Destino: Encontros e Desavenças escrita por Alexiel Suhn


Capítulo 1
O Vesgo e a Bruxa




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Destino: Encontros e Desavenças

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Capítulo I: O vesgo e a bruxa.

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Alguns falam que o destino é incerto, outros já dizem que ele é traçado antes mesmo de nascermos. Agora qual deles é certo, não sei, apenas espero pegar o caminho certo, como um dia peguei.

Depois de um ano trabalhando naquele mesmo edifício subir e descer quinze andares pelas escadas não fariam muito bem aos meus joelhos né?! Por isso e por Sesshoumaru também eu acabei superando o "pequeno" trauma que tinha. Mas isso não vem ao caso. Dessa vez o destino contado não será o meu, e sim de alguém próximo a mim.

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Ouviu-se o estranho barulho estridente tocar perto de sua orelha. Já era a terceira vez que aquilo apitava sem parar em seu ouvido. Afundou a face no travesseiro tentando abafar o som do objeto irritante que não parava.

- Aaaaaaaaaah meu Kami!! Que tortura. Façam ele parar de berrar! – ouviu-se a voz abafada da garota no travesseiro enquanto tateava a cômoda ao lado de sua cama pegando o despertador e lançando-o ao lugar mais longe que pôde jogar.

Silêncio. Era isso que agora tinha naquele quarto. Como era bom. Os longos cabelos negros estavam agora por cima de seu rosto tampando o sorriso que estava na face. Abraçou o travesseiro aconchegando-se mais no mesmo.

Mais alguns instantes de puro silêncio onde apenas poder-se-ia ouvir a respiração da garota. Momentos depois os orbes azulados abriram-se rapidamente no mesmo instante em que ela se senta na cama. Jogando o cabelo para trás dos ombros.

- Que horas são? – Kagome se pergunta procurando o despertador.

Kagome segue seus olhos pelo quarto e encontra o pobre despertador estraçalhado no chão. Ela recosta sua mão na testa pegando o celular na gaveta com a outra mão. Ao ver a hora seus olhos esbugalham-se em pavor.

- AH de novo atrasada! – falou para si mesma pulando da cama e indo trocar-se rapidamente.

Não sabia como, mas conseguia fazer milagres quando estava atrasada. Como, por exemplo, o fato de arrumar-se em menos de cinco minutos. Saiu de seu quarto escorando-se nas paredes do corredor da casa enquanto botava as meias dando pequenos saltos para frente até chegar à cozinha.

- Ohayou! – ela cumprimentou rapidamente a mãe e o avô que estavam sentados a mesa pegando um copo de suco e bebendo-o sem parar.

- Atrasada de novo Kagome? – perguntou calmamente sua mãe enquanto servia um pouco de chá para si.

- Hai. – Kagome respondeu com um sorriso sem-graça no rosto mordendo uma torrada em seguida.

- Deveria parar de lançar seus despertadores Kagome, essa juventude de hoje em dia. – seu avô falou prestando atenção no sanduíche que tinha em mãos – Mas tenho uma ótima solução para você.

Kagome parou de andar de um lado a outro na cozinha olhando para seu avô quando o mesmo falou ter uma solução. Finalmente, talvez agora nunca mais se atrasasse para ir a faculdade.

- E qual seria vovô? – perguntou Kagome olhando-o perseverante.

Ele a olhou com um semblante sério. Enquanto baixava sua mão até o bolso de sua roupa e de lá retirava algo.

- Esse amuleto é ótimo para tirar os espíritos ruins que lhe causam tanto sono!! – o avô de Kagome mostrou, sorridente, um alho enrolado por uma linha a garota.

Ao ver o que seu avô estava mostrando uma gota pende na nuca da garota fazendo-a quase cair para trás ao ouvir o que falava.

- Vovô eu não preciso ser exorcizada! – ela disse mais uma vez consultando o relógio e saindo correndo da cozinha – Tenho que me apressar!!!

Voltou a seu quarto terminando de fazer sua higiene pessoal e saindo rapidamente do mesmo e passando agora pela sala rapidamente, quando estava prestes a abrir a porta para sair escuta a voz de sua mãe lhe chamar.

- Kagome, filha!

