Lost Stars escrita por Luna Lovegood


Capítulo 4
Capítulo 3 - Destino?


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores,

Me desculpem pela demora, um personagem me deu algum trabalho, mas finalmente chegamos à um acordo.

Obrigada por todos os comentários e acompanhamentos! Espero que gostem desse capítulo!

Boa leitura!



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"E esses dois destinos se cumpriram na hora, no tempo e no dia marcados por Deus para todas as nações."

Ester 10:11

Destino. Muitas culturas associam essa palavra a ideia de que toda a nossa vida está traçada, escrita em um livro, tecida em um tear, marcadas nas runas e cartas de um tarô ou ainda nas linhas da palma da mão. Pessoalmente Rafael nunca gostou de tal concepção, afinal cada ser é responsável por seus atos, suas escolhas e é por isso que o criador nos deu o dom do livre arbítrio, para que o nosso futuro seja apenas o resultado daquilo que fazemos. Mas havia casos especiais em que pequenas intervenções divinas eram feitas, seja para ensinar uma lição a alguém, seja para oferecer uma segunda chance a essa pessoa de estar no caminho correto. A questão era que: nem tudo na vida de alguém poderia ser considerado uma simples coincidência. Era por isso que o anjo caído não conseguia ignorar aquele reencontro. Questionava-se se aquela não seria uma intervenção divina. E isso o deixava inquieto, o que aquilo realmente significava? Seria uma espécie de punição sádica ou uma segunda chance?

Rafael sentiu-se mortificado a primeira vez que vira Ariel, quase não conseguiu falar, a semelhança física era incrível, os mesmos olhos amendoados de um castanho límpido, a mesma pele alva e os lábios cheios. A única coisa ali que não eram totalmente da sua antiga Ariel, eram os cabelos de um vermelho intenso vívido quase como as labaredas do fogo, quando costumavam ser de um vermelho mais calmo e aconchegante. E é claro, o mesmo nome. Aquilo não poderia ser apenas mais uma coincidência. Embora a semelhança física prendesse sua atenção inicialmente, o mais chocante era a áurea ao redor da garota, dourada, cintilante. Não havia dúvidas, naquele corpo humano estava a alma de Ariel. Ele a reconheceria em qualquer lugar.

Ele fizera um esforço descomunal para não encará-la sentada em sua sala de aula, parecendo uma jovem normal, o que de fato ela era. Mas a todo momento seus olhos se desviavam até ela e ele perdia a concentração. O que mais lhe assustava era que a garota parecida reconhecê-lo também, embora não tivesse muita certeza disso, ele via os olhos dela o seguindo como se lhe fizessem perguntas silenciosas.

Rafael deixou a sala de aula apressadamente assim que o período teve seu fim e caminhou em direção a sua sala particular. Aproveitou que não tinha mais aulas a ministrar e passou o dia todo lá, precisava de um momento para entender o que aquilo significava. Permitiu-se ser feliz por alguns instantes, ele havia reencontrado Ariel, alguém que muito estimara, alguém que um dia ele amara, muito mais do que era permitido. Porém, ele não podia permitir que o seu emocional dominasse a sua razão, e a verdade é que apesar dessa aparente reencarnação de Ariel o deixar momentaneamente feliz por saber que ela ainda estava viva, este era um fato enganador. Rafael sabia que algo estava terrivelmente errado, porque anjos não reencarnavam ou renasciam. Uma vez perdida a alma de um anjo, ela jamais retornaria.

A alma de um anjo era algo sagrado, puro e poderoso demais. Quando um anjo deixava de existir a alma dele se juntava a várias outras no Céu, cujo único propósito era fortalecer aqueles anjos que ainda estavam vivos e lutando. Cada morte de um anjo significava que a sua força, uma parte ínfima de sua alma viveria eternamente nos corações dos demais seres celestiais. Era por isso que costumavam dizer que anjos eram imortais.

