Instituto V.G: Escola de Super-Heróis - Interativa escrita por Matheus


Capítulo 3
Capítulo II - Entre Roth e Maximoff


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!
Peço desculpas pela demora, pois já tinha esse capítulo pronto, entretanto tive novas ideias e resolvi complementa-lo.
Quem gosta de capítulos longos levanta mão! Esse ficou um pouco comprido, mas está repleto de ação. Novas dicas dos mistérios anteriores e novos mistérios aparecerão, ainda fáceis.
Espero que gostem!
Boa leitura!



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Matthew estava a caminho da Cúpula de Combate, seguia pela longa estrada curvada de tijolos que serpenteia todo o terreno da escola, envolto aos gramados extremamente verdes do Instituto. Via-se alguns alunos deitados nas sombras das árvores espalhadas pelos gramados, muitos deles descansando para logo iniciarem suas atividades da parte da tarde.

As aulas da tarde são todas relacionadas exclusivamente aos poderes dos estudantes. O Instituto faz essa divisão, escola de manhã e academia de tarde, há algumas décadas para facilitar o aprendizado dos alunos.

A academia possui uma abordagem diferente da escola, os alunos são divididos em equipes com um professor-herói como responsável. Ou seja, ao invés de classes os estudantes são distribuídos em equipes de cinco integrantes onde cada uma é supervisionada e instruída por um professor-herói formado.

O jovem Matthew continuava sua caminhada para a Cúpula, outros estudantes também faziam o mesmo caminho, podia-se ouvir cochichos próximos de si.

– Aposto que ele vai enlouquecer como da última vez e arrancar o cérebro da Maximoff. – Sussurrou um rapaz para sua namorada que caminhavam de mãos dadas.

“Agora eu tenho que aguentar isso.” Um breve pensamento e o casal que estava logo atrás tem suas roupas cobertas pela umbracinese de Matthew e é jogado para longe caindo em um chafariz afastado dali coberto de lodo.

– Ei, cara! Não precisava fazer isso também! – Grita o rapaz caído em cima da namorada tentando se recompor, ambos ensopados.

Matthew ignora e apenas continua caminhando com seus passos pacientes e calmos, ao contrário de sua mente que está um caos desde a noite passada quando vivenciou mais uma vez aquele estranho sonho. Tentando cumprir sua promessa, ele tenta se esquecer, pelo menos naquele momento, de tudo aquilo que anda lhe perturbando, desde os sonhos até a luta de hoje. Matt então recorda-se do seu primeiro ano no Instituto quando as equipes são formadas.

Flashback on

Os novos alunos estavam sentados no anfiteatro do Instituto Van Gould, alguns acompanhados pelos pais, aquele seria o primeiro dia de aula numa escola especializada em poderes para a maioria. O diretor, após à recepção dos calouros e os informes sobre o Instituto, anunciava as equipes que foram formadas por meio do perfil dos estudantes.

Todos eram novatos, tinham seus onze, doze anos de idade, e a pressão para a harmonia do grupo coexistir era grande. A ansiedade para saber qual seria o seu mentor nos próximos seis anos também consumia-os.

– Não se preocupe, Matthew, tenho certeza que você cairá numa boa equipe. – Sussurra Ravena para seu filho, sentado ao seu lado, ao sentir sua aflição e ansiedade.

– Equipe doze, integrantes: Anna Elizabeth Morse Barton, Matthew Roth, Edward Potts Stark, James Wayland e Mayara Campbell.

A plateia aplaude os estudantes enquanto esses dirigem-se para o palco receber e conhecer seu professor.

Flashback off

– Ei, Matthew! – Gritou James ao longe correndo até o amigo.

Matthew desprende-se das lembranças voltando-se à realidade percebendo a presença do amigo quanto este aproxima-se de si.

– Oi, James. Veio assistir a minha batalha?

– Eu e metade do Instituto. – James repara na expressão de assustado do amigo. – É uma piada.

– HAHAHAHAHA que susto!

“Essa oscilação da personalidade do pai com a da mãe, só o Matthew mesmo” um pensamento bem humorado tira um imperceptível sorriso de James, entretanto...

– Que sorriso é esse? – Perguntou um Matthew desconfiado.

– Nada... Érrr, nada. – Lembrou-se da empatia do amigo.

– Eu senti você rir de mim!

– Caramba, Matthew! Isso deixou de ser empatia, agora é inconveniência!

Matthew suspira, seu amigo tinha razão.

As atividades de ambos com a equipe nessa tarde foram todas canceladas, pois quando um integrante tem uma batalha obrigatória agendada, seus colegas de equipe também são dispensados. O outros alunos podem pedir dispensa à seus professores para assistirem as lutas na Cúpula e prestigiar o evento, entretanto terão de repor essa “aula” perdida.

