O Jantar Especial de Milo escrita por Winblam


Capítulo 1
Oneshot




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Grécia, Santuário – Casa de Escorpião


– CACETE! Como fui cair nessa!? Juro Aldebaran, você me paga! – bradou desesperado, olhando perdido para o tão sonhado caderninho de receitas brasileiras de que tanto ouvira falar da parte do amigo taurino. – "Que caderno de receitas que nada! Não dá pra entender porra nenhuma disso aqui! Como aquele touro tapado me passa um caderno de receitas em português? Eu NEM falo português!! O QUE QUE É PORTUGUÊS?? O Deba fodeu com tudo! Merda... "

Milo definitivamente estava desesperado, uma vez que prometera a Camus fazer uma "surpresa especial" em celebração ao primeiro mês juntos.

Um mês inteiro daquele francês empolado o agüentando num relacionamento adulto “saudável”. Um mês daquele cubo-de-gelo na sua cama, dormindo, acordando e não dormindo com ele. Um mês de uma vida de adolescente apaixonado, exatamente ao tipo de paixão que nunca pode e nunca quis ter.


Um mês com muito a se comemorar.


"Droga! Não sei cozinhar nada de cabeça! E ainda por cima estou completamente liso... Droga... Que que eu faço?... Hum... Acho que já sei!"


Tirou o avental num puxão brusco e, distraidamente, rumou à sala.


– É óbvio, é só pedir ajuda! Mas... Pra quem eu posso-...? – murmurou consigo andando de um lado a outro, numa vã tentativa de fazer seu cérebro funcionar ainda mais rápido, parando bruscamente e quase caindo quando um nome lhe ocorreu. - "Dite?... Não, não, não! Nem daria, já que a casa dele fica depois da dele... Além do mais, ele ficaria me enchendo pra descobrir o porquê do jantar e tal... Como se realmente não fosse óbvio... Mas então, quem eu...?"

Permaneceu  lá, parado, absorto em pensamentos até que uma luz lhe veio.


"Sim, claro! Como não pensei nele antes...? O Mu! O Mu pode me ajudar! Mas... eu vou ter  mesmo que ir até lá em baixo?..." – pensou consigo, olhando então as horas no microsistem "Droga! Já são 18:30! Eu só tenho mais três horas!"

O grego saiu apressadamente de sua casa, passando pela casa de Libra e chegando até a de Virgem, onde parou, ouvindo vozes:


'- O que você tanto faz aí na cozinha para demorar tanto?'

'- Só mais um minutinho senhor Buda paciente! Daqui a pouquinho já vou estar aí!'


– Mu!! Me ajuda Mu, Por favor me ajuda! - não pensou duas vezes, ao se dar conta de a quem pertencia aquela voz, irrompeu casa a dentro sem se incomodar minimamente com o fato de não ter sido convidado. O caso era grave afinal, não era?

– Milo...? O que faz aqui? – perguntou surpresamente Mu, parando com uma travessa de pipocas nos braços ao ver o grego irromper ali.

– Ah, Mu, ainda bem que te achei aqui! Mas... O que você faz aqui...?

– Posso saber o que está acontecendo...? – Shaka inquiriu mal-humoradamente, vindo de seu quarto em trajes sumários, uma caixinha de DVD em mãos.

Humn! Era uma sessãozinha de filme a dois, né? Desculpa mesmo atrapalhar! Não acredito que atrapalhei vocês, foi mal mal mesm-...!

Milo! Diga apenas o que você quer, sim? – perguntou Mu, olhando de Shaka para Milo ansiosamente. Afinal por mais bem intencionada que fossem as desculpas, apenas atrapalhavam mais, não é?

– Sim, claro! Mu eu preciso da sua ajuda!

Para...?

– O negócio é o seguinte: O maldito do Aldebaran me passou um caderno de receitas brasileiras, mas eu não falo português! Eu preciso de uma boa receita urgentemente!

– E no que você crê que eu possa ajudar? E por que não pegou na internet?

Merda isso nem me ocorreu! Mas, sei lá!... Você sabe cozinhar, certo? Me ajuda! É caso de vida ou morte! Congelado, no caso...

– Uhm... Milo você está com o caderno aqui?

Você vai me ajudar, Shaka?

– Algum problema com isso...? Então, está ou não?

– Tá, tá aqui comigo... – disse tirando o caderno do bolso – Olha.

– Deixe-me ver... Se quiser posso traduzir alguma delas...

– Você sabe português, Shaka? – Mu acabou deixando escapar a pergunta, curioso.

– Sim, claro. Como reencarnação do Buda, medito sobre tudo, e isso inclui as varias línguas existentes.

– Então vai poder dizer aquelas palavras em todas as línguas que conhece...? – perguntou novamente num tom de voz baixo e meigo, fazendo um clima doce e misterioso surgir por parte deles.

– Humn... Oi?... Desculpa, mas eu preciso disso pra hoje, por favor!

– Certo. Espere um pouco. – respondeu Shaka num tom de voz frio - uase familiar a si -, indo para o quarto e voltando minutos depois, com umas folhas em mãos. – Pronto. Tem algumas aí, agora suma.

Valeu, valeu mesmo! – pendurou-se no pescoço de ‘Buda’, quase derrubando a pipoca dos braços de Mu, que se encontrava perto.

– Esta bem, agora suma daqui! – bradou o virginiano ameaçadoramente.

– Tá, Valeu mesmo! Realmente fico devendo uma! – disse Milo animado correndo de volta à sua casa sem se dar ao trabalho de ouvir qualquer resposta.

O Milo na cozinha? Você acha que vai dar certo? – perguntou Mu, olhando o grego subir as escadas numa correria animada, um sorrisinho gentil nos lábios.

– Realmente não sei... Até mesmo duvido, mas isso não importa... Agora venha cá. Não queria que eu dissesse as palavras mágicas?

– Claro que quero. Lá no quarto.

– Como quiser. – disse Shaka enlaçando-o pela cintura, derrubando toda pipoca.


OoOoOoO


– Zeus, já?! Merda, 19:10!... E essas receitas? Fiquei tão animado que nem olhei do que se tratava. – disse Milo, olhando para os papeis que Shaka lhe entregara – ...Molho madeira? É, não parece ruim, mas vai com o quê?... Peraí... ele fez até uma observação: "comumente acompanha filé mignon. Pobre animal, vitimada da crueldade e voracidade mortal... Faça um arroz com legumes ou algo similar, vire-se um pouco também Escorpião. "? Ah Shaka! Tão ruim e tão bom! Ainda é meu herói, mesmo com a alfinetada! – entoou de forma audível a todo o santuário, abaçando o papel a si, fazendo até mesmo Athena acordar de seu sono de beleza.


'- MILO!'


– Puts! Acordei a (Ch)Athena! Porra, agora que eu tô ferrado mesmo...! –sussurrou irritadamente consigo, espalmando a mão na testa em desgosto.


'- É a terceira vez que eu ouço você berrando como um louco pelo santuário, Milo de Escorpião! Faça a gentileza de vir até aqui!'


– Mas... Não daria para eu passar pelas outras casas agora Athena. Seus cavaleiros já devem, há muito, ter se recolhido!


'- Com você berrando? Eu duvido um bocado!'


“Que saco, como ela é nojentinha quando a Deusa não "baixa"! Não é à toa que o moleque de Pégasus vive fugindo dela...”

'- Você está me ouvindo Milo de Escorpião?'


– Com você berrando, minha Deusa, ficaria difícil não ouvi-la. – respondeu levemente alterado, mesmo que fizesse todo o possível para não desacatar uma divindade.


'-Veja melhor como fala com sua Deusa, cavaleiro. Posso muito bem fazê-lo ficar um mês inteiro limpando a estatua de Athena como compensação por sua língua venenosa!'

Desculpeme interromper, mas por que estaria castigando o pobre Milo, minha sábia Deusa Athena?


Camus!?

'- Não se meta neste assunto desagradável, cavaleiro de Aquário. Apenas estou farta da insubordinação geral de meus cavaleiros em época de paz! E principalmente da insubordinação e barulho de Escorpião!'


– Já que é assim... Se o castigo realmente se fizer necessário, eu me sujeito a pagá-lo junto a ele.

– ? Você pagando castigo, Camus?


‘- Não o castigarei desta vez. E não poderia admitir que um cavaleiro exemplar como Aquário seja punido imerecidamente. Apenas faça a gentileza de controlar seu amigo, sim? ...Bem, vou arrumar minhas malas... Tenho que partir para o Japão urgentemente. E Milo, nada de declarações homossexuais no santuário novamente!'

