Certezas escrita por Umi


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

tá uma bosta e eu provavelmente vou apagar isso algum dia.



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Guren era devoto à Mahiru, sempre foi, sempre será. Shinya sabia disso, e mesmo assim não havia como não ter sentimentos por ele. Sabia também que Guren nunca o amaria de volta, nunca o olhou, nunca olhará; para Guren, Shinya era apenas um incômodo. Um dos vários incômodos que o cercavam.

E mesmo sabendo de tudo isso, sempre continuou sorrindo. Em frente a todos, como sempre sorriu, e provavelmente nunca deixará de sorrir. Nunca se via um pingo de tristeza em seu rosto. E se alguém soubesse o quanto Shinya amava Guren, tal pessoa se perguntaria como ele conseguia sorrir.

Sempre, sempre quando Shinya entrava no seu quarto, deixava seu sorriso morrer instantaneamente, assim como seus olhos caiam em solidão, suas mãos se perdiam ao redor do próprio corpo, apoiado na sua porta, vez ou outra permitia lágrimas caírem de seus olhos. Não, não, não podia chorar. Era um Hiiragi. Não podia chorar. Fora criado para ser forte. Não!

Se perguntava o que tinha feito de tão errado. Toda sua infância gasta com aquela estúpida competição, as vezes desejava ter morrido lá; não teria conhecido Guren, nem Mahiru. Também não seria um Hiiragi. Não precisaria sofrer por um amor não correspondido.

E depois de tudo isso, Shinya forçava novamente um sorriso em seu rosto. Então apenas dormia. Como se nunca tivesse amado ninguém. E acordava, como todos os outros dias. Com um de seus milhares sorrisos.

Porém, naquela manhã, não se deu o trabalho de sorrir. Assim como não saiu de seu quarto; ninguém se importava, mesmo. Naquela tarde permitiu que as lágrimas saíssem livremente, não as culpava por ser fraco. Durante a noite não pregou os olhos. Não conseguia mais. Fingir; fingir estar bem.

No próximo dia, Shinya também não saiu de seu quarto. Nem no próximo, nem no outro. E ninguém se importava. Ninguém bateu na sua porta para saber se estava bem. Ninguém queria saber se ele estava bem. Não queriam que ele estivesse bem. Afinal, era só um incômodo.

Depois de uma semana, Shinya saiu de seu quarto, porém sem seu usual sorriso. Nada mudou. As pessoas não mudaram sem sua presença. Também não mudaram ao ver que não estava sorrindo. Era só um incômodo. Nem se preocupou em visitar Guren em sua sala. Não era bem vindo. Nunca fora.

Era apenas um incômodo.

Tinha certeza de que ninguém sentiria sua falta se sumisse, nem faziam questão de fingir que sentiriam. Nem seu provável melhor amigo. Nem sua família. Nem ninguém.

E também tinha certeza que Guren nunca o amaria como o ama.


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Notas finais do capítulo

(((protect shinya 2k15))) (((provavelmente tem alguns errinhos do tipo acento aqui acento ali, já que eu não tenho word no meu computador novo e o programa que eu to usando não aponta erros ortográficos)
sintam-se livres para:
— me corrigir
— me bater
— me matar.
(coleção inexistente de drabbles escritas às 4 da manhã que ninguém quer ler).

**EDIT 02/02/16: Arrumei umas coisinhas aqui e ali, nada demais**