Calmaria escrita por cerlunas
Notas iniciais do capítulo
BBRae foi um dos meus primeiros OTPs, inclusive é um dos pouquíssimos ships hétero que gosto. E mesmo assim, é a primeira vez que escrevo sobre eles. Vai entender. HAHA
Boa leitura a todos. ♥
Mutano gostava de agitação.
Gostava de ver os filmes de ação com os outros titãs para ver as engraçadas reações de Estelar. De treinar com Robin e ver seus planos mirabolantes. De jogar videogames com Cyborg comendo qualquer besteira.
Porém, também gostava da calmaria que Ravena mantinha — mesmo que nem sempre fosse tão calma assim. Gostava das suas discussões, que na maioria das vezes eram por motivos bestas, e de mexer nas suas coisas. Gostava de cada olhar, cada sorriso, cada abraço. Não importa o quão raro fossem.
Fora isso, a paz não era algo de seu cotidiano. Com suas responsabilidades de super-herói — mesmo que ele não fosse lá o mais responsável —, era difícil qualquer dia ser tranquilo, até mesmo para seus padrões estranhos. Eram muitas tarefas, muitas missões.
Porém, naquele dia, as coisas estavam diferentes. O alarme estava silencioso, e até dava a impressão de ter sido desligado.
Com o estranho acontecimento, cada um resolveu aproveitar a tarde do seu jeito: Robin e Estelar davam um passeio, Cyborg estava em seu quarto fazendo alguns ajustes e Mutano via TV na companhia de Ravena — o que era algo engraçado, porque ela sempre estava no seu quarto. Se bem que, a presença da garota não contava totalmente como companhia, levando em conta que ela estava sentada a poucos metros de distância, lendo um livro.
Tudo estava silencioso, a não ser pelo barulho da televisão. Mutano não sentia vontade de comentar o programa e levar a resposta rabugenta de Ravena, ou até mesmo seu silêncio. Ele sequer prestava atenção no que estava acontecendo — seus olhos estavam presos na garota. A morena era tudo que via.
E Mutano sabia que isso não era de agora.
— Ravena? — Chamou, diminuindo o volume da televisão. A garota desviou o olhar da sua leitura e encarou-o com as sobrancelhas arqueadas. — Posso te contar uma coisa?
Por fim, fechou o livro.
— ... Tá. — Mesmo com a expressão apática, dava para sentir a dúvida na sua voz.
— Você se lembra do tempo em que não éramos exatamente amigos? Quando só conversávamos para discutir?
Ravena concordou, franzindo os lábios.
— Pois é né — Mutano falou sem graça —, até mesmo naquela época, eu achava que poderia me apaixonar por você.
A morena encarou-o surpresa, e quase que instantaneamente suas bochechas ficaram avermelhadas.
E Mutano sabia que não estava muito diferente.
Por mais que o que estivesse falando fosse um pouco repentino, parecia tão... certo.
— E agora? — Questionou a morena por fim.
— Bem, infelizmente, agora eu sei que estava certo.
E então, Ravena sorriu. Era tudo tão pacífico entre eles — pelo menos naquele momento — que Mutano quase podia acreditar que era um rapaz normal, sem o fardo de ser herói nas suas costas.
Afinal, por mais que gostasse de coisas agitadas, a calmaria sempre o atraía.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada a todos que leram. c: