O Traidor do Olimpo escrita por Moon Haneul


Capítulo 1
On Fire


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa não é a primeira fanfic que posto aqui no Nyah!, mas foi a primeira que eu escrevi. Comecei a escrever ela já tem um tempinho e conclui há pouco tempo.
Mas, enfim, espero que gostem c:



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Tédio. Isso era tudo o que eu sentia naquele momento, tirando tristeza, vergonha e calor. Era meu aniversário, toda a minha família estava no salão de festas do condomínio onde eu moro, e todos estavam com cara de que só estava lá porque foi obrigado. As únicas pessoas que pareciam realmente felizes de estarem lá eram a minha mãe, Emily e Dexter.

Emily e Dexter eram os únicos amigos que eu havia tido em toda a minha vida. Emily é o "cérebro" da turma da escola que frequentamos, é superinteligente e sempre tira nota máxima em todas as matérias, principalmente em matemática. Ela tem longos e lisos cabelos louros claros como areia, o que faz quem inventou o estereótipo da loira burra o burro da história. Outra coisa diferente na aparência dela são seus olhos, eles são azul cinzentos, como uma nuvem tempestuosa e, mesmo que a Emily seja uma garota legal, às vezes o olhar dela da medo.

Dexter é um tipo de alvo de zoação na escola, ele é muito desajeitado com tudo. Ele sempre andou de um jeito meio estranho e, há uns dois meses, ele disse que caiu da escada e quebrou a perna, e teve que usar muletas. E ele está sempre usando toucas ou bonés. Uma vez, quando Bob Fay, um garoto que implica com todo mundo na escola, tirou a touca dele de sua cabeça, ele tapou a cabeça com as mãos e saiu correndo atrás dele feito um louco. Bob acabou batendo de cara em um armário e Dexter caiu junto. O resultado foi alguns hematomas e ambos em detenção durante cinco dias por CORREREM nos CORREDORES da escola, mas Dexter conseguiu sua touca de volta.

Bom, voltando à festa. Emily, Dexter e eu decidimos que precisávamos de um ar e saímos do salão de festas. Fomos até a praça do condomínio e sentamos em um dos bancos.

— O que foi, Chloe? — Emily me perguntou. — Você parece triste.

— Nada — eu disse, mas não era verdade. Eu estava muito chateada com minha mãe, por causa do meu pai, dessa festa e de muitos outros motivos. — Só estou cansada da minha mãe mudar de assunto cada vez que eu pergunto sobre meu pai. Sempre que eu toco no assunto ela parece distante. Eu estou fazendo 14 anos e a única coisa que ela me disse sobre ele é: "Você tem os olhos azuis dele."

— Ela tem um motivo — disse Emily — eu e Dexter decidimos que devemos contar uma coisa a você...

— O quê? — perguntei.

Quando Emily ia falar, ouvi a voz da minha mãe gritando da frente do salão de festas:

— Querida, hora de cortar o bolo!

Eu odiava essa hora das minhas festas de aniversário e também acho que, depois dos dez anos, festas de aniversários são totalmente desnecessárias. Bom... eu odiava as festas de aniversário que a minha mãe fazia para mim. Ela é uma pessoa legal e tal, mas ela sempre me fazia colocar um daqueles chapeuzinhos que as crianças usam em festas de aniversário. O problema não era o fato de que aquilo era para crianças de 5 anos de idade, o problema é que ele era ridículo. Na verdade, quase tudo nas minhas festas era ridículo, tirando que a maioria dessas coisas era cor-de-rosa. Minha mãe provavelmente não deveria saber que rosa é a cor que eu mais detesto.

Depois que minha mãe cortou o bolo cor-de-rosa, com quatorze velas em cima e escrito CHLOE em rosa-shoking e distribuiu para os convidados, eles comeram e começaram a ir embora. Os que ficaram foram o Dexter, a Emily e minha tia avó Mary. Ela é muito velha e nunca sabe quantos anos as pessoas têm.

Minha mãe deu a ela um pedaço de bolo que ela pediu para levar pro tio Many, o marido dela, que era ainda mais velho que ela e não só esquecia a idade das pessoas, como esquecia o nome. Depois disso, minha mãe subiu para o nosso apartamento e pediu para que eu, Emily e Dexter fechássemos tudo antes de sair. Antes da tia Mary ir embora, ela veio até mim e disse:

— Feliz aniversário, Chloe — ela me entregou com sua mão enrugada e trêmula uma caixa embrulhada em papel de presente rosa com flores. — Espero que goste, querida!

Esperei a tia Mary sair do salão de festas para desembrulhar o presente.

— Não acha que você já está meio grandinha para brincar de bonecas?! — disse Emily vindo em minha direção. — Nenhuma pessoa da sua família sabe quantos anos você tem?

— Parece que não — larguei a caixa com a boneca em cima de uma mesa.— Mas o que era que você e Dexter iam me contar?

Ela olhou para Dexter, que estava se aproximando de nós.

— Chloe, isso vai ser um pouco difícil se você não compreender. — Dexter disse. — Mas você precisa saber...

— Você sabe sobre mitologia grega, não é? — disse Emily, ela parecia tensa, o que não era normal, ela estava sempre calma, mesmo uma vez que tivemos uma prova surpresa superdifícil de química.

— Sim, essas coisas que tem deuses, animais bizarros e tudo mais? — eu disse, tentando disfarçar a minha vontade de rir da cara de preocupados deles.

