CooL Kids escrita por guilhermekettrup


Capítulo 7
It's Where My Demons Hide




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Quarto do Daniel, 07:28 AM


~Daniel está sentado em sua cama com os olhos fechados.~

PENSAMENTOS
Eu nunca fui muito religioso, e aquela escola fazia com que eu fosse menos ainda a cada dia. Quem diria que quanto mais próximo de Deus eu estava, mais longe eu me sentia. Porém agora de volta pro John Wester, eu sinto como se eu e Deus fossemos aqueles melhores amigos que colocam umas roupas malucas e fazem uma performance na frente do espelho.

~Uma mensagem chega no celular de Daniel, ele abre e vê que é uma mensagem de Guilherme que dizia "Semana Livre". Daniel sai de casa e começa a andar pela rua.~

É sério. Estar de volta no John Wester e nos Warrios me faz feliz de novo. Eu nunca vou conseguir ser tão grato por terem ido atrás de mim.

Corredor do John Wester Academy, 07:54AM

~Maria está andando pelo corredor sozinha.~


PENSAMENTOS
Eu me sinto completamente feliz agora que estou de volta pro John Wester. As pessoas olham pra mim como se eu fosse só mais uma aluna qualquer, isso não é incrível? Ninguem me bajula pra tentar nada e pra ser sincera, eu até gosto desse olhar de rabo de olho dos meninos que eu ja peguei e agora sabem que eu também curto garotas. As vezes é legal ser diferente. No Eastern High todo mundo era muito igual, nada do que você fazia era novo, nenhuma das suas anormalidades era nova. Eu nem sei como agradecer pelos Warriors terem me trago de volta, acho que eu finalmente vou voltar a ser feliz.


Sala do coral, 08:20AM

~Maria e Daniel estão em pé no meio da sala do Coral e todos os outros estão sentados.~

Maria: Bom pessoal, como o tema dessa semana é livre eu gostaria de agradece-los por me receberem de volta aos Warriors.

Daniel: Aproveitando o embalo da Maria, eu decidi me juntar a ela pra agradecer vocês por terem ido atrás de mim. Vocês sabem o quanto isso significa pra nós.

Maria: Eu queria agradecer principalmente à Carol que desde o dia que eu sai do Hunger Throat, ela já me mandou duzentas mensagens pedindo que eu voltasse pra cá ~ Todos dão risada. ~ E aqui estou.

Daniel: Chega de falar, porque o que a gente gosta mesmo é de música ~Daniel aponta para os rapazes da banda.~ Hit it.

~A banda começa a tocar Don't Wait, da Mapei.~

Maria:
Old friend indeed
Come build me up
Come shed your light
It makes me shine

Daniel:
You get the message
Don't you ever forget it
Let's laugh and cry
Until we die

Maria e Daniel:
If it wasn't for you
I'd be alone
If it wasn't for you
I'd be on my own

Maria:
Don't wait till I do wrong
Don't wait till I put up a fight
You've won my heart without a question
Don't wait for lie

Daniel:
I care for you
I talk to you in my deepest dreams, unfortunate

Daniel e Maria:
We got a friendship
No one can contest it
And not to mention
I respect you with my all

If it wasn't for you
I'd be alone
If it wasn't for you
I'd have to hold my own

Maria:
Don't wait till I do wrong
Don't wait till I put up a fight
You've won my heart without a question
Don't wait for lie

Daniel:
Not a thing in the world could get between what we share
No matter where you at
No worry, I'll be there
No one's got your back like I do
Even when business ain't going well, we still cool

Maria:
When I shine, you shine
No weights on your side
All my life, you'll have what's mine
Mark my word, we gonna be alright

Maria e Daniel:
My brother, my sister
We gonna be just fine

Hey, if it wasn't for you
I'd be alone
Hey, if it wasn't for you
I'd be on my own

Daniel:
Don't wait till I do wrong
Don't wait till I put up a fight

Daniel e Maria:
You've won my heart without a question
Don't wait for lie

~A música acaba e todos batem palmas.~

Juan: Que música incrível.

Marina: Eu concordo. Aliás eu não vejo essa música se encaixando em nenhuma tema da semana. Vamos agradecer ao Guilherme por ter escolhido o tema livre.

