Papai preciso falar com você.

– Sente-se H, tome café da manhã comigo.
– Não obrigado. Estou sem fome.
– Sente-se. Alias, parabéns, seu irmão me contou que você vai ser Pai.
H, não consegue se conter e sorri como se naquele momento se tivesse se transformado no homem mais feliz do mundo.
– Obrigado, Papai. É por isso que eu vim aqui, eu preciso da sua ajuda.



Babi sentia que H estava distante, e o dia de sair do hospital se aproximava.
ela estava insegura e com medo, mas Katina tentava tranquiliza lá :
– Babi ele te ama, ele vem te ver todos os dias, a Gin está longe do país, para de fazer drama.
– Não me ama Katina, ele vem aqui cinco minutos, e fica atendendo ligações. Ele está ausente, eu sinto isso. Ele só está se preocupando comigo por causa do bebe.
– Para Babi, chega eu não quero mais ouvir você falando besteira. Amanhã você vai poder ir para casa, e tenho certeza que ele que vai te levar.
–Sei não, viu.
– Bom, se ele não puder, eu e meu amor, te levamos.
Babi olha para a cara de apaixonada de Katina, quando chama Alex de meu amor, e começa a rir.
– Você está gostando mesmo dele né?
Katina faz que sim com a cabeça.

– Mas isso é muito dinheiro H, não vou conseguir transferir isso hoje, vou ter que ligar para o banco e ver o que eles podem fazer. E sobre o carro, tudo bem, você pode ficar com o meu.
H abraça o Pai com lágrimas nos olhos.
– Eu sabia que podia contar com você.
– Eu te amo meu filho, eu não sei por que você duvidou disso em algum momento, mas a partir de agora você vai entender que todas as decisões que tomamos são para o bem de nossos filhos.
Os dois se separam do abraço ambos visivelmente emocionados.
– Mais tarde venho pegar o carro Papai, obrigada.

Horas mais tarde, em um bar qualquer ...
– Aqui o cheque.
– Aqui a chave e os documentos.
– Acho que fizemos um bom negócio Sr. Oliveira.
– Que seja, faça bom proveito dela.
H sai do bar, do mesmo jeito que entrou, sério.
– Táxi - H grita.

No dia seguinte :

– Obrigada por tudo Katina, por ter estado comigo todos esses dias.
As duas se abraçam, ambas com os olhos cheios de lágrimas.

– Com licença, está pronta Babi? O médico já assinou seus papeis, já podemos te levar para casa.
Katina e Babi se separam do abraço, Babi olha para a porta na esperança de ver H,
mas nem sinal dele, então ela abaixa a cabeça e pergunta.
– Já podem? O H não veio.
Alex faz que não com a cabeça, vai até a cama e pega a mala de Babi.
Katina anda ao lado da amiga, Babi tenta sorrir, mas em seu rosto está nítido a decepção por H não está presente naquele momento.
Quando ultrapassam a porta do hospital, lá estava ele, com um buquê de rosas vermelhas, uma camisa branca social, uma calça preta, cabelos penteados, nem parecia o mesmo H.
Babi se aproxima dele, com um enorme sorriso.
– Você veio?
– Não pensou mesmo que eu ia te abandonar né?
H lhe entrega o buquê de rosas, e
m seguida os dois se encontram em um caloroso abraço cheio de saudades. H sussurra no seu ouvido :
– Casa comigo?
Babi o olha espantada.
– Como?
Ele tira uma caixinha preta do bolso da calça,
–Casa comigo Babi?
Babi sorri, e não consegue segurar as lágrimas.

Katina e Alex aplaudem e fazem festa, enquanto H coloca a aliança no dedo da Babi.

H abra a porta do carro, Babi não entende.
– Mas o carro do Alex não é aquele?
H faz que sim com a cabeça, e continua esperando a Babi entrar.
– Não entendi H, de quem é esse carro?
– É meu, e agora eu vou levar a mulher da minha vida para casa.

– Ual, papai te deu mesmo o carro Hugo? Você é foda em irmãozinho.

H apenas ri, fecha a porta depois que Babi entrou, e vai para o lado do motorista.

Com um sorriso sincero e cheio de gratidão se despede de Katina e Alex.
– H cadê sua moto?
Com uma mão no volante, e a outra acariciando a barriga de Babi.
– Porque você não quis saber o sexo? Como vamos comprar as roupinhas.
– A surpresa é melhor – Babi diz
– Se for menino vai ser chamar Hogo Oliveira. O que você tá rindo Babi? Não gostaria de ter um mini H ?

Babi olha pela janela e estranha o caminho.
– H, para onde estamos indo?
– Já ia me esquecendo – Ele pega um lenço no banco de trás, e entrega para Babi. – Por favor.
Babi segura o lanço que lhe traz muitas memórias, ela sorri, e olha para ele como se não tivesse entendendo.
– Você sabe o que fazer né?
Ela faz que sim com a cabeça e venda seus olhos.
– Ai, H para onde vamos?
– Espera e confie em mim meu amor.

– Porque você está dirigindo tão de vagar H, você nunca foi disso.
– Eu não vou correr com você e com nosso bebe. Agora vai ter que se acostumar, com vocês só vou andar a 10 km por hora. Alias já estamos chegando.

H estaciona o carro, abre a porta.
– Sinto um vento, uma brisa, estamos na praia?
–Eu queria carregar você, mas acho um pouco arriscado, então é melhor você tirar a venda.
H se abaixa, e tira o lenço com cuidado do rosto de Babi, ele a pega pela mão, ajudando a sair do carro.
Babi olha ao redor, e não acredita, no que seus olhos estão vendo.

– Como assim H, o que estamos fazendo aqui?
H vai caminhando com ela até a porta da casa.
– Não vou te deixar aqui para pular o muro, e quebrar a janela – Ele tira uma chave do bolso, e a coloca na maçaneta. – Eu vou apenas abrir a porta.
– Mas como?
– Abrir a porta da nossa casa.
Ele abre a porta, e os dois entram timidamente.
Babi olha para ele sorrindo.
– A porta da casa que sempre foi nossa, mas agora não precisamos entrar escondidos, ou ficar admirando-a do lado de fora. Agora ela vai voltar a ser nossa para todo o sempre.
–Eu não acredito H – diz Babi, abraçando o bem forte, e muito emocionada.
– Pera, mas como? Como você teve dinheiro? Sua moto? Você vendeu?
Ele apenas faz que sim com a cabeça, pega na mão dela e juntos caminham até uma grande janela que dava de frente para a praia, e ficam olhando o por do sol.
– Você, e o nosso filho ou filha, merecem o melhor, merecem viver aqui Mais Além de 3 Metros Acima do Céu.
Babi sorri, aproxima seu rosto no de H, que a beija.

FIM