Capítulo 2

─ Içar velas ! ─ Aryeh, grita apontado para o horizonte.

Os homens de seu barco, somente obedecem a menina. A filha do Capitão Gancho caminha pelo convés do navio. Uma brisa leve levanta seus compridos, negros e cacheados cabelos. A menina bota a mão na frente dos seus olhos azuis, por conta do Sol.

A menina sente um cutucão no ombro, instantaneamente se vira, e vê um grupo de jovens a esperando. Ela sorri para eles, e pergunta:

─ Olá, vocês são os filhos dos vilões ?

─ Sim. ─ um menino com cabelos roxos e curtos, responde indiferente.

─ Tudo bem. Até chegarmos a essa escola em que nossos pais querem nos colocar, eu preciso que me ajudem com o navio. Entendido? ─ a menina grita em claro e bom tom, todos assentem com a cabeça.

─ Licença. Mas onde é que serão nossos quartos? ─ uma menina com cabelos azuis pergunta.

─ Ah, ainda bem que perguntou. Os quartos de vocês, serão aqui em cima mesmo, como vocês podem ver, temos muito espaço. E se não sobrar lugar, dormiram em baixo do convés. ─ a filha do Capitão Gancho fala. ─ Então, o que estão esperando? Se arrumem, garantem seus lugares para dormir.

A menina vai até o timão, e começa a direcioná-lo. Os adolescentes começam a fazer coisas de seu prazer.

A filha de Jafar, Thabata, enrolava a ponta de seus cabelos negros com mexas vermelhas, no seu dedo. Seus olhos castanhos que dariam inveja a todos, olhavam fixos para o mar. Quando será que ela chegaria ? Thabata, se virou por um instante. Sua coruja, Dondara voou até o seu ombro. A filha de Jafar, parou de mexer no cabelo. Ela virou repentinamente para o mar, fazendo seus seios fartos balançarem. No mar, uma silhueta com curvas bem chamativas aparece. De dentro da água uma menina com cabelos loiros, quase brancos, com mexas azuis em todas a extensão de seu cabelo. Com olhos azuis claros. Ela entra no navio normalmente, e por incrível que pareça : Seca. Thabata a abraça e fala baixinho:

─ Pensei que nunca viria.

─ Eu também, minha mãe meio que me prendeu dizendo para eu lembrar de minhas origens e não virar uma heroína e ser uma vilã e blá blá blá. ─ Felicia, a filha de Úrsula fala.

─ Mas é verdade, eu não sei o que eu faria se minha melhor amiga fosse para o lado dos heróis. ─ a filha do Jafar fala sem preocupação, pois com certeza ela e a amiga sempre seriam vilãs.

─ Então qual é mesmo o nosso objetivo naquela escola? ─ a filha de Úrsula pergunta.

─ Roubar a ─ Thabata foi cortada

─ Roubar a varinha mágica da Fada Madrinha. ─ Uma menina que vinha na direção das meninas falou.

Ela andava com um andar felino, as coxas grossas e firmes, como os glúteos da menina, chamaram muita atenção dos homens mais velhos, denominados marujos do navio.

─ Certo, e para quê essa varinha serve? ─ a filha de Úrsula perguntou curiosa.

─ Bom, ela serve para muitas coisas, e é uma varinha muito poderosa. ─ Joanna, a menina que andava de modo felino anunciou.

Joanna, era a filha de João, um caçador de bruxas. E por mais incrível que pareça, filha de Ariel, uma bruxa negra, que se converteu para o Cristianismo. Mas a menina fora condenada a viver na Ilha dos Perdidos.

Evie, se olhava em um espelho de mão, e tentava parecer mais bonita. Maléfico, seu namorado fala:

─ Você é linda.

─ Obrigada. ─ a menina beija o garoto.

─ Argh, será que os dois podem parar de se agarrar? ─ a irmã gêmea de Maléfico, Mal pergunta impaciente. ─ Nós temos que planejar como roubar a varinha da Fada Madrinha.

─ Ah é muito simples. Só precisamos achar a localização dela, depois roubá-la. ─ o filho de Jafar fala como se fosse óbvio.

Carlos, filho de Cruella revira os olhos.

Um solavanco os faz cair. A filha do Capitão Gancho aponta para o mar, e grita:

─ Sereias ! Todos se abriguem. Quem quiser lutar venham !

Todos se escondem, só Joanna, Thabata, Felicia, Mal e Maléfico chegam perto de Aryeh, que revira os olhos e diz:

─ Parece que serão só nós. Felicia e Mal, vocês vão por ali. ─ ela aponta para o lado direito do convés, as meninas correm para lá. ─ Thabata e Joanna, aqui. ─ As meninas ficam onde estão. ─ Maléfico, eu e você lá, vamos. ─ Os dois correm até a parte traseira do navio.

Eles conseguem ver sereias, mas não exatamente as sereias bonitas, eram monstros, com dentes pontiagudos, e garras longas, com olhos grandes brancos, uma pele acinzentada, e uma parte de peixe abaixo da cintura. Maléfico jogou esferas de energia verdes nas criatura, que se assustaram mas não tanto, pois pularam para tentar agarrá-lo, mas Aryeh cortou as criaturas ao meio, fazendo sobrar somente algumas. Que Maléfico utilizou feitiços nelas.

Joanna e Thabata lutavam com as monstras, Joanna gemia, hipnotizando algumas sereias, as fazendo utarem uma contra as outras. Thabata somente lutava com uma adaga enfeitada com pedras preciosas, com uma sereia que se agarrara a ela. Thabata enfiou sua adaga em uma das guelras da sereia, que começou a se debater. Então seu corpo caiu inerte no convés, Thabata tirou sua adaga da guelra da monstra e jogou-a de volta para o mar.

Felicia pulara para o mar, e se transformou, em vez de pernas ficou com tentáculos de polvo, e começou a estrangular algumas sereias com seus tentáculos. Mal recitava feitiços em sereias, que explodiam, ou pegavam fogo. Por fim eles conseguiram se livrar das sereias feias, perceberam uma terra a vista, chegariam a Auradon.

Mal e Maléfico lançaram um feitiço no navio, mudando a roupa de todos, os deixando parecidos como adolescentes comuns, para causarem uma boa impressão nos anfitriões. Pois eles não poderiam chegar lá com sangue de sereia, e molhados.

─ Jogar âncoras ! ─ gritou Aryeh.

Finalmente chegaram a Auradon...