Trilogia Aventuras 01: FAMS - A Grande Aventura escrita por Renny Gouveia


Capítulo 3
Destruição! As esperanças começam a murchar.


Notas iniciais do capítulo

TRAZENDO MAIS UM CAPÍTULO FRESQUINHO PARA VOCÊS.
E ATENÇÃO, LEMBREM-SE QUE O PAPEL DE CADA PERSONAGEM DA HISTÓRIA FOI BASEADO NAS NECESSIDADES DO ENREDO, OU SEJA, NÃO HÁ FAVORITISMOS COM RELAÇÃO A DETERMINADOS PERSONAGENS QUE APARECERAM MAIS DO QUE OUTROS.
BOA LEITURA!



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CAPÍTULO 03

DESTRUIÇÃO!

AS ESPERANÇAS COMEÇAM A MURCHAR.

Quando Naruto chegou onde Kevin estava atacando descontroladamente, entendeu o porquê de nenhuma pessoa morrer ainda: outros cosplayers travavam sua própria luta ali contra o andróide, tentando proteger as pessoas ao redor. Kevin não se importava quem fosse seu adversário, pois, naquele momento, tomado pela insanidade do personagem que vestia, deliciava-se com a destruição e o terror que provocava.

— Seus insetos malditos, vou acabar com todos vocês! — exclamava ele, disparando esferas de energia contra os cosplayers abaixo, sua voz idêntica a do dublador brasileiro do personagem.

Lucas Maciel interceptava e destruía as esferas de energia com sua espada demoníaca, principal arma de combate usada pelo seu personagem Rin, do anime Ao No Exorcist; enquanto, Eduarda — que fazia cosplay de Annie, personagem do game League of Legends — usava seu poder do fogo para invocar um gigantesco urso sombrio envolto por labaredas flamejantes, enviando-o contra o inimigo.

— Vá, Tibbers! — Tibbers, o urso, urrou e saltou contra Kevin, mordendo seu braço enquanto destruía o muro escuro, os dois caindo na calçada externa do Centro de Convenções.

— Meu povo, por favor, não machuquem o coitado do Kevin — pedia Danmatta, sua voz semialterada devido à transformação que sofrera ao tornar-se a personagem Amy Rose —, ele não tem culpa de nada.

— E o que sugere que façamos? — perguntou Eduarda, séria. — Se não fizermos nada para detê-lo, ele é que vai nos matar. Não temos outra escolha.

— Eu só acho que... talvez possamos prendê-lo sem machucá-lo. — A maquiagem que Danmatta utilizara para ficar mais parecida com a personagem havia tomado proporções realísticas inacreditáveis, fazendo-a uma versão cosplay semi-humana de Amy Rose, o que tornava a sua cara de preocupação com o amigo, ainda mais fofa.

— Não se preocupe com isso, Danm. — falou Rin, tentando consolá-la. — Se o Kevin se tornou o Andróide 17 realmente, então o nível de resistência dele deve ser bem alto. Nós só precisamos enfraquecê-lo o bastante para conseguir imobilizá-lo e depois tentar fazer com que ele recobre a razão.

As palavras do exorcista e a visão de várias pessoas escondidas com medo dentro do prédio onde ficava a sala de exibições do FAMS foram suficientes para fazer Amy Rose compreender a situação e se preparar para ajudar na batalha. Ela tinha que proteger aquelas pessoas, e sabia bem disso.

☢   ☢   ☢

A morte quase veio novamente quando os sabres de chamas azuis do Susanoo de Uchiha Madara caíram sobre os cosplayers — mais uma vez. O inimigo era poderoso demais, e suas habilidades demonstravam ser cada vez mais difíceis de se igualar. Contudo, os cosplayers tinham fé em seus talentos — aperfeiçoados mais e mais à medida que enfrentavam o vilão —, e enquanto lutavam destemidamente, mais guerreiros que até então não haviam se envolvido na disputa, começavam a dar as caras, ajudando-os como podiam.

Miss Fortune disparava mais uma vez suas pistolas gêmeas Choque e Pavor contra o poderoso Susanoo que tentava golpear Killer Bee, Neji, Obito, Demolidor, Zoro e Machina com suas espadas energéticas. As armas da charmosa personagem de League of Legends eram potentes, mas ainda assim, incapazes de trespassar o insuperável gigante azul que a ignorava completamente. Entretanto, ela não desistiria facilmente, não permitiria que aquele garoto maluco matasse mais alguém; por isso, continuou disparando incessantemente, agradecida principalmente quando mais três garotas — também portadoras de armas, se juntaram a ela: Milena e Karen que faziam cosplay da personagem Ellie, do game The Last of US; e Lara, vestida de Jill Valentine, do game Resident Evil. Ambas se uniram numa tentativa desesperada de conseguir a atenção do inimigo, apenas o bastante para que os demais tivessem a chance de atacá-lo.

— Vamos, olha pra cá, seu feioso! — exclamou Jill, disparando sua Beretta Px4.