— Certo, seu pai, ele... — Emily foi interrompida pelas três velhas da limpeza do nosso condomínio entrando no salão de festas. Eu as odiava, sempre que eu passava por elas, elas me encaravam.

— Ok, continue... — eu disse à Emily. Mas foi como se eu tivesse falado com as paredes.

Ela olhou preocupada para Dexter e sussurrou algo em seu ouvido. Eles estavam praticamente fingindo que eu não estava lá, eles estavam sussurrando um para o outro. Consegui ouvir algumas coisas que Emily falava, uma delas foi você tem certeza de que sentiu o cheiro? Dexter assentiu, e os dois olharam para mim e falaram em uníssono:

— Temos que ir falar com a sua mãe!

— O quê? — eu disse. — Vocês estão ficando loucos? Primeiro me vêm com essa conversa de mitologia grega e depois ficam sussurrando coisas sobre "cheiro", e o que o meu pai tem a ver com isso?

— Não podemos falar sobre isso aqui — disse Emily olhando pelo canto dos olhos as velhinhas da limpeza. — Primeiro precisamos falar com a sua mãe!

Acho que as velhas da limpeza não gostaram do que ela falou, porque naquele momento elas largaram as vassouras e olharam diretamente para nós.

— Você não vai precisar falar com a sua mãe, Chloe Watherson! — disse uma das três velhinhas, com uma voz anormalmente grossa.

— Vocês não vão estar vivos para poder fazer isso, docinhos — completou outra.

A maneira que ela falou docinhos foi assustadora. Quando eu ia perguntar à Emily e Dexter o que elas queriam dizer com aquilo, as velhinhas começaram a crescer — isso soa meio estranho, mas ela cresceram de verdade. — Cresceram até ficarem com, aproximadamente, dois metros e meio de altura. Seus uniformes de faxina rasgaram. Eu dei graças à Deus elas estarem com roupa por baixo. Usavam vestidos com estampas de flores tamanho GGGG que ficavam justos nos seus corpos. Quando olhei para seus rostos, não haviam olhos, havia apenas um olho enorme no meio de suas testas. Elas eram... eram...

— Ciclopes! — gritou Emily. — Para trás!

Ela nos afastou para trás com os braços.

A ciclope do meio avançou em minha direção. Emily se jogou na minha frente e deu um chute no grande olho da ciclope. Pelo visto, Emily tinha muita força no pé, porque a ciclope caiu para trás com um estrondo.

— Olha só! Uma filha de Atena — disse a ciclope, se pondo de pé. — Isso não foi uma jogada muito inteligente. E por isso, vamos matar você primeiro.

Emily tirou alguma coisa do bolso, uma coisa brilhante. Era uma faca bronze de aproximadamente 45cm. A ciclope agarrou ela pela cintura e a levantou do chão, e quando estava prestes a esmagá-la completamente, Emily cravou a faca no braço da monstra e arrastou a faca até a mão. A monstra começou a gritar, Emily pulou até o chão e quando olhei para a monstra, ela estava se reduzindo à pó.

— Onde você aprendeu isso? — perguntei. — Quem são essas coisas? O que está acontecendo aqui?

— Depois eu explico, primeiro temos que ajudar o Dexter — ela disse, correndo até Dexter que estava batendo em uma das ciclopes com as muletas.

Eu não sabia como ele ainda estava em pé sem a ajuda das muletas, mas ele estava. Corri até eles. Emily tirou outra faca do bolso. O bolso dela devia ser enorme para caber duas facas de bronze bem grandes.

— Fique com isso — ela me jogou a faca e eu quase a derrubei no chão —, me ajude a matar as outras monstras!

Olhei para ela e assenti. Foi quando a ciclope percebeu o que estava acontecendo e avançou contra Dexter.

— Ah, meus deuses! — exclamou Dexter.

Eu e Emily levantamos nossas facas e juntas, enfiamos as facas na barriga da monstra que virou pó.

— Vocês mataram minhas irmãs! — disse a monstra que faltava. — Vocês irão pagar por isso!

Ela avançou até nós, então desviamos.

— Me ajudem com essa mesa!

Nós levantamos uma enorme mesa de doces vazia e jogamos na ciclope que foi parar na parte da cozinha do salão de festas.

— Que ideia brilhante! — Emily disse à Dexter. — Você é um sátiro inteligente!

— Um o quê? — interrompi.

— Ok, precisamos lhe explicar — disse Dexter. — Você sabe sobre os deuses?

— Como Zeus, Ares, Apolo, e tal...? — eu disse, estranhando aquele papo.

— Isso. Um deles é o seu pai. Por isso que os ciclopes vieram atrás de você. Monstros matam os semideuses — terminou Emily.

— O quê? Não — eu disse. — Vocês estão de brincadeira!

Eles deviam estar querendo me pregar uma peça. Como o meu pai poderia ser um deus?

— Chloe, isso não é brincadeira! — disse Dexter. — Aquelas monstras não eram brincadeira!

— Realmente não! — disse uma voz vinda da cozinha.

Então a ciclope saiu de lá com uma garrafa de gasolina em uma mão — não me pergunte de onde ela tirou aquilo — e uma caixa de fósforos na outra. Ela abriu a garrafa de gasolina e jogou em nossa direção, mas nós desviamos. Então ela acendeu um fósforo e jogou onde a gasolina havia caído.

— Tchauzinho, docinhos!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Posto o próximo capítulo com, pelo menos, 2 reviews.
Até a próxima!



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