim, são eles.

- Vamos, grande troll, sufoque-os!

Ele urrou, ouviu ao longe uma trombeta de guerra, devia ser impressão sua, a bruxa gélida começou a deslizar em alta velocidade, ele seguiu-a. Logo apareceu um troll gigante, ela simplesmente girou seu braço e uma lança negra cravou no peito da monstruosidade. Ele contorceu-se e tentou agarrar a mulher, ela apareceu atrás do gigante e levantou as mãos, saindo diversos espinhos do chão. A feiticeira dominava a magia como ninguém, ela era parte de toda aquela neve, como se tivessem nascido no mesmo corpo. A criatura urrou e despencou morta em cima de uma cabana.

Mais para frente viram alguns trolls lutando contra a horda inimiga, Lissandra já sabia quem matar, ela deu um berro e enormes correntes de gelo agarraram e cortaram os corpos dos alvos. Havia sangue por todo o lado, a batalha havia sido brutal. Certas hordas não sabem diferenciar morte de tortura, faziam o que bem entendiam a quem lhes opusesse. Um gigante veio correndo e despencou um bastão de madeira em Lissandra. Sangue espirrou de sua boca e ela caiu fraquejando no chão, ele se aproximou, quando estava prestes a pisar nela, Trundle lhe deu uma pancada na cabeça que fez-lhe desmaiar, a bruxa cuidou da misericórdia.

Ele puxou sua mão e ela caiu em seu peito, suas pernas estavam fraquejando. Ela lhe deu um leve empurrão.

- Vamos, não temos tempo a perder.

Ele lhe fitou, não entendia o que via de bonito naquela mulher, era quase algo glorioso, seus olhos acompanhavam cada um de seus movimentos, como se tivesse sido hipnotizado por uma serpente. “Não temos tempo a perder”, ele teve que repetir isso para se consertar. Ainda havia uns oito gigantes, um deles colocara o braço dentro da boca de sua vítima e socava os órgãos internos, a ira de Trundle lhe permitiu dar um golpe fatal na cabeça da aberração. Lissandra lutava contra dois, e o pequeno Troll já se via também encurralado.

Ela estilhaçou dezenas de pedaços de gelo em um, mas este já havia imobilizado destruindo parte de sua perna. Já elucidava-se o temor em sua expressão, o gigante preparava o último golpe.

- Não – ela sorriu, quase soltando uma leve gargalhada, seus braços levantaram-se, como se quisesse abraçar a morte, e com um último suspiro... – Sepulte!

Um imenso gelo negro apareceu, quase do tamanho de uma casa. Ele tinha o mesmo formato do chapéu de Lissandra, o gelo se espalhou como sangue derramado pelo chão. O imagem da vítima estava deformada por dentro do gelo. Ele estava morto.

- Lissandra! – Trundle deu velozes golpes nos dois últimos inimigos. Um deles parecia ser mais forte que os outros, isso explicava por que era um dos restantes, ele olhou em volta, fogo, neve, madeira queimada... E Lissandra. Todos mortos, um por um, já não possuía mais um lar, ele havia sucumbido, agora só restava vingar-lhes, e matar os que restavam.

As criaturas gélidas apareceram, elas saltaram debilmente contra o inimigo e se dissiparam, como o próprio Trundle fizera. Lissandra parecia não conseguir mais controlar seus poderes, há estava muito fraca.

- Eu não vou deixar! – o troll levantou, ergueu o bastão, e fez com que sua mão caísse com toda a força que lhe convinha. Por um momento pareceu que o tempo ia parou, tudo silenciou, e com um estrondo, o chão ergueu-se e jogou o gigante mais fraco no ar. Lissandra lançou uma de suas armas espontâneas e acabou com ele. Pelo menos só havia mais um, mesmo sem terem chances contra ele.

......

Trundle corria o mais rápido que podia, Lissandra era pesada, estava desmaiada em seus braços. O golpe que o outro dera-lhe fizera com que desmaia-se. Ele parou ao encontrar uma colina. A mulher já estava lhe observando quando pusera-a no chão, recostada em uma pedra.

- Nós iremos destruí-lo, Trundle - ela o fitava séria, ele assustou-se na ausência daquele sorriso – Eu lhe conheço de outras tempestades.

- Do que fala?

- Ah! Isso já é outra história. Você deve seguir seu destino, Trundle, vingue seu povo, e faça com que tenha valido a pena.

As árvores chacoalharam. Ele já estava ali, com os olhos vermelhos e sedentos por tortura. Não possuía mais bastão, agora tudo dependia da brutal força que remanescia de si.

Trundle ficou em posição de combate e Lissandra se levantou com seu auxílio, tudo terminaria ali, vencendo ou morrendo, era o fim. O troll pegou sua arma e apontou para o peito do sujeito. Ele saltou em sua direção e despencou sua força no corpo do outro. Lissandra prendeu o corpo da fera e esmagou seu pescoço com um gigantesco espinho, ele era muito veloz, pegara ambos os golpes e refletira em suas respectivas direções.

- Não há mais opções – Lissandra novamente levantou seus braços, dessa vez ao lado do corpo ligeiramente quebrado de Trundle, ela esperou a criatura se aproximar, suspirou, e gritou – Congele! O vento soprou e o rugido sombrio ascendeu. O barulho era terrível, podia ser escutado a quilômetros de distância, desta vez não criou um simples chapéu de gelo. Ela fez um castelo com aquele formato, o castelo levantava, passava as nuvens, era a obra prima da bruxa, era sua vida que rugia, eram gerações que se organizavam em milhões de partes sombrias.

Trundle fitou sua salvação, emanando sua perfeição triste e feia. O sorriso voltou ao seus lábios, ela voltou a cabeça para ele.

- Acabou – seu deslize foi quase imperceptível para o outro lado, ela fitou o imenso abismo que se formava na encosta de onde estavam.

- E agora? Vamos atrás do seu exército?

Ela riu, como sempre fizera desde a primeira vez em que se viram.

- Não, não vamos, o que eu tinha de fazer, já está feito.

- Para onde vai?

- Eu vou seguir meu rumo... Já vivi muito tempo, Trundle, os Observadores já estão aí, eles reaparecerão em breve – o troll tinha certeza que seus olhos escondidos estavam lhe fitando.

- Eu vou com você! Posso ajudar... Eu...

- Venha, você merece – ela lhe virou as costas, o vento soprava forte, não havia mais neve, já estava amanhecendo – Feche os olhos, Trundle, e deixe que o frio lhe carregue.

As trombetas soaram novamente para o troll, a silhueta dela se afastou, e caiu pelo abismo. Ele sentiu-se tomado pelo frio, seus ossos congelaram, era a primeira vez que isso acontecia para um troll das neves. A sombra do gigantesco castelo lhe tomou, ele se foi, junto com a bruxa, que caía pelo vale sem fim.

“Morto totalmente na alma

O belo exterminador voa.

Negra sorte de salvação.

Sobre ele os ventos brincam,

Sobre as ondas surgidas sou carregado.

Cai...

Profundamente...”

Pela Eternidade.


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Notas finais do capítulo

É, isso aí xD. Esse último parágrafo entre aspas foi retirado da música Crushed Dreams - Tristana. Espero que tenham gostado o/