Finalmente, Luiz-Madara sente sua atenção ser tomada quando percebe os irritantes ruídos produzidos pelas armas das garotas, então, encarando-as com um sorriso desdenhoso, envia um dos braços armados de seu Susanoo sobre elas. No entanto, quando menos o vilão esperava, dois vultos surgiram repentinamente numa investida de força esmagadora, urros de fúria emanando de suas bocas enquanto a impenetrável armadura azul era jogada num grande abalo de destruição rumo ao palco principal montado pela equipe do FAMS, agora totalmente em ruínas.

Luiz sentiu uma leve tontura com o arremesso veloz, porém logo se reergueu, analisando os dois agressores que vinham em sua direção: dois cosplayers trajados de Kaneki e Touka, personagens de Tokyo Ghoul. O vilão preparou-se para lançar seu contra-ataque, fazendo o Susanoo mover seus quatro braços e atacá-los com as espadas azuis — ele não seria pego de surpresa mais uma vez.

As espadas flamejantes desenharam um semicírculo no ar e despencaram contra os agressores de olhos assassinos. Todavia, com agilidade e destreza fantásticas, os dois ghouls desviaram rapidamente dos ataques destrutivos e, sem perda de tempo, escalaram os braços da gigantesca criatura azul. Quando atingiram a região dos ombros, Kaneki e Touka liberaram seus Kagunes — órgãos especiais que os ghouls podem exteriorizar de seus corpos como espécies de armas — e lançaram o contra-ataque. Com seus tentáculos, Kaneki chicoteava a cabeça e braços do Susanoo na tentativa de desequilibrar a besta gigante e impedi-la de atacar. Touka, por outro lado, mirava contra o peito da criatura os filetes espinhosos que brotavam de suas asas ondulantes, tentando a todo custo romper a barreira que protegia o inimigo. O plano dos dois ghouls era eficaz, porém muito lento. Por isso o vilão logo agiu...

— Mokuton... — exclamou Luiz-Madara, formando alguns selos em suas mãos. — Junkai Koutan! — De repente, pequenos pontos começaram a emergir lentamente do piso ao redor do Susanoo, até que grandes cipós de madeira apareceram aos montes, crescendo e crescendo cada vez mais.

Espantados com o aparecimento dos gigantescos galhos, os dois ghouls pressentiram o perigo de ficar ali e tentaram recuar, mas... já era tarde demais.

Capturados pelas plantas que os envolveram como serpentes, os dois guerreiros tentaram usar toda a força de seus Kagunes para romper as amarras de madeira, no entanto as vinhas eram muito resistentes, e os apertavam ainda mais a cada nova tentativa de se soltar.

— Seus vermezinhos insolentes, vamos ver se o poder regenerativo de vocês é tão bom quanto o Edo Tensei que me imortaliza! — Com os poucos danos causados pelos dois ghouls em seu Susanoo, regenerados; Madara encarou os demais cosplayers que novamente se reagrupavam e tentavam pensar numa nova estratégia de ataque, enquanto encaravam com pena os gritos de dor dos outros dois que estavam aprisionados.

“Que tolice,” pensou o vilão, “por mais que esses idiotas montem um novo plano de ataque, não conseguirão me derrotar. Meu Edo Tensei me impede de morrer e não há nenhuma técnica de aprisionamento que eles possam utilizar contra mim a tempo. Por mais que as horas passem e eles entendam cada vez mais a natureza dos seus poderes, melhorando em suas habilidades, ainda não é o suficiente para me vencer. Fui eu que estudara o ritual a fundo, fui eu quem o preparara! Por isso, eu entendo perfeitamente a natureza desta magia e sei como manipular as habilidades que desejava há tempos. Não importa quanto tempo esses tolos levem, conhecendo e melhorando suas habilidades ou montando estratégias estúpidas... Eu não posso ser vencido! Eu agora sou um Deus!”

Entorpecido pelos pensamentos de superioridade e glória que dominavam sua mente, Luiz não percebeu quando a sua personalidade e a de Uchiha Madara se misturaram e se confundiram numa coisa ainda pior e mais bizarra que qualquer outra já vista na vida. Então, revelando um sorriso diabólico e insano que deixavam visíveis todos os seus dentes e linhas de expressão faciais, Luiz-Madara fez um novo selo de mão, enviando um comando mental aos demais galhos monstruosos que se retorciam a sua volta:

“Matem!... Matem!... Matem todas essas malditas e insignificantes amebas!!!”

De longe, as duas pessoas que ajudaram Luiz a montar o seu cosplay, observaram as calamidades que o seu amigo provocava. Eles não entendiam como ele tinha feito para adquirir tais poderes, nem por que agia tão friamente ao matar aqueles seguranças ou enfrentar aqueles cosplayers. Tristes e com medo, os dois fugiram do FAMS com uma única certeza: aquele não era o amigo carinhoso e sorridente que eles conheciam; talvez nunca fora de fato.

