Dans Un Autre Monde escrita por AhPalasAthena


Capítulo 2
Ponderando...


Notas iniciais do capítulo

Aí está mais um capítulo para vocês *---* Bom, eu gostei, principalmente do fim (e não foi por que eu que escrevi em). Espero que gostem também.



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Ela abaixou a cabeça e ele ficou esperando a resposta dela. Estavam tão tensos que não sabiam o que pensar.

– Peter... – Ela começou – Eu

Ele engoliu seco quando a moça parou. Ela não iria negar, iria?

–Eu não posso. Isso. Tudo isso. Não é certo. Eu não quero um casamento arranjado.

–Você sabe que se você quiser eu caso com você nesse segundo Liz. Você sabe dos meus sentimentos por você. – Ele disse quase que desesperado.

–Eu sei. E é exatamente por isso que não quero me casar com você. – Ela foi direta e ele ficou sem palavras. – Nosso amor não está à venda Peter. Entenda isso.

Ele revirou os olhos e falou:

–Eu nunca quis dizer isso Lizzy. Estou te dizendo que – Ele parou por um segundo – me casar com você seria um sonho.

Ela se levantou, ficando de costas para ele.

–Peter. Isso é errado. Sabe-se lá o que pode aconte

–Eu assino um contrato então. – Ele interrompeu a mulher. – Ficamos um ano e meio casados e depois você pode seguir sua vida Liz. Eu prometo. Mas vamos tentar. Eu te imploro.

Ela virou para ele chocada. Casamento por contrato?

–Se não quer fazer isso por nós dois faça pelo seu projeto. Pense naquelas crianças que estão esperando por uma alegria, alegria essa que você tem de sobra. Se daqui um ano e meio você estiver infeliz comigo eu assino o divórcio e você tenta a vida com Gavin, afinal ele disse que te esperaria, não é? – Peter soltou e ela ergueu uma sobrancelha.

–Quem te contou isso? – Liz perguntou de ímpeto.

–Ele mesmo. – Peter respondeu. – Mas isso não vem ao caso. Por favor Liz, eu te imploro. Vamos tentar.

Ela voltou a ficar de costas para ele e suspirando pôs a mão direita na cabeça.

–Eu preciso pensar Peter. Foi tudo rápido demais. Preciso ler aquele testamento. Preciso conversar com o advogado de Wil e com o meu advogado para ver se há outra opção. Me deixa sozinha, por favor.

Ele soltou um pesado suspiro e se levantou. Passou por ela lentamente e foi para o quarto. Assim que ouviu a porta do quarto dele ser fechada caiu pesadamente na cama e resmungou:

–O que você queria com isso em Wil? Me obrigar a casar com ele? Você foi o primeiro a saber dos meus sentimentos por Peter. Você só podia estar pirando mesmo.

Suspirou de novo e sentiu pequenas pontadas na cabeça anunciando uma terrível dor de cabeça. Já tomou um remédio e ligou para Nikki. Contou tudo para a amiga que a fez ver os prós e os contras – era exatamente que amava Nikki, ela sempre mostrava os dois lados das decisões para Liz – e depois daquela ligação muita coisa se clareou na mente da mulher. Ela precisava pensar em seu projeto. Precisava pensar na sua própria vontade. Precisava pensar em tudo que já tinha vivido, cada escolha, cada momento, cada desejo. E Peter fazia parte de muita coisa, ela não podia negar.

–Beleza, onde eu assino? – Peter perguntou para Liz e para seu advogado.

–Aqui. – O homem apontou para ele que logo assinou. – Vocês estão cientes dos termos, não é? Tudo será encenação para pessoas.

Ambos assentiram. O homem logo foi embora e Peter disse sorrindo:

–Acho que vou também. Fiquei de fazer compras com as meninas!

Ela soltou uma gargalhada.

–Compras Peter? Você. – Soltou gargalhadas.

Ele se encolheu e ela disse:

–Vai logo. Nos encontramos semana que vem na coletiva de imprensa.

Levantaram e foram até a porta. Logo ele deu um jeito de roubar um beijo dela e se foi. Ela fechou a porta sorrindo que nem uma boba, feliz como a um tempo não se encontrava mais. O celular apitou e ela abriu a mensagem de Peter:

“Já estou com saudades. Que coisa Hot momma!”

