Na mesma sintonia escrita por JéChaud


Capítulo 46
Seja forte


Notas iniciais do capítulo

Olá Pessoal, tudo bem?
Aqui vai mais um capítulo todo tenso :S
Espero que gostem meu amores, obrigada de verdade por todo carinho ♥



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Ainda embalado pelo restinho de calmante que se encontrava em seu corpo ele foi tateando a maca em que estava deitado.

Dessa vez ele acordou sentindo uma calmaria, não tinha barulho de chuva, nem sirene e nem de desespero, o único barulho em que ouvia era um bip que vinha sem parar de algum lugar ao lado esquerdo do seu ouvido.

Foi retomando consciência de onde estava no compasso que os últimos vestígios do calmante foram saindo de sua corrente sanguínea. Virou um pouco a cabeça para ver de onde vinha o barulho e percebeu de imediato que estava tomando soro na veia, com algum remédio para dor talvez, pois já não sentia mais dor nas pernas e nem nos braços. O barulho vinha claramente da máquina que controlava seus batimentos cardíacos.

Olhou para os lados e viu sua mãe lendo ou tentando ler uma revista chorando quietinha sentada numa poltrona de visitas que ficava ao lado dele.

Virou o rosto para frente, vendo o vidro da sala em que se encontrava e seu pai estava lá de pé do lado de fora andando de um lado pro outro coçando a cabeça, reconheceu os pais da Magali e do Cascão lá em pé também, viu o Sr. Sousa chegando e sendo abraçado pelo seu pai, ele chorava muito. Perai... O que estava acontecendo mesmo?

Foi com um susto quase que desesperador que se lembrou do acidente e das conseqüências dele, um flash de buzina, gritos, sirene e chuva passaram pela sua cabeça rapidamente, o deixando zonzo.

A máquina começou a apitar mais forte, e dona Cebola se levantou num pulo percebendo que o filho tinha acordado agitado.

– Filho, filho calma – Ela pediu pegando na mão dele e fazendo carinho em sua cabeça.

– Mãe... Mãe o que está acontecendo? – Cebola perguntou olhando fixo para o Sr. Sousa que chorava sem parar.

Dona Cebola abraçou seu filho calmamente deixando algumas lágrimas escaparem, Cebola a abraçou forte de volta agradecido por poder abraçar sua mãe novamente.

– Você tem que ficar forte e calmo pra se recuperar bem filho – Dona Cebola pediu o largando e enxugando algumas lágrimas que escorriam pelo seu rosto claramente arrasado.

– Mãe, o que esta acontecendo lá fora? – Cebola perguntou olhando para Dona Luisa que chorava sem parar.

Antes que ela pudesse responder a enfermeira entrou no quarto sorrindo ao ver que ele já tinha acordado.

– Vejo que o rapaz já acordou, que bom, já vou tirar esse medicamento, está sentindo alguma dor? – Ela perguntou enquanto retirava e arrumava as coisas no quarto.

– Não, não estou, mas o que vocês me deram? – Cebola perguntou impaciente.

– Um pouco de paracetamol e soro, você chegou aqui com muita dor – Ela concluiu olhando para ele com um pouco de compaixão.

Cebola se viu livre do soro e se levantou calmamente, viu que já estava com uma roupa seca e seu machucado na perna enfaixado, tirando isso e um machucado levemente arranhado no braço, ele estava fisicamente bem, sentia algumas partes do seu corpo doloridas, mas nada que um repouso não ajudasse.

– Faz quanto tempo que estou aqui? – Ele perguntou para sua mãe que abria a porta do quarto para avisar seu pai sobre o seu estado.

– Meia hora aproximadamente, a escola nos ligou pedindo pra encontrarmos vocês aqui, o acidente foi ainda há pouco, você tem que ficar repousando pra se recuperar bem filho – Dona Cebola comentou concluindo que não tinha sido uma boa idéia abrir a porta do seu quarto naquele momento.

Dona Luisa soluçava de chorar e o Cebola percebeu o barulho de longe. Ele correu até a porta com um pouco de dificuldade devido a perna enfaixada.

Só então a realidade caiu sobre ele como um raio que acertava em cheio, todo restante de calmante já tinha se dissipado do seu corpo fazendo com que toda tensão e dor interna voltassem.

– Cade a Monica? – Ele perguntou para o pai que vinha vindo em sua direção, sentindo um desespero tomar conta do seu emocional.

Os pais se entre olharam, dona Luisa engasgou um pouco no choro e ninguém disse uma palavra.

– Cade a Monica pai? – Cebola perguntou se virando para o Pai que segurava o choro com um esforço visível.

– Cebola é melhor você voltar para o quarto, se acalmar, você ainda esta sob repouso – Seu Antenor pediu.

– Alguém me responde onde está a Monica, por que choram tanto, por favor? – Cebola tornou a perguntar agora voltando a atenção para Dona Luisa.

Vendo que ninguém o respondia, ele saiu rumo aos quartos ao lado do dele sob protestos de sua mãe que caiu no choro novamente, era um corredor, com vários quartos, olhou de um por um sentindo o pavor tomar conta dele a cada um que passava e ela não estava, viu o Titi com a Aninha no quarto ao lado do dele, ela ainda estava sendo atendida porém estava estável, Quim se encontrava no outro ao lado dela, já estava bem também porém ainda no soro, ouviu umas vozes no final do corredor e quando chegou lá se deparou com a maioria do pessoal reunido em uma sala, espécie de sala de espera da ala de emergência, todos aparentemente bem, notava se que já tinham sido atendidos e liberados, porém esperavam noticia do pessoal que ainda não tinha recebido alta.

Ele chegou na porta da sala e todos os olhares se voltaram para ele, com um nó na garganta ele percebeu que não eram olhares felizes, Cascuda chorava, DC estava com o olho inchado, Luis de cabeça baixa apoiada nas mãos com seu dedo enfaixado, antes do seu olhar recair sobre o Cascão, seu amigo já se levantou de imediato e foi até ele abraçá-lo.

Logo depois do abraço mudo e carregado de tristeza, o Cebola olhou de um por um, de canto a canto da sala e não viu quem esperava, o terror tomou conta do se corpo, sentiu suas pernas um pouco mais fracas que o normal.

– Cascão... – Ele chamou com a voz fraca, com muito medo da resposta.

Cascão já conhecia o amigo há anos, adivinhou a pergunta e as lágrimas voltaram a escorrer dos seus olhos.

– Cascão... O que aconteceu com ela? – Cebola perguntou se entregando ao choro que veio acompanhando o pânico. – Cade ela?

Cebola se sentou no sofá ao lado dos amigos com as mãos na cabeça, coçando os cabelos desesperado.

– Cadê a Monica? – Ele perguntou novamente olhando para todos os lados.

– Você tem que ser forte careca – Cascão começou a falar lhe abraçando...


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado! Se puderem deixem suas opiniões, são sempre muito bem vindas ♥
Meu coração chora junto com o Ce :'(
Beijão e até o próximo capítulo ♥



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