Naquela mesma noite, Soluço pegou seu dragão e foi até a casa de Bolor, onde passou 5 anos treinando. Chegando lá, ele desceu do Banguela e entrou na casa.

– Quem está ai?! – Fala Bolor aparecendo do nada.

– É o entregador de lenha – Brinca Soluço e Bolor ri.

– Se não é o Soluço. O que está fazendo aqui a essa hora da noite? – Pergunta Bolor.

– Eu quero sua ajuda, eu quero voltar a lutar – Fala Soluço.

– Por que? Você deu uma surra no campeão, já devia estar feliz e seguir em frente – Argumenta Bolor.

– Eu sei, mas eu não consigo arrumar um emprego, e eu tenho uma esposa e um futuro filho, eu tenho que fazer algo – Explica Soluço.

– Eu não sei garoto, se voltar, o Melequento vai querer a revanche e naquele estado de fúria, ele pode te alegar – Explica Bolor.

– Tudo bem, então, eu podia te ajudar aqui, em qualquer coisa que precisar – Se prepões Soluço.

– Bem que eu ando precisando de ajuda mesmo, então, eu aceito – Fala Bolor oferecendo a mão e Soluço a aperta

NO DIA SEGUINTE...

Na casa do Melequento, o campeão estava pensativo, andando pra lá e pra cá, enquanto Richard e Darwin ficavam sentados no sofá.

– Olha, eu não quero voltar pro ring com a minha imagem suja assim, eu quero a revanche contra o Soluço – Fala Melequento

– Melequento, não precisamos disso, eu arranjei uma luta com 2 campeões de outras ilhas, por que o Strondus? – Pergunta Darwin

– Porque muita gente acha que ele venceu e que eu armai todas as lutas, estão me chamando de farsa, é por isso! – Explica Melequento.

– Quer saber Melequento, encare os fatos, já faz 6 meses que o Soluço está longe das lutas e ele provavelmente não vai voltar, vamos atrás de gente nova, o Soluço ficou no passado – Argumenta Darwin.

– Do que você tem medo Darwin?! – Pergunta Melequento com raiva.

– Quer saber mesmo? Você bateu nele como nunca tinha batido antes em alguém e ele não caia, na última vez e, ele quase te nocauteou, eu tenho medo de que ele te arrebente! Entendeu! – Explica Darwin em um tom elevado se aproximando do Melequento.

– Valeu pela sinceridade. Eu quero que promovam uma campanha, uma revanche, eu quero atrair o Soluço pro ring, mexam com ele, faça as pessoas comentarem sobre isso, eu quero ele no ring! – Fala Melequento.

UM TEMPO DEPOIS...

Soluço passava pelas ruas de Bérk e todos os vikings estavam lendo um papel, Soluço não entendeu nada até que viu um na parede. No papel estava o Melequento segurando um peixe com o seu rosto nele e embaixo estava escrito: Melequento está pedido a revanche contra a espinha de peixe falante.

– É gozado – Fala Soluço pra si mesmo jogando o papel no chão.

Ele vai para casa do Bolor lhe ajudar, ele lhe ajuda a descarregar o feno, a pegar ovos, a limpar o cercado e a tirar leite dos iaques. No fim do dia, ele vai ver como a esposa está, ela havia conseguido um trabalho cuidando do cercado dos dragões.

– Oi – Cumprimenta Soluço entrando.

– Oi Soluço, como foi o dia? – Pergunta Astrid.

– Normal, mas me fala, você não prefere ficar em casa repousando? Logo nosso filho chega – Pergunta Soluço.

– Não, é só meio expediente, precisamos do dinheiro Soluço – Responde Astrid.

– É, tem razão – Fala Soluço ajudando a esposa a terminar o trabalho e em seguida eles vão pra casa.

ENQUANTO ISSO...

Os vikings estavam reunidos no meio de Bérk, onde o Melequento estava lá querendo falar com o povo com a intenção de fazer o Soluço voltar para o ring.

– Prestem atenção, eu sei que muitos de vocês querem me ver tutar com um certo covarde, mas ele não tem honra de vir me enfrentar – Fala Melquento.

Soluço não morava muito longe de lá e conseguiu ouvir o que o Melequento estava dizendo e ficou meio desanimado e o Bolor também estava no meio da multidão ouvindo tudo.

– Mas ele se aposentou – Fala um viking.

– Ele está se escondendo, está fugindo de mim, eu quero uma revanche pra provar que esse cara deu sorte. Eu quero que ele saiba que estou pronto para enfrenta-lo em qualquer hora e em qualquer lugar – Fala Melequento e ao ouvir isso, Soluço vai pro seu quarto.

– Ele te deu uma surra da última vez, ele pode te dar outra – Fala um viking.

– Ele não vai me dar outra surra porque eu facilitei pra ele da última vez! – Grita Melequento.

– O que?! – Fala Bolor pra si mesmo com raiva e sai do meio da multidão.

Na casa de Soluço, ele andou de um lado pro outro em seu quarto e Astrid vai até lá ver o que está havendo.

– Astrid, eu não aguento mais isso, eu acho que eu vou aceitar a revanche – Fala Soluço e Astrid se senta na cama.

– Soluço, não de ouvidos, nós vamos superar isso – Fala Astrid.

– Eu sei, mas eu quero que nosso filho tenha coisas boas, a última luta rendeu muito dinheiro e com essa revanche, talvez de o dobro – Explica Soluço e Astrid se levanta e o encara.

– Soluço por favor, você não tem que provar nada – Fala Astrid colocando a mão em seu ombro.

– Astrid, no momento, é só o que eu sei fazer – Fala Soluço

– Eu não quero que faça isso – Fala Astrid encarando o chão.

Soluço ouve a porta bater e vai atende-la, ele abre a porta e o Bolor entra.

– Temos que quebrar a cara de pau dele – Fala Bolor e Soluço sorri

Ele queria provar que não foi sorte, que ele era bom, mas dessa vez ele não tinha o que mais lhe ajudou da última vez, ele não tinha o apoio da esposa.