The Dark One escrita por The Marvel Girl


Capítulo 1
Devemos começar?


Notas iniciais do capítulo

Bem, olá. Eu já postei essa fanfic em meu outro perfil faz muito tempo e, hoje, quando fui abrir um "projeto" vendo quais das minhas antigas fanfictions eu gostaria de dar uma segunda chance, passar a limpo, achei esta. Eu particularmente amo esta história. É curta, não é uma infinidade de capítulos e eu gostei do jeito de trabalhar com Loki. Então pensei: Por que não? Espero que todos gostem desta repaginada e, dependendo o feedback que vou ter dela, continuo com o projeto. Espero que gostem e perdoem os erros. Boa leitura ^^



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" Por anos eu venho vagando por aí, conquistando tudo que eu imaginava, não dando a mínima para aqueles que eu feria. Contudo, aqui estou, não me sinto nem um pouco mais sábio do que era quando deixei minha casa e, quando olho para o curso que tomei vejo que não restou ninguém que eu amava perto de mim."

— Edward Kenway ( Assassin's Creed - Black Flag)

Estava sentado, sozinho, em uma sala opaca. Não havia escuridão ou cores, apenas o cinza/branco ocupava seu campo de visão. Espelhos o cercavam e apesar de saber que podia e talvez até mesmo estivesse sendo observado por fora daqueles espelhos, ele não via o exterior; Seu cárcere era banhado com reflexos de si mesmo. Estava sem algemas, sem mordaça, tão "livre" quanto um prisioneiro de tão alto nível pode estar. Sua pequena liberdade dentro da cela se devia ao uso de sua palavra e honra com um trégua e, claro, ao feitiço que limitava seus poderes. Novamente estava ali a serviço da tal S.H.I.E.L.D em Midgard.

Ergueu os olhos e fitou seu reflexo.

— Como deixamos isso ocorrer? — indagou a seu reflexo e voltou a baixar seus olhos para suas mãos.

Olhou para a gola da blusa que haviam dado a ele. Tecido vulgar para um príncipe. Tecido Midgardiano, vulgar é o que define a tudo naquele mundo subdesenvolvido. Puxou a gola e fitou o camafeu trincado na ponta da tira de couro seco que fazia as vezes da corrente de um colar.

Claro. Tudo tinha ocorrido por causa dela.

As coisas, antes da cela em Midgard, S.H.I.E.L.D & Cia. tinha ocorrido mais ou menos assim:

O príncipe de dois reinos havia sido condenado a uma eternidade banhada a silêncio. Sim, o silêncio profundo e completo, enjaulado como um animal. Um feiticeiro, a mando de Odin, havia selado seus poderes em uma tatuagem que ocupava todas as costas do filho adotivo. Sem maneiras de sair, sem muitas escolhas do que fazer e sem ter ninguém para lhe ouvir ele estava imerso em uma profunda reflexão.

Odin, enquanto pai, esperava que a prole estivesse refletindo sobre seus erros e arrependendo-se dos mesmos, porém a realidade era outra; Loki estava revendo cada passo de seu plano e vendo aonde tinha errado, onde o real tinha tornado-se brincadeirinha de criança. Seria ter reunido os Vingadores? Seria o exercito muito fraco?

— Loki, filho de Odin.

A voz do "pai-de-todos" continha um tom acalentador, porém o moreno sabia bem que bem ao fundo estava o som do desgosto por tudo que ele havia feito — o dano que havia causado — e isso o magoava. Não admitiria, claro, mas magoava.

— Não sou seu filho! — nunca fui completou em pensamentos.

— Há algo que vim lhe oferecer... — o rei cortou o azedume do filho, ignorou por completo a fala hostil do outro para consigo.

Loki se levantou e bateu com os punhos contra o vidro.

— O que seria, ó grande Odin! — havia escarnio na voz do moreno.

Por um momento Odin se calou. Poderia parecer hesitação, contudo era apenas um breve momento cujo o homem sentiu-se observado por uma serpente peçonhenta ao olhar nos olhos do próprio filho. Como se tornou tão cruel?

— Um favor, uma chance de diminuir sua pena....

— Não me faça favores! — gritou em resposta, virando as costas para o rei.