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Devorado pelo calor das chamas que envolviam o corpo do urso infernal, o Andróide 17 expandiu seu ki e criou uma onda magnética que arremessou a fera para uma distancia curta de si. Porém Tibbers não se rendeu facilmente, e a um novo comando mental de sua invocadora, ele rugiu e atacou outra vez. Mas o andróide estava furioso; então, quando a criatura de fogo avançou novamente, ele a bombardeou com uma esfera de energia, arremessando-a contra o telhado do prédio onde as pessoas se escondiam, logo provocando o desmoronamento da estrutura e, consequentemente, o soterramento de milhares de inocentes ali dentro.

— Não! — gritou Danmatta, chocada quando viu o urso desabar sobre a grande quantidade de pessoas.

— Urso idiota... — praguejou Kevin, se levantando. — Como se atreve a tentar destruir a minha bela e estilosa roupa!?

Limpando as cinzas de sua blusa, o Andróide 17 caminhou ao encontro dos cosplayers. Danmatta, dominada repentinamente por um grande sentimento de tristeza e raiva, segurou sua marreta com muita força e, usando sua super velocidade, atacou Kevin diversas vezes, fazendo do vilão uma peça de fliperama enquanto o acertava de um canto a outro com incrível rapidez.

— Desculpe, Kevin, mas você mereceu isso... — sussurrou Amy Rose, ofegante após desferir um último impacto certeiro de sua marreta, que arremessara o andróide contra o asfalto ao longe.

— Depois dessa, vou me lembrar de nunca irritar ela — brincou Felipe, rindo com espanto enquanto planejava o próximo passo a ser dado.

Mesmo com pessoas soterradas debaixo dos escombros, Felipe sabia que não havia tempo para ajudá-los, pois o último golpe que Amy Rose desferira contra o inimigo não o manteria afastado por muito tempo. Então ele rapidamente chamou todos os cosplayers ali perto para um rápido debate, onde iria expor as ideias de Kurama.

Enquanto isso, longe dali, Kevin já começava a se levantar, sua visão meio ofuscada. O golpe que levara daquela monstrinha rosa o pegara desprevenido, mas aquilo não se repetiria novamente. Logo ele se levantou, bateu a poeira de suas roupas e voou ao encontro dos cosplayers que discutiam uma estratégia de ataque.

Quando os heróis perceberam a aproximação do inimigo, não temeram; o plano básico de Kurama já tivera sido exposto aos demais, e agora restava apenas enfrentar o adversário e pôr a ideia em execução. Por isso, preparando-se para o confronto, os heróis tomaram lugares estratégicos no ambiente externo da área lateral do Centro de Convenções e, munindo-se de suas armas e poderes, aguardaram.

— Então vocês estão mesmo pensando em desafiar o mais perfeito e poderoso de todos os andróides? — Kevin sorriu e bruscamente preparou um raio de luz amarelo que se expandiu lentamente na palma da mão. — Que seja... Vou mandar todos vocês para o inferno! — O Andróide 17 disparou seu ataque, lançando uma esfera de energia contra os cosplayers, e avançou contra eles logo em seguida.

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— Ei, cara — chamou Obito, dirigindo sua atenção ao cosplayer de Killer Bee, enquanto usava sua kunai para despedaçar os mortíferos galhos assassinos que tentavam atacá-lo —, você não consegue mesmo entrar no modo bijuu?

— Bem que eu gostaria. Yeah! — cantou Killer Bee, também atacando as plantas com suas espadas —, mas não consigo. Dattebayo! Dattebayo! O Hachibi já me deu várias dicas. Yeah! Porém não importa o que tentemos, não conseguimos ficar no modo bijuu. Dattebayo! Dattebayo! É muito complicado. Yeah! Não sabemos como fazer. Dattebayo! Dattebayo!

— Isso é realmente péssimo! — Renny saltou quando três dos cipós gigantes passaram zunindo perto de seu braço, e então atacou com sua kunai. Como fariam para vencer o inimigo? E... onde já tivera visto ou ouvido as palavras “ritual enoquiano”? Aquilo ainda não saía de sua cabeça. Era bem familiar.

O desafio se tornava cada vez mais difícil para os cosplayers que enfrentavam o poder de Uchiha Madara, mas mesmo com uma grande — e quase infinita — floresta viva atacando os heróis, eles não desistiam. Eles lutavam!

Zoro e Machina combatiam lado a lado com suas armas, protegendo Jill e as outras garotas, visto que as armas de fogo delas não surtiam efeito. As parceiras cosplayers que acompanhavam Mateus durante o evento começaram a lutar também — uma, usando a magia de sua flauta mágica para distrair ou destruir alguns dos galhos; e a outra, usando o poder de corte de sua espada para decepá-los.

Do outro lado do grande salão, dois cosplayers — Kakashi e Sasuke — combinavam seus chidoris numa grande corrente elétrica mortal, e em meio a muitas acrobacias e saltos, dilaceravam a grande floresta viva do inimigo, abrindo caminho para que Joana pudesse ficar cara a cara com o Susanoo do vilão.

