The Darkness is coming escrita por NothingGood


Capítulo 4
O momento de mudar a história começa agora


Notas iniciais do capítulo

Oie gente...
Eu realmente não sei inventar nomes de cidades, então ficou ruim pra caramba...
Eu fiz um trailer para a fic: https://www.youtube.com/watch?v=47S58SusU40
Vejam lá :D
Boa Leitura!!



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P.o.V. Abby

Os dois ficaram lá fora conversando por uns dez minutos até entrarem novamente e Dean estava com uma cara de quem comeu e não gostou.

– Bem, vamos por partes. - Sam começou aparentando estar realmente tentando entender toda aquela situação, diferente do irmão - Do que vocês se lembram exatamente?

– Eu já disse, lembro de uma luz branca muito forte e da sensação de estar caindo, depois apaguei e acordei aqui. - expliquei e ele olhou para Lily esperando que ela dissesse algo.

– Senti a mesma coisa. - falou quando percebeu que era a vez dela de contar - Abby gritou e eu corri até o quarto dela sendo meio que engolida por uma luz branca muito forte.

– E o que vocês acham que causou isso? - Dean perguntou de mau humor.

– Tudo começou quando nós íamos almoçar e no caminho fomos paradas por uma senhora que queria ler a mão da minha amiga aqui. - Lily resolveu falar apontando para mim com a cabeça - Ela começou a falar umas coisas estranhas sobre como deixar o passado para trás e por fim disse que a Abby encontraria as respostas no lugar onde os antigos buscam sabedoria ou algo do tipo.

– O lugar onde os antigos buscam sabedoria? - Dean parecia confuso.

– Foi o que eu pensei na hora. - Lily disse se referindo a confusão dele - Quando ela foi embora eu disse para Abby esquecer esse assunto, mas não, ela tinha que dar ouvidos a uma estranha que nos abordou no meio da rua. - revirei os olhos para o comentário sarcástico - Então ela me vem com a brilhante ideia de irmos procurar algo na ala mais antiga da biblioteca.

– Era só uma questão de lógica. - reclamei e decidi continuar a contar a história. Os dois nos olhavam com expressões completamente diferentes, enquanto Dean estava com a cara fechada Sam parecia estar curioso - Nós acabamos encontrando um livro da série Supernatural que parecia novo e tinha um trecho destacado.

– Dizia para falar em voz alta seu pedido em frente a um espelho e se esse desejo fosse forte o bastante ele poderia se realizar. - Lily explicou - E ela fez isso, desejou que pudesse desaparecer, viver aventuras como as que vocês vivem em um lugar totalmente novo, mas na hora não aconteceu nada e nós voltamos para casa.

– E então vocês já sabem. - completei.

– Isso é muito estranho. - Sam comentou.

– Não é estranho, é totalmente louco. - Dean reclamou e simplesmente se virou para sair do quarto.

– Desculpem o meu irmão. - Sam disse quando ele já tinha saído - Ele não costuma agir assim e acho que vocês já sabem disso, mas enfim voltando ao assunto, vocês por acaso saberiam dizer o nome da mulher que falou com vocês?

– Ela disse que se chamava Amália. - falei e ele pareceu refletir sobre algo - Esse nome te diz alguma coisa?

– Não, nada.

– E o que fazemos agora? - Lily perguntou preocupada - Temos que encontrar uma maneira de voltar.

– Talvez a gente não tenha. - falei e ela me olhou como se eu não soubesse o que estava falando - Nós não temos por que voltar.

– Eu tenho! - exclamou passando as mãos nos cabelos - Esse não é nosso lugar. Não podemos simplesmente abandonar a nossa vida lá.

Eu bufei mesmo sabendo que ela estava certa, seria muito egoísmo da minha parte querer ficar, porque a minha vida era um lixo e ela ser forçada a também ficar sendo que a dela era boa. Lily já havia sacrificado muita coisa por mim, não podia fazer com que ela perdesse o que lhe restou. Ela tinha motivos para voltar, mas eu não podia dizer o mesmo de mim.

– Vocês vão nos ajudar? - perguntei quando finalmente me convenci a fazer o certo - Porque seu irmão não parece estar muito empolgado com a ideia.

– Nós vamos tentar. - ele respondeu - E quanto ao Dean ele é teimoso, mas vai acabar ajudando.

Nós duas balançamos a cabeça concordando.

– Quando começamos? - Lily perguntou - Quanto antes começarmos mais cedo voltamos para casa.

– Eu e Dean estávamos indo investigar um caso em uma cidade aqui perto. - ele disse - Estava pensando em ir até lá e no caminho podemos ver se encontramos algo em um dos livros que temos aqui.

– Por mim tudo bem. - falei um pouco animada - O que vocês vão investi...?

Fui interrompida por Dean que entrava no quarto de maneira nada sutil.