– Pirralha estúpida... – sussurrou rancorosamente o escorpião ao sentir o cosmo de Athena desaparecer. – Então a (Ch)Athena vai pro Japão...’Sayonara’ minha Deusa... Não volte nunca mais!Só volte quando o espírito de Athena dominar seu coro de vez!

Milo! Ela pode ouvir.

– Hum... E o que você faz aqui a essa hora? Ainda são 19:40, você tá adiantado demais!

– Dava para ouvir do Santuário inteiro, a briga de vocês.

–... NÃO! Você tem que ir embora! Agora! – foi então que percebeu e tornou a berrar, empurrando-o

– ...O que é isso? Acabei de salvá-lo e é assim que você me agradece?

– Não é isso! Eu nem comecei a surpresa por causa dessa louca!

– Se é só por isso, eu o ajudo...

– Claro que não! A surpresa é pra você...

– Tudo bem... Realmente não me importo. Mas então, qual seria a tal surpresa?

–... Um jantar...

– Mesmo...? Perfeito. Vamos à cozinha.


OoOoOoO


– Cuidado Milo. Está queimando. – bradou Camus, olhando a panela nas mãos de escorpião.

Porcaria! Queimou a cebola de novo!

– Ainda bem que eu estou aqui, pois já percebi o que seria desse jantar...

– Não seja tão ruim assim... Eu não cozinho tão mal assim...

– Não mesmo, quando acerta... Mas geralmente tudo que você põe no fogão, queima ou explode, não?

– Não é verdade! Eu bati um bolo tá? E deu certo.

– Só doces não queimam com você... Deveria se ater a eles então. Oh...

– O que? Não fui eu!

– Cale a boca Milo! Apenas esqueci a bebida...

Merda... Me esqueci de comprar também...

– Não precisaria, de qualquer forma. Tenho algumas lá em casa, mas... Terei que ir buscar...

– Se quiser eu vou por você... É só me dizer onde está.

– Não, não... Estão num lugar secreto.

– Por quê?

– Lembra que a... Deusa Athena revistou as doze casas e confiscou bebidas, cigarros, filmes "proibidos para menores"...

– Claro que lembro. Os campeões foram o Aldebaran e o Mascara! Nunca imaginei ver tanta garrafa junta! O boi lá tava escondendo o ouro... E o Mask mafioso-dos-cigarros-e-charutos?... Até que foi bem engraçado...

– Não entendo como você pode se divertir com a desgraça alheia dessa forma...

– Como se não tivesse sido cômico o escândalo que a pichuca lá deu... Bom... Deixa isso pra lá... Mas, e as bebidas? Quem vai buscar?

– Ouça bem, eu vou, e deixo a cozinha em suas mãos por enquanto. Mas, por favor, não a destrua, está bem?

– Claro que não né! Vai lá francês.

Camus tirou o avental branco com hesitação e saiu da casa de Escorpião rumo a sua tentando se convencer – sem nenhum sucesso – de que não era uma total estupidez deixa o Milo e a cozinha juntos.


"Será que eu devia tê-lo deixado sozinho com a cozinha...? Não consigo deixar de sentir que fiz mal" – aquário deu de ombros e continuou seu percurso.

Se fosse para sofrer, que fosse na hora certa.


OoOoOoO


– Ótimo, tenho que prestar atenção! Só falta o molho e o arroz... Bom... Arroz eu sei fazer, apesar da cebola... Já o molho... Então, vou começar pelo arroz! 

Milo refogou o arroz no alho e cebola e colocou a água direitinho deixando entreaberta a tampa até a água abaixar um pouco. E quando viu que aparentemente tudo dera certo, comemorou consigo o êxito.

–Há!... Não falei? Eu sei fazer arroz! Agora só falta o molho...!  ...Hey, eu não tinha fechado a tampa...? NÃO! A água do arroz abaixou demais!


OoOoOoO


– Droga... Continuo sentindo que não deveria ter deixado ele sozinho... – suspirou  preocupadamente, descendo de sua casa com a garrafa de vinho em mãos. – Aquele escorpião vai queimar tudo, eu o conheço...

Passou pela casa de Capricórnio que, estranhamente, estava vazia.