Enquanto isso, pendurados e sufocados pelos galhos, Kaneki e Touka ainda continuavam tentando se libertar das amarras do inimigo, até que um dos ghouls percebeu algo incomum nas sombras do telhado. Alguém estava escondido ali há algum tempo, encapuzado; esperando o momento certo para atacar Madara. A sombra moveu a mão num gesto de silêncio, e então os ghouls assentiram com a cabeça, confiando no que o misterioso cosplayer estivesse se preparando para fazer.

Quando Joana, a God of War, viu que o seu caminho tinha ficado finalmente limpo dos galhos gigantes, ela gritou e saltou contra o Susanoo do inimigo, enquanto Luiz — novamente calmo após o acesso de insanidade que tivera há pouco — permanecia com os braços cruzados, observando o ataque dela, sem interesse.

As Lâminas de Atena fixaram-se razoavelmente no peito do Susanoo, penetrando o bastante para que ela pudesse escalar o corpo da besta azul. As defesas do Susanoo eram muito resistentes, mas a guerreira de Esparta sabia que não eram indestrutíveis. Por isso, quando uma das mãos da criatura veio ao seu encalce, ela saltou, jogando-se contra a parte de cima do braço azul, estocando-o com suas lâminas. Novamente ela gritou e saltou, retirando de sua bolsa mágica invisível nas costas, o grande Martelo Bárbaro, e desferindo um ataque contra a cabeça do Susanoo, que se desequilibrou.

Luiz percebeu a possibilidade de novamente subestimar as habilidades do inimigo, então usou todos os quatro braços do Susanoo para tentar capturar a espartana; porém Joana desviava com eficácia, sempre atacando, quando possível, os braços ou ombros do Susanoo com as Lâminas de Atena ou a Lança do Destino, numa batalha épica que lembrava o próprio game God of War.

No entanto, aquele jogo de gato e rato não durara por muito tempo, e Joana acabara sendo capturada por um dos braços do inimigo. A guerreira tentou usar de toda a sua força sobrenatural para se soltar, mas Luiz, percebendo a artimanha da adversária, movimentou outro de seus braços com uma espada de fogo azul empunhada para atacá-la.

— Você já me incomodou demais, perereca saltitante — disse Luiz, com um sorriso triunfante.

De súbito, Joana decepciona o vilão quando libera uma de suas magias — a Fúria de Cronos —, fazendo chover relâmpagos ao redor dela e do braço que a prendia. Os raios se espalham e ofuscam a visão de Madara, porém ele consegue enviar um comando mental ao Susanoo, que atira a guerreira espartana contra uma parede longe dali.

— Realmente, estou ficando farto desta batalha. — Luiz olhou a sua volta e se decepcionou ao ver a dificuldade que a maioria dos cosplayers tinha para lidar com uma simples técnica do elemento madeira. Ele perdera toda a empolgação quando viu que, apesar de não morrerem, os cosplayers também não conseguiam vencer seu jutsu tão facilmente. — Acho que já testei o que tinha de ser testado com meus poderes. A brincadeira já perdeu a graça há algum tempo. Hora de acabar com isso. — Reproduzindo alguns selos de mão rápidos, Luiz inspirou o ar e preparou-se para enviar a morte.

Kakashi, porém, percebera rapidamente a artimanha do inimigo antes que ele a lançasse, e gritou para todos:

— Pessoal, cuidado! Todos fiquem atrás ou o mais próximo possível de mim! — Os cosplayers que enfrentavam e venciam os poucos galhos gigantes que ainda restavam, mesmo sem compreender o que estava preste a acontecer, obedeceram ao comando do ninja. Os mais próximos correram para perto dele, e os mais distantes tentaram se refugiar em algum lugar seguro, como a sala de games, os banheiros ou o balcão da lanchonete; temendo o que estava por vir.

Luiz arremessou os dois ghouls que mantinha acima de si contra os demais cosplayers, e pronunciou seu jutsu ao exalar o ar em seus pulmões:

— Katon: Gouka Mekkyaku!

Uma cortina de fogo cresceu e avançou à medida que o inimigo expelia o ar de seus pulmões, e os dois ghouls — recém-arremessados — foram os primeiros a serem pegos pela tempestade incineradora.

— Doton: Doryuheki! — exclamou Kakashi no último instante, batendo suas palmas no chão e criando uma enorme muralha de pedra, cuja parte da frente possuía imagens de cachorros desenhados.

O fogo rodeou e se espalhou por todo o grande salão, queimando tudo pela sua frente. Aqueles que conseguiram se alojar atrás da muralha de pedra de Kakashi, ou se esconder em algum lugar aparentemente seguro, conseguiram escapar da ameaça bem a tempo, mas, ainda assim, alguns poucos cosplayers não tiveram a mesma sorte e acabaram sendo consumidos e mortos pelas chamas do inimigo.

Quando Madara parou de expelir seu jutsu, observou com satisfação para a cena ao seu redor: paredes, objetos, teto, piso, cadeiras... tudo pegava fogo. Com ironia, Madara sorriu ao pensar se tinha morrido e ido parar no inferno, porque definitivamente aquilo parecia o inferno.

