Da infância à eternidade escrita por Carol Costa


Capítulo 6
Encontro, ciúmes e amizade


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo! Por enquanto esse é o meu preferido!!



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Quando eles se soltaram, um clima super estranho começou a pesar na casa. Ninguém sabia o que falar, até que Isabella gritou:
– MEUS QUERIDOS, VOU PEDIR UMA PIZZA! POR QUE VERDADE OU DESAFIO NÃO ENCHE BARRIGA, NÃO!
– Morta de fome. - Chay brincou.
– Já que minha amiga é morta de fome, - disse Giovanna, amarrando os longos cabelos ruivos em um rabo de cavalo. - você não come!
– Eu to brincando, amiga! - Chay disse rindo.
– Idiota! - Isabella gritou, já no telefone. - Boa noite! Eu queria quatro pizzas.
– Ela acha que tem quantas pessoas aqui? - Igor perguntou.
– Vocês quatro estão aqui. - respondeu Letícia. - Três vocês comem sozinhos.
– Isso é fato, meu amigo. - disse Caio.
– Ah, oi Davi. Serio que você ta trabalhando ai agora? Que legal. Pode falar, sim. - disse Isabella ao telefone. - Não, eu não namoro com nenhum deles. São apenas meus amigos. Das meninas também. - ao dizer isso, ela olhou para Giovanna e Igor, que abaixaram a cabeça, envergonhados.
– Se eu quero sair com você? - Isabella perguntou, olhando para as amigas, que fizeram sinal de positivo. Aliás, Davi era o maior gatinho. Tinha olhos verdes, e um cabelo louro, como nunca viu em qualquer pessoa. Tinha um corte de cabelo, parecido com o do ator Robert Pattinson. - Amanhã. Depois da aula. Ok. Não, me pega na casa da Gi. Ta bom. Quero uma pizza de muçarela, uma de calabresa, uma de atum com muçarela, e uma pizza de bacon com muçarela.
– Ela vai mesmo sair com esse cara? - Chay perguntou com cara de bravo.
– O que me importa? - Henrique falou. - O que me importa é ver que ela só ta pedindo pizza com muçarela.
– Você come, não come? - perguntou Emily. Henrique fez que sim com a cabeça. - Então deixa ela pedir, ué.
Henrique bufou.
– Amigos e amigas! - Isa disse animada. - Tenho um encontro com um gato do 3° ano, amanhã.
– Uhul! - disse Chay fingindo ânimo.
As meninas se sentaram na mesa da cozinha, e começaram a conversar sobre o encontro que Isa teria.
Os meninos ficaram na sala, jogando vídeo game, que Claudia tinha comprado para o seu namorado. - Thomaz.
Os meninos iam trocar de jogo, quando a campainha tocou.
– Deixa que eu abro! - Chay gritou mais para as meninas, do que para os amigos.
– Vê se paga também! - Let gritou da cozinha, e riu.
– Ah, vai se ferrar! - disse rindo, mas parou imediatamente quando viu que Davi estava parado na sua frente com quatro pizzas, e um pacotinho um pouco menor.
– Oi, a Isa ta aí? - Davi perguntou.
– Ela tá sim! Mas não pode vir até aqui. - o garoto respondeu grosso. - O que é esse pacotinho aí?
– Esfirras doces.
– Nós não pedimos esfirras, deve ter se enganado.
– Não. Eu trouxe como um brinde. São oito esfirras.
– Obrigado. - Chay respondeu secamente. Ele pagou pelas pizzas, pegou elas, e quando o garoto estava indo embora, disse à ele. - Quer uma dica de onde levar a Isa?
– Nossa, cara! Você me salvou! Claro que eu quero!
– Leva ela pra comer comida chinesa. Ela adora! Mas não conta pra ela que eu te dei essa dica. Nem diga nada que achou que ela ia adorar. Se não ela vai desconfiar.
– Ta bom, mano! Valeu! De verdade. - o garoto de cabelos louros disse para Chay. - Agora vou indo. Diz pra Isa que estive aqui. E que amanhã não vou pra escola, por que vou ficar até tarde na pizzaria hoje.
– Ta bom, cara. Falou! - disse Chay fechando a porta.
– Cara. - Henrique disse. - Ela odeia comida chinesa.
