Os Netos de Stoico escrita por Historia Jaeger


Capítulo 15
Briga feia e a verdade-parte 1


Notas iniciais do capítulo

N. I:

Oi gente.

Esse capítulo vai ser um pouco grandinho.A propósito,alguns vão ficar com raiva do Stoico nesse capítulo.

Boa leitura!

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Pov's Jade

Eu vou matar o Hofferson!Isso é tudo culpa dele!

Engoli o seco.

—Oi pai,mãe...-gaguejei nervosa

—Oi pai,mãe?É isso o que tem a dizer pra gente,Jade?-questionou mamãe irritada-Nunca desobedeceu uma ordem nossa,o que houve?

Abaixei a cabeça quando meus olhos marejaram e meu lábio inferior tremeu.

—A culpa não é da Jade,Astrid.Sabemos exatamente de quem é a culpa-ouvi Tia Seeylfe declarar

Levantei minha cabeça vendo que ela encarava o filho mortalmente.

—Ah,mãe,qual é?-reclamou Stoico

—Stoico,vocês dois vão subir nos dragões agora e vamos pra casa-ela ordenou

—Ah,perai...

—AGORA,STOICO!-ela berrou irritada

Ele bufou subindo em Erick.

Suspirei subindo em Osman.

(...)

Em casa...

Entramos em casa avistando Sophie,Vitória,Camélia,Leo e Rose aguardando na sala.

—Que vergonha!-esbravejou Stoico irritado

—Vergonha,eu tenho de você!Parece que você não tem mãe e nem pai!-rebateu Tia Seeylfe

Comecei a chorar.

—Me desculpa gente,mas eu não resisti quando Stoico disse que era fora dos muros-solucei

—Foi por isso que você saiu?-questionou papai-Nós falamos pra vocês desde pequenos que não podem sair de Berk!

—Mas que merda de muros,são essas?-reclamou Stoico-Porque vivemos como prisioneiros aqui?

—Vocês não dão ao valor a vida que tem,esses muros são para proteger vocês-explicou Tio Dag

—Proteger de que!?!O que tem lá fora?-exclamou meu primo

—Um mau que quase acabou com a nossa família,eu não quero você atravessando aqueles muros de novo Stoico Hofferson!-esbravejou Tia Seeylfe

Pov's Stoico

—Mas porque!?!-insisti

—Não questione minhas ordens!Eu sou líder de Berk e acima de tudo,sou sua mãe!-respondeu furiosa

—Mas parece que não age como uma!-confessei

—Como assim?Você não sabe o que passei para educar você e suas irmãs!E você retribui?Não!Age como uma criança rebelde!-gritou

—EU NÃO SOU CRIANÇA!-berrei furioso

—Você me envergonha!Envergonha o seu pai!Envergonha seu tio!Suas irmãs,seu avô!Envergonha o seu clã!Você desonra a nossa família,Stoico!-ela berrou furiosa

—Eu não pedi pra nascer!-rebati-Eu não pedi pra ser seu primogênito!

—Você devia estar em casa cuidando de Camélia que chamou por você!-exclamou-Fui eu que coloquei você no mundo!Tudo o que eu faço é para o bem de vocês!

Fechei o punho.

—NÃO!SE NÃO SERIA UMA MÃE MAIS ATENCIOSA!QUER SABER?AGORA EU VOU DIZER!EU ODEIO ESSES MUROS TANTO QUANTO EU ODEIO SUAS REGRAS!EU QUERIA QUE VOCÊ NÃO TIVESSE SAÍDO DAQUELE MALDITO COMA!-berrei sem pensar-EU QUERIA QUE VOCÊ NÃO FOSSE A MINHA MÃE!

Minha mãe arregalou os olhos chocada andando pra trás.

—STOICO!-repreendeu meu pai furioso

O encarei e depois encarei minha mãe que tinha o olhar baixo e tristonho.

O que ela tem?

Ela arfou deixando cair algumas lágrimas.

—Seeylfe?-chamou meu avô

Ela suspirou.

—Eu vou subir gente,boa noite-ela declarou subindo as escadas

Todos me encararam furiosos.

—O que?-perguntei confuso

—"O que?"Você viu o que acabou de fazer!?!-exclamou minha avô

Franzi a testa.

Jade me encarou incrédula.

—Qual o seu problema,Hofferson?-questionou

Camélia largou seu dragão de pelúcia e chutou minha canela com força

—Ai!-exclamei levantando minha perna-Porque fez isso?

Ela começou a me socar e me dar tapas.