- Hai?! Fale oka-san estou com pressa onegai! – disse Kagome ainda segurando a maçaneta da porta para abri-la.

- Só quero dizer que...

- HÁ!!! Kagome vai se apresentar em um circo é? – perguntou Souta aparecendo atrás de Kagome e cortando o que a mãe da garota iria falar.

- Circo? Oras seu moleque...

- Então por que está com uma meia de cada cor? – Souta perguntou escorado a parede e apontando para os pés de Kagome e tentando conter o riso.

Kagome olha para seus pés e confirma. Com certeza usar uma meia branca e a outra roxa não combinaria.

- Aaaaaaaah oka-san por que não avisou? – perguntou Kagome correndo de volta para seu quarto.

- Eu tentei. – a mãe da garota disse mais para si mesma do que para Kagome que agora já estava em seu quarto.

Em poucos instantes Kagome ia passando pela sala novamente e quando chega a porta olha para os pés confirmando não estar com pares de meias diferentes. Pôs os sapatos e estava pronta para sair ao pegar as chaves do carro na mesinha de canto.

- JÁ VOU INDO! JA NE!! – Kagome disse aos berros e saiu de casa.

Deu partida no carro e rumou para a faculdade. Faltavam dois semestres para terminar sua graduação de administração e estava feliz com isso. Havia conseguido seu carro com o emprego de auxiliar administrativo quando juntava um pouco do dinheiro junto ao que tinha guardado durante um bom tempo. Parou no sinal vermelho esperando que ele abrisse, enquanto ficava perdida em pensamentos.

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Estava em plena batalha. A luta estava difícil, ambos os lutadores tinham ótimos reflexos e possuíam uma incrível força. Poderia se ressaltar também o fato de ambos serem muito parecidos, os olhos dourados, os longos cabelos prateados só que um era um pouco mais alto e possuía um semblante mais frio enquanto o outro tinha uma cara mal-humorada.

Uma pequena gota de suor escorreu da testa do mais baixo que aparentava também ser o mais novo. Estava conseguindo ver explicitamente os golpes do mais velho. Abaixou-se quando o mais alto quis lhe dar um soco dirigido a face dando-lhe uma rasteira e ao vê-lo cair o mais novo levanta-se com um sorriso maroto e vitorioso na face.

- Sesshoumaru você não é páreo para mim! – dizia apontando o dedo para o mais velho.

No instante seguinte Sesshoumaru também lhe dava uma rasteira com um meio sorriso estampado na face.

Sentiu a cara junto do chão. Abriu os olhos dourados vendo o carpete do quarto e o lençol por cima de seu corpo. Suspirou pesaroso, apenas um sonho, e ainda por cima caiu da cama. Mantinha-se na mesma posição enquanto tentava diferenciar a realidade do sonho até ouvir uma voz de puro escárnio ser dirigida a si.

- Anda sonhando comigo, maninho?! – foi a pergunta vinda de Sesshoumaru que estava recostado a parede ao lado da porta que estava aberta.

- Só se for pesadelo! – Inu Yasha respondeu asperamente se levantando do chão e encarando o mais velho – E você não sabe bater antes de entrar no quarto dos outros não?

- Você estava tendo uma batalha tão difícil que eu não quis atrapalhá-lo! – Sesshoumaru respondeu friamente, mas que Inu Yasha sabia que vindo dele era pura ironia. Sesshoumaru deu uma pausa para olhar o relógio de pulso e voltando a falar em seguida saindo do quarto – E além de perder está atrasado novamente, inútil.

Sesshoumaru fechou a porta atrás de si antes que Inu Yasha começasse com seu ataque histérico berrando e chamando-o para resolver isso em uma luta.

- Sesshoumaru maldito! – resmungou Inu Yasha olhando para o relógio encima de sua mesa que deveria ser usada para estudar – Maldição! Estou atrasado!

Vestiu rapidamente uma calça esportiva preta e uma camiseta. Calçou o tênis e se dirigiu a cozinha. Passou a mão na barriga analisando o que poderia comer primeiro. Olhou para a ponta da mesa e fechou a cara ao ver Sesshoumaru sentado lendo o jornal e com a outra mão segurando uma xícara de café.