A presença de Ariel ali o confundia porque contrariava todas as noções pré-estabelecidas, todas as regras e preceitos celestiais que, como um anjo, ele um dia conhecera e se submetera. E se a alma naquele corpo era realmente a do anjo mais incrível que ele um dia conheceu, isso era algo extremamente perigoso. Primeiro, porque isso significava que as regras celestiais não eram tão absolutas como um dia pensara e segundo, aquela alma sabia demais, tinha segredos demais. E estando no corpo de uma simples mortal seria uma presa fácil para qualquer ser que a quisesse, fosse um ser das trevas ou da luz, e Rafael era consciente de que ambos os lados fariam de tudo em seus poderes para descobrir onde a arca da aliança estava escondida.

Suspirou passando ambas as mãos pelos cabelos agora curtos. Aquela situação era muito mais complicada do que parecia. Ele não sabia o que sentir. Estava feliz? Com certeza, afinal por pior que fosse a situação, isso ainda era melhor do que a morte e agora ele tinha Ariel de volta à sua vida. Mas ao mesmo tempo ela não era exatamente a sua Ariel, ela não se lembrava dele, da vida que compartilharam juntos. Talvez essa fosse uma nova chance e dessa vez ele faria da forma certa.

Ele não poderia ignorar o fato de estarem ambos na mesma cidade e ele como professor dela. Isso não era uma mera coincidência, talvez fosse um daqueles acasos providenciais. Os seres humanos podiam não ter os destinos traçados, mas isso não significava que a vida de cada um não estava sujeita as intervenções ou como Gabriel gostava de dizer: reconfigurações.

Gabriel. Gabe. Corrigiu-se. Era engraçado que o nome do amigo surgisse em sua mente exatamente agora. Se essa garota humana estava com a alma de Ariel ele saberia. O anjo da clarividência, nada escapava dele. Todas as almas do mundo, ele as via como pontos de luz em uma noite escura. Seria impossível o anjo ter se enganado quando lhe informou sobre a morte de Ariel.

No exato momento em que pensou em Gabe, uma pomba branca passou voando pela janela adentrando pelo ambiente afora, vindo repousar sobre a escrivaninha. Ela tinha um pequeno papel enrolado em sua garra esquerda por uma fita de cetim azul. Imediatamente o corpo de Rafael retesou. Sabia muito bem o que aquilo significava ou melhor, sabia de quem era a mensagem. Retirou o pequeno pergaminho da ave, o desenrolou um pouco apreensivo e ao mesmo tempo curioso, as palavras desenhadas com perfeição em uma letra bem conhecida, mas há muito tempo não vista:

Encontre-me às 20:00 horas na igreja com o sino que perdeu o irmão.

Gabe.

Rafael sorriu ao perceber que certas coisas nunca mudam. Gabe gostava de ser simbólico, sentia falta da amizade dele, falta de o anjo aparecer providencialmente nas horas certas. Mas o sorriso logo desapareceu de seu rosto ao se lembrar de que o amigo raramente deixava os céus, exceto em missões específicas. Seu trabalho lhe exigia ficar lá observando as articulações, as mudanças, mantendo Miguel informado sobre qualquer mínimo detalhe, mas nunca se envolvendo pessoalmente, nunca tomando decisões por si mesmo.

Será que o arcanjo vinha por Ariel? Impossível, concluiu afinal tinha sido o próprio Gabe que havia lhe informado sobre a morte dela. Provavelmente o anjo ficaria tão surpreso quanto ele, se descobrisse que alma de Ariel agora vivia em um corpo humano. Não que ele pretendesse contar isso a Gabe, era melhor manter essa informação em sigilo por enquanto e evitar atrair a atenção dos anjos para isso. Se Miguel sequer sonhasse que Ariel estava viva... Sacudiu a cabeça tentando afastar o pensamento negativo.

Mas ainda assim esse convite de Gabe aparecendo justo no dia de seu reencontro não poderia ser uma simples coincidência. Será que era uma reconfiguração?

