O Diário de Alexandre Magnus escrita por Viscond3
O acampamento estaria completo ao fim do terceiro dia no continente Persa. Foram levantadas estruturas simples, porém resistentes, tais como: Alojamentos, postos avançados, feitoria e depósito de armas. Alexandre deu ordem para armazenarem apenas 50% dos suprimentos nas feitorias, pois temia que o inimigo pudesse destruí-los, sendo assim, a outra parte dos alimentos ficou no trirreme.
– Diga-me, Parmênio... Como estamos? - Os olhos do rei refletiam o cálice prateado em suas mãos. O outro homem estava parado diante de uma série de mapas. Parmênio havia sido general de Filipe e agora era um dos mais próximos de Alexandre.
– Bem... Estamos verificando se estes mapas estão totalmente corretos... Mas vai ser difícil dizer. Devemos nos preparar para tudo, por enquanto...
– Os persas sabiam que estávamos vindo... Como? - sua voz soou como um desafio, que fora notado de imediato por Parmênio.
– Está insinuando traição, majestade? - o homem tinha a fala lenta, como se estivesse esforçando-se para não vacilar. Alexandre deu um farto gole em seu cálice e encarou o general.
– Sim. Mas não duvido de você, Parmênio. Sei para qual lado você serve. Quem seria o mais provável? - agora em pé, o rei caminhava pela tenda. O general mantinha seus olhos fixos nele.
– Talvez... Heféstion? Está bem próximo de nós e fora enviado antes de nós - o homem servia-se de vinho. Alexandre tomou-lhe o cálice das mãos e o serviu.
– Aqui, beba. Servido das mãos do rei - comentou, de forma teatral e cínica. O outro pasmou-se, não entendo o gesto.
– Majestade?
– Heféstion é o homem mais leal que já tive a sorte de encontrar. Depor contra ele é depor contra mim! - suas palavras eram duras, mas a voz era singela. Soava como o canto de um músico enfurecido. Parmênio venceu seu cálice em poucos goles e pediu perdão.
– Sabe... O destacamento de Heféstion veio junto a seu filho, Filotas... - comentou Alexandre, buscando provocar o general.
– Filotas não é traidor - respondeu amargurado.
– Então Heféstion também não é! - concluiu.
– Pois muito bem, Majestade...
– Aliás, quando iremos encontrá-los?
– Bem... Chegamos com dois dias de folga. O encontro das tropas fora marcado para o dia sétimo... Será então, em três dias!
– Certo... Então, vamos esperar.
– Que assim seja!
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