Hermione acordou pela manhã e se vestiu, fazia muito frio e nevava.

Tomou um café da manhã e viu Maurice, o cavalo de seu pai desesperado.

–O que houve? HARRY, RON! -malditos! Dorminhocos! -Me leve até o papai- diz pegando uma mochila e colocando duas garrafas de água, sanduíches, livros, mudas de roupas, uma faca, um isqueiro, uma bússola e a foto de sua falecida mãe e uma foto de seu pai, pegou maçãs e uma caneta e um caderno. Conseguiu encaixar um saco de dormir e uma barraca.

Montou em Maurice e saiu em disparada pela vida, pulando caixotes de frutas, barraquinhas e quase atropelando pessoas. Maurice a guiou por toda a floresta. Pararam para o cavalo beber água e Hermione pôs um casaco pesado sem o cinto e montou no cavalo. Ele parou em frente a um castelo, sombrio, Hermione tocou a porta com os dedos gelados e rangeu.

–Fique aí, Maurice- mandou e entrou, viu roseiras lindas e jardins mal cuidados, chegou na porta de madeira e bateu. Puxou o tranco e viu que estava aberta.

–OLÁ? -chama receosa- PAPAI? -ouve o eco da sua voz e pega um castiçal aceso.

Ela sai procurando até que ouve vozes.

–MIONE MINHA QUERIDA! FUJA ANTES QUE NÃO DÊ MAIS TEMPO! FUJA E NUNCA MAIS VOLTE! -ela correu em direção a voz e se deparou com uma escada em círculo, correu e viu que tinha celas, e uma criatura nas sombras de frente para o pai que suplicava baixo para que ela fugisse.

Sem receio, disse:

–Solte meu pai- diz tirando o capote da cabeça e arrumando o gorro- agora- diz firme e a voz solta uma risada.

–Soltá-lo? Garota insolente, ele roubou de minhas rosas.

–Eu pedi a rosa. Prenda-me, solte-o.

–Mione minha filha não.

–Papai, silêncio- ordena- o que acha?

–Siga os conselhos de seu tolo pai.

–Eu fico- diz- eu não tenho medo de você.

–Ah é? -diz saindo das sombras, revelando uma fera cheia de pelos, de dois metros e com olhos azuis tempestuosos, A Fera esperou que a menina desmaiasse. Mas ela apenas o encarou firme.

–Solte meu pai.