Good girls escrita por Heda


Capítulo 26
Mas e se baterem a porta na sua cara?


Notas iniciais do capítulo

THE BITCH IS BACK



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Annabeth abriu a porta cambaleante.  Seus dedos tremiam os pés parecia mal tocarem o chão. Ela acendeu as luzes revelando uma sombra masculina sentada formalmente na poltrona.

  - Malcolm? - sussurrou descalçando os sapatos. 

  - Não, Annabeth. É Frederick. Seu pai. Lembra-se dele?

  Annabeth aprimorou as vistas. Seu pai?

  - Pai? O que esta fazendo acordado?

  Ela se jogou no sofá que ladeava a enorme sala de estar dos Chase's. Tão inútil - pensou. Aquilo tudo era tão superficial. 

  - Eu, acordado? Quer saber por que Annabeth Chase? - ele se levantou a encarando embora os olhos da garota estivessem fechados. - Por que são exatamente 02h49min da madrugada! E faz exatamente 3 horas e 32 minutos que eu sentei minha bunda nessa poltrona esperando a minha filha menor de idade chegar em casa! 

  Annabeth engoliu em seco dando de ombros. Os olhos ainda estavam fechados embora ela os abrisse levemente para encarar o semblante furioso do advogado. 

  - Onde esta Atena? - ela perguntou atordoada. Sua mente dava voltas e voltas e seus olhos não faziam questão de encarar o pai novamente. - Ela não deveria estar aqui? Puxando-me as orelhas? 

  - Não Annabeth. Sua mãe nem suspeita que você chegou em casa neste estado deplorável. Ela acha que você foi passar a noite na casa de Thalia Grace. 

  - Hum. - ela se encostou mais ainda no sofá saboreando seu conforto. Frederick por um instante parou de falar e a encarou.  

Ela sabia. 

Sabia que ele a encarava. 

Assim como sabia que ele subiria as escadas depois desse sermão e dormiria calmamente sem se preocupar com sua filha. 

彡彡

Thalia respirou fundo mais uma vez. Seus olhos estavam inchados e ela mal se aguentava em pé. Ela olhou mais uma vez para a garota deitada na de cama de casal e depois bateu a porta do quarto de leve. 

Bem a cama era sua e a garota era uma de suas melhores amigas, Piper Mclean. Na noite anterior, quando Zeus e Hera haviam saído para um encontro de casais especial ela havia deitado em sua cama pronta para por os pensamentos em dias. A garota só não esperava que Piper aparecesse em sua casa chorando e ofegante. 

  - Piper? - Thalia havia perguntado embora soubesse quem a garota era.

  Mas a amiga não respondeu. Ela passou por Thalia subindo ate o seu quarto e desabou na cama. Após uma hora de soluços Piper havia finalmente contado a Thalia.

 Tudo. Ou ao menos tudo o que ela sabia. 

Depois de contar a Thalia, Piper chorou novamente, mas desta vez foi pior. Ela não parou nem quando Jason bateu na porta do quarto preocupado. Na verdade, Piper só havia realmente parado de chorar a alguns minutos atrás.

  - Como ela esta? - Jason perguntou depois de Thalia deixar cair alguns copos do armário. 

  - Nada bem. - a punk passou as mãos pelo rosto - Mas conseguiu dormir, e isso é bom.

  - Cara, que doidera. 

 Thalia assentiu pegando o celular mais uma vez. Nenhuma chamada. Na noite anterior havia ligado tantas vezes para Annabeth. Mas ela não atendeu. Na verdade ela nem se deu o trabalho de retornar. 

— Esta melhor? - Thalia perguntou ao entrar no quarto.

— Bem... Estou horrível. 

—Tudo bem. Não precisa falar.

  - Mas ontem me sentia mega-horrível então. 

 Ela deu um breve sorriso se levantando. Havia algumas marcas vermelhas pelo rosto e a roupa estava completamente amassada.

  - Aonde você vai? 

  - Preciso pegar algumas roupas e me resolver.

  - Sabe que pode ficar aqui não é?  Quero dizer, Hera não iria se importar ela te conhece há anos e...

  - Thalia. Não quero ser um encosto tudo bem? Vou voltar naquela casa fazer as minhas malas e me mudar para um hotel. 

  - Um hotel Piper? Não pode fugir do seu pai.

  - Não estou fugindo - ela soluçou mais uma vez - eu so não quero ter que ver a cara dele. 

◇◇◆◆

Sabemos o quanto uma perda pode significar para uma pessoa.  É a perda que nos transforma. A perda de um parente. A perda de quem achávamos que éramos.

No entanto são essas perdas que revela quem realmente somos, entretanto para Silena a perda de quem achava ser sua mãe foi uma verdadeira pedra em seu caminho.