No momento em que Inu Yasha sentou-se o mais velho levou à xícara de café a boca tomando o resto do conteúdo e levantando-se para sair sem nem ao menos despedir-se do mais novo.

- Feh! Já foi tarde! – Inu Yasha resmungou para si mesmo olhando o irmão sumir e dando uma mordida em seu sanduíche.

Após terminar seu café da manhã bem reforçado, Inu Yasha levanta-se e pega sua chave do carro, mas antes de sair seus olhos repousaram sobre outro maço de chaves que tinha ali. Seus olhos brilharam de ansiedade e seus lábios moveram-se para os lados dando um largo sorriso maroto. Pôs sua chave de volta no lugar e antes de pegar a outra olhou para os lados várias vezes analisando se ninguém o via. Pegou rapidamente o maço de chaves e foi para a garagem.

- Aposto como Sesshoumaru não vai se importar se eu pegar o carro dele emprestado. – Inu Yasha disse dando partida no carro esporte prateado do irmão mais velho.

Inu Yasha pressionou o acelerador fazendo o motor "roncar" o que o fez dar um sorriso de canto a canto do rosto. Engatou a ré e saiu da garagem, trocou a marcha e acelerou o carro fazendo-o cantar pneu quando saia da luxuosa casa.

Tinha em mente que voltaria antes que Sesshoumaru, como sempre aconteceu e também o irmão, ou melhor, meio-irmão nem iria notar isso.

Já estava no meio do caminho. Na realidade estava próximo a empresa que o irmão assumiu após a morte do pai. Olhou para o edifício e deu uma boa risada ao lembrar que o irmão deveria estar lendo enormes contratos ou tendo uma reunião chata, realmente aquilo o animou bem mais do que qualquer outra coisa.

Ligou o som do carro notando não ser uma música de seu gosto. Como Sesshoumaru ouvia aquilo? Começou a tatear nos CD's olhando para o banco dos passageiros onde os mesmos se encontravam. Mas que gostinho mais do ruim que seu meio-irmão tinha hein!? Não notou a sinaleira a sua frente estar com o sinal vermelho e continuou guiando o carro. Ouviu-se uma freada e Inu Yasha dava graças que pelo menos uma vez estava usando cinto de segurança senão, com certeza ele teria se estatelado no pára-brisa do carro.

Ergueu o rosto vendo a parte da frente do carro toda amassada. Abriu a porta do carro saindo do mesmo rapidamente pondo a mão na cabeça ao ver o estado em que havia ficado.

- Maldição! Sesshoumaru vai me matar cara! – ele falava a si mesmo. Mas não iria ficar assim ele com certeza arranjaria alguém para pôr a culpa.

Inu Yasha olhou para o outro carro que havia batido e viu lá dentro uma... hmmm... como poderia dizer? Uma bela mulher. Ela retirou o cinto de segurança fazendo a mesma coisa que ele havia feito.

- Mas que coisa. Você não olha por onde anda? – a garota perguntou olhando para Inu Yasha.

- Você que não olha! Viu o que fez ao meu carro? – Inu Yasha apontou para o amassado do carro enquanto encarava os orbes azulados da garota a sua frente.

- EU? Você está bêbado é? – Kagome já se alterou apontando o dedo indicador bem no rosto dele – Foi você que passou o sinal vermelho seu vesgo!!!

- VESGO? OLHA AQUI SUA BRUXA...

Ele não pôde continuar por causa da aproximação da garota para perto de si e pela expressão assassina que carregava na face.

- Bruxa? Pois espero que tenha limpado bem suas orelhas por que não irei repetir. – Kagome começou a falar cerrando os dentes e cutucando o dedo indicador no peito dele enquanto falava ameaçadoramente e o via recuar – Você passou esse maldito sinal vermelho e bateu no meu carro. Sabe quanto tempo levou para eu compra-lo? Pois bem, foram muitos anos de trabalho. – ela olha para o carro esporte dele e arqueia uma sobrancelha – Enquanto eu vejo que o filhinho de papai aqui tem um carro esporte e que se achava o máximo nas ruas ne. Acho melhor você arranjar um jeito de arrumar meu carro ou realmente você saberá quem é a BRU-XA!!!!!!!!!!!!