—Seu mau!Monstro!Irmão ruim!Porque você fez isso?Você não devia falar assim com a nossa mãe!Vocé é um filho mal!-ela berrava enquanto me batia

Até que ela parou e pegou seu dragão de pelúcia.

—Não fala mais comigo-declarou fria antes de subir as escadas

Arregalei os olhos chocado.

Caramba.Eu nunca vi a Camélia desse jeito.

Meus avós,meus primos,minha tia e minhas irmãs me encararam friamente antes de virarem as costas pra mim.

—Tá todo mundo com raiva de mim?-questionei me sentando

—Depois do que você fez,acho que não vão olhar para sua cara por um bom tempo-declarou Tio Soluço se sentando à minha frente e meu pai se sentou ao seu lado

—Stoico,eu devia te dar um surra por ter falado aquilo pra sua mãe-ameaçou papai-Mas o que nós e toda a família vai fazer com você vai ser pior,você verá

Bufei.

—Minha vida é uma droga-murmurei

Meu pai riu.

—Sua vida uma droga?-ironizou-Você não sabe nem o terço do que sua mãe passou!

—Tipo o que?-cruzei os braços

—É uma história longa-avisou

—Posso esperar-respondi

Tio Soluço respirou fundo.

—Stoico,você acha que eu e sua mãe nos conhecemos há quanto tempo?-perguntou

—Desde que nasceram ora-ri dando de ombros

Ele balançou a cabeça em negação.

—Só descobri que sua mãe era minha irmã quando tínhamos 15 anos de idade-explicou

Arregalei os olhos chocado.

—O que?-murmurei confuso

—Vou contar desde o início.Antigamente,havia um duelo pela a liderança de Berk entre os descendentes do clã Strondus e do clã Bonarroto-começou-O último duelo que teve foi entre o meu pai e um homem chamado Bolor,bom,seu avô ganhou.Como Bolor não tinha herdeiros,meu pai,conhecido como Stoico,o Imenso,virou líder de Berk.Seu clã iria governar por várias gerações e seu primogênito seria o próximo líder de Berk.

—Só um?Mas hoje em dia tem dois-comentei

—Antigamente tinha um,perai que eu já vou chegar nessa parte-pediu meu tio-Meu pai se casou com a minha mãe que ficou grávida de um casal de gêmeos

—Você e a mamãe?-arquei uma sobrancelha

—Exatamente!Já tinham escolhido os nomes:Seeylfe e Soluço Spantosicus Strondus III,os filhos de Stoico,o Imenso-declarou-Todos esperavam que eu viesse primeiro,mas se enganaram,sua mãe nasceu primeiro.Ela era a primogênita dos Strondus e a herdeira do trono de Berk-completou

Um sorriso bobo cresceu em meu rosto.

Eu sou filho da primogênita dos Strondus...

—Mas Bolor não ficou feliz com a derrota,como vingança,ele entrou na nossa casa em meio a um ataque de dragões-confessou

—Ataque de dragões?-arregalei os olhos

—Filho,não é desde de sempre que os dragões eram nossos amigos,antigamente,viviamos em guerra com eles-declarou meu pai

—Isso.Bolor entrou no momento em que Pula Nuvem invadiu nossa casa e começou a brincar comigo e com sua mãe no berço.Sua avó chegou para nos proteger,mas ela foi a primeira a ver que os dragões não eram o que pensavámos-explicou sorrindo-Mas seu avô chegou tentando matar Pula Nuvem que se enfureceu e cuspiu fogo pelo o quarto.Bolor aproveitou a distração de todos e pegou Seeylfe no colo e a levou.Minha mãe viu Bolor e tentou impedir,mas Pula Nuvem a pegou e voou com ela pra longe.Meu pai me salvou do incêndio,mas não conseguiu impedir que minha mãe e Seeylfe fossem levadas.

Meus olhos marejaram.

—Eu cresci apenas criado por meu pai,não foi muito bom,já que ele não era um pai tãooo apegado!-exclamou-Já sua mãe,foi maltratada desde pequena e torturada por Bolor.A aparência e o gênio dela lembrava muito nosso pai,o que aumentava o ódio do Bolor.Ela vivia trancada na casa dele.Quando ela tinha 5 anos,ela fugiu da casa dele uma vez.Ela foi parar num lago e foi aí,que ela conheceu os pilotos,Astrid e é claro,seu pai-completou rindo

Foi a primeira vez que eu vi meu pai corar.

—Foi a primeira vez que eu vi sua mãe e...-confessou meu pai com um sorriso no rosto-...eu me apaixonei por ela assim que a vi

Sorri de lado.

Eu sempre via o amor deles,mas não achava que era tão forte e real.

—Pois é,mas Bolor a achou e a levou de volta,ela me contou que nesse dia,ele quase a matou-confessou meu tio-Passou mais alguns anos,até que ela e eu já tínhamos 15 anos.Sua mãe vivia fugindo pra floresta para treinar,ela era ótima.Diferente de mim,que era tão magrelo e pequeno que não aguentava carregar um machado,meu apelido naquela época era espinha de peixe-riu

Gargalhei.

—É sério?-questionei

—Aqui um retrato do seu tio-riu papai me entregando o quadro.

Observei a foto com um sorriso.

—Enfim,eu sempre quis provar para todos que eu não era fraco,que eu queria ser um viking,mas toda vez que eu saía,sempre acabava algo destruído-riu meu tio-Eu e sua mãe tínhamos objetivos iguais:Matar um dragão para provarmos que éramos verdadeiros vikings

Arqueei as sobrancelhas surpreso.

—Os dragões mais fortes naquela época que atacavam Berk eram os Fúrias da Noite-ele explicou

Sorri de lado percebendo de quem se tratava.

—Eu e sua mãe tivemos a mesma idéia,eu fugi da minha casa e ela da do Bolor,por incrível que pareça,nós escolhemos o mesmo lugar e nos encontramos-declarou-Eu desconfiei na hora quando ela disse seu nome e quando vi a aparência dela e o colar

—Colar?-perguntei

—Stoico,esse colar-meu tio apontou para meu pescoço-Tem passado de geração em geração entre os primogênitos do clã Strondus.Seu avô,deu pra sua mãe e ela deu pra você

Apertei meu colar com força.

—Mas foi o papai que me entregou-respondi

—Sua mãe pediu pra te entregar antes de entrar em coma porque ela achou que ia morrer-declarou meu pai

Arregalei os olhos.

Meus deuses...

—Pois é,eu fiz uma arma que derrubou um Fúria da Noite e sua mãe usou os poderes para derrubar o outro-explicou meu tio-Um Pesadelo Monstruoso apareceu e começou a nos perseguir,quem nos salvou foi papai.Depois que os dragões foram embora,Bolor apareceu gritando com a sua mãe e até deu um tapa nela porque ela sempre respondia pra ele,sabe que sua mãe não é de ficar calada

Revirei os olhos.

Típico de Seeylfe Strondus...

—Meu pai não se segurou e tirou a guarda dela de Bolor na frente de todo mundo.Ela foi pra casa comigo,ia passar uns dias conosco-explicou-Eu disse a história da minha irmã perdida,ela quase não acreditou,mas de certa forma desconfiou.Nós fomos para a floresta dispostos a encontrar os Fúrias da Noite e matá-los.

—Encontraram,mas os libertaram porque não tiveram coragem de matar eles-confessou papai

—Porque?-perguntei

—Porque quando nós olhamos nos olhos deles,vimos a nós mesmos-confessou meu tio-É como se o dragão fosse sua outra metade de espírito

Assenti.

—Enfim,depois disso,partimos para a casa do Bolor que contou toda a verdade-declarou meu tio com os olhos marejados-Você não imagina o quanto fiquei feliz que minha irmã estava na minha frente,viva!-exclamou sorrindo

—E a mamãe?-perguntei

—Ela chorou de felicidade ao descobrir que tinha um irmão,um pai,uma família!-exclamou-Não contamos pro papai porque ele deixou Berk para ir numa missão de achar o ninho dos dragões que atacavam nossa vila-explicou-No dia seguinte,eu e sua mãe fomos para o treino para matar dragões,nosso treinador era o Bocão,o melhor amigo do seu avô e ele foi tipo como um segundo pai pra mim e pra sua mãe

—O que aconteceu com ele?-perguntei

—Morreu na última guerra que teve,vamos chegar lá-declarou meu tio-No nosso primeiro treino,lutamos contra um Gronkle,eu quase fui morto e sua mãe foi parar na Anciã-confessou

—Hã?-fiz careta

—Eu não era bom em lutar antigamente,sua mãe era,mas toda a confusão de ser a filha de Stoico e com os Fúrias da Noite não a deixou concentrada,seu pai fez questão de levá-la pra Anciã-debochou

Sorri de lado vendo meu pai ficar vermelho outra vez.

—Enfim,depois do treino,eu e sua mãe fomos atrás dos dragões com uma dúvida:Porque eles não nos mataram?Nós achamos eles num morro,eles haviam perdido parte das caudas e não podiam voar-explicou-Banguela,vem cá

Banguela se aproximou de nós.

