Eu ando zoada,

Tudo bagunçado,

Razão e emoção lutam pra controlar.

Os meus pensamentos a mil,

Lembranças que eu queria apagar,

Mas não dá, e o medo me domina aos poucos.

Difícil demais pra lutar...

As vozes gritam aqui dentro- só dizem pra eu me matar!

Me perdi de mim,

Me perdi de mim,

Me perdi de MIM,

E eu queria só ser mais normal,

Uns anos de paz, alegria, sei lá

Não ter que fingir tantas coisas,

Não assustar tanto as pessoas

Poder ser quem sou sem ter medo

Não usar tanto essa velha mascara...

Mas não da,

Não dá,

Não dá,

Por isso eu mato meu fígado aos poucos e meu pulmão também

Uma morte lenta, bem lenta,

Porque o suicídio veloz traria consequências aos poucos que eu ainda amo,

Então eu me mato devagarinho, bem devagarinho.

Um dia eu chego lá.