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Rin saltou com sua espada demoníaca, destruindo o ataque do inimigo, logo atrás dele vinha Alex vestindo o cosplay de Luffy, personagem de One Piece. No chão, Naruto aguardava o momento certo para lançar seu Tajuu Kage Bushin no Jutsu, e Annie atiçava labaredas de fogo em suas mãos, já que Tibbers ainda se atrapalhava ao tentar sair dos entulhos de concreto e corpos humanos que queimavam ao contato de seu corpo incendiário.

A espada demoníaca, envolta em chamas azuis, moveu-se rapidamente contra o inimigo, mas este, se teletransportando, conseguiu se desviar do ataque com facilidade, ressurgindo por trás do filho de satã e o atingindo com uma violenta cotovelada que o lançou contra uma casa ali perto. Contudo, imediatamente surge um novo ataque contra o inimigo, quando Luffy movimenta seus punhos e tenta socá-lo diretamente no rosto, mas o andróide percebe rapidamente a ação, segurando o punho do guerreiro com uma de suas mãos.

— Boa tentativa, mas... — falou Alex, sorrindo, quando seus braços e pernas se esticaram como borracha e envolveram Kevin, apertando-o como o abraço carinhoso de uma anaconda.

Com o aperto mortal, logo o Andróide 17 começou a perder o equilíbrio de seu voo e a despencar.

Quando os dois caíram no chão, Luffy rapidamente largou o adversário para que Annie pudesse disparar sua técnica de incineração no adversário.

O impacto flamejante foi certeiro, e o andróide acabou sendo consumido pelas labaredas de fogo que o envolviam completamente.
Porém...

Gargalhadas. Risadas medonhas. Insanidade.

Do meio das chamas, o andróide assassino enviou um olhar de pura excitação para a atacante e expandiu seu ki ao redor, dissipando as chamas que nem ao menos encardiram suas roupas. Neste momento, ele avançou contra a garota, mas Naruto, ainda envolto pelo chakra de Kurama, foi mais rápido ao gritar:

—Tajuu: Kage Bushin no Jutsu! — Subitamente, milhares de clones do ninja apareceram, investindo com tudo de si contra o adversário.

Socos. Chutes. Cambalhotas. Cotoveladas. Os clones atacavam e atacavam, fazendo diversas combinações rápidas. Mas o Andróide 17 era veloz, e com muita precisão defendia todos os golpes, investindo com socos e chutes violentos que destronavam os crânios, costelas e coluna vertebral dos clones, fazendo-os explodir numa cortina de fumaça branca.

O inimigo era forte, e todos sabiam que ele não tinha culpa das ações que cometia; afinal, estava dominado pela personalidade do seu personagem. Mas como deter alguém tão cruel assim sem machucá-lo tanto? Naruto sabia que deveria agir rápido e fazer o que Kurama tivera lhe dito há pouco tempo, pois o Verdadeiro Inimigo continuava sua luta contra os seus outros amigos, e ter o Andróide 17 como aliado seria um grande trunfo. Então os clones atacaram mais uma vez, uns vindo por cima e outros pela frente, porém Kevin continuava a massacrá-los da mesma forma.

De repente, Tibbers urrou e saiu correndo em direção à batalha (ele finalmente conseguira se livrar dos “entulhos” que o cercavam), preparando-se para atacar. Os Narutos saíram da frente quando o urso flamejante investiu com a força de uma manada de elefantes, arrastando o andróide para bem longe do Centro de Convenções.

Rin caminhava novamente em direção à luta quando o urso de fogo passou raspando perto dele com Kevin em suas garras, jogando-se em um comércio que estava fechado. Logo atrás, Annie, Amy Rose e Luffy seguiam lado a lado, enquanto Naruto vinha por último, concentrando uma pequena massa de energia sobre a mão enfaixada e deixando aos seus clones restantes, a tarefa de procurar por sobreviventes nos entulhos onde Tibbers fora jogado anteriormente.

O sol estava se pondo... Era chegada a hora de pôr o plano de Kurama em ação!

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Vendo a imagem de destruição e morte que se tornara o evento que deveria, a princípio, trazer diversão e entretenimento a todos, os cosplayers sentiram seu humor despencar inevitavelmente. O calor e a fumaça tornava difícil de se respirar, e os heróis tossiam de vez em quando. O desânimo era geral e as chances de vitória eram poucas, não havia como negar isso. 

— O que vamos fazer agora? — perguntou Karen, assustada.

Todos começaram a se olhar, sem ideia do que dizer, até que uma voz se manifestou, triunfante:

— Consegui! Eu terminei! — Ao lado de Obito, Carlos Daniel, o cosplayer de Jiraya do anime Naruto, sorria ao mostrar a todos o enorme pergaminho ninja que segurava em suas mãos. Durante a batalha contra o Susanoo em que os demais cosplayers se mantinham ocupados, Daniel comentou com Mateus sobre a possibilidade de selar o inimigo usando seu pergaminho. Como possuía o conhecimento de jutsus de selamento do Jiraya, adquiridos também com o ritual, Daniel ficou semioculto durante a luta, usando seu sangue para desenhar as fórmulas de selamento no pergaminho em branco.