Tudo que o rei via era uma rapaz mimado e fraco de mais para voltar atrás com suas decisões; Via alguém que tentava ser tão frio quanto um gigante de gelo. Não adiantaria discutir, negociar ou barganhar. O homem assentiu e se retirou. Ainda que fosse alguém tão querido quanto Loki ele não iria força-lo a nada. Como era da natureza do deus da trapaça não ser cooperativo, não era da natureza de Odin ser piedoso e insistente.

Novamente o silêncio tomou conta da sala.

No corredor bem iluminado estava Frigga. Os olhos azuis estavam em angústia. Seu coração de mãe não suportaria mais quaisquer sofrimento. Ela queria seu, sim seu filho, novamente em seus braços. Ainda que não fosse filho de suas entranhas, sangue de seu sangue, Loki havia vindo para seus braços ainda bebê. Frágil, chorão e tão dependente como Thor jamais fora.

— E... e.. ele aceitou? — indagou, engasgando em algumas palavras.

— Nem me deixou falar. — o rei massageou as têmporas e deu um suspiro cansado. Quando voltou a levantar o olhar viu o estado de sua esposa. — Meu bem... —começou, colocando a mão em seu ombro. — Fizemos o possível. Vamos.

— Vamos, como assim "vamos"? Deixa-lo? Que tipo de pais seriamos?

— Vamos. — insistiu o rei.

— Mas, Odin....

— Frigga... — se exaltou — Vamos. Tentarei novamente mais tarde, prometo.

O homem começou a caminhar, a esposa até considerou segui-lo mas teve ideia melhor. Seu coração de mãe a obrigava ficar. Ela voltou à porta e ordenou as guardas:

— Deixe-nos...

— Mas foi ordem do rei não permitir vossa entrada, majestade.

— E é por minha autoridade vos digo: Vão e deixem-me a sós com meu filho.

Os homens prestaram reverências e sairão rapidamente. Frigga colocou as mãos na maçaneta e um arrepio percorreu-lhe as costas. Ela não tinha tido coragem de vê-lo. Nem quando fora trago por Thor, nem quando o mesmo — em um delírio provindo de uma maldição que tentou levar-lhe a vida — gritou por ela, chamou pela 'mãe'. A rainha foi proibida pelo rei de ir ver seu filho e, tola, obedeceu o esposo com medo de causar ainda mais animosidade entre os filhos.

Respirou fundo e rompeu os limites da porta.

Loki estava sentado a cabeça recolhida nos ombros ossudos os joelhos junto a seu peito e em frente aos olhos balançava o pingente lascado, aquele pingente. Ele levantou o olhar vazio e observou-a por instantes logo voltou a posição de antes.

— Loki, filho...

A mulher apressou o passo até a porta usou a chave que 'roubara' de um soldado abrindo a prisão e correndo por aquele espaço confinado até alcançar seu objetivo. Abraçou o filho pródigo contra si com urgência e mesmo quando afastou-se as mãos tremulas percorreram a face pálida, os dedos tocaram as olheiras profundas. O rosto sempre indiferente da rainha de Asgard estava lavado por lágrimas.

— Filho ? — o homem se levantou, empurrando a mulher para longe e guardou o camafeu junto a seu peito.

Aquilo ainda significava tanto assim para ele ? pensou a rainha.

— A mulher que recusou a me ver enquanto eu perecia , era apenas um moribundo, é esta que esta a me chamar de filho? Até Thor teve consideração e não arredou sua presença daquele banco — o moreno apontou para um pequeno banco de madeira do lado de fora da sela — até que me recuperasse. E o que você fez?

— Estava temerosa ... — choramingou a rainha.

— Temeu o que? — o rapaz indagou sagaz.

— Você não é mais aquela criança que eu podia proteger Loki!

A divindade pegou a mulher pelos ombros e, chacoalhando a mesma, gritou:

— VOCÊ É IGUAL A TODOS, CLAMA AMAR-ME MAS ME ABANDONOU....

— NÃO, EU TE AMO! — ela também se exaltou. O moreno a deixou e apartou-se da rainha indo em direção a cama. Sentou-se na mesma e , respirando fundo, disse:

— Prossiga com o que deseja de mim. - o tom não era de derrota era apenas de cansaço.

