Good girls escrita por Heda


Capítulo 5
Tentaram me matar


Notas iniciais do capítulo

Gente quanto tempo. Eu sei demorei bastante, mas juro que não foi por querer, decidir fazer uma maratona de PLL pra ver se eu descubro de uma vez por todas quem é -A. E sabem em qual conclusão eu cheguei? Isso mesmo. N-E-N-H-U-M-A. Charles só pode ser um mutante. Então queria Agradecer a linda recomendação do PercyPlay, muito obrigado mesmo, eu ameii.♥♥



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– Eu sei quem matou Rachel E'Dare.
As meninas encararam Annabeth por um tempo. Ela estava com os braços cruzados, sua típica atitude de mostrar que não estava de brincadeira. Silena foi a primeira a quebrar o gelo:
– Esta blefando!
– Eu não blefo! - Annabeth pigarreou ficando nervosa. - Eu nunca blefo!
– Como pode ter certeza, você mesma disse que não se lembra de nada! - Silena continuou.
– E não me lembro, mas só tem uma pessoa que estava com a Rachel na noite em que ela foi morta e essa pessoa nos odeia o que explica ele ter pegado as botas de Thalia e trocado pela mecha de cabelo.- Annabeth se sentou.
– Ele? Espera quem você acha que é? - Thalia perguntou confusa.
Annabeth se levantou e verificou para ver se alguém estava a espreita.
– Seu primo Thalia.Aquele idiota do seu primo. Percy Jackson.
–Impossível- Thalia murmurou.
– Estou falando a verdade Thalia, ele nos odeia. Ele odeia a Silena. Ele odeia a Piper. Ele odeia você. E acima de tudo ele me odeia. É claro que foi ele!
– Olha Annabeth você não pode acusar uma pessoa de assassinato, só porque ela te odeia. - Thalia caminhou ate a porta.
– Eu não estou apenas acusando! Eu estou afirmando. Na noite do assassinato eu vi com quem a Rachel estava se comendo e tenho certeza que vi o seu primo a prensando contra a parede.
– E só por isso você acha que ele a matou?!
– É claro que não! Noite passada enquanto eu falava com você no telefone, eu o vi pela minha janela. Ou melhor eu vi o que tinha no quarto dele.
– E o que tinha? - Piper perguntou engolindo em seco.
– Se lembram da jaqueta que Rachel usava por cima da fantasia? Aquela floral?
– É claro que me lembro! Era tão rosa que Silena quase babou.
– Então, ontem a noite, eu vi a mesma jaqueta, na escrivaninha do Jackson.

♠♠

Thalia estava atordoada demais para ir pra aula, então decidiu matar o próximo horário no banheiro feminino do segundo andar que ninguém usava. Depois que Annabeth afirmou de pé junto que jurava ter visto a roupa de Rachel no quarto de Percy ela abandonou as amigas e correu pelos corredores. É claro que ela e Percy não eram tão próximos assim, mas ela nunca acreditaria que seu primo pudesse fazer essa barbaridade. E claro que Rachel era Rachel. Ela era a garota ruiva que chegou no quarto ano se achando a popular. Ela era bonita, um pouco inteligente, pegava os garotos do time de futebol , era rica, tinha seu próprio grupo de garotas oxigenadas. Mas é claro que muitas pessoas a odiavam. E Thalia era uma dessas. A questão é que depois de receber aquele bilhete ameaçador ela começara a questionar se realmente era inocente. E se ela tivesse visto quem matou a Rachel? Ou pior. E se ela tivesse matado a Rachel? Thalia abriu a torneira e passou a água fria no rosto. É claro que ela não faria essa estupidez. Ou será que faria?