– Shura deve ter saído... Que imprudência a dele, deixar tudo aberto! Depois reclamará se algo sumir... Nesse ponto Athena tem razão... Temos cavaleiros muito imprudentes aqui... Mas eu não entendo por que ela cismou com Milo... Sei que ele não é lá um exemplo a se seguir, é desorganizado, é boca dura, suja, venenoso, irônico, um tanto infantil... Mas ele sempre cumpriu suas obrigações como cavaleiro com competência e método. Nesse ponto pode sim ser um exemplo... Ele é um cavaleiro forte, poderoso, inteligente, habilidoso...  Engraçado, bonito–... O que eu estou falando?... Conviver com ele está é me fazendo mal, isso sim... Mas é definitivamente difícil manter o juízo perto dele... Contra aquele sorriso salafrário dele não há argumentos... Ou contra aquelas mãos-...

Corou ligeiramente ao se dar conta do que falava.


Pare de falar besteiras em voz alta Camus de Aquário. Não é hora para pensar nessas coisas. Estou perdendo o juízo, e é tudo culpa do Milo... Realmente por quê eu tinha de apaixonar-me logo por ele...?” – pensou num sorriso discreto.


OoOoOoO


Puta que pariu, caralho, merda! Tô fodido! Merda!... Por que você queimou!?... – perguntou à panela como se realmente esperasse alguma resposta. – Seu... arroz maldito! Queimou todo e pôs fogo no pano-de-prato!


Parou de reclamar ao dar-se conta de passos se dirigindo à cozinha enquanto uma contagem regressiva se formava em sua mente

5, aqueles passos se aproximando ainda mais enquanto realmente rezava por sua alma, numa vã tentativa que a atual Deusa Athena ficaria mais do que feliz em ignorar.

4, os passos chegando à porta, parando um momento antes de um tléc metálico, evidenciando o vovimendo da maçaneta.

3, a maçaneta continuando a estralar levemente enquanto era torcida de uma forma que lhe parecia lenta e cruel.

2, o abrir-se de porta, revelando a imagem bonita de um homem definitivamente sexy, segurando casualmente uma garrafa de vinho nos dedos longos e há muito apreciados.

1, o homem definitivamente sexy percebendo a bagunça feita no espaço de pouco mais de 10 minutos no qual se ausentara.


–... Milo, eu não disse para não destruir a cozinha?

– Eu tentei, Camus! Juro... – tornou exasperado, passando frenéticamente os dedos sobre o rosto num sinal de impaciência. – Não faz essa cara que assim dá mais medo do que a (Ch)Athena de TPM, tá?

– Só quero entender que parte do NÃO destruir você não captou...

– Eu tentei, mas não consigo fazer o molho! E o arroz queimou! E queimou o pano também!

– Está bem...Verei se consigo dar um jeito nisso tudo... – murmurou me resposta, pegando a panela queimada e  livrando-se dos restos negros e irreconhecíveis do que seria arroz.

E começando tudo de novo, talvez pela 50ª vez.


OoOoOoO


Voilá. – disse Camus triunfante com o jantar feito. – Viu? É tão simples...

– Ótimo, vi... Mas precisava mesmo me amarrar? – perguntou mau humoradamente enquanto tentava se soltar do aperto forte das cordas à cadeira na qual fora sentado à foça.

– Se eu não fizesse isso, você não iria sossegar.

Desculpa esfarrapada! Isso deve é ser algum fetiche seu, isso sim! Agora me solta! Tá doendo!

– Com você se mexendo como se estivesse sentado num formigueiro...! Certo, eu o solto... Assim você termina de por a mesa ao menos... – disse então, desamarrando as pernas e os braços de Milo, que logo que se viu livre, o agarrara – O que é isso Milo? Me solte!

Não mesmo! Eu não tive que ficar grudado nessa cadeira por fetiche seu? Agora é sua vez de ficar grudado em mim!

– Não seja estúpido Milo. E o jantar? Se eu o tiver feito à toa, o congelo e uso como decoração, inspirado no gosto de Máscara da Morte!

– Tá bem... Tá bem... – concordou num suspiro, soltando-o à contra-gosto.

– Bem melhor, agora me ajude a arrumar a mesa. Rápido.

– Sim, "mestre"... Hey... Por falar em mestres, como vai o seu adorado discípulo pato?

O Hyoga? Ele está bem, por quê?

– É que ele arrastava o maior bonde pro garotinho de cabelos verdes, lembra?...  Shun, né?...