~Alguns batem palmas. Ray dá uma cotovelada de leve em Guilherme.~

Guilherme: Parem com isso. Eu sei que estamos todos em semanas de provas, então decidi não colocar nenhum peso nas costas de vocês essa semana.

Jhey: E desde quando você virou o professor que decidide se tem tema da semana ou não? Eu poderia dar mais uma semana sobre sexo porque parece que você e a Carol não aprenderam nada. E Joss não deixava você escolher os responsáveis porque vocês namoravam? E pelo que soube vocês não namoram mais, então...

Joss: Nós nunca namoramos. Guilherme só me ajuda. Como ele sempre fez com todos vocês.

Carol: É pessoal. Sem falar que esse tema "livre" me deu um pouco de coragem a mais e eu estou decidida a contar aos meus pais das minhas aventuras com garotas.

Ray: Tá realmente preparada, amiga?

Carol: Estou sim. Eu não acho que eu seja lésbica, e nem que isso volte a acontecer, mas eu preciso contar.

~Carol não olha diretamente pra Maria mas percebe que ela abaixa a cabeça.~

Ray: Tudo bem. Te apoiamos no que decidir e estaremos aqui para o que precisar.

Carol: Eu sei que sim.

~Carol sorri e Ray retribui. O sinal toca. Todos pegam suas coisas e saem da sala do coral. Juan anda pelo corredor do colégio até chega na sala do clube de fotografia. Juan entra na sala e vê algumas pessoas paradas. Umas mexiam em suas câmeras e outras mexiam em notebook. Juan senta em uma das cadeiras e começa a mexer em sua câmera até que um rapaz chega e senta ao lado dele.~

XXX: Você é novo aqui?

~Juan continua mexendo na câmera.~

Juan: No clube sim. Estudo nesse colégio a muito tempo e nunca soube desse clube.

XXX: Ah. Não estamos aqui a muito tempo, eu fui um dos fundadores. Meu nome é Jonas.

~Juan então vê uma mão se esticar por cima da câmera. Juan para de mexer na câmera e olha para o garoto. A terra então parece girar em câmera lenta. Juan olha nos olhos do rapaz e sente-se come estivesse hipnotizado. Juan fica imóvel por alguns segundos.~

Jonas: Você pode apertar minha mão. Ou falar seu nome.

~Jonas dá uma risada. Juan fica vermelho e então volta a olhar pra frente.~

Juan: Desculpa. Meu nome é Juan.

~Juan então estica o braço e aperta a mão de Jonas~

Jonas: Já temos algo em comum.

~Juan olha rápido para Jonas~

Juan: Que?

Jonas (num tom bem calmo): Nossos nomes, começam com a mesma letra.

Juan: Ah sim.

~Juan dá uma risada sem graça~

Jonas: Você disse que é novo no clube, mas eu nunca te vi pelo colégio.

Juan: Ah eu estou sempre em algum canto. Ou com o pessoal do coral.

Jonas: Você é do coral? Que maneiro. Sempre quis entrar para o coral porém sou um péssimo cantor.

Juan: Ah o coral é muito mais que cantar. Nós somos como uma família. E pelas fotos que vi no painel, deu pra vê que você é bem talentoso. Você deveria tentar.

Jonas: Melhor não. Deixa eu fazer o que eu sei fazer de melhor que é fotografar. Nem todas as pessoas tem dois dons tão legais como você.

Juan: Não não, eu sou só amador. Bem, no quesito fotografia sim porém no coral eu sou profissional mesmo.

~Os dois dão risada~

Jonas: Ainda estou me perguntando como que eu nunca te vi aqui pelo colégio.

Juan: Você já deve ter me visto e não se lembra.

Jonas: Eu jamais esqueceria. ~Juan olha sério pra cara de Jonas. Nesse momento a professora entra na sala~ Deixa eu ir para o meu lugar. O pessoal aqui é um pouco rigoroso com a questão dos lugares.

Juan: Ah tudo bem.

~O tempo passa durante a aula, até que chega ao fim e o sinal toca. Juan começa a guardar seu material dentro da mochila quando Jonas chega perto dele~

Jonas: Tem aula agora?

Juan: Não mas eu ia até a sala do coral ensaiar algumas músicas.

Jonas: Ah, tudo bem. Ia te chamar pra dar uma volta, sei lá, tomar um sorvete.