Olhou para o seu relógio de pulso, eram 16:00horas, ele ainda tinha muito tempo antes do encontro com o velho amigo. Talvez pudesse vê-la mais uma vez, ter certeza de que aquela não foi apenas uma ilusão de uma mente cansada. Bobagem, ele apenas queria vê-la novamente, olhar em seus olhos e deixar seu coração se aquecer com aquela estranha sensação que somente Ariel provocava.

Rafael correu os olhos pela ficha estudantil da garota, analisando as informações ali contidas em busca de algo relevante ou sugestivo. Coincidências. Foi tudo o que encontrou ali, desde o nome “Ariel” à data de nascimento da garota e bem nessa parte o coração do anjo deu um salto, pois Ariel havia nascido em primeiro de janeiro, há exatos vinte e um anos atrás. Era como se no instante em que o anjo tivesse desaparecido a humana tivesse nascido. Isso o deixou ainda mais certo de que alma de Ariel estava lá, escondida sob a casca humana. Descobriu também que Ariel trabalhava meio período na biblioteca de Paradiso, lembrou-se de que a melhor amiga costumava ser fascinada por livros e ao que parecia ela se manteve fiel a esse traço de sua personalidade.

Talvez devesse conversar um pouco mais com ela, tentar entender o que realmente estava acontecendo. Talvez a garota soubesse mais do que estava revelando, afinal ele tinha certeza que havia visto reconhecimento em seus olhos naquela manhã. Talvez... Rafael suspirou frustrado, eram muitos talvez e ele já estava cansado de teorizar aquilo, precisava de respostas concretas. Talvez Gabe tivesse vindo por ela ou não, mas de qualquer forma era novamente apenas mais um talvez.

✶✶✶

Os dias na cidade de Paradiso costumavam ser sempre quentes e úmidos, Rafael havia notado isso desde que chegara à cidade, há cinco semanas. Mas assim que deixou a sala sentiu uma lufada de ar gelado em seu rosto, ergueu os olhos para o céu e notou as densas e escuras nuvens que denunciavam que uma tempestade estava por vir, aquilo era estranho o tempo parecia tão quente e ensolarado pela manhã. Começou a caminhar apressadamente até a biblioteca, que para a sua sorte não era muito distante da faculdade, os locais estavam separados por apenas um parque bem arborizado. Rafael não demoraria mais de dez, talvez cinco minutos até lá.

Já estava nas escadarias da biblioteca encarando as colunas de mármore que adornavam o lado de fora e davam um charme antigo à construção, quando um gato preto com olhos amarelados passou cruzando o seu caminho. Aquilo era popularmente conhecido como um mau agouro, mas Rafael não era do tipo que se importava com esse misticismo humano. Embora talvez devesse, pois assim que ergueu os olhos para as nuvens escuras no céu um clarão denunciou o que estava por vir. Um. Dois. Três. Contou os raios que caíram em sequência e, ao que parecia ser, no mesmo lugar. Estremeceu. Para humanos raios eram apenas uma descarga elétrica na atmosfera, mas Rafael sabia, por experiência própria o que aquilo realmente significava. Era mais um caído. Ou nesse caso três deles.

Isso não era bom, pensou Rafael olhando na direção dos raios. Primeiro falaria com Ariel, depois procuraria descobrir quais anjos haviam sido expulsos e o porquê.

✶✶✶

Um raio nunca parecia ser apenas um raio, eles costumavam arrepiar Ariel até a espinha, seu estômago embrulhava e ela tinha aquela estranha sensação de que o raio trazia maus presságios. Sua mãe costumava pensar que aquele era apenas um medo infantil e assim como seus estranhos sonhos eles passariam quando a garota ficasse mais velha. Mas Eleonor estava errada, tudo ficou apenas mais e mais intenso.

Ariel tentava ignorar o súbito mal-estar se concentrando no trabalho. E então ela sentiu aquela presença antes mesmo de ver quem era, antes mesmo que a voz dele chegasse aos seus ouvidos. Rafael, o anjo de seus sonhos estava lá. Foi uma luta interna entre virar e encarar seus olhos verdes ou simplesmente ignorá-lo. Escolheu a segunda opção, permaneceu perto de uma das estantes de livros e começou a retirar alguns de lá para reorganizá-los.