— Que ótimo! Então agora podemos acabar com isso — comemorou Machina, limpando as poucas lágrimas que escorriam de seu rosto depois de desviar sua atenção dos corpos de alguns de seus amigos que queimavam no chão ao longe. — Todos vocês — Machina moveu suas mãos, chamando os demais —, se aproximem. Acho que tenho um novo plano.

☢   ☢   ☢

Luiz-Madara observou o ambiente ao redor. Fora do Centro de Convenções, a batalha contra o Andróide 17 tinha se movido para longe, e não era mais possível ouvir os ruídos dela. O pôr do sol já tinha começado há algum tempo, e agora a luminosidade externa se confundia com o incêndio ali dentro, numa mistura de tons alaranjados.

Luiz percebeu que ali dentro, o ambiente também tivera ficado muito silencioso. Os dois ghouls — os primeiros a serem pegos pelo seu jutsu — estavam inconscientes no chão, seus corpos queimados, se regenerando lentamente; e mais a frente, havia uma muralha encardida, recentemente levantada ali dentro por um dos cosplayers.

“Será que eles sobreviveram?” pensava o ninja sombrio, atento a qualquer movimento ou barulho.

O fogo consumia tudo, e parte do teto começara a desabar quando de trás das muralhas, surgiram os cosplayers. Todos vinham correndo em sua direção, espalhados em grupos estratégicos.

De sua bolsa mágica, Joana retirara o Arco de Tifão e começara a disparar flechas de vento gelado ao redor, apagando o fogo e afastando a fumaça tóxica. Obito, Jiraya e Kakashi lideravam a frente de ataque, moldando selos em suas mãos.

— Katon: Gōryūka no Jutsu! — pronunciaram os três ao mesmo tempo, enviando contra o Susanoo do inimigo, três enormes dragões de fogo.

Madara sorriu. A determinação daqueles indivíduos parecia nunca acabar.

“Booooommm!” Os dragões atingiram o Susanoo, fogo e fumaça emanando do ataque.

Aproveitando a situação, Milena e Karen se aproximaram dos dois ghouls caídos no chão para tirá-los do meio da zona de combate, quando, de repente, um deles sussurrou:

— Tem... tem alguém escondido no teto acima do inimigo... Acho que... acho que ele está planejando alguma coisa para...

— Eu sei — interrompeu Milena —, o Mateus já percebeu isso e avisou pra gente. Já temos uma ideia do que aquele menino está planejando. Por enquanto, vamos tirar vocês daqui. — Milena olhou para o alto para ter certeza se aquele garoto ainda estava ali, e depois voltando sua atenção a Karen, assentiu para que ela a ajudasse.

Subitamente, os quatro braços do Susanoo emergiram da fumaça e do fogo que o cobriam, e atacaram. Um deles seguia ao encontro de Milena, numa investida mortal, entretanto Joana impediu o ataque ao lançar e enroscar as Lâminas de Atena contra as garras azuis, puxando-as para si com sua força sobre-humana.

— Ninguém vai mexer com a minha filhinha! — brigou ela, piscando o olho para Milena.

Milena sorriu, pondo o braço de Touka sobre seu ombro. Ela e Joana tinham uma amizade muito grande, e por essa razão se tratavam como uma família — uma família de amigos.

— Graaaaahh!!! — rugiu o Susanoo, libertando seu braço da guerreira espartana enquanto crescia, crescia e crescia mais ainda até encostar a ponta de sua cabeça no teto semidesabado.

Diante daquela cena, os cosplayers entenderam a situação quando a fumaça começou a se dissipar: Madara havia saltado para cima, erguendo o Susanoo enquanto pernas se materializavam na criatura, permitindo-a se locomover melhor.

O ninja lendário encarou os heróis com desprezo, e então movimentou a criatura para o ataque, espadas surgindo de duas das quatro mãos.

Joana sacou a Lâmina do Olimpo de sua bolsa mágica e bloqueou o ataque da besta, mas a pressão a obrigou a recuar.

A criatura avançou novamente e quase pisou em cima de Karen e Kaneki com seu pé, se uma garota vestida de cosplay de Xion, personagem do game Kingdom Hearts, não tivesse aparecido no último instante e golpeado a perna do Susanoo com sua Keyblade — uma espada com formato de chave.

O Susanoo recuou sua perna, mas já preparava uma de suas espadas para atacar Xion, quando Machina também o atacou na perna com as Rapiaras, desequilibrando ainda mais a fera azul.

— Agora, Carla! — gritou Mateus para a garota que fazia cosplay de Sakura Card Captors.

Carla caminhou para perto do Susanoo, e jogando uma de suas cartas clow no ar, cantarolou:

— Carta clow, empreste seus poderes a esta chave que é meu báculo mágico e transforme-se em correntes da justiça... Vento! — Tocando a carta com seu báculo, Sakura invoca o espírito elemental de uma bela mulher que, transformando seu corpo em amarras de vento, imobiliza o Susanoo. 

— Vai, Janaína, agora é com você! — novamente exclamou Machina, agora centrando sua atenção numa garota que preparava uma flecha em seu arco, disparando-a logo em seguida contra o Susanoo.