♠♠

Silena chegou atrasada para sua aula de Geometria. Ela passou os últimos dez minutos procurando Thalia pela escola quando finalmente percebeu que seria inútil procurar por alguém que não queria ser encontrado.Ela se sentou na última cadeira esperando a aula passar enquanto pensava na acusação de Annabeth. Será mesmo que o Jackson seria capaz de acabar com a puta Rachel? Ela não fazia idéia. A questão era que eles se odiavam desde o nono ano, quando ela tentou se tornar a líder da turma de Álgebra, estava tudo certo e Silena tinha certeza que toda a classe votaria nela, quando Percy apareceu na disputa e usou o seu charme para convencer a professora que ele era o mais indicado para o cargo. Silena é óbvio ficou possessa! Ela pensara em tantas coisas úteis para matar uma pessoa. Atraí-lo para uma boate e depois arrancaria seus dedos um por um. Poderia dopa-lo e depois encher suas calças de pó de mico. Ou colocaria pimenta em todas as suas cuecas. Ela estava perdida em pensamento quando recebeu uma mensagem. Era de Piper:

P: Como você esta? Encontrou a Thalia? Ela não veio pra aula de Física.
S: Procurei por toda a escola. Ela deve estar pirando. Tem notícias da Annabeth?
P: Não! Se elas se encontrarem é capaz de haver a terceira guerra mundial!
S: sei não. A Thalia esta muito possessa se ela encontrar a Annie ela mata a loira!
P: Annabeth também esta furiosa! Ela saiu correndo e Deus sabe lá pra onde! Meu único medo é que ela perca o controle de novo.

Silena guardou o celular e esperou anciosamente o fim daquela aula.

♠♠

Annabeth esmurrava o seu carro com força. Maldito dia! Maldito garoto! Maldita ruiva! Mesmo morta ela tinha que estragar a vida da loira. Ela conseguiu humilhar Annabeth desde que chegou aquela escola. Todos paravam para olhar as brigas que as duas tinham. A loira e a ruiva. A popular filha dos pintores famosos da Inglaterra e a nerd filha dos advogados mais ricos da cidade. Annabeth socava, batia e chutava. Ela tinha seu jeito mágico de lidar com os problemas, mas depois que sua mãe confiscou suas pílulas para dormir ela teve que arrumar outro jeito de acabar com a sua raiva. E claro seu carro vinha sofrendo as consequências. Depois de amassar a porta do motorista ela parou. Escorregou no chão e se deitou ali mesmo entre o seu carro e caminhonete de algum aluno. Ela não acreditava que Thalia preferiu acreditar no seu maldito primo que não ligava pra ela desde o terceiro ano ao invés de ficar do lado de Annabeth que era sua melhor amiga desde que as duas foram mandadas pra detenção por se envolver em uma briga. A loira ainda tinha certeza que Percy Jackson tinha alguma coisa ligada a morte de Rachel. Ele era suspeito demais. Ela imediatamente se lembrou do beijo. Era como lembranças distantes. Talvez ela tivesse se lembrando aos poucos do que aconteceu na festa. Annabeth se levantou e abriu a porta do seu carro, teria que explicar pra sua mãe o porque de a porta estar toda amassada e arranhada, mas depois cuidaria disso. Ela entrou no banco traseiro e ligou a rádio, estava tocando Nirvana. Sua banda favorita. A loira se deitou no banco traseiro e adormeceu.

♠♠

Piper saiu correndo pelos corredores quando a aula acabou. Ela esbarrou em um monte de gente, mas foi cair em cima da pessoa que ela menos queria ver no momento. Seu namorado, Jason. Desde a situação constrangedora da festa e com tudo que aconteçeu depois eles mal se viram.
– Ah, oi Piper me desculpe.
Ele se levantou e ajudou Piper a se levantar também. Era impressão de Piper ou ele estava mais forte?
– Não Jason, eu que que peço desculpas. Estava correndo e nem te vi.
– pra onde você vai com tanta pressa? - ele perguntou esboçando um sorriso.
– Estava procurando sua irmã! Falando nisso, você viu a Thalia?
– Não, desde a primeira aula.- Jason ficou rígido - Olha Piper precisamos conversar, será que você pode vir comigo?
Relutante Piper o seguiu. Eles pararam em frente ao armário do zelador e verificaram se havia alguém ali, em seguida Jason fechou a porta. Piper quebrou o silêncio:
– Olha Jason, eu sei que eu não devia ter dado pra trás aquele dia, acontece que eu...
– Shii - Jason pousou o dedo delicadamente sobre os lábios de Piper. - A culpa foi toda minha. Eu que não consegui me conter. Você rinha toda razão em se afastar, sabe, eu quero que seja perfeito, não em uma festa qualquer.
Piper o abraçou. Era por isso que ela amava Jason. Ele era compreensível. Companheiro. Carinhoso e a respeitava. Piper sabia que estava com a pessoa certa. Eles se afastaram e Jason a beijou. Um beijo suave que logo se transformou em urgente. Piper enlaçou as pernas na cintura dele e Jason passou a mão pela sua perna direita. Até que escutaram alguém abrir a porta.