Juan: Esse foi o convite mais cafona que já me fizeram. ~Os dois dão risada~ Mas eu vou aceitar.

~Jonas dá um sorriso e os dois saem da sala de fotografia~

Sala do Coral.

~Carol entra na sala do coral com a cabeça baixa e os olhos vermelhos. Todos param de conversar e prestam atenção nela que anda bem devagar e senta em uma das cadeiras da primeira fila. Ela permanece de cabeça baixa~

Guilherme: Esta tudo bem Carol?

~Carol olha pra Guilherme~

Carol: Esta sim. Não poderia ser diferente né? Pais judeus aceitarem que uma filha já tenha beijado outras meninas. É demais pra eles.

Ray: Quer dizer que eles não aceitaram?

Carol: Eu estava pronta pra isso Ray, a novidade seria se eles aceitassem. Só que a gente nunca está pronto pra ouvir certo tipo de coisa.

Ana: Como o que?

Carol: Que eu sou uma vergonha. Que eles só não me expulsam de casa porque seria mais vergonhoso ainda. Que eu estou me tornando uma rebelde, por isso desisti do curso de advocacia, entre outras coisas piores. Eu não estava tentando me assumir nem nada parecido, eu só não queria mais esconder coisas deles.

Daniel: Carol nos sentimos muito por ter te incentivado a contar isso.

Carol: Não, vocês fizeram o que verdadeiros amigos fariam. Ninguém tem culpa se eu tenho pais que ainda estão presos no século passado. Tudo bem pessoal, eu vivia com isso escondido e vou continuar do mesmo jeito. Não se preocupem, vou ficar bem.

~Carol da um sorriso forçado em seguida levanta e sai da sala do coral~

Luan: Não podemos deixar ela ficar assim.

Ana: Eu concordo.

Junior: Vamos fazer o que a gente faz de melhor. Cantar.

~A cena muda. Margarete está em pé em sua sala falando no celular~

Margarete(no celular): Como assim devastados? Você precisa saber o que aconteceu. Eles estão sempre com essas caras. Eu te contratei para passar informações concretas e não pra falar o que eu já sei. Descubra o que está acontecendo no clube do coral e então volte a ligar. Obrigado.

~Margarete desliga o celular, o coloca em cima da mesa em seguida senta na cadeira. Coças os olhos em seguida apoia o cotovelo na mesa e o rosto na mão. Fita o céu azul estampado pela janela da sala~

PENSAMENTOS:

"Talvez eles só estejam passando pelo mesmo que eu. Aquele momento que a gente acha que nunca vai chegar. Eu sinto falta desde o primeiro dia em que deixei John Wester e voltei pra cá, mas eu acho que a verdadeira saudade está batendo agora. E dói. Muitas pessoas dizem que saudade é um sentimento bom mas eu discordo. Principalmente quando essa saudade está a poucos quilômetros de distância mas você infelizmente não pode mata-la. Enquanto isso, ela é quem vai te matando aos poucos."

~Uma mulher bate na porta de Margarete e antes que ela pudesse dizer algo a porta abre a mulher coloca metade do corpo para dentro~

XXX: Os pais já estão todos presentes Margarete.

Margarete: Obrigado Vânia, eu já estou indo.

~Vânia concorda com a cabeça e fecha a porta da sala~

PENSAMENTOS:

"Vamos fingir mais uma vez que esses são os pais dos meus antigos alunos."

~Margareth levanta da cadeira, ajeita a blusa que usava e então sai da sala. A cena muda, Juan e Jonas estão andando pela rua, tomando sorvete~

Juan: Há dois anos atrás nos fomos para Florianópolis participar das Nacionais.

Jonas: O que são as nacionais?

Juan: É última etapa da competição. Corais do Brasil todo competem pelo prêmio. Nós fomos representando o Rio, e ganhamos.

Jonas: Nossa, que maneiro.

Juan: Sim. Porém, ano passado a vergonha foi tão grande que ninguem nem se lembra que nós já vencemos uma vez. Ninguém está apostando na gente, mas eles vão ter uma surpresa pois nós somos ótimos.

Jonas: Eu tenho certeza que sim. ~Os dois dão um sorriso~ Eu não sou bom cantor mas adoro música e essa loja de discos é incrível.