  - Mentiu pra todos nós. Mentiu para mim. - ela repetia. Os olhos fixos em algum ponto a sua frente. "Mentirosa" Mentirosa. Seu celular tocou novamente no banco traseiro, mas ela ignorou. Era a décima segunda vez se não estivesse errada. As duas primeiras eram de Afrodite o que quer dizer que existe uma chance absurda de ser ela novamente. A garota avançou sem esperar abrir o sinal. Alguns carros buzinaram atrás de si, de novo. 

  - Ela pensa que eu sou palhaça? - sussurrou. Já tinha cansado de chorar, podia sentir as lágrimas secas em suas bochechas. Os olhos fundos de cansaço. "Pois eu não sou". 

  - Silena! - Drew gritou ao ver a irmã estacionar o carro na calçada. - Sua mimada! Passei a noite inteira ligando para você! 

Silena subiu as escadas com força. Os olhos cintilando de raiva.

  - Já sabe o que aconteceu? - ela perguntou sarcástica ao ver a irmã mais velha ao batente da porta. 

  - Mamãe me contou - ela engoliu em seco. - Tudo.

  - Bom. - a garota pegou algumas peças de roupa. Depois alguns sapatos. - E você não fala nada? Vai deixar isso pra lá? 

  - Silena isso não é da minha conta. 

 A garota esboçou um pequeno sorriso. Drew não se abalou.

  - Como não Drew? Você acaba de ganhar uma irmã e isso não é da sua conta? 

  - Eu não tenho que me meter nessa história.

  - Você é uma filhinha de mamãe com xarope derramado na cabeça. 

  - Aonde você vai?  - ela se colocou na frente de Silena impedindo a garota de dar mais algum passo. - Vai embora de casa princesa? 

  - Sai da minha frente - Drew segurou a irmã pelos braços. - Drew me solta! 

 Silena contornou a garota jogando as poucas roupas em uma pequena mochila. Depois desceu as escadas. 

  - Filha? Silena! 

  "Está de brincadeira"— a garota pensou ao ver a mulher parada em sua frente. 

  - Não me chama de filha.

  - Silena, por favor. - Afrodite implorou. - Me deixa explicar. 

  - Saia. 

  - Oque?

  - Não quero mais ter que olhar pra sua cara. Nunca mais.

  - Silena eu quero que coloque essa mochila no chão e volte para o seu quarto. Agora! 

Afrodite apertou os olhos deixando algumas lágrimas escorrerem pelo rosto de boneca. 

  - Minha filha eu...

  O tapa que Silena deu na própria mãe foi o mais forte que ela já havia dado em qualquer briga de escola. Os olhos marejados de Afrodite segurando o rosto olhando para a filha que acabara de entrar no carro e dar partida pra qualquer lugar desconhecido. 

 ♙♙

Uma batida na porta. 

  - Piper eu sei que quer falar sobre isso. Por favor, me deixa explicar. 

Mais duas batidas.

  - Vou te falar tudo que precisa saber.

Um silêncio entre as duas pessoas presentes ali. Separadas por uma grossa camada de concreto.

  - Por favor, Piper. 

 Piper dobrou mais uma peça de roupa. Havia tomado um banho rápido e decidiu que seria melhor sair por um tempo. Ela e Tristan não haviam se falado, nem se olhado, muito menos se esbarrado. Não que isso fosse problema. 

 A garota parou o que estava fazendo por alguns segundo antes de continuar a colocar suas roupas dentro de uma pequena mochila.

  - Quer realmente falar a verdade? - ela se repreendeu mentalmente pelas lágrimas que desceram pelas bochechas. Doía. Doía como todas as vezes que o pai a ignorou. Ou que viajou por semanas a deixando com uma empregada. Mas doeu mais ainda quando ela se lembrou de todas as mentiras contadas por ele. - Deveria ter pensado nisto antes. 

  - Nos conhecemos a quase vinte anos. - ele disse depois de alguns minutos em absoluto silêncio. Ela tinha certeza que ele estava apoiado à porta - Namoramos durante o ensino médio. 

  - Não quero saber mais nada.

  - Nos separamos. - Piper se ajoelhou no tapete deixando os olhos fechados novamente. Uma mania que a acalmava. Não poderia ver nada. Achava que se não visse não doeria. - E depois de algum tempo nos reencontramos. Eu fazia teatro, ela música. Fomos a um restaurante, bebemos vinho, relembramos os velhos tempos e...

  - Sei o que acontece depois.

  - Ela ficou grávida, mas estava noiva do pai de Drew então você ficaria comigo por um tempo.

  - E até quando? Até ela perceber que abandonar uma filha não era tão difícil assim? 

  - Quando o pai de Drew morreu ela não pode cuidar de você. Então fui contratado para um papel na América do Sul e você veio comigo. 