—Ali-apontou para a outra metade da cauda-Fui eu que fiz para Banguela e Flora poderem voar outra vez.Eu e Seeylfe ganhamos a confiança deles,nós o treinavámos e eles nos treinavam-explicou

—Seu tio foi descobrindo suas fraquezas e usou com os outros dragões na arena,com isso,ele foi escolhido para matar seu primeiro dragão na frente de toda a aldeia-declarou meu pai

Arregalei os olhos.

—E a mamãe?E o vovô?-questionei

—Sua mãe ficou irritada,pois ficou avisando ele desde de sempre para não fazer aquilo,já seu avô,estava orgulhoso dele porque ele era o pior de todos que se tornou o melhor de todos-falou papai-Nesse mesmo dia,eu e Astrid estávamos desconfiados demais,sua tia seguiu seu tio até o morro e eu segui sua mãe até a floresta.

—Eles descobriram sobre Banguela e Flora,mas não contaram pra ninguém quando voaram neles,lembra quando você voava na Flora com a sua mãe?-perguntou meu tio

Assenti sorrindo.

—Pois é,porém,Flora levou seus pais até o ninho dos dragões e descobriram que a rainha do ninho,o Morte Rubra,controlava os dragões para eles levarem comida pra ele-explicou ele

—Eis a prova!-exclamei

—Pois é,depois seus pais voltaram até a floresta e antes de se despedirem,eles...

Meu pai arregalou os olhos corando.

—ELA TE CONTOU!?!-berrou

Meu tio gargalhou.

—A Seeylfe não esconde nada de mim-respondeu

—O que?-questionei morrendo de curiosidade

—Foi lá que seus pais se beijaram pela a primeira vez-respondeu meu tio fazendo meu pai bufar

Sorri imaginando a cena.

—Pois é,no meu exame final,eu decidi mostrar que os dragões não eram monstros,mas meu pai irritou o Pesadelo Monstruoso que quase arrancou minha mão-explicou meu tio-Sua mãe e sua tia ficaram desesperadas e invadiram a arena,seu avô apareceu depois,mas só conseguiu tirar apenas eu e Astrid,já que o dragão pegou sua mãe pelo o braço com os dentes

Fiz uma careta imaginando a dor dela.

—Eu tentei salvá-la,mas também fui preso em suas garras junto com Seeylfe.Eu e sua mãe demos as mãos achamos que íamos morrer,mas...o dragão nos soltou quando Banguela e Flora invadiram a arena nos protegendo-sorriu meu tio

—Nossa...-declarei maravilhado

—Tentamos tirá-los de lá já que os vikings estavam indo em direção a eles,Banguela derrubou todos e pulou em cima do seu avô pronto para matar ele com o jato de plasma-suspirou-Mas quando eu e sua mãe gritamos,ele parou.Prenderam Banguela e Flora,e nosso pai nos arrastou até o grande salão.

—E aí?-questionei

—Ele gritou com a gente,eu falava nervoso,mas sua mãe não se aguentou e gritou chamando ele de pai sem querer-confessou-Ela contou que era sua filha,mas ele não acreditou.Eu não me aguentei e disse que Flora havia nos revelado a ilha dos dragões.

—Ele foi até a ilha?-perguntei incrédulo

—Antes de ir,ele disse:Vocês passaram para o lado deles,vocês não são vikings,como é que podem ser meus filhos?

Meus olhos marejaram.

—Pense o que sua mãe sentiu?O quanto ela chorou quando ouviu aquilo do próprio pai?-perguntou meu pai-Imagina ouvir de você algo pior?Do próprio filho dela?

Enxuguei as lágrimas que escorreram.

—Mas eu e sua mãe não desistimos-declarou meu tio-Nós dois,seu pai,sua tia e mais os pilotos,montamos em dragões e fomos para o ninho dos dragões-explicou

—E aí?-perguntei

—Entra na mente da sua mãe e procura-pediu

Fechei os olhos me concetrando.

—mente da Seeylfe on-

O Morte Rubra atacava os vikings e os barcos estavam em chamas.Era um desastre.

—Perna de Peixe,relatório-pediu meu irmão.

—Tá.Crânio blindado,cauda feita para golpear e esmagar,evite os dois-comentou ele-Olhos pequenos,narinas grandes.Se alimenta pelo o som e pelo o cheiro.

—Tá bom,você e Melequento fiquem no ponto cego dele,façam barulho para distraí-lo-declarou Soluço-Durão,Quente,descubram quantos tiros eles pode dar,irritem ele!

Acho que andar muito comigo influenciou ele demais...