— Seu pai veio para propor-lhe algo...

— Que seria?

— Ser mandado a Midgard , ajudar os companheiros de teu irmão e proteger o legado humano.

Loki primeiro pareceu incrédulo com tudo que ouvira, pensou ser piada, mas os olhos da rainha denunciaram que ela falava sério. Por fim o moreno explodiu em uma gargalhada.

— Olha, nem eu como... — riso — ... como... — riso/ofego — divindade da brincadeira poderia produzir melhor piada.

— É sério, filho... — a rainha suplicou.

Loki levantou-se e levou junto a si a cama que foi arremessada contra a parede a frente.

— Não brinque comigo! A única coisa que faria se retornasse aquele mundo seria exterminá-lo pessoa por pessoa. Criatura por criatura.

— ELA acreditava que havia bondade em você, ela sempre viu bondade em ti. Prove a mim que ela não morreu por ideais errôneos... — Frigga sabia que a este apelo o filho jamais daria as costas.

Loki pensou tentou rir novamente — resultando em uma leve retraída no canto dos lábios finos deixando a expressão mais incrédula que cômica —, fingir ser o cara mau mais uma vez, fingir que tão frio quanto seu país natal era seu coração, contudo não pode. Ele devia isso a ela.

E foi assim que ele acabou naquela sala, por motivos tão sentimentais e tolos. Ele já havia xingado-se tanto e de tantos nomes, amaldiçoado o dia que colocou os olhos naquela coisa. Aquela tola e ingenua garota.

— Olha quem voltou! — brincou Tony. Loki levantou o olhar, porém manteve o silêncio. — Ora, vamos, senti sua falta 'homem-rena'.

Bem atrás do filantropo vieram os demais, incluindo Thor. Nick foi o último a entrar na sala. Alguns se juntaram a mesa enquanto outros — Clint e Tasha — preferiram o apoio da parede.

— Não vou mentir, — começou Nick. — Não confio em sua ajuda e não gosto de depender dela! Ou seja, não confio nesta sua...'mudança'.

— Não necessito que confie. — cortou Loki.

— Então por que veio?

— Pode questionar-me, mas meus motivos continuam sendo meus e a minha ajuda continua sendo valiosa.

Nick franziu o cenho, odiava ser desafiado e não ter resposta a provocação. Loki sentiu o olhar de todos sobre si. Apenas um bando de humanos — salvo por seu 'irmão' — de roupinhas coladas, brinquedos novos e olhares soberbos. Eles se autodenominavam "Os Vingadores". Humpf, perda de tempo e de roupa.

— Ficará em uma sela aqui na S.H.I.E.L.D, uma igual a que ficou da última vez. Uma de vidro para que possa manter meu olho em você.

O moreno voltou os olhos para suas mãos no colo. Nick suspirou e retirou-se. Ele odiava Loki, isso era claro então para evitar maiores atritos o chefe da companhia havia decidido falar apenas o necessário com a divindade trapaça. Natasha no entanto tinha seus olhos fixos no homem sentado, uma ideia tola rondava sua mente.

A russa já ouvira muitos mitos sobre tudo o que havia para se ouvir, e, em uma de suas espionagens pela Irlanda tinha ouvido muito sobre os deuses Vikings. Ela recorreu a alguns livros puídos que estavam no fundo de seu armário —sua única lembrança de si mesma antes de virar "A Viúva Negra" — e lá tinha um livro denominado Mitologias — Da Ocidental à Oriental. Ela procurou por Loki e aprendeu mais sobre ele. Um dos "P.S" das páginas era a queda que o deus tinha por contratos, acordos. Thor ajudava por oferendas, Odin por rezas, mas Loki? Não, ele era por barganhas. No entanto havia um porém: Se Loki lhe dissesse seu nome, ou seja se ele olha-se em seus olhos e fala-se "Meu nome é Loki Laufeyson" ou "Loki de Jotunheim" ele estaria dando à você o poder sobre si. Era como o conto de Rumplestillskin. Ele fazia isso normalmente com forasteiros que não tinham qualquer conhecimento da cultura nórdica.

Besteiras. — gritava a razão da mulher;

Tente — suplicava a consciência.