Inu Yasha se perguntava como uma mulher com um rosto tão angelical conseguia ser tão assustadora. Mas não demorou muito e uma viatura da polícia havia chegado até o local para botar em ocorrência. Comprovado que o verdadeiro culpado era Inu Yasha não houve mais escapatória. Um guincho removeu ambos os carros para que se pudesse levar até a oficina e ambos os motoristas foram para a delegacia resolver mais alguns detalhes do que ocorreu no acidente.

O oficial encontrava-se sentado no lado oposto ao que Rin estava. Inu Yasha ficava andando de um lado para outro nem prestando atenção ao que o policial falava.

- Senhor Inokuma sente-se, por favor. – o oficial falou já com certo tom de irritação por ser a terceira vez que pedia e Inu Yasha simplesmente continuava a andar de um lado a outro.

Os olhares de Inu Yasha e Kagome se cruzam e ao vê-la com os olhos estreitados como estava e os dentes cerrados ainda o rapaz parou de andar engolindo em seco.

- Sen-ta!! – Kagome voltou a falar em seu tom sombrio de antes o que fez Inu Yasha sentar-se imediatamente com os olhos arregalados a ela.

O oficial observou a cena e piscou duas vezes voltando a normalidade quando viu Kagome lhe sorrir e pedir para que continuasse.

" - Como o humor dela é variável." – pensou Inu Yasha olhando-a de soslaio.

Enquanto o policial falava alguma coisa que Inu Yasha fingia ouvir ficava pensando em tudo o que ocorreu.

" – Agora só falta o Sesshoumaru me dar bronca." – Inu Yasha continuou pensativo sabendo que teria que pagar os estragos de ambos os carros.

E não deu outra, o celular de Inu Yasha começa a tocar parecia um fundo musical de guerras. Ele pegou o celular e viu no visor escrito "Baka". Sentiu um frio na barriga e uma expressão desanimada se apossou de sua face.

- Atenda senhor. – o oficial disse olhando para Inu Yasha.

Inu Yasha olhou do oficial para o celular do celular para o oficial até resolver atender. Nem houve tempo de Inu Yasha falar o seu "Fala baka" como de costume para o meio-irmão, pois foi interrompido.

- Estou lhe dando cinco minutos para voltar com meu carro antes que eu ligue para a polícia fazendo uma queixa de roubo. – ouviu-se a voz fria de Sesshoumaru no outro lado do telefone.

- Sesshoumaru. Esse tipo de ameaça agora não vai resolver. – falou Inu Yasha olhando para o teto evitando ter que encarar tanto a garota esquisita e o oficial – E também estou impossibilitado de voltar com seu carro, afinal, terei que sair da delegacia primeiro.

Houve alguns momentos de silêncio em que Inu Yasha imaginou Sesshoumaru contando até dez para não estrangula-lo por celular.

- Exijo você aqui em meu escritório em dez minutos e acho bom aparecer pivete. – Sesshoumaru começou a falar e notando que Inu Yasha iria interrompê-lo para dar alguma desculpa ele imediatamente o cortou – E não quero saber de suas malditas desculpas.

Em seguida Inu Yasha olhou para o celular e piscou das vezes, agora estava ferrado em dobro, mas como Sesshoumaru soubera tão rápido? Olhou para os dois que estavam na delegacia e lembrou-se do que o meio-irmão havia exigido. Embora não o levasse muito a sério sabia quando o irmão estava ameaçando para valer.

- Não a muito que discutir certo? Eu pago o carro da bruxa aí e tudo resolvido, aqui está o número de meu telefone, identidade, e se quiser mais informações aqui está o número de minha casa, mas agora eu tenho que ir! – Inu Yasha começou a falar rapidamente. Não tinha medo do irmão, mas sempre fora ele que pagava suas regalias e não podia dar uma mancada pior agora.

Sem nem ao menos o oficial ou mais alguém falar Inu Yasha saiu rapidamente da delegacia parecia que ia voar podendo-se ver até um pequeno rastro de poeira deixado para trás.

- Esse vesgo é maluco! Nem sei como conseguiu a habilitação! – falou Kagome pegando sua bolsa e se retirando também.

" – Um vesgo muito lindo." – foram os pensamentos dela com um sorrisinho bobo no rosto, mas repreendeu-se em seguida por tal pensamento e continuou a andar com a expressão séria.