Finalmente ambos chegam à Cúpula de Combate, vários estudantes adentravam na impetuosa construção, muitas lutas ocorreriam naquela tarde, a equipe médica já estava de prontidão na porta aguardando os estudantes que saem feridos da atividade.

A Cúpula era enorme, uma estrutura colossal esférica que assemelha-se muito à um anfiteatro e um estádio, com uma arquibancada capaz de abrigar centenas de pessoas. O campo de batalha ficava bem ao meio, o terreno modifica-se de acordo com as instruções na sala de controle. No momento ele estava cheio de rochas e com o solo arenoso. Parecia que o campo escolhido para a primeira batalha era o de terra.

Apesar da idade do local, a tecnologia predomina na estrutura, a madeira foi substituída pelo metal, as vigas metálicas que sustentam o lugar são de aço puro, capaz de aguentar enormes impactos. A Cúpula tem sua superfície aberta, como um estádio, entretanto possui um mecanismo moderno onde uma cobertura é colocada a pedido dos professores, geralmente em dias de chuva ou nevascas quando estes começam a atrapalhar o desempenho das batalhas.

O lugar não estava cheio, pois precisava-se mais do que os alunos do Instituto para lota-lo. Os professores das equipes dos alunos que irão batalhar estavam reunidos em torno ao campo decidindo os detalhes das lutas enquanto seus alunos estavam todos espalhados pela Cúpula. Alguns conversavam animadamente com seus amigos nas arquibancadas, outros preferiram sentar-se na beirada do campo e aguardar.

– Bem, é aqui que nos separamos. – Diz Matthew sem graça.

– Boa sorte, amigo. – James lhe dá um forte abraço e esquecendo-se da sua força, quase esmaga seu colega.

– Aqui, James! – Berra um Edward do alto da arquibancada acompanhado das colegas de equipe Anna e Mayara.

James se posiciona e dá um salto gigantesco utilizando sua superforça caindo próximo aonde estava Edward.

– Você e suas entradas, James... – Diz uma Anna divertida.

– Você gama que eu sei. – Retruca o rapaz sentando-se entre Anna e Mayara, ou melhor, empurrando-as com o corpo para sentar-se entre elas.

– Ai, James! – Mayara cai para trás da arquibancada com o empurrão.

Um barulho de zíper abrindo é ouvido por todos, Edward tira de dentro de sua mochila salgadinhos e latas de refrigerante e os distribui entre seus colegas.

– Hoje eu trouxe até um tira-gosto! Essa luta eu assisto de camarote. – Diz Edward colocando os pés no alto da cadeira da fileira da frente.

Matthew ria observando seus amigos de longe. Voltou-se para o campo e não encontrou seu professor, provavelmente ele deveria estar em alguma missão, então seguiu para o lado direito do campo, sua capa, semelhante a de sua mãe ondulava com o vento. Sua oponente, que conversava animadamente com seu professor seguiu para o lado esquerdo do campo. Ambos encaravam-se aguardando as instruções.

– A primeira batalha será entre Matthew Roth e Megan Maximoff. – A voz do juiz pôde ser escutava por toda a Cúpula pelos alto falantes. – O objetivo dessa batalha é incapacitar o oponente de que prossiga com a luta ou até um dos participantes desistir. Que a disputa comece!

Matthew coloca seu capuz e seus olhos iluminam-se tornando-se brancos, ele voa em direção a sua oponente velozmente enquanto suas mãos enchem-se de energia obscura lançando suas rajadas sombrias contra a mesma. Megan cerra o punho liberando uma luz avermelhada de energia do caos que faz com que os ataques de Matthew tenham o sentido desviado por meio de sua manipulação de probabilidades. As rajadas atingem rochas do campo e algumas batem contra a arquibancada em pontos onde ninguém, ou quase ninguém, estava ocupando.

– Eeei!!! Será que você não está me vendo aqui?! – Grita um Spencer incrédulo ao ser atingido pelo golpe e cair à três fileiras mais para trás de onde estava sentado.

– Desculpe! – Responde uma Megan um tanto surpresa e satisfeita pelo acidente.

Matthew, que havia voado em direção a Megan, vendo que ela poderia facilmente mudar a probabilidade de seus ataques, finalmente aproxima-se da oponente e aproveita sua distração lançando um chute em direção ao seu rosto, mas que é desviado facilmente. Prevendo a evasiva da Maximoff, ele se teletransporta com uma sombra de corvo para um lugar do campo onde teria um ângulo melhor para contra-atacar.

Ao testemunhar o teletransporte, Megan utiliza novamente sua habilidade de manipulação de probabilidades e faz com que Matthew apareça em um lugar diferente do imaginado, ele aparece bem na sua frente onde a jovem, utilizando sua energia do caos em rajadas, atinge seu oponente jogando-o de encontro ao chão arenoso, causando um grande impacto e criando uma cortina de areia dificultando a visibilidade do campo.

