Babi ainda sente o perfume de H, ainda sente o gosto dos seus beijos em sua boca,
se sentia como se tivesse acordado de um sonho lindo, mas o sonho lindo tinha sido muito real, e mesmo assim estava difícil encarar a realidade.
O Celular toca, era Katina querendo saber como tinha sido à noite,
por telefone Babi dá poucos detalhes e manda a amiga ir imediatamente para sua casa.

Katina chega, Babi ainda está jogada na cama.
– Babi, Babi, o que você ainda está fazendo aí?

– Acho que tou querendo voltar a dormir, voltar a sonhar que ele está aqui, e que não existe mais ninguém, apenas eu e ele. Não existe problemas, não existe Gin, não existe família, não existe b....

– CALA BOCA BABI, e acorda para realidade, cadê a mulher forte que você se transformou hein? Cadê aquela mulher que está levando essa família nas costas? Cadê aquela mulher decidida, corajosa e orgulhosa? Você está parecendo uma menina bobinha, depois de ter a primeira vez com o cara mais gato do colégio. E vem cá Babi, nem nessa época você foi assim.

Babi se senta na cama, olha para Katina.
– Eu não sei o que está acontecendo comigo Katina, eu não sei.

– Eu sei, isso se chama gravidez, você tá sensível meu amor.
Katina abraça Babi,

– Mas por favor, para com essa melação com o H, você o largou, e quando voltou foi correndo procurar ele, usou e abusou depois disse que ia se casar. Agora que está feliz com a Gin, que é uma pessoa legal, não fica com esse joguinho de sedução, conta logo pra ele que você está grávida, e se você quer ele de volta, luta, mas com um jogo limpo.

– Eu não quero que ele fique comigo só por causa do bebe. Eu nem sei se vou contar pra ele que estou grávida.

– Vai sim, não por você, mas por essa criança.

Babi abraça Katina novamente.

– Vai vamo, levanta, vamo fazer alguma coisa, tomar um bom café da manhã, caminhar um pouco na praça, fazer compras, um cineminha talvez? Mas chega de desanimo Babi.

Babi nunca tinha se sentido tão frágil e tão confusa, talvez por causa da gravidez, ou por medo de admitir que não poderia viver sem H.

Depois de algum tempo andando de modo sem rumo, H vai para casa de seu pai.
Chegando lá percebe que havia cinco ligações de Gin em seu celular.
Ele sentia culpado, muito culpado, sabia que tinha que contar pra Gin, mas não queria magoá-la de novo.

“tou na casa do meu pai, mais tarde passo no seu ap, guapa : )’

Enquanto tomava um banho, H lembrava de Babi, tão frágil e tão decidida ao mesmo tempo.
O que ele tinha feito? Tinha tirado ela dos braços de Chino, porque não admitia que ela fosse de qualquer outro homem a não ser dele.
Mas ele não tinha esse direito, ele estava com Gin...
Gin, aquele sorriso, aquele corpo, aquela mulher, que o fazia sorrir todos os dias.
Gin era fantástica, e H pirava nela, mas diante de tantos pensamentos, estava mais confuso do que nunca.

Depois de seu banho, deita em sua cama, e dorme algumas horas, tentando esquecer que seu coração está dividido.


Katina e Babi passam o dia fazendo coisas de menininhas
As duas se davam muito bem, ambas não entendiam como conseguiram ficar tanto tempo separadas, mas de uma coisa tinham certeza, que nunca mais iam se separar.
Elas vão a manicure, salão de beleza, almoço leve em um bom restaurante e depois shopping. Entram em algumas lojas, e Katina começa zuar com Babi, pedindo para ela começar a comprar roupas maiores, porque ela vai ficar ‘gordinha’.
Enquanto caminham pelo corredor a procura de uma loja de sapatos...

– Eii, Katina ...

Katina e Babi olham para trás, e avistam Gin com algumas sacolas, vindo em direção a elas, inicialmente com um sorriso no rosto,
mas depois fica meio sem jeito quando se aproxima e percebe que a moça loira com Katina era Babi.