  - E ela não me procurou mais, é isso? 

  - Não Piper! Eu não queria manter mais nenhum contato com a mulher por quem eu estava apaixonado. Alguns meses quando você estava prestes a completar um ano eu viajei até ela, mas... 

  - Mas? 

  - Ela estava grávida de Silena e não podia ficar comigo. Eu fiquei com tanta raiva Piper. Raiva. Raiva mesmo, raiva por ela ter mentido e dito que nós ficaríamos juntos, ódio por ela ter outra pessoa. Eu achava que ela realmente gostasse de mim.

  - É você acha que conhece as pessoas e elas te surpreendem.

  - Depois de alguns anos ela se mudou pra San Francisco com as duas filhas. Disse que queria recomeçar, mas eu não quis. Não de novo. Mas ela estava decidida a ficar perto de você.

  - E conseguiu. - Piper abriu os olhos encarando o teto - Por que nunca me contou? 

  - Eu ia te contar. - Silêncio - Mas eu não queria que me odiasse por não deixar você ter uma mãe. 

  - Foi exatamente o que aconteceu.

  - Piper sei que provavelmente me odeia agora...

  - Odeio.

  - Mas não pode deixar que isso interferisse nas suas decisões. Passou a vida inteira tentando entender por que não poderia ter uma mãe. Agora  que tem uma, deveria ir falar com ela.

◇◇

  - Annie... Annie 

Primeiro um clarão.

  - Annabeth. 

 Em seguida um pequeno estalo na bochecha.

  - Está viva?

 Annabeth abriu os olhos confusa. Parado, a poucos centímetros Malcolm segurava uma espécie de travesseiro ultra mega útil.

  - Malcolm seu...

  - Atena ainda não acordou, então...

 Annabeth rolou os olhos para o lado procurando entender onde estava exatamente. Algumas coisas ainda embaçavam em sua mente. Pessoas, luz, boate. Novata, pai, bronca.

  - Malcolm cadê o papai? 

  - Já saiu, por quê?

 A garota se levantou esfregando os olhos. Suas roupas estavam completamente amassadas e o cabelo preso em um rabo de cavalo apertado.

  - Preciso subir e tomar um banho.

  - É,  precisa.

A primeira coisa que fez depois de tomar um banho demorado foi procurar pelo celular. Bem, missão fracassada. A bolsa que trouxe consigo estava fazia, exceto pela carteira com alguns trocados e os cartões de créditos. A segunda coisa que fez, foi verificar o e-mail. Havia um e-mail perdido. De CalypsoAATC@ para Annabeth. 

Tem certeza que vai deixar seu celular comigo? Sempre descubro os segredos de pessoas pelo celular.  Você guarda algum aqui? Rs. 

Xo, C.

O segundo era um de Thalia. 

Não sei onde você esta, mas preciso de sua ajuda. E preciso agora. 

O e-mail nem sequer era de hoje. 

Era o que faltava.  Se Thalia precisava de ajuda, ou já teria conseguido... Ou provavelmente estava ferrada. A segunda opção era sempre a correta.

Quando pode estacionar em frente à casa de Thalia, Annabeth parou um segundo. Não havia pegado nada depois de ler o e-mail de Thalia e por um segundo se amaldiçoou por isso. Depois de descer do carro e caminhar ate a porta da frente a garota pode finalmente sentir as consequências da noite anterior. Seus braços estavam doloridos e sentia sua cabeça rodopiar várias vezes antes de focar em uma imagem mais uma vez. Se ao menos alguém atendesse a bendita campainha.

  - Não tem ninguém. - alguém murmurou atrás dela. A garota se virou a tempo de ver Luke Castellan parar ao lado de seu carro e enfiar as mãos casualmente nos bolsos.

  - Como sabe? - ela perguntou se virando e apertando mais uma vez a campainha.

  - Vi sua amiga sair a alguns minutos. 

 Um silêncio desconfortável se estendeu por um curto período de tempo e Annabeth desejou nunca ter lido aquele e-mail. 

  - Bem, eu ligaria se tivesse com meu celular sabe? Pois sim, pode me dar licença? - o garoto tirou as mãos do bolso com o aparelho celular nas mãos.  - O que é isso?

  - Pode usar o meu. 

  - E por que eu usaria o seu?

 Ele apertou os olhos olhando para os próprios pés.

  - Também quero falar com ela. - Annabeth aceitou o aparelho discando os números gravados em sua mente.

  - Ela não vai atender... 

Chamando. 

Chamando.

Chamando.

Chamando...

Caixa de mensagens.

  - Eu disse. Ela não quer falar com você. 

 A loira devolveu o celular. Seus olhos olharam toda a expressão de Luke.