Incrível como conseguiu chegar na empresa em dez minutos, sorte que a delegacia era perto do edifício também por que senão ia ter um grande problema.

Ao chegar no décimo quinto andar as portas do elevador se abriram e ele saiu correndo na direção da sala do irmão mais velho. A secretária olhou para Inu Yasha e levantou-se para impedi-lo, mas por pouco não foi jogada longe de tão rápido que ele passou por ela.

- Sim senhor Sesshoumaru. Levarei esses docu... – o empregado que estava saindo do escritório de Sesshoumaru, com uma boa quantidade de documentos, não pôde terminar de falar, pois Inu Yasha abrira a porta bruscamente fazendo-o derrubar tudo – Oh não!

Inu Yasha franziu todo o rosto ao ver que havia feito bobagem e principalmente ao ver os olhos estreitados de Sesshoumaru.

- Você não sabe... bater na porta?! – perguntou Sesshoumaru que estava com os cotovelos encima da mesa com os dedos entre si e o queixo apoiado nos dedos.

- Ei carinha foi mal! – disse Inu Yasha ao empregado que estava agora juntando os documentos.

- Ah, não precisa se desculpar senhor Inu Yasha. – o pobre homem falou terminando de reunir todos os documentos e sair da sala ao fazer uma reverência para ambos os irmãos.

O mais novo foi na direção das cadeiras que estavam a frente da mesa de Sesshoumaru para sentar-se, mas foi interrompido quando aproximou-se mais.

- Não lhe mandei sentar. – foi a voz calma de Sesshoumaru que adentrava seus ouvidos alertando-o que o mais velho não estava de bom-humor – E comece a explicar o que aconteceu.

- Bem... eu... er... eu vi seu carro lá parado faz algum tempo, e você sabe que um carro não pode ficar parado tanto tempo assim né?! Então pensei em levar o carro para dar uma voltinha para poupar esse trabalho para você. – Inu Yasha começou a explicar e notando a cara do irmão ele não estava gostando nadinha, principalmente por seu silêncio, então apenas continuou a falar – Daew uma bruxa cega na sinaleira bateu no meu... er... quero dizer, no seu carro.

- Inu Yasha seu maldito bastardo, você bateu no carro de Higurashi! – Sesshoumaru falou levantando-se da cadeira apoiando as mãos na mesa e inclinando o rosto para frente.

- Higurashi? Que Higurashi? – perguntou Inu Yasha com cara de bobo só arqueando as sobrancelhas em entendimento depois de alguns instantes – Ah sim a bruxa cega. Mas... ei, espera aí! Como você sabe o nome dela?

- Não devo explicações a você, bastardo! – Sesshoumaru respondeu diretamente a Inu Yasha não querendo dizer que havia ligado para a delegacia da cidade para saber da situação.

- Maldito! Olha como fala comigo senão arrebento sua cara! – Inu Yasha falou em um quase rosnado fechando a mão em punho.

- Você tem uma boca grande demais Inu Yasha! Tenha cuidado antes que eu arranque sua língua! – Sesshoumaru ameaçou.

Ouviu-se uma batida na porta e ambos ignoraram enquanto se encaravam como se um fosse matar o outro com o olhar. Até a porta abrir-se e nela aparecer uma jovem garota, parecia uma adolescente com uma série de documentos em mãos. A garota observou os irmãos e respirou fundo.

- De novo brigando vocês dois? – perguntou Rin pedindo licença a Sesshoumaru e indo até sua mesa pondo os documentos encima da mesma.

- Rin. Não sei como consegue aturar um namorado baka como esse! – falou Inu Yasha cruzando os braços e sentando-se na cadeira. Ambos acalmaram-se com a presença da garota.

O rosto da garota ficou rubro enquanto sorria de uma maneira sem graça a Inu Yasha por seu comentário. Ela olhou para Sesshoumaru e via que ele mantinha os olhos fechados. Deveria estar contando até mil naquele momento sabendo como o namorado era.

- Bem, eu vou deixá-los terminarem a conversa. E depois voltarei para explicar o porquê dessa negociação Sesshoumaru-sama. – ela disse a Sesshoumaru lhe sorrindo docemente enquanto fazia uma breve reverência para sair. Mas antes de fechar à porta a garota olha para trás – Só tentem não arrasar esses relatórios, demorei para corrigi-los e traduzi-los.