– E então o que vamos fazer? - perguntou aparentando estar bem mais calmo.

– Vamos para Sallesville. - Sam respondeu pegando seu notebook - Terminar o que viemos fazer e depois nos focamos em ajudar essas duas.

Ele concordou e logo saímos do hotel. Os dois no banco da frente e nós duas no de trás do Impala. Ficamos em silêncio por um longo período de tempo, apenas ouvindo uma música que eu não sabia identificar qual era no rádio até que não aguentei e tive que quebrar o silêncio.

– Quanto tempo daqui até essa cidade?

– Sallesville. - Sam disse - São mais ou menos três horas.

– E o que vão investigar?

– A morte de dois adolescentes. - respondeu - Ambos foram mortos pelos amigos, que afirmaram ter perdido o controle durante uma briga.

– Até ai não tem nada de estranho.

– Então quer dizer que você mata seus amigos quando briga com eles? - Dean perguntou com sarcasmo e eu bufei.

– Não liga para ele. - Sam falou - O estranho é que em ambos os casos a briga aconteceu em uma casa antiga e abandonada.

– E qual a teoria de vocês? Um espírito vingador? - chutei.

– É possível.

– Será que vocês poderiam parar em algum lugar onde venda roupas? - Lily perguntou - Porque se não perceberam nós duas estamos de pijama e está frio ai fora.

Com toda essa confusão eu tinha até me esquecido de que estava usando apenas um pijama e comecei a me dar conta de que realmente estava com frio. Lily era quem devia estar pior, porque ela usava um shorts bem curto e pelo espelho pude perceber Sam olhar discretamente para as pernas dela. Abri um pequeno sorriso com a cena e preferi não comentar nada.

Enquanto isso Dean continuava focado na estrada e só abriu a boca para dizer que teria um posto de gasolina com uma loja de conveniência, onde poderíamos parar dali a poucos metros. Tinha que confessar que essa atitude não combinava com ele e isso estava me deixando intrigada, não podia me impedir de tentar imaginar o que poderia estar se passando na cabeça de Dean Winchester.

***

– Meu Deus! - Lily disse assustada colocando as mãos na boca.

– O que aconteceu aqui? - perguntei olhando para os corpos caídos inertes no chão e o sangue todo espalhado pelas paredes da loja de conveniências em que tínhamos parado.

– O que acha Dean? - Sam perguntou ao irmão que se agachava ao lado dos corpos.

– Ataque de demônios. - concluiu - É bem provável.

– Eu vou esperar no carro. - Lily disse e saiu praticamente correndo dali.

– Qual deve ser o motivo disso? - perguntei.

– Talvez eles saibam sobre vocês. - Sam concluiu - Acho que vou ver se a Lily está bem, ela parecia estar prestes a desmaiar.

– Bem, não é todo dia que ela vê um corpo. - murmurei e ele saiu, sobrando apenas eu e Dean ali dentro - Acha que queriam nos assustar?

– Sinceramente eu não tenho mais certeza de nada. - respondeu e se virou para mim - Tente encontrar algumas roupas que sirvam e não estejam manchadas de sangue. Eu te espero aqui.

Concordei com a cabeça e consegui encontrar algumas coisas colocando tudo dentro de uma mochila junto com duas escovas de dente e um pacote de salgadinhos.

Assim que voltamos para o carro Lily aparentava estar bem melhor e seguimos em frente. Em um determinado momento eu abri meu salgadinho e comecei a comer.

– Como você consegue comer em uma hora dessas? - Lily me olhou como se eu fosse doida.

– Eu estou com fome ué. - dei de ombros.

– Eu te mato se derrubar alguma coisa no meu carro. - Dean resmungou e eu mostrei a língua toda suja para ele que revirou os olhos.

– Que coisa nojenta. - Lily reclamou e Sam apenas riu baixo de tudo aquilo.

Não pude deixar de me sentir verdadeiramente feliz pela primeira vez em tempos, mesmo que isso tivesse se dado depois de ir para outra realidade e dar de cara com pelo menos cinco cadáveres. Eu devo ser realmente louca.

Pouco tempo depois nós paramos em uma lanchonete para comer alguma coisa e logo voltamos para a estrada como antes.

***

Já fazia mais ou menos duas horas desde que tínhamos parado para comer e agora procurávamos um hotel barato para nos hospedarmos na cidade, que parecia ser pequena e tranquila, do tipo em que todos os moradores se conhecem. Ninguém havia dito mais nada sobre o incidente no posto, sempre desviávamos do assunto.

Assim que nos registramos em um lugar chamado "Blood Road" e entramos no quarto cada um foi fazer uma coisa. Sam começou a fazer pesquisas no notebook, enquanto Lily lia um livro que ele tinha dado onde poderia haver informações que pudessem nos ajudar e Dean estava lá fora fazendo sabe-se lá o que.