A flecha disparada por Kikyou, personagem do anime InuYasha, voou e emitiu uma luminosidade rosa quando atingiu o peito da criatura, reverberando enquanto envolvia todo o seu corpo, contudo sem causar dano algum.

— Mas o que foi essa bobagem? — sussurrou Madara, sorrindo com desdém. — Uma flecha mágica para espantar maus espíritos?

Luiz não percebera, mas aquela flecha não tinha simplesmente o poder de espantar espíritos ou purificar coisas corrompidas, e Mateus sabia bem disso quando pensou:

“Espero que agora você tenha conseguido encontrar o ponto fraco dele."

Das sombras do telhado, Luan, o garoto que fazia cosplay de Ezio Auditore, personagem do game Assassin’s Creed, entendeu o recado de Mateus quando ele o encarou de longe, disfarçadamente. A flecha servira para ajudá-lo a identificar o ponto fraco da armadura do inimigo, pois a corrente espiritual energizada através da flecha mágica envolvera todo o Susanoo, deixando a mostra todos os níveis de defesa e possíveis fraquezas do inimigo. Mas Luan já tinha descoberto o ponto fraco da criatura no momento em que Joana o eletrocutara pouco tempo atrás; porém, o garoto esperava um momento adequado para atacar a criatura de modo que os demais tivessem uma chance de revidar — e aquele momento finalmente chegara.

Luan segurou uma adaga em sua mão e se preparou. Por muito tempo ele esperava quieto ali, sem se envolver, tudo porque a personalidade de Ezio atiçava dentro dele, obrigando-o a controlar sua ansiedade.

O garoto saiu das sombras e então voou contra o Susanoo, num ataque a queima roupa. Ele torcia para que não fosse descoberto — aquilo tinha que dar certo. Ele segurou sua adaga firme com as mãos, mirando num ponto especifico da coluna vertebral da criatura, um pouco a direita, e então... golpeou.

O Susanoo de repente gritou e se desequilibrou, caindo de joelhos. Surpreso, Madara não entendera o que tinha acontecido até que olhou para cima e descobriu o problema. Ezio o encarou com um meio sorriso e novamente fincou a adaga contra a estrutura, agora com mais força. Novamente o Susanoo gritou, como se sentisse a dor, e começou a se desfazer em torno de Luiz.

O vilão tentou mover os braços dos Susanoo para capturar o atacante, mas a criatura não o obedecia. Entendendo que a qualquer momento ficaria exposto, Madara fez alguns selos de mão rápidos e soprou uma pequena rajada de fogo contra Ezio, mas este desviou a tempo, saltando das costas da criatura; porém, este ainda não tinha acabado... Em pleno ar, Luan saca sua pistola e mira na adaga fincada na coluna do Susanoo, e com um tiro preciso, a acerta, fazendo-a penetrar e afundar mais ainda e, por fim, deixando o inimigo totalmente vulnerável.

Luiz-Madara caiu no chão quando o Susanoo cedeu, deixando apenas poucos ossos de energia flutuando ao seu redor — a adaga, jogada no chão cumprira seu objetivo.

Olhando para frente, o ninja sombrio notou quando os vários cosplayers já corriam ao seu encalce. Mas seu Susanoo ainda não estava completamente desfeito, e ele possuía outros jutsus fora aquele, então, com apenas um selo de mão, se preparou para a investida. No entanto...

Um flash de luz amarelo surgiu pelo lado direito de seu rosto. E então, veio uma grande explosão que destruiu os restos de seu Susanoo e a parte direita de seu corpo, atirando-o ao chão com um impacto seco.

— Vocês precisam de uma ajudinha? — disse alguém, com uma voz animada.

Madara ergueu a ponto de seu olho quando viu o Andróide 17 pousar perto dos outros cosplayers, e no seu olhar, um brilho de alegria e determinação estava aceso — Kevin recuperara o controle de seu corpo.

— Que fofo, então o Andróide 17 recuperou sua sanidade após matar várias pessoas? — zombou Luiz, tentando se levantar, mas sua perna e braço direitos também tinham sido destruídos pelo choque da explosão.

— Não liga pra ele, Kevin, não foi sua culpa — disse Danmatta, acompanhada pelos demais cosplayers que enfrentaram o andróide pouco tempo atrás.

Kevin tivera ficado mal quando soube das barbaridades que cometera enquanto a outra personalidade assumira o controle de seu corpo, mas os seus amigos tentaram acalmá-lo e logo foram ajudar os outros heróis que enfrentavam Uchiha Madara.

— Acho bom selarmos ele logo, gente — disse Carlos Daniel, aproximando-se com seu rolo de pergaminho.

— E acham que vou permitir que façam isso tão facilmente? — Luiz gargalhou, sua perna quase regenerada completamente, permitindo-o ficar de joelhos.

— Ah, vê se cala essa matraca, seu mané! — Kevin mirou na cabeça do inimigo e disparou uma nova esfera de energia, despedaçando o crânio do morto-vivo.