– Eu sei. - respondeu rindo. Henrique deu de ombros e foi pra cozinha com as garotas.
– Cara, foi só um beijo. - disse Caio. - Não cria expectativas.
– Diz isso pro nosso amigo Igor. - respondeu rindo. - Não pra mim!
– Ei! - Igor falou. - Não me mete nisso não. - Os amigos deram de ombros e foram pra cozinha.
...
Os oito amigos, por mais que parecesse milagre, acordaram no horário certo. Chegando na escola, deram de cara com o diretor.
– Olá, garotos! Olá, meninas!
– Fala aí! - Henrique respondeu, recebendo um cutucão de Caio. - Errr... Quero dizer, bom dia, diretor Marcos.
– Bom dia, meus queridos. - se você está pensando que é estranho que o diretor chame os alunos de "meus queridos", e os amigos se chamem assim também, não ache. Eles criaram esse costume "graças" ao "bordão" do diretor. - Fiquei sabendo que foram os únicos da classe de vocês, que se inscreveram pras aulas de música. Meus parabéns!
– Obrigado! - Caio disse. Há alguns meses atrás, os amigos fizeram um combinado, que Caio, por ser o mais sensato, sempre responderia à qualquer coisa que o diretor falasse.
– Bom, já vou indo. - o diretor disse. - Aliás, lindas as saias meninas!
– Obrigado! - disseram em coro. Elas estavam com saias rodadas, um pouco acima do joelho, que eram de alguma cor em cima, e na barra, era de outra cor. Todas eram assim. Só mudava a cor.
Os oito amigos, sorriam para algumas pessoas, e os meninos trocavam olhares com algumas garotas.
– Sabe, será que vamos poder formar grupos, logo no início das aulas de música? - perguntou Gi, mexendo no cabelo ruivo.
– Sei lá. - Igor respondeu. - Se pá, sim. Até por que a gente já toca um pouco.
– É. - a menina respondeu. Ela não queria dizer nada, mas tinha certeza que Igor estava estranho com ela desde o beijo deles. Mas por quê? Ela beijava tão mal assim?
– Ei, ruivinha! - Chay chamou a menina. Ela piscou e viu que os amigos já estavam indo pra aula. - Vamos logo. Ficar pensando por que o Igor ta te tratando assim, não vai resolver nada.
– Dá pra perceber? - ela perguntou.
– É nítido!
– Mais ou menos que seu ciúmes por que a Isa vai sair com o Davi?
– Ah, fica quieta, vai! - disse abraçando a garota e indo pra aula.
– Chay? - chamou a garota.
– Fala, gatinha.
– Ele tá com raiva de mim?
– Claro que não! Além do mais, se ele estiver, vai ter que se ver comigo!
– Se ver com você? - se perguntou confusa. - Por quê?
– Olha, eu sei que a recíproca não é a mesma, mas eu sempre te considerei minha melhor amiga. Por mais que você sempre me esculache por eu pegar todo mundo. - e riu. - Mas sempre que eu falava sobre isso com os garotos, eles só me diziam que eu estava certo. E as meninas diziam "sei lá". Você que sempre me disse a verdade.
Giovanna começou a pensar no passado. Quando ela quebrou o pé, era Chay que ia todos os dias na casa dela, fazer companhia e passar as lições. Quando seus pais foram morar no Rio de Janeiro, foi ele quem vivia na casa dela, com ela chorando em seu ombro. Quando seu avô morreu, foi Chay quem foi com ela de ônibus até Minas Gerais. Quem à consolou por várias noites. Foi ele quem passava horas no telefone até ela dormir. Foi para ele, que ela contou que sua irmã não moraria mais em casa, e ele fingiu não saber de nada quando ela contou aos amigos. Enquanto Igor, só à chamava de melhor amiga, por que ela, contava bastante coisas à ele, quando eram pequenos.
– Sabe, Chay. - Giovanna disse. - Você é meu melhor amigo! - eles se abraçaram, e foram pra classe.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Beijos!!! Até amanhã!



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