Um jovem, preparado para seu primeiro ano em Magus Draken, caminhava pela estação cheia. O trem ainda não tinha chegado, e ele carregava três malas em um carrinho. Era um jovem com um metro e sessenta e cinco de altura, com olhos verdes esmeralda, cabelos cacheados e ruivos, uma pele branca um pouco avermelhada nas bochechas e no nariz, e estava usando uma capa preta.

O jovem caminhava com a cabeça baixa, por não saber se socializar com ninguém. Peter Walker era assim pois cresceu sendo chamado de anormal, monstro, estranho e etc. O jovem criou a mania de abaixar aa cabeça mais por ter sido inferiorizado pelos seus avós. Mas no momento, seu jeito estava assim pois ele estava pensando em tudo que vivera desde o dia em que foi abandonado em um orfanato ate aquele momento...

"Peter Walker tinha quatro anos, e estava sentado na varanda de sua casa, que ficava no meio de um campo rural no Canadá. Especificamente, a casa era de seus avós.

Peter segurava em suas mãos um hamster, que sempre foi seu único e melhor amigo. O jovem era maltratado pelos seus avós todos os dias, pois eles o consderavam uma aberração. Desde o dia em que Newton e Mirian Walker morreram, os avós paternos de Peter decidiram adotar a criança de um ano e cinco meses que acabara de perder o pai. E os dois anos e sete meses que viveu com seus avós foram os piores da vida do jovem. Newton Walker era um mago das trevas incrivelmente poderoso, e Mirian possuía um caso raro de mistura de energias mágicas, ela era uma maga das trevas e elementar. E também era uma maga poderosa.

Quando os pais de Newton descobriram que ele era um mago, o consideraram uma aberração. Como Newton conseguiu a energia mágica, ele simplesmente nasceu com ela, mesmo que tenha nascido de pessoas normais.

Os avós de Peter nunca amaram o pai do garoto, como iriam amar o garoto?

A criança de desfoca de seu hamster quando sua vó grita seu nome, chamando-o.

–O que a senhora deseja, senhora Elise? - disse Peter para a sua vó. O vô de Peter estava comendo, e observava o garoto com rancor.

–Você ainda esta com esse roedor imundo? - gritou ela. O jovem abaixou a cabeça. - Larga isso.

Peter segurou o roedor, colocando a mão em cima dele, como se estivesse protegendo-o. O avô de Peter levantou com desgosto e raiva, e caimnhou ate o jovem, dando um tapa forte na cabeça dele. Ele caiu no chão, e seu avô pegou o hamster.

–Olha o que eu faço com seu "amiguinho". - disse o seu avô, que se chamava Robert.

Peter correu para pegar o roedor, mas não tinha força o suficiente para enfrentar um adulto de cinquenta anos.

–Por favor, não machuque ele. - disse o jovem. Robert pegou o roedor e colocou dentro da lareira, as madeiras estavam em combustão, e logo, o amigo de Peter sofreu antes de se transformar em cinzas na frente do jovem,

O garoto arregalou os olhos, sua boca ficou aberta, aquilo traumatizou ele. O ruivo derramou uma lagrima, e olhou para seu avô, que sentiu medo do olhar da criança. Logo em seguira, Peter olhou seu avô, e uma chama negra saiu de sua mão e foi em direção ao seu avô, que morreu.

A esposa do morto viu a cena, mas só agora decidiu se levantar.

–Seu monstro! - gritou ela para o garoto. Logo, o jovem voltou ao normal, e foi chorar perto da lareira.

Quando se deu conta, o jovem estava sendo abandonado em um orfanato, sem roupas, apenas as que ele estava usando..."

Peter se desconcentrou de suas lembranças quando esbarrou em uma pessoa da estação.

–Desculpa...- disse o jovem, abaixando a cabeça. A pessoa na qual ele esbarrou apenas continuou caminhando. Ele seguiu em frente, e ficou esperando o trem chegar. Vários jovens magos também esperavam lá.