— Gatos não entram aqui. — bradou Abigail a bibliotecária, se postando a frente de Rafael com o rosto contorcido em uma carranca de mau humor. Ela já era uma senhora de idade e normalmente costumava ser bem intolerante com as normas na biblioteca.

— Ele não é meu. — Rafael respondeu, olhado para trás e percebendo somente agora que o bichano o havia seguido até aqui.

— Tudo bem. — respondeu Abigail, lançando a Rafael um olhar intimidante, tentando verificar se ele dizia a verdade. Parecendo satisfeita com a reação dele, voltou-se para o gato — Então chispa! — exclamou movimentando os seus braços e tocando-o para porta a fora em direção a chuva torrencial que começara a cair a poucos segundos.

— Onde fica a seção de livros de história? — questionou-a. Ele não queria essa informação de verdade, só queria poder se aproximar de Ariel com uma desculpa.

— Bem ali onde está a garota ruiva. — falou apontando na direção de Ariel.

— Obrigada. — agradeceu.

Ariel que ouvira a conversa, contava mentalmente os passos de Rafael até que ele chegasse próximo a ela. Ela poderia simplesmente sair e ir para o outro lado da biblioteca, mas a verdade é que ansiava por estar perto dele, desvendar a razão por trás dessa estranha sensação de conhecê-lo. Quanto mais ele se aproximava, mais algo se agitava dentro dela, deixando-a inexplicavelmente ansiosa. Talvez tenha sido em razão da ansiedade ou simplesmente pelo peso dos livros que a garota carregava em seus braços, Ariel não sabia bem ao certo, mas o fato é que todos os livros escorregaram de seus braços e caíram diretamente ao chão assim que viu Rafael.

— Eu te ajudo. — A voz soou urgente e quando Ariel percebeu Rafael já estava se ajoelhando no chão a ajudando a pegar os livros que estavam espalhados. Em um dado momento ambos se inclinaram para pegar o mesmo exemplar e por menos de um segundo seus dedos se tocaram, foi um toque mínimo, mas ainda assim suficiente para uma estranha sensação atingi-la e logo em seguida uma imagem se formou na mente dela.

“Ariel estava sentada no chão sobre um tapete persa antigo, ao seu redor estantes e mais estantes repletas de livros se estendiam até bem alto, imaginou que para pegar um livro naquele lugar a pessoa precisaria de uma escada gigantesca ou pelo menos um par de asas para voar. Ela tinha em suas mãos um livro antigo, a escrita era diferente não tinha números ou letras, mas estranhamente ela parecia compreender o significado de cada um daqueles símbolos. O livro falava sobre anjos, sobre livre arbítrio e sobre um estranho ritual.

— Na biblioteca de novo? — a voz de Rafael soava descontraída, mas quem o conhecia bem da forma como Ariel conhecia conseguia perceber que havia algo mais por trás daquela simples pergunta.

— Apenas ajudando Gabe com algo. — ela respondeu com um leve sorriso, fechando rapidamente o livro que tinha em suas mãos e o guardando antes que Rafael pudesse ler o título. Mas tal atitude não passou despercebida por ele.

— Por que você está guardando segredos de mim Ariel? — Ele disse segurando firmemente o pulso dela e lançando lhe um olhar magoado.

— Não me pergunte mais isso e então eu não te direi mentiras. — Ariel falou em um tom firme olhando diretamente em seus olhos verdes, soltando seu pulso da mão dele e dando-lhe as costas antes que ele fizesse mais perguntas. Enquanto caminhava para longe do amigo ela podia sentir o olhar dele queimando nela, sabia que ele estava irritado e que era injusto não contar-lhes as coisas, mas segredos às vezes eram necessários. E esse era primordial.”

 Você está bem? — A voz de Rafael a trouxe para a realidade.

