Your eyes escrita por YammyCipher


Capítulo 12
A tão esperada morte




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POV Chica

Eu saí correndo, junto com os outros. Ainda estava um pouco triste de eles terem me esquecido no parque, mas tudo bem. Acho que também teria esquecido eles caso eu estivesse morrendo de medo, o que era fácil de acontecer. Se bem que, ninguém voltou durante a noite, que eu me lembre. Acho que não há problema, certo? Aliás, eu estava dormindo um pouco mais longe deles, fazia sentido. Ou será que não fazi? De qualquer modo, eu já os perdoei e está tudo bem. Quer dizer, eu... já não sei mais do que eu estou falando.

Ouvi sirenes de longe, alguém deveria ter chamado a polícia. Aumentei o impulso com que pisava na calçada, assim como os outros. Foxy, naturalmente, estava um pouco mais na frente, visto que ele era o mais rápido. Luzes vermelhas e azuis refletiram no vidro de uma loja, fazendo-nos entrar em um beco. O barulho das sirenes foram ficando maiores, até que passaram por onde estávamos. Esperamos até as luzes desaparecerem, e voltamos a correr até a casa de Melly. Era o único lugar, além de que já estávamos indo para lá, seguro. O sol começou a se pôr, descansando do longo dia.

POV Bonnie

Suspirei de alívio, enquanto andávamos calmamente. Não haviam mais tantas pessoas nas ruas, o que era bom. Mas, ao mesmo tempo me dava uma sensação desconfortável. Sentia um frio na espinha, enquanto me inclinava discretamente para Foxy, curioso com a nova página que ele estava lendo.

11/05/2016

"Eu me sinto tão estranha... nunca experimentei esse sentimento antes. Um tipo de ansiedade, enquanto meu coração aperta. Eu não sei o que fazer! É um sentimento ruim, então, eu não deveria gostar dele. Mas, esse sentimento desperta algo em mim...

Isso é estranho

Não sei o motivo

Só gosto dele

Além disso,

Não tem como parar, certo?

Idiota, eu sou uma idiota.

De novo, me acostumei

A um sentimento ruim

Doida, louca, idiota.

Eu não deveria despertar isso... "

Abaixei minhas orelhas. Era estranho, isso. Eu não deveria estar tão... culpado. Certo? Eu não fiz nada de errado para Melly. A culpa não é minha... ou é? Comecei a me sentir mal, e, sem perceber, chorar. Me afastei lentamente, fechando os olhos. Respirei fundo, os abrindo novamente. Foi quando eu pude ouvir uma voz atrás de mim.

–Você não deveria chorar, docinho. Vai estragar seu rosto bonito. -arregalei os olhos e me virei, sem ver nada.

–O que foi, Bonnie? Vai ficar mesmo aí? -Golden me chamou, e eu corri até ele.

–G-Golden, foi você que disse? -perguntei um pouco submisso.

–Sim, eu te chamei.

–N-não, antes de eu parar.

– Deve ter sido sua imaginação, Bonnie. -Golden sorriu gentilmente.

–Sim, Bonnie. Somente sua imaginação. -uma voz debochou atrás de mim.

–Q-quem está aí? -fiz a melhor pergunta que poderia, me virando em um pulo.

–Oohh, o coelhinho está curioso! -alguém colocou uma mão em meu ombro, me fazendo virar para trás novamente enquanto os outros estavam parados ou rosnando. -Não se preocupe, vai ser rápido. Entããão... qual rim você quer que eu tire fora primeiro? -o homem com uma máscara azul disse.

Coloquei uma mão no queixo, fingindo pensar. Então, abri a boca vagarosamente como se fosse dizer algo e levei a mão para cima com o dedo indicador levantado. Saí correndo o mais rápido que meus pés poderiam aguentar, ouvindo os outros me seguindo. Ou, pelo menos eu esperava que fossem eles. Logo Foxy apareceu do meu lado, sorrindo. Aposto que isso era para me chamar de covarde. Botei a língua para fora e continuei a correr. Me senti sendo parado por alguém segurando meu braço.

–Docinho, assim só vai ser mais difícil. -ouvi aquela voz. Tentei me libertar, mas aquele mesmo problema entrou em cena. Todo mundo é mais forte que eu.

– Eu sou um garoto, então pare de me chamar assim!-choraminguei tentando puxar.

– Eu sei disso, gracinha. -ele me puxou, minhas costas bateram contra ele. Envolveu um braço em volta da minha cintura, enquanto com o outro apontava um bisturi para o meu pescoço. -Hey, vocês. Voltem para a sua pizzaria patética agora, ou o coelhinho vai saber se no céu tem pão.

–Largue ele... eh... -Freddy tentou adivinhar seu nome. -Joaquim?

–Eyeless Jack, faça-me o favor. -senti ele suspirando, que acabou indo em minha nuca. Estremeci. -Eh, sensível, docinho?

– C-cale a boca. -respondi.

– Oh, que boca suja, coelhinho. -desisti de lutar.

– Vamos resolver isso de uma forma civilizada. -Freddy tentei. - Olha, nem precisa largar Bonnie. Ainda bem que você não pegou Sally. Isso seria um desastre total. Ela sim nós gostamos. -Freddy pigarreou. Oh, ursinho esperto.

– Não, Sally não!!! - Eu relutei contra Jack, e, dane-se, eu chamo ele como quiser.

– Bem, bem. -disse me largando. Oh, meu Deus! Ele arrastou a mão em minha cintura devagar, passando por onde não devia. -E então, garota? - Ele agarrou Sally, porém muito mais violento do que comigo.

– Tchau, Jack. - eu disse atravessando a rua, os outros me seguindo. -Até mais! -acenei. Incrivelmente, eu pude ouvir ele murmurando um tchau também. Ou foi só imaginação?

– -EI! E EU? COMO É QUE FICO? -Sally esperneou.

– Bem, sem nenhum rim. -Ouvi ele dizer enquanto continuávamos a nossa rota até a casa de Melly.

– Hey, Jack. -ouvi uma voz familiar, mas não vi ninguém. Podia ver a casa a uma quadra de distância. Oh, bem. Vou ter que usar o banheiro assim que chegar lá. Acho que fiquei um pouco animado.


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