♠♠

Silena estava caminhado em direção a sua próxima aula, que por acaso seria sua preferida. Aula de artes. É claro que ela adorava ficar pintando naqueles quadros enormes, mas nada se comparava a ficar olhando seu professor, Apolo. Ele era um verdadeiro Deus. E todas as garotas também achavam isso. Silena parou na porta. Ela se lembrou de Rachel. Por acaso, arte era sua matéria preferida e todos sabiam disso, e não era por causa do professor gato, apesar disso também ser um motivo. Era por causa de seus pais. Os pintores famosos. Silena entrou na sala e se sentou em uma das primeiras carteiras, não queria admitir, mas esse lugar dava um campo de visão maior para admirar Apolo. Logo os alunos foram chegando e Silena pode perceber que todos tinham a mesma expressão no rosto. E ela conhecia muito bem essa expressão porque ela tinha certeza que seu rosto também não estava diferente. Todos eles pensavam em uma só coisa. Na garota ruiva que fora assassinada, na festa mais importante do ano. Silena estremeceu. Era horrível pensar que ela estava morta. Apesar de todos a odiarem, principalmente Silena, ela nunca desejaria isso que aconteceu a ela. Ela se virou para pegar seu caderno quando alguém se sentou atrás dela. Era uma garota loira, com uniforme de líder de torcida. Calypso. Ela era a melhor amiga de Rachel. Que bizarro!
– Ei, será que você pode me emprestar um pincel? Eu perdi o meu e não consigo encontrar.
Silena pensou em negar. Mas não seria muita maldade considerando que a garota acabara de perder a melhor amiga?
– É claro! - ela forçou um sorriso. - Olha Calypso eu sei que você não deve estar bem com toda essa situação. Sinto muito pela Rachel.
–Silena não precisa fingir. Não pra mim. Eu sei que você a odiava. Todos odiavam.
– Eu não quis falar isso Calypso.Rachel não era uma pessoa fácil de se lidar, mas eu nunca desejaria que algo assim acontecesse a ela.
– Tudo bem, mas todas sabemos que talvez tenha sido melhor assim. O mundo estava tóxico demais.
– Esta me dizendo que o mundo ficou melhor sem ela? - Silena perguntou estranhando.
– Só estou dizendo que talvez ela tenha merecido o que aconteceu. - Calypso falou e então suspirou.
Antes que Silena falasse algo mais, Apolo entrou na classe.
– Hoje faremos uma homenagem a nossa querida aluna. Rachel E'Dare.

♠♠

Thalia suspirou e decidiu voltar para as aulas. Do que adiantaria ficar sentada em cima do vaso sanitário, pensando no que Annabeth disse? Ela iria tirar essa história a limpo e seria agora. Pegou seu celular e mandou uma mensagem para Annabeth.

"Precisamos conversar, passo na sua casa depois do inferno!
Com muito ódio, Thalia."

Ela se levantou e amarrou os sapatos, estava quase saindo quando viu um vulto preto. Thalia se afastou e espiou pela fresta da cabine. Tinha mais alguém ali. Ela pegou uma barra de metal que estava no chão e se preparou para atacar, abriu a porta com força, mas a pessoa já tinha ido embora. Ela olhou ao redor e nada estava diferente, a menos pelo espelho. Relutante a punk se aproximou e leu a mensagem escrita em vermelho:

Suas vadias, acham que vão me pegar? Nem sonhando. Pequena Thalia, cuidado ao deixar sua amiga sozinha, foi assim que Rachel foi morta. Beijos, nos vemos em breve.