– Isso não é de sua conta Milo. Muito menos da minha.

– Mas eu aposto que você sabe. Ele conta tudo para você, adorado “mestre Camus".

–Muito engraçado de sua parte... Se é o que quer saber, eles estão juntos. Feliz?

– Ahá! Bom saber isso! Devo ser um romântico incorrigível no fundo!... Será que meus conselhos funcionaram?

– Duvido muito.

– Cruel você, hum? Falando assim até parece que não funcionou com você...

– Poderia trabalhar mais e falar menos...?

– Sim, "mestre"...


OoOoOoO


– Está tudo arrumado! Agora sim você pode olhar... – disse Milo dando o ultimo retoque na mesa finalmente arrumada.

– Hum... Meus sinceros parabéns... – disse Aquário, virando e olhando a obra-prima decorativa de seu companheiro. – Só faltou uma coisa.

– Faltou? O quê?

– Velas... – respondeu, buscando-as no armário – O que é um jantar romântico sem velas?

– Você sempre pensa em tudo, não?... Você é o máximo monsieur. Por isso que te amo!

– Fale baixo, senão Athena reclamará novamente...

– Aquela pirralha louca... Deve estar de TPM de novo... Bem, mas isso não vêm ao caso. Hoje a noite é nossa e não vou deixar ninguém atrapalhar. Nem mesmo ela. Hoje você é somente meu.

– Seu...? Hmm... Então... Vamos jantar?

– Claro...


OoOoOoO


– Nossa... Camus, você casaria comigo? – perguntou Milo terminando a refeição sorridente. – O jantar foi um sucesso.

– Realmente estava esplêndido. –respondeu tomando um gole de seu vinho.

– Me desculpe... Era para ser o meu jantar especial pra você, mas você acabou fazendo tudo! Eu só queria te deixar feliz...

– Gostei de cozinhar para você, Milo. E não preciso de "jantares". Se você está comigo, já é o bastante para eu ser feliz. – murmurou num meio-sorriso, levantando-se em direção ao escorpiano e beijando-lhe a testa.

– Pediria pra você repetir isso se não soubesse que não vai.  Então vem cá! – respondeu num sorriso tolo, puxando o francês para si – Já que é assim, eu quero fazer você ainda mais feliz hoje.

Segurou-o no colo de maneira propositalmente teatral, rumando ao seu quarto em passos largos.

– Milo!E a sobremesa...?

– Deixa... – disse Milo beijando-o brevemente. – fica pro café da manha... Já que você vai passar a noite aqui...

– Seu insano!

– O que posso fazer se sou louco por você?

– Meloso... Cale a boca então e me dê um beijo ao menos... – respondeu astutamente.

– Como quiser... – riu e abraçou-o contra si, pousando seus lábios sobre os dele num gesto simbólico, já que se tentasse algo mais satisfatório terminariam no chão e não na cama. – E já que é assim, amanhã eu faço o café!

Nem pese nisso. Vai terminar de destruir a cozinha.

– Credo! Como você pode ser tão broxante num momento romântico?

– Ora... Cale a boca, escorpião maluco.

– Maluco? É... Se for você, eu sou o que quiser.

– O que quiser? Isso tem margem para muitas interpretações.

Hum... Gostei disso... Seu lado malicioso ainda é novidade monsieur.

– ...Creio que também estou ficando insano, isso sim...

Por mim?

– Ah... Cale-se... – murmurou em tom azedo, arrancando risos do parceiro.

– OK. – respondeu ele satisfeito. Afinal aquilo com certeza fora um sim. – Ainda bem que as casas vizinhas estão vazias... Porque hoje você não me escapa... – disse, entrando no quarto e fechando a porta.

– Idiota...



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Notas finais do capítulo

Comentários da autora: Olá, adorei escrever essa fic mas odiei o jeito como ela ficou  em primeira instância (sempre odeio minhas fics) *vendo o olhar assassino de sua irmã pra cima de si por estar falando mal do que escreve* Mas revisei e tentei fazer dessa história algo menos idiota possível, mas não sou milagreira também.
Agradeço à minha mana Mi-chan e pra todo mundo que se dignou a perder seu tempo lendo essa fic * recebendo outro olhar assassino e um tremendo tapa da irmã*.
É só isso...
beijos.
Aviso: Reescrita dia 03/03/10.