– Oi Gin – Katina diz dando um abraço e um beijo em Gin.
– Essa é minha amiga Babi – diz com um olhar meio preocupado.
Gin, dá um sorrisinho meio forçado e diz - Oi Babi.
Babi retribui o oi, com um tom de indiferença.
Katina tenta quebrar um pouco o gelo daquele encontro um tanto inesperado.
– O que faz aqui Gin? Não me diga que está fotografando.
– Não. Na verdade vim fazer umas compras, mas já estou voltando pra casa. Fiquei feliz de te ver Katina, bom, já vou indo.

– E o H, está aqui com você? – Babi pergunta em um tom ameaçador, e Katina a olha com uma cara feia.
– Não, vamos nos encontrar depois, ele acaba de me mandar uma mensagem avisando que vai para o meu apartamento. - Gin responde toda sorridente.

Mas Babi continua...

– Viu Gin, você faz fotos de bebes?
– Bebes?
– Sim, é que eu vou ser...
– BABI A GIN NÃO FAZ! Vamos que também está na nossa hora. – Katina diz, enquanto tenta puxar Babi pelo braço, para saírem dali antes que ela fale alguma besteira.
Mas Babi continua: - É que eu vou ser tia, queria dar um presente legal para o meu sobrinho.
Gin responde educadamente: - Eu não faço, mas tenho um amigo que faz um trabalho fantástico, posso te indicar.
– Por favor queridinha. – Babi diz sorrindo
– Quando você for lá em casa Katina, eu te entrego o cartão dele, pode ser Katina?
– Pode sim Gin, bom temos que ir também, foi bom te ver- Katina se despede de Gin, e começa a andar de pressa com Babi.

Babi começa a dar gargalhadas ao ver o desespero de Katina
– Você tá loca? Você é loca? Pensei que você ia falar do seu filho pra Gin?
– Ela nem é tão bonita assim, tá ela é bonita, mas... – Babi continua gargalhando, e falando com deboche.
– Para Babi, ela é legal ta? Mew você é muito malvada!
– Desculpa Katina não resisti.



H vai para a casa de Gin, decido a não contar que passou uma noite com Babi, ele não queria magoa - lá, e estava convicto de que não iria mais se envolver com Babi.

– Meu amor, ainda bem que você chegou, eu estou com tantas saudades de você.
H a abraça: - Eu também.

Mesmo tentando disfarçar, o seu olhar e sua maneira de agir estavam diferente, ele não conseguia se sentir a vontade, guardando esse segredo.

– O que aconteceu H, você tá diferente?

– Nada não.

– Tá estranho.

– Não tou, acho que tou cansado.
– Sei.

O resto do dia passou rápido, Gin estava empolgada com um novo projeto, e compartilhava cada detalhe com H, que fazia um esforço tremendo para prestar atenção, e não sentir aquela culpa.

– Hey H, você não sabe quem eu vi no shopping hoje – Gin grita da cozinha, ela estava preparando o jantar.
H estava na sala, com o controle da TV, mudando de um canal para o outro, sem conseguir se interessar por algum programa.
– Quem?
– A Katina, e ela estava com a Babi.
H sente seu corpo todo gelar.
– É? E aí?
– Ela foi simpática comigo, mas não sei, parece que ela estava sendo meio irônica comigo. Também né. E ela perguntou de você.
– De mim?
– É de você H. - Gin caminha até a porta da sala, e vê que H, muda de canal rapidamente.
– Não precisa quebrar meu controle remoto, e se vai ficar nervoso, não falo mais dela.
– Não tou nervoso, esse plano da sua TV a cabo, que me irrita por não ter um canal bom.
Gin olha para H e pergunta :
– Vocês tem se visto?
H se levanta, um pouco nervoso, colocando a mão na cabeça, com aquele sorriso meio de lado.
–Ehhhr, claro que não Gin, que ideia. Tá com ciúmes né?
Ele vai em direção a ela, e a pega pela cintura, e da lhe um beijo que faz os dois perderem o fôlego.
– Acho bom mesmo – Gin sussurra em seu ouvido.
Os dois voltam a se beijar, e H a leva para o quarto.
– Espera H, tenho que terminar o jantar.
– O jantar pode esperar! – H diz sorrindo