Nunca Natasha ficara tão indecisa, o que era uma situação nova para ela. Clint já havia cercado-lhe de perguntas e atenções, mas isso era algo que a ruiva queria decidir por si. Loki movimentou-se minimamente na cadeira apenas ajeitando-se, os olhos da agente ficaram cravados nele.

— Vamos. Vou te guiar até sua sela. — chamou Thor.

Loki fez menção a se levantar e tudo aconteceu em um piscar de olhos: A ruiva empurro-o de volta para cadeira sacou uma adaga e encostou-a contra a garganta do moreno que não revidou ou defendeu-se, apenas sustentou o olhar da mulher. Thor tinha seu martelo levantado na direção da agente enquanto Clint tinha seu arco apontado para nuca da divindade dos raios.

Viúva Negra estava perguntando-se que tolice estava fazendo, tentando entender como seu corpo havia se movimentado tão rápido que nem mesmo ela havia controlado-o quando ia fraquejar a voz do homem a sua frente despertou-a:

— Há algo lhe incomodando, querida? Algo que queira tornar público?

— Diga-me. Seu. Nome. — cada palavra saiu independente da outra. Umas com mais firmeza , outras com dúvidas implícitas.

Loki riu.

— Está tentando fazer um acordo com ele ? — Thor abaixou o martelo, seu olhar era confuso.

— Ah, então a baboseira do livro era real? Melhor ainda... Diga-me seu nome....

Loki riu mais uma vez e disse cinicamente:

— Vocês me chamam de deus da trapaça....

— Não brinque, fale! — ela apertou mais a faca na garganta do homem.

— Todo tempo pelo qual me chamaram nesta terra, este tem sido meu nome.... Divindade da trapaça ou ' the dark one' * [seria algo como, lorde das trevas] .

— E sobre o tempo passado em outros lugares?

— Aonde quer chegar, querida? — Loki assumiu uma posição mais séria. Natasha sorriu, estava quase lá. Ou achou que estava.

— Já disse, diga-me seu nome.

— Mesmo se eu lhe disser não surtirá efeito! Eu já o fiz com uma pessoa antes.... — ele se lentou, arrancando a adaga da mão da mulher e jogando-a longe — e somente ESTA PESSOA PODERIA USAR MINHA VIDA ATÉ QUE EU MORRESSE, MAS MORRERIA SERVINDO-A!

Ao perceber o tom de voz que utilizara, como a ruiva tremia diante de si e todos os vingadores estavam de pé em posição de defesa Loki fechou os olhos e se acalmou.

— Não posso fazer mais este contrato! Chegou tarde, querida. Mas, para sua informação: Sou Loki Laufeyson. Viu? Nada acontece....

Loki deu as costas e seguiu até a porta onde pacientemente esperou o irmão.

— Mais uma coisa, homem-rena.... — Loki virou-se para Tony, que o chamara com um olhar opaco. - Quem é ela e, porque ela poderia usar, não pode mais?

— Ela se foi.

E isso foi tudo que ouviram de Loki. Os Vingadores decidiram por fim ajudar Thor a realocar o irmão para a área dos detentos onde no subsolo estava a enorme jaula de vidro. O percurso estava sendo calmo, algumas palavras trocadas entre Bruce e Tony, algumas monossílabas entre Bruce e Clint. Loki parecia determinado a não pisar na bola desta vez, mas nunca deve-se confiar na desonestidade que ele tinha.

Thor paralisou a frente de todos, virou-se branco como vela e foi até o irmão, tapando-lhe a vista. Nenhum dos cinco pareceu entender o ocorrido, mas para Thor parecia ser o fim do mundo. Loki puxou as mãos do irmão para longe de seu rosto — ele odiava contatos daquele jeito e Thor sabia. Ele ajudar não significava que usaria adesivos de unicórnios , roupinhas apertadas e espalhar o 'amor' pelo mundo e abraçar todos.

— Volte — disse Thor.

Loki sempre fora curioso, digamos que este era seu calcanhar de Aquiles. Ele se desvencilhou do irmão e foi até a enorme porta. Seus olhos varreram o local e logo esbugalharam-se, suas olheiras nunca haviam ficado tão a mostra, seu ódio nunca tinha borbulhado tanto. Suas veias inflaram para receber uma nova lufada de sangue quente e banhado em raiva.