  - Pode me dizer por quê? Pensei que estávamos bem sabe? Ela me desculpou.

  - Desculpou pelo que? - Annabeth perguntou abrindo a porta e a fechando logo em seguida.

  - Ela não te contou?

  - Me contou o quê? 

  - Sobre o que aconteceu entre a gente. 

Annabeth franziu as sobrancelhas confusa dando partida no carro.

  - Ela não me conta nada ultimamente.   

  ◇◇◇◇◇

Silena estacionou. Os olhos marejados. A mochila ainda nas costas. Depois de sair correndo e entrar no carro ela não sabia ao certo para onde iria. Primeiro pensou em ir morar com o pai em outro país bem longe dali. Depois pensou em apenas comprar uma passagem só de ida para o Japão. Ou quem sabe para a Indonésia. Mas agora, parada em frente à casa de sua melhor amiga, Annabeth Chase, ela não poderia pensar direito. 

Um carro passou pelo dela um pouco devagar, mas depois seguiu caminho ate a próxima esquina. Ela ficou alguns poucos minutos encolhida no banco, com os pés encolhidos e a cabeça enterrada entre os próprios joelhos. Era assim que se afogava em sua própria dor. Mas em algum momento, alguém deu leves batidas na janela ao seu lado fazendo a garota encarar o rosto de Annabeth do outro lado do vidro. 

  - Sil? - ela chamou ainda batendo no vidro. 

Silena se encolheu mais ainda destravando as portas e começando a chorar novamente. Annabeth se esgueirou para dentro puxando a garota pra fora. Pra dentro de sua própria casa. 

O chocolate quente ainda estava quente quando Silena decidiu contar a Annabeth o que tinha realmente acontecido. 

  -Silena... Uau! - foi tudo que a loira disse. As duas estavam sentadas no tapete do quarto de Annabeth. A janela estava fechada e a única luz que as iluminava era a de um pequeno abajur no criado mudo. As duas costumavam ficar ali durante horas assistindo bonequinha de luxo e Alice no país das maravilhas. - Lembra de quando nos fazia assistir seus filmes favoritos todas as sextas a noite? 

Silena concordou com a cabeça.

  - Gosto de saber como as coisas serão. 

  - Sabe você não pode fugir de quem você é.  Não pode fugir disso pra sempre.

  - Posso fugir por enquanto. 

  - Talvez, mas sabe não vai adiantar por muito tempo. É como um brócolis que você come por baixo de alguma coisa que goste tentando ignorar o gosto do brócolis mas ele continua lá entende? Continua ruim, continua horrível. 

  - Quer que eu fale com a minha mãe?  Que eu ignore que ela mentiu sobre tudo? Sobre a minha melhor amiga ser a minha irmã?  É isso?

  - A verdade não importa, mas sim o que cada um quer ver. Uma coisa que eu aprendi com a minha mãe - ela sorriu - pelo menos isso. É que quando certas coisas atravessam o seu caminho você pode ir contra elas ou se ajustar. 

  - Ou você pode desviar contra elas, não? 

  - Também. Mas deve se fazer uma delas para conseguir segui em frente. 

Quando o assunto é família ainda somos, no fundo, crianças. Não importa o quão velhos fiquemos ainda precisamos de um lugar para chamar de lar. Por que sem as pessoas que se mais ama, você não pode evitar em se sentir sozinho nesse mundo. 

Silena desceu com as mãos ainda tremendo. Deixou a mochila no carro. Não queria fazer aquilo, mas precisava. A porta estava destrancada e não havia nenhum som aparentemente lá dentro. 

  - Mãe?  - ela chamou. A sala estava fazia. Mas ela ouviu sons vindos da cozinha e os seguiu até lá. 

Drew estava apoiada no balcão que rodeava toda a cozinha, uma coisa que sempre fazia quando estava entediada. No centro da mesa Afrodite estava sentada segurando as mãos de uma pessoa. Mas Silena nunca imaginaria que essa pessoa pudesse ser Piper Mclean. Sua melhor amiga até ontem, e sua irmã desde então. 

Dizem que a família vai sempre acolher você 

Mas e se baterem a porta na sua cara?

Ou pior: deixarem outra pessoa tomarem seu lugar?

 

P.s. Gente elas parecem né? Ta bem na cara serem parentes. 


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Notas finais do capítulo

Quanto fucking tempo minha gente...
Dessa vez não pode me xingar não.
A amizade da Silena e da Piper vai passar por algumas turbulências... elas não serão mais as mesmas.
Enquanto a Annie ela ainda tem algumas coisas pendentes para resolver.
No próximo capítulo vai ter mais ação gente então se preparem. Não vou dar um prazo pra postar por que vocês sabem que eu nunca cumpro né?
Kisses,



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