Thalia gelou. Cuidado ao deixar sua amiga sozinha? Ela pegou sua bolsa jogada no chão e saiu correndo.

A punk praticamente arrombou a porta do armário do zelador, aquele era o lugar preferido de Annabeth depois da biblioteca, mas não era a loira que estava lá.

–Mas que droga! - ela bateu contra a porta quando viu Piper e seu irmão a olhando com cara de assustados.
– Thalia eu estava te procurando. - Piper se afastou de Jason - o que aconteceu?
– Precisamos achar a Annie.
Foi tudo que a punk disse antes de puxar a amiga pelo braço.

♠♠

Annabeth acordou com o toque de seu celular. Era uma mensagem de Thalia. A loira suspirou e percebeu onde estava. Dentro do seu carro no estacionamento, ela provavelmente havia dormido depois de esmurrar a porta. Olhou as horas e suspirou ainda faltava muito tempo pra ela pode ir pra casa o que significava que teria que voltar pra aula antes que notassem sua falta. Ela se levantou e procurou as chaves do veículo. Droga! Não estava em lugar algum. Annabeth passou para o banco de motorista procurando a chave reserva. Não estava lá. Mas que Droga! Se ela abrisse a porta o alarme iria tocar e ela teria que explicar o porque de estar tirando uma soneca no horário de aula. Decidiu procurar novamente. Dentro do porta luvas, dentro do banco de passageiro, no chão. Debaixo de suas botas, dentro dos bolsos. Não adiantou a chave havia sumido, o que era impossível já que Annabeth a colocou no banco de motorista. O pior é que estava ficando calor, ali dentro. Ela tirou a jaqueta e tentou se abanar em vão. Decidiu ligar pra alguém.Pegou o celular e discou o número de Piper. Depois o de Silena. Fora de sinal? Que grande merda! Annabeth estava começando a ficar paranoica. Ela tinha fobia de locais pequenos e aquilo com certeza seria um dos piores lugares pra ficar preso. Sem alternativa ela tentou destravar a porta. O que? Os pinos estavam colados? Ela usou toda a sua força para subi-los pra cima, mas eles simplesmente não subiam. Estava ficando mais quente e Annabeth suava. Ela tentou ligar para Thalia, mas o celular continuava sem sinal. O calor era insurpotável. Ela procurou pela garrafa de água dentro da bolsa, mas estava vazia. Annabeth começou a bater as mãos no vidro e pedir socorro, se arrependeu imediatamente de ter mandado blindar os vidros, meses atrás. Ela continuou batendo, e pedindo socorro mesmo sabendo que todos estariam tendo aula. Enquanto isso ela tinha certeza que o calor só aumentava. A loira entrou em pânico quando percebeu que poderia ficar presa ali por horas. Bateu com todas suas forças no vidro e gritou usando toda a sua voz, mas ninguém a escutava. Foi quando ela viu. Viu a mensagem no para brisa do carro. Estava escrita por dentro, o que indica que quem escreveu precisou entrar no carro para escrevê-la. Ela leu a mensagem e começou a suar frio.

Chase, Chase..., você não deveria dormir enquanto alguém te observa, sabe o que costumam dizer: você só perde o medo quando o enfrenta! Boa sorte com os gritos vai precisar.

Ela começou a bater novamente desta vez chorando, estava muito quente e ela estava começando a ficar sem ar. Ela viu tudo embaçado quando as lágrimas começaram a cair.
– Socorro! Por... favor... alguém! -
O que aconteceu depois se passou como um borrão. Ela continuo batento no vidro, quando sentiu o cheiro de gasolina. Annabeth se desesperou e continuou a gritar. A ultima coisa que viu antes de desmaiar, foi um garoto correndo em direção ao carro.


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Notas finais do capítulo

Beijos, não esqueçam de comentar, ♥♥♥ quem vocês acham que salvou a Annie?



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