Os cosplayers comemoraram quando viram o corpo do inimigo cair imóvel no chão, seus miolos espalhados. Então Jiraya abriu seu pergaminho e o jogou contra o inimigo, envolvendo-o completamente enquanto o jutsu de selamento agia.

— Pronto — concluiu Jiraya —, está feito. Vencemos!

Por alguns instantes, todos pularam e se abraçaram, gargalhando; mas o preço a se pagar pela vitória ainda fora muito alto: um evento arruinado, pessoas assassinadas ou feridas, poderes e habilidades estranhas que teriam de conviver. E o trabalho ainda não tinha acabado; os cosplayers sabiam disso.

— Vocês acham que aquelas pessoas que fizeram cosplayer de Tobi, Coringa, Arlequina e Yuuno podem ter pirado do juízo quando se transformaram nos personagens? — perguntou Jiraya, depois que todos pararam de comemorar e começavam a observar o ambiente a sua volta, pensando no que viria a seguir. — Depois que a confusão começou, eles simplesmente sumiram do FAMS.

— É possível — disse Rin, embainhando sua espada. — Melhor nós procurarmos eles.

— Boa ideia — falou Danmatta —, mas precisamos nos organizar melhor para cobrir mais áreas, além de que temos que ver se não tem mais ninguém vivo precisando da nossa ajuda.

Os outros assentiram. Depois de alguns minutos, as equipes já estavam montadas e começavam a partir, quando...

— Aonde vocês pensam que vão?

Todos se viraram, suas peles arrepiadas.

Uchiha Madara estava ali na frente deles. Seus braços estavam cruzados; sua expressão, séria.

— Mas, como?! Eu te selei com meu pergaminho! Eu tenho certeza que fiz tudo certinho!

Luiz sorriu. Atrás de Jiraya, todos começavam a ficar nervosos e pensando se aquele cara era indestrutível.

— Vejamos... — começou Madara, pensando. — Uma porção da distração de vocês, uma pitada de mokuton e uma gotinha de genjutsu... Essa é a receita de sucesso de Uchiha Madara.

Neste momento, Kevin tenta avançar contra o inimigo, mas Madara o impede ao lançar seu olhar sobre ele, paralisando-o com o Mangekyou Sharingan.

— Enquanto vocês estavam todos felizes com a chegada do andróide garanhão aí — continuou o ninja imortal, acenando para o rapaz paralisado —, eu troquei de lugar com um clone de madeira, e usei meu genjutsu para fazê-los pensar que aquele atingido na cabeça fosse eu.

Então me escondi e fiquei observando vocês enquanto meu corpo se regenerava... Confesso que perdi muito tempo nisso... Eu me regenerei rápido, mas não resisti à vontade de ver a felicidade de vocês enquanto montavam seus grupinhos da Liga da Justiça. Mas agora... — De repente, diversos clones de madeira do ninja renegado surgiram dos escombros do Centro de Convenções, num total de trinta, todos posicionados ao redor do original. — Fiquei com vontade de brincar um pouquinho mais com vocês. Até porque... — O vilão não tirava o olho do andróide paralisado — agora nós temos novos participantes na disputa.

Todos os cosplayers ficaram nervosos com o que estava por vir. Mesmo com os novos amigos, o pergaminho de selamento havia sido destruído. Então, em suas cabeças, surgia a pergunta que os torturava: como vencer o inimigo sem um jutsu de selamento?

Obito, de todos, parecia ser o que estava mais nervoso e sem esperanças. Pensativo, ele se afastava de todos lentamente, suor pingando de seu rosto.

— Ren, o que foi? — sussurrou Milena ao perceber o nervosismo do amigo.

Renny olhou para sua amiga com um pouco de vergonha, então com um selo de mão, ativou seu Mangekyou Sharingan e disse:

— Desculpem. — Ativando o Kamui inesperadamente, Renny desaparece, fugindo para outra dimensão.

— Bem, bem, bem... — Madara suspirou quanto percebeu que todos os cosplayers olhavam chocados para o que Obito acabara de fazer, mas o inimigo não se incomodou com a atitude do garoto. Qualquer idiota em perfeito juízo também teria fugido diante de sua grandiosidade.

Luiz-Madara encarou todos os cosplayers novamente, então se preparou para dizer algo que sonhara há tempos:

—Agora a pergunta que não quer calar é a seguinte: Como vocês querem que meus clones lutem? — Os heróis o escutaram com terror e hesitação. — Com Susanoo ou sem Susanoo?
 

O fim se aproxima...
          O mal irá triunfar?


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Notas finais do capítulo

SE VOCÊ GOSTOU DO CAPÍTULO, ME AJUDE A DIVULGÁ-LO NAS REDES SOCIAIS, ASSIM A HISTÓRIA PODERÁ SER LIDA POR MAIS PESSOAS.
E UM AVISO: O PRÓXIMO CAPÍTULO SERÁ POSTADO NO DOMINGO PELA MANHÃ, VISTO QUE AS AULAS COMEÇARAM E MUITOS NÃO PODERÃO VISUALIZÁ-LO NO DECORRER DA SEMANA.



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