 Foi só um...  Ergueu a cabeça e seus olhos encontraram os de Rafael. A garota deu alguns passos para trás aumentando a distância entre eles. Aquilo tinha sido o mais estranho deja vú da vida dela. Ela já estava acostumada com seus sonhos vívidos, mas sonhar acordada não parecia algo bom.  Nada. Eu estou bem.  Rafael estreitou seus olhos tentando desvendar o mistério por trás de suas palavras, ele sabia que ela estava mentindo, depois de anos convivendo com ela em sua versão angelical ele sabia reconhecer isso com perfeição. Era curioso pensar que a sua versão humana também era repleta de segredos. Por fim assentiu, ele não podia exigir nada dela ou impor a sua presença até que ganhasse sua confiança. Pegou um livro e sentou-se em uma das mesas não muito distante, mantendo o seu olhar cuidadoso sobre ela.

Ariel não ficou alheia a forma como Rafael a observava, mas tentou ignorar isso ao máximo, embora fosse difícil não fitá-lo, não tentar entender o porquê desses sonhos estranhos com ele. Definitivamente havia algo mais, algo além da sua compreensão.

— Flertando com o professor? — Ariel deu um pulo assim que escutou a voz de Dalilah. A garota estava encostada de um jeito displicente em uma das estantes, e tinha um sorriso zombeteiro nos lábios, claramente satisfeita por deixar a amiga constrangida.

— O que você faz aqui, Lilah? Não deveria estar no trabalho? — Ariel a questionou tentando mudar o tópico do assunto.

— Fui demitida. — confessou despreocupadamente — De novo! Dá para acreditar? — Ariel sorriu, é claro que dava para acreditar. Ela conhecia Dalilah desde criança e sabia bem que a amiga era melhor dando ordens do que recebendo-as. — E não tente mudar de assunto, Ari! Eu vi essa troca de olhares entre vocês dois. Então, desembucha. O que está rolando?

— Eu não sei do que está falando. — desconversou e voltou a colocar alguns livros nas prateleiras, já que Abigail lhe lançava um olhar repreensivo.

— Você sabe sim! Oh Deus, não me diga que você teve uma daquelas suas estranhas “sensações”? — Dalilah falou baixo dessa vez e lhe lançava um olhar ansioso. Sensações era a forma que ela se referia as intuições de Ariel.

— Ok, não surte com isso. — Avisou. — Talvez eu tenha sonhado com ele antes de conhecê-lo. — contou e logo se arrependeu, pois Dalilah arregalou os olhos na direção de Rafael e o encarou como se fosse um animal exótico. — Pare de encará-lo. Isso está ficando estranho!

— Estranho é você ter um sonho com ele antes de conhecê-lo. Isso é o destino falando com você, Ariel! — falou animada.

— Não diga bobagens! Isso é apenas... — procurou a palavra correta mais não conseguia encontrá-la, tinha medo de admitir, mas Dalilah estava correta, aquilo parecia... Destino.

Rafael observava de longe a forma que Ariel conversava descontraída com a amiga, o olhar de ambas às vezes recaia sobre ele, fazendo-o questionar se ele era o assunto. O professor estava tão distraído em decorar cada movimento de Ariel que sequer percebeu que gato preto que outrora cruzara o seu caminho e havia sido expulso da biblioteca, agora estava parado do lado de fora, na chuva, e parecia os observar atentamente pela janela. Fato bastante curioso esse, afinal, todos sabem que gatos odeiam água, mas inexplicavelmente aquele não parecia se importar com as gotas de água que encharcavam seu corpo e deixavam seus pelos com uma aparência estranha. Não, esse gato parecia alheio a tudo isso. Na verdade, ele parecia sorrir. Isso sim é algo inusitado, porque gatos não sorriem, a não ser que tenham um bom motivo para isso.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, o capitulo demorou né? Sinto muito por isso. As coisas foram um pouco mais tranquilas aqui, mas o próximo será um pouco mais interessante e esclarecedor... Teremos um visitante e além disso o próximo capitulo já está quase pronto, não farei vocês esperarem muito por ele!
Obrigada por lerem!