Ela riu e deixou o celular de lado indo tomar um banho esse preparar para dormir. A semana passou vagarosamente para os dois, mas quando ele a viu com aquele vestido curtinho, preto, que valoriza maravilhosamente suas pernas, quis agarrá-la pela cintura e voltar para o quarto dela. Ela, quando o viu com aquela barba, aquele cabelo penteado meio que para o lado, aqueles olhos azuis maravilhosos, sentiu um calor delicioso percorrer –lhe o corpo. Peter veio até ela, agarrou sua cintura e beijou-a caprichosamente. Antes de se separarem ele disse:

–Paparazzi baby. Vamos logo. Quero anunciar que estou noivo da mulher mais gata que conheço.

Ela revirou os olhos e sorriu. Antes de prosseguirem ele colou algo gelado na mão da mulher que, quando viu a aliança maravilhosa que ele estava dando a ela, quase gritou. Beijou-lhe e ele riu se achando o cara. Ela achou lindo aquela pose dele de machão apaixonado. Assim que chegaram ao local do evento desfilaram sobre o tapete vermelho, posaram para as fotos, se beijaram, deram autógrafos e tudo mais. No meio da coletiva Peter fez questão de dizer que estava noivo e logo a notícia se espalhou. Gavin encheu a caixa de entrada de Liz de recados, mensagens e tudo mais, mas ela estava feliz demais, não queria estragar aquela noite lendo as palavras cortantes que Gavin provavelmente mandara. Naquela noite ela dormiu como um anjo. Peter não conseguiu dormir, a felicidade era tanta. Ficou a noite todo olhando as fotos que tinha de Liz no celular – e, acredite, não eram poucas – quando o dia começou ele se levantou, acordou as meninas e levou-as ao colégio. O dia estava tão lindo. Gravou e ignorou todas as cantadas de Jaimie, passou no colégio, pegou as filhas e foram comer qualquer besteira na rua. Assim que chegaram na porta de casa ele viu Gavin encostado em um carro. Depois de suspirar pediu para que as meninas entrassem e elas rapidamente obedeceram.

–Fala Gavin. – Disse em um tom de voz calculado.

–Qual foi a bobagem que você falou para ela de novo? – Gavin foi direto.

Peter revirou os olhos.

–Liz sabe o que faz Gavin. – Respondeu objetivo.

Gavin negou com a cabeça.

–Não quando você fica azucrinando a cabeça dela Peter. Só quero que fique claro para você, eu não vou desistir dela, NUNCA!

–Ninguém está te pedindo isso Gavin, mas pelo menos tenha respeito pela decisão dela, afinal é dela. – Peter disse sério. – E outra, você disse que iria esperar por ela, não disse? Se não der certo você vai ter sua chance.

Gavin deu um passo à frente para bater um Peter, mas se lembrou que aquilo só faria Liz ter raiva dele, então recuou e falou entre dentes:

–Você não perde por esperar Peter.

–Não perco mesmo. Esperei e olha de quem estou noivo. – Provocou.

Gavin teve vontade de matar o rival quando viu aquele sorrisinho triunfante. Ele iria se arrepender de sorrir daquela forma.

–Animada para amanhã? – Peter perguntou um mês e meio depois daquele dia com Gavin.

Liz sorriu e falou:

–Para um casamento de mentirinha, animada até demais.

Ele fechou a cara e falou:

–Você sabe que para mim não é de mentirinha.

–Mas precisa ser Peter. E você precisa entender isso. – Ela foi curta e grossa.

Ele bufou e falou:

–Por que você tem que ser tão cabeça dura? Não vê que te amo?

–Acho que já está na hora de eu ir para casa. – Ela disse se levantando. Ele segurou a mão dela e pediu:

–Não, fica mais um pouco.

Claro que ela cedeu. Ficaram ali vendo filme com as filhas dele. Fiona sentada no colo de Liz. No outro dia os dois acordaram rindo para as paredes. A cerimônia seria simples, só para a família e amigos mais próximos, não passava de cinquenta pessoas. Liz estava belíssima em um vestido branco, tomara que caia, um pouco rodado, os cabelos meio presos, alguns fios caindo como cachos perfeitos, uma maquiagem que destacava aqueles olhos lindos, um arranjo de cabelo delicado e, para acabar com as pernas do homem de terno preto que a esperava no altar, aquele sorriso único e perfeito. Quando ela chegou até ele sorrindo Peter beijou-lhe a testa, o coração parecia que ia sair para fora.

–Você está perfeita. – Ele sussurrou.

Ela se limitou a um sorriso. O casamento foi igual ao de todo mundo. O juiz de paz proferiu as mesmas palavras que um padre ou pastor falariam e depois da troca de alianças Peter nem esperou por um “pode beijar a noiva”, agarrou pela cintura e o fez loucamente. Ela retribuiu sorrindo e quando todos começaram a aplaudir eles se separaram sorrindo.