– Você vai pagar pela que a sua mãe fez para minha! – Gritou Megan.

Um raio de energia sombria surge do meio da cortina de areia e atinge a jovem que sobrevoava o local do impacto. Ela se despenca do ar.

Quando a poeira baixa, todos veem Matthew flutuando com os punhos cerrados, já cheios de energia sombria prontos para um ataque. O que ele não contava era com uma Megan tempestuosa levantando-se do chão e preparando-se para atacar.

– Azarath Metrion Zinthos!

Sem pensar duas vezes, Matthew utiliza sua umbracinese para levitar as rochas a sua volta e antes que sua oponente pudesse recuperar-se totalmente, ele lança-as em sua direção com o máximo de força possível.

Pouco antes do impacto, Megan usa sua manipulação de probabilidades e o sentido do ataque é desviado atingindo em cheio o garoto que é lançado contra a arquibancada junto das rochas. A força do ataque é impressionante, a ponto de deixar os professores supervisores preocupados.

– Ele morreu?? – Pergunta Mayara para seus amigos com as mãos tapando os olhos.

Um silencio se instala na Cúpula, todos ficam boquiabertos com a força do impacto, Megan por um momento fica estupefata com o que tinha ocorrido, mas logo trata-se de se recompor e um sorriso malicioso formou-se em seu rosto.

Quando os professores resolveram interferir na luta dando a vitória para Megan e chamando a equipe médica, olhos vermelhos demoníacos ficaram visíveis na cortina de fumaça que começa a se dissipar. De repente, num ímpeto fervoroso, Matthew avançou na direção de Megan. Sua aparência estava diferente, obscura, a raiva e o ódio estavam impregnados na sua umbracinese. Antes dele aproximar-se de sua oponente, Megan cai no chão de joelhos com as mãos na cabeça, uma forte dor havia se instalado em suas têmporas, sentia sua cabeça em chamas.

– Arrggh!!! Ahhh!!!

O sorriso sádico e os olhos demoníacos de Matthew podiam ser vistos mesmo com a capuz, ele divertia-se torturando sua vítima com pensamentos perturbadores e sensações tempestuosas. Seus punhos cerrados estavam cobertos de energia obscura, Megan gemia de dor e sofrimento caída no chão, completamente indefesa.

– Não pode ser... – Sussurra Anna espantada com o que se sucedia ao ler os pensamentos de ambos no campo. – É-é... Terrível... – Seus olhos enchiam-se de lágrimas.

Anna tem sua mão tocada pela de Edward que ao perceber o desespero da amiga, a segura fortemente.

– Fique calma. Ele vai sair dessa! – Diz Edward para reconforta-la mesmo estando tão temeroso quanto.

Matthew alcança a Maximoff e agarra o topo de sua cabeça com as mãos cobertas de umbracinese onde acumula-se cada vez mais energia naquele ponto jorrando raios obscuros descontrolados pelo campo. Ouvia-se apenas Megan gritando de dor e os espectadores assustados e boquiabertos sem reação.

– MATTHEW, PARE!!!

A voz de Warren, que entrou às pressas no recinto ao testemunhar raios negros emitidos da Cúpula cruzando o céu, ecoou por todo o ambiente. Warren abriu suas asas e voou direto no conflito desviando-se com destreza dos raios negros.

Com a atitude do herói, os professores supervisores avançaram rapidamente no campo interferindo na batalha. Warren agarrou Matthew pelas costas, desconectando-o de Megan, voando com ele para longe dali.

– Me solta!!! Ela merece isso!!! – Uma voz maquiavélica vinha de Matthew que debatia-se no colo de Warren.

– Vamos, Matt! Você é mais forte que isso!

Depois da conexão entre os dois ser interrompida, Megan perdeu a consciência, mas foi segurada pelos professores supervisores e seu mentor.

– Megan! Acorda, Megan! – Seu mentor dava pequenos tapas em sua face para tentar acordá-la.

A equipe médica entrou às pressas para socorrer a jovem enquanto ainda podia-se enxergar Warren no céu segurando Matthew enquanto esse gritava descontroladamente jorrando raios negros de seus punhos para todos os lados. O que todos temiam, mesmo que secretamente, estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Quem é o mentor de Megan? E o que todos estavam esperando? Alguém sabe quem é o Warren?
No próximo capítulo irei começar a abordar mais intimamente os personagens, como fiz com o Matt nesse capítulo, e introduzir os novos que estão me enviando. Aliás, gostaram dos casais que estão aparecendo? Sim, no plural, não é só a Anna com o Edward...
Como já disse, não sei se acertei na dose de ação, vocês que irão me dizer nos comentários! Não deixem de comentar, sugestões, criticas e elogios são bem-vindos!
Abraços.