– Vocês não deveriam sair para buscar informações sobre o caso ou algo do tipo? - perguntei a Sam.

– E nós vamos. - respondeu distraído com algo - À noite nós vamos ver se tem algum sinal estranho na casa que possa nos indicar com o que estamos lidando.

– Pensei que primeiro vocês falassem com os policiais da cidade sobre as mortes.

– É. - disse - Mas o Dean acha melhor não deixar vocês sozinhas por enquanto.

– Ótimo. - bufei - Por que ele está implicando tanto com a gente?

– Essa é realmente uma boa pergunta.

– Acho que vou sair para tomar um ar, já que não vou ser útil por aqui.

Os dois apenas concordaram com a cabeça e eu sai batendo a porta atrás de mim com um pouco mais de força do que era necessária.

P.o.V. Sam

– Droga. - Lily bufou jogando o livro que estava lendo de lado assim que Abby saiu do quarto.

– Nada ai? - perguntei olhando para ela que agora estava de braços cruzados com as costas escoradas na cabeceira de uma das camas.

– Não para o que precisamos. Tem coisas que eu nunca havia imaginado coisas realmente absurdas, mas nada sobre como voltar para outra realidade. - reclamou.

– Você fica fofa quando está irritada. - comentei me arrependendo logo em seguida quando ela me lançou um olhar confuso - Talvez viagens entre realidades nunca tivessem acontecido antes. - mudei de assunto.

– Talvez. - ela me encarava parecendo pensativa, mas logo voltou sua atenção para outro livro que estava na mesa do meu lado.

Ela se sentou e começou a folheá-lo distraidamente e não pude conter minha curiosidade.

– Por que a Abby fez aquele desejo? De desaparecer e tudo o mais?

– É uma longa história. - ela suspirou e olhou para mim - Eu não vou te dizer, porque a história é da Abby e eu seria uma péssima amiga se te contasse algo tão pessoal.

– Eu entendo. - falei e ela voltou sua atenção para o livro - Eu pergunto para ela quando tiver alguma chance.

Ela apenas concordou com a cabeça sem estar prestando realmente atenção na conversa, continuei olhando-a por alguns segundos, mas logo resolvi voltar minha atenção para a pesquisa que estava fazendo.

P.o.V. Abby

Assim que sai daquele quarto para tomar um ar vi Dean fazendo alguma coisa em seu carro e resolvi me aproximar, me apoiei de lado no carro. Ele usava uma camiseta preta e tinha as mãos sujas de graxa.

– Belo carro. - falei enquanto o observava mexer com algo dentro do motor.

– É sim. - disse sem me olhar e ficamos em silêncio por alguns instantes.

– Sei que não acredita em nós. - soltei o que queria tanto dizer.

– Constatação brilhante. - comentou com sarcasmo e finalmente ergueu os olhos para mim - Espera receber um prêmio por isso?

– Sabe, eu sempre achei que você fosse o cara mais legal nessa história, mas agora que te conheço pessoalmente acho esse seu sarcasmo ridículo e digno de uma criança de dez anos. - reclamei.

Nesse momento ele se aproximou de onde eu estava de maneira ameaçadora me fazendo apoiar as costas no carro e me encarou com o rosto bem próximo do meu.

– Em primeiro lugar eu não pedi sua opinião sobre mim. - falou me encarando com os olhos verdes intensos - E segundo você veio atrás de mim e não o contrário, então pare de achar que todos tem que gostar de você. No pouco tempo em que já te conheço sei que você é só uma garota mimada que se faz de vítima só para ter todos ao seu redor te dando atenção.

– Você não sabe nada sobre mim. - falei começando a ficar irritada, ele não tinha o direito de me dizer aquelas coisas.

– Sei o suficiente.

Ficamos nos encarando por alguns segundos até que ele se afastou e voltou a mexer em seu carro fingindo que eu não estava mais ali.

– Não sei mesmo por que está agindo assim. - disse - Nós não fizemos nada de errado para você e o Sam, não queremos causar problemas e espero que em algum momento você consiga entender isso.

"I'm waking up to ash and dust

I wipe my brow and I sweat my rust

I'm breathing in the chemicals

I'm breaking in, and shaping up

Then checking out on the prison bus

This is it, the apocalypse, whoa

I'm waking up, I feel it in my bones

Enough to make my systems blow

Welcome to the new age, to the new age

Welcome to the new age, to the new age

Whoa, whoa, I'm radioactive, radioactive

Whoa, whoa, I'm radioactive, radioactive"


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam...
Música: Imagine Dragons - Radioactive
Próximo capítulo tem o primeiro caso em que os quatro trabalham juntos... hehehe
Logo eu posto...
Bjs :D



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