Tonks the Knowing escrita por Atlas


Capítulo 1
Tonks the Knowing




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/632881/chapter/1

Tonks the Knowing

O pai de Nymphadora Tonks jura amor por The Lovin’ Spoonful e a mãe dela esboça um sorriso por Bob Dylan, mas ambos dançam ao som de The Doors. São as viagens de carro com Sunshine Superman, são os domingos preguiçosos com Marvin Gaye e ela jura que o pai dela, uma vez, tentou serenatar Play That Funky Music para sua mãe.

Nymphadora conta os seus momentos preferidos nos dedos: The Runaways, Blondie e Donna Summer. É Led Zeppelin e é Kool & The Gang. A trilha sonora para a sua vida se encontra numa fita cassete rabiscada e maltratada com o tempo, com as músicas que ela, também, quer dançar com o amor da sua vida.

Ela entende o que os insultos que sussurram ao seu pai significam, e a surpresa revoltante quando veem sua mãe na rua. Ela entende os olhares enojados quando seu cabelo vai de azul para vermelho, antes de se situar no lilás. A palavra inconstante como se fosse um insulto e todo o tabu em volta de seu sangue.

Ela entende a história da santa Nymphodora, e ela é entende que se traduz em presente das ninfas, ela só não entende o quão chapados seus pais estavam quando a deram esse nome. Os olhos da mãe dela se arregalaram como a Lua e seu pai cai da cadeira do tanto que ri quando ela os perguntou, então ela supôs que foi muito. A partir daquele dia, seus pais se alternam entre os apelidos, e ela se lembra do verão que foi chamada de Lazuli.

Os seus pais, também, eram os adultos mais hippies que ela já encontrou. Nymphadora durante o ano letivo devaneia com a coleção de discos de vinil da sua mãe. Ela se lembra dos momentos em seu aniversário, em que seus pais a acordavam e ela os convencia a dançar pela casa. Até que ela ou seu pai quebrassem algo e a mãe dela se divertia com as tentativas falhas de Ted para restaurar o vaso da família.

Em sua casa, enquanto ela gritava com os seus pulmões Walk This Way e o seu pai gesticulava o solo da guitarra, numa tentativa de fazer ‘Dromeda se soltar um pouco, ela percebia que eles não tinham nada em comum.

Os olhos da sua mãe a lembravam chocolate derretido e o cabelo longo dela poderia ser feito de mel. As feições eram finas e tinham uma elegância que nunca Ted ou Nymphadora conseguiriam obter. Seu pai era loiro de olhos celestes e brincava que ele era sim o sonho americano, mas tudo que ela enxergava era um homem com membros muito longos e a coordenação motora de uma criança anestesiada.

Nymphadora se alternava entre aparências, mas nunca alcançava o castanho certo ou azul claro. Era chiclete de morango e era o pôr-do-sol, eram os jacintos do jardim da vizinha e era o sentimento que ela tinha quando estava com a família. Não podia colocar em palavras, era algo que fluía por seu corpo todo e se adornava em seus nervos, nessas horas, seu cabelo era o que mais lhe agradava.

Nymphadora associa momentos com música, cores são paisagens e sentimentos e a personalidade dela depende se vai chover ou não.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, eu escrevo pra caramba, e geralmente quando posto, deleto em seguido. Decidi postar esse porque ainda não me envolvi emocionalmente com o universo. (Ainda.) Toast The Knowing deu o nome porque a ela eu sou apegada.