Ao vê-la fechar a porta Inu Yasha levantou-se e deu as costas ao irmão sabendo que o outro iria ameaçá-lo de cortar suas "regalias" se assim dizer.

- Antes que comece falar. Eu pago os estragos de seu carro e o carro da bruxa. Agora vou indo! – Inu Yasha falava enquanto ia na direção da porta – Ja ne baka.

- Você terá que ajudar Higurashi na limpeza e qualquer outra coisa que ela ou a família dela precise no templo em que eles moram. – Sesshoumaru retrucou vendo o mais novo parar estancado com a mão na maçaneta da porta. Ele sabia que a reação do mais novo não seria das boas.

- Eu o QUE?!!

- Não se faça de surdo. Não irei repetir. – quando viu que Inu Yasha ia cortá-lo simplesmente continuou a falar – Como irá pagar pelas despesas dos carros se quem sustenta um inútil como você sou eu?

Era por esse motivo e por outros que Inu Yasha queria formar-se imediatamente em sua graduação de direito. Para livrar-se dos sermões do mais velho. E viver independente dele.

- Maldição! Alem de ser chamado de vesgo vou ter que trabalhar para aquela bruxa!

- Aqui está o endereço dela. – deu uma leve pausa tentando conter o meio sorriso de vitória entregando a Inu Yasha o endereço da garota – Você começa hoje mesmo.

Inu Yasha abriu a boca para resmungar, mas foi cortado novamente pelo mais velho.

- Agora saia daqui! – foi a direta bem dada por Sesshoumaru.

- Feh! – foi o resmungo de Inu Yasha dando as costas a Sesshoumaru e batendo a porta ao sair.

Inu Yasha saiu do escritório batendo forte o pé no chão enquanto ia embora. Parecia haver uma nuvem negra envolta de si soltando raios e trovões. Amaldiçoava quem fosse que cruzasse seu caminho. Mas por um momento arqueou uma das sobrancelhas e um ponto de interrogação surgia em sua cabeça. Como Sesshoumaru sabia que ele havia pegado o carro? Afinal, a polícia não havia o avisado. A ilusória e estranha nuvem negra volta a ficar em torno dele enquanto ele voltava a andar para ir embora.

Rin observava Inu Yasha partindo. Ela balança a cabeça para os lados e bate uma vez na porta do escritório de Sesshoumaru. Ambos agora estavam sentados discutindo o relatório na qual ela havia levado antes. Após acabarem a reunião e a garota estava para sair da sala ela se vira para Sesshoumaru com a região entre os olhos enrugada.

- Sesshoumaru-sama. Como soube que Inu Yasha havia pegado seu carro? – foi o que ela perguntou já sabendo de boa parte da história.

- Jyaken havia me ligado para avisar. – Sesshoumaru respondeu com um meio sorriso estampado na face.

Ela simplesmente sorriu ao vê-lo daquele jeito e fez uma breve reverência saindo do escritório.

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Estava andando pela cidade. Ambas as mãos apoiadas na nuca enquanto resmungava sobre ter que trabalhar para aquela garota. Nem notava por onde caminhava apenas continuava a mover suas pernas a frente sem importar-se por estar próximo ao meio-dia e sua barriga roncar pedindo algum alimento.

- Feh! Maldição! – reclamou Inu Yasha fechando os olhos por alguns instantes.

Ao dobrar a esquina esbarrou-se em alguém notando que havia derrubado a pessoa enquanto ele mantinha-se firme em pé. Abriu o olho direito para ver quem havia derrubado e em seguida esbugalhou os olhos apontando para a pessoa derrubada.

- VOCÊ!!!

[ Continua...]


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Notas finais do capítulo

Olá minna-san - Bem a minha intenção era ter feito apenas um capítulo Mas acho que terão que ser dois '' Minha primeira fic de Inu e Kagome Todas as outras foram de Sesshy e Rin - Esse fic é continuação de "Destino" onde houve o encontro de Sesshoumaru e Rin   Espero que gostem... e realmente ficaria muito feliz se todos os leitores me mandassem reviewn para darem suas opiniões.   Beijão minna XD