–Obrigado. Ainda que de mentirinha eu nunca me senti tão feliz como estou hoje. – Ele sussurrou em seu ouvido.

Ela não falaria, mas aquele também era um dos dias mais felizes de sua vida, talvez o mais feliz. Eles não tiveram lua de mel porque Peter tinha que resolver uns problemas, mas para todos os efeitos ele tinham se mudado para a mansão de Wil que ficava próximo à antiga casa de Elizabeth. Cada um tinha uma suíte, Liz pedira isso. Não queria dormir com Peter. O amava sim, mas queria fugir daquele sentimento. E, para piorar toda a situação as palavras de Gavin a afetara muito.

–Liz, posso abrir a porta Liz? – Ouviu Peter do outro lado.

Ela vestiu um roupão e disse:

–Pode.

Ele entrou e falou:

–Trouxe um CD para escutarmos. Na verdade, tem uma única música e – Ele olhou para ela tímido – eu queria dança-la com você.

Ela franziu o cenho e o olhou confusa.

–Por favor Liz. Eu não tive a oportunidade na festa. Só quero essa dança e vou para o meu quarto, eu prometo.

Ela o olhou de cima a baixo por longos segundos e ele já estava virando as costas e indo para o quarto quando ela pegou o CD de sua mão e pôs no som. Logo a música Thinking Out Loud começou a preencher os ouvidos do casal. Ele passou a mão pela cintura da mulher e trouxe-a para mais perto ao passo que ela pôs as mãos envolta do pescoço de Peter. Começaram a se remexer timidamente enquanto a música tocava: (Coloquem, por favor!!!)

“When your legs don't work like they used to before

And I can't sweep you off of your feet

Will your mouth still remember the taste of my love

Will your eyes still smile from your cheeks

Peter olhou nos olhos dela e cantou junto:

“Darlin' I will be lovin' you

Till we're seventy

Baby my heart could still fall as hard

At twenty three

“I'm thinkin' bout how

People fall in love in mysterious ways

Maybe just the touch of a hand

Me, I fall in love with you every single day

I just wanna tell you I am

Parou de dançar durante as duas primeiras frases, apenas a olhando nos olhos:

“So honey now

Take me into your lovin' arms

Kiss me under the light of a thousand stars

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are

Rodou Liz e a trouxe para seus braços novamente. Ela já totalmente balançada.

“When my hair's all but gone and my memory fades

And the crowds don't remember my name

When my hands don't play the strings the same way (mm)

I know you will still love me the same

“Cause honey your soul

Could never grow old

It's evergreen

Baby your smile's forever in my mind and memory

“I'm thinkin' bout how

People fall in love in mysterious ways

Maybe it's all part of a plan

I'll just keep on making the same mistakes

Hoping that you'll understand

“That baby now (ooh)

Take me into your loving arms

Kiss me under the light of a thousand stars

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are

Peter prendeu Elizabeth na parede e ficou olhando em seus olhos demonstrando todo sentimento que havia ali em seu coração. Elizabeth recebeu aquela enxurrada de sentimentos tão bons que vinham do homem, agora seu esposo, e naquele momento ela quis que ele a beijasse, mas tudo o que ele fez foi depositar um beijo na curva de seu pescoço e puxá-la novamente para a dança, aquela dança tão sensual enquanto o mesmo cantava:

“Baby now

Take me into your loving arms

Kiss me under the light of a thousand stars (oh darlin')

Place your head on my beating heart

I'm thinking out loud”


“Maybe we found love right where we are

Maybe we found love right where we are

And we found love right where we are

Ergueu-a e quando a mesma achou que ele finalmente ia beijá-la tudo que Peter fez foi coloca-la cama e beijar-lhe a testa. Ela não conseguiu responder seu boa noite e apenas observou o moreno sair de seus aposentos. A respiração entrecortada, o coração parecia que ia saltar do peito, as pernas bambas e as mãos trêmulas e geladas. Assim que controlou a respiração colocou a mão no pescoço com um sorriso bobo nos lábios.

–O que você está fazendo comigo seu idiota? – Sussurrou sorrindo.

A vontade de ir até o quarto dele e beijá-lo era grande, mas sua vergonha e medo também eram. Virou-se de bruços enterrando o rosto no travesseiro enquanto ria e pensou alto:

–Não me faça te amar mais do que te amo Peter, por favor.


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Notas finais do capítulo

Mereço cometários? E recomendações? Acredito que o próximo deve sair em no máximo 7 dias okay? Tenho que atualizar minha outra fic "Meu Erro Mais Certo" que tem o Peter Facinelli (mesmo eu já estando com ela pronta até o capitulo 17), se quiserem conferir eu agradeceria muito. Um Beijo.



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