— Reconhece alguém aqui? — indagou Thor. Loki virou-se para o irmão e com o rosto mais sonso sorriu.

— Não, era para reconhecer?

— Não, não. — Thor sorriu e continuou seu caminho.

Tolo, é claro que Loki havia reconhecido e é claro que Loki iria vingar-se. O resto do caminho seguiu sem mais delongas.

Ao chegar na sela Thor virou-se para o irmão e sorriu.

— Estou orgulhoso de você... meu irmão... — e assim que ia encostar no ombro do mais novo sua mão caiu no nada.

— NÃO! — gritou Thor.

— Mas os poderes dele não estava selados? — indagou Clint.

— Não estão por completo, boa parcela está pelo menos e isto aqui nem é chamado de magia para ele.... é só um truque barato.... — afirmou Thor.

— Ele não foi longe e nem quer se esconder... — disse Tony laconicamente.

— Como assim? — perguntaram em uniso.

Tony virou seu iPhone para todos e lá estava um mapa e uma escritura: "Volto logo, se quiserem me ver sigam o mapa."

— Que brincadeira é essa? — Clint pediu irritado.

— Não é brincadeira, ele foi se vingar. Maldito, ele reconheceu.... Temos que correr.

Ao som da advertência de Thor todos ficaram de sobreaviso. Bruce olhou o mapa e logo deu a localização: Era uma das solitárias, ele sabia como chegar lá.

Enquanto isso, no pequeno quarto escuro Loki derrubava ao chão um homem. Velho, com seus 60 anos, e amarrava-lhe as mãos com um pedaço de sua roupa.

— Como um rato covarde como você sobreviveu tantos anos? — indagou Loki, calmo. O moreno levantou o olhar e agarrou o colarinho do preso. — Mas já, já você vai desta para uma melhor.

O moreno sorriu maliciosamente e se levantou, pegou um cano velho que havia pelo chão e puxou a única cadeira da sela e colocou-a de frente para o homem que tremia.

— Sabe, Mourice, eu — ele deu um risinho e continuou. — eu estou bancando o bonzinho agora. É, agora eu faço parte do esquadrão do bem. Eu realmente queria a glória, afinal ser vilão já perdeu a graça, mas, para ser o mocinho eu deveria te deixar vivo....

Loki empurrou a extremidade do cano na laringe do homem proibindo-o de respirar. O velho gorgolejava e suplicava para que o mais novo parasse, mas Loki não pararia.

— Mas eu não vou deixar um rato como você vivo... Ou talvez deixe, se me responder a duas perguntas, apenas duas. Dois verbos: Por que a matou e onde a enterrou. Vamos tentar?

Loki retirou o cano e o homem tossiu. A essa altura os heróis já se encontravam atrás da porta, eles apenas detiveram o ato de irromper, apenas para ouvir a confissão que o príncipe Jotun arrancaria.

— Não foi minha culpa... — choramingou o homem.

— Hahahaha, está vendo, isso não é bom para uma resposta... — Loki desceu o cano com toda força sobre o homem que urrou de dor. — Me diga aonde enterrou... — mais uma batida — Me diga aonde enterrou ... — outra batida.

Loki parou e voltou a encarar seu prisioneiro.

— Não foi minha culpa.... — choramingou o homem.

— Culpa? Não foi sua culpa? Hã ? Essa é boa! Você tinha o amor dela e a matou. — mais um baque de metal contra carne — a matou. — outra pancada.

— É sua culpa, não minha! — Loki pois-se de pé e começou a chutar o estômago do homem. — Ela se foi — a voz do moreno era tremula e falha, ele estava chorando? — Ela se foi para sempre, ela não vai mais voltar... e é SUA culpa! — outro chute. — Você era o pai dela.... Ela confiava em você!

A sessão de pancadas continuou até que o homem vomitou sangue e engasgou com o mesmo, ao ouvir a tosse moribunda os heróis invadiram a sala. Thor puxou o irmão para longe enquanto Bruce cuidava do ferido. Loki tremia de ódio, suas bochechas estavam avermelhadas e suas narinas infladas.

Natasha virou-se para Thor e, sussurrando indagou: "Quem é ela?"


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Me perdoem os erros e espero que gostem ♥



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