—Essa é minha especialidade!-exclamou Cabeça-Quente animada.

—Desde quando?Todo mundo sabe que eu sou mais irritante,quer ver?-riu Cabeça-Dura fazendo careta,ficando de cabeça pra baixo no dragão.

—Apenas façam isso,voltamos assim que puder-alertou Soluço se afastando.

Voei ao redor dos barcos procurando por Flora.

Ouvi um rugido.

Olhei em direção ao som vendo Flora acorrentada em um barco.

—Flora!-exclamei voando até o barco.

Quando cheguei perto,pulei no mesmo.

—Vá lá e ajuda os outros-pedi a Dag que assentiu,voando com o Nader pra longe.

Me virei pra Flora.

—Calma garota,vou tirar você daí-declarei a encarando.

Arranquei a cinta de sua cabeça e apaguei as chamas do barco com neve.

Arregalei os olhos vendo o rabo do Morte Rubra vir em nossa direção.

Abracei Flora com força,sentindo o impacto do rabo destruir o barco.

Fui puxada violentamente pra dentro da água junto com Flora indo parar no fundo.

Percebi que meu pé estava preso entre as correntes de Flora.

Arregalei os olhos.

Eu tô dentro da água!

Meu grito saiu silencioso.

Desesperada,agarrei as correntes de Flora puxando-as uma vez ou outra,tentando nos soltar ou nós duas iríamos morrer.

Meu peito começou a doer e minha garganta a se fechar.

Meu corpo amoleceu fazendo minhas mãos soltarem as correntes enquanto minha vista escurecia lentamente.

A última coisa que vi foi Flora gritar silenciosamente em desespero,quando fui puxada violentamente pra cima.

—mente da Seeylfe off-

Abri os olhos ofegando.

—Nossa!Era ela com 15 anos!Não mudou quase nada hoje em dia!Assim como Tia Astrid e vocês dois!-esbravejei sorrindo

Meu tio sorriu.

—Viu até aonde?-perguntou

—Ela tava na água,Flora estava presa na água e minha mãe estava se afogando,mas foi puxada-expliquei

—Ver o resto-sorriu meu tio em incentivo

—mente de Seeylfe on-

Senti meu corpo ser puxado pra fora da água e ele ser deitado em algo,que eu não soube descrever.

O ar voltou aos meus pulmões me fazendo tossir e cuspir a água que tinha neles.

Cerrei os olhos com força antes e abri-los.

—Pai?-murmurei confusa vendo ele voltar pra dentro d'água.

Me sentei,meio atordoada.

Ele havia me salvado?

De repente,Flora saiu da água puxando meu pai consigo.

Ela sacudiu a água do corpo e em seguida,me encarou indicando o Morte Rubra com a cabeça.

—Tô indo garota-declarei me levantando.

Subi em cima dela ajeitando o leme para ficar ereto e poder voar direito.

—Seeylfe!-papai segurou meu braço.

O encarei vendo ele de olhos marejados.

—É verdade?Você é mesmo minha filha?-perguntou.

Sorri timidamente.

—Sou-respondi.

—Me desculpe...por tudo-declarou arrependido.

—Tá tudo bem pai-afirmei com a voz embargada.

—Não precisa ir até lá-comentou indicando o Morte Rubra.

—Somos vikings,é um risco ocupacional-alertei sentindo meus olhos marejarem.

Ele segurou minha mão,me encarando profundamente.

—Eu tenho orgulho,de te chamar de filha-confessou.

Ele se inclinou beijando minha testa.

Enxuguei uma lágrima que escorreu de um dos meus olhos.

—Obrigada pai-agradeci.

Agarrei a cela com força e então decolei com Flora.

—mente de Seeylfe off-

Abri os olhos novamente.

—Só vi até a parte em que ela voou com Flora pra enfrentar o Morte Rubra-declarei

—Eu e sua mãe o derrotamos,eu até perdi minha perna esquerda no processo-apontou para o pé de ferro

—Nós contamos a história do Morte Rubra pra vocês,mas essa a versão verdadeira-respondeu meu pai

Sorri feito bobo.

—E foi a partir daí que a paz entre dragões e humanos começou e é claro,a Seeylfe ficou com sua verdadeira família-declarou meu tio

—E a vovó?Conta o resto!-pedi


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Notas finais do capítulo

N. F:

Quando Stoico ouvir a história toda,ele vai amadurecer de um jeito inexplicável.

Foto do Soluço:https://www.instagram.com/p/_982wyIxPZ3LA9cigSe1FAofL4ndeaXnfVD7Y0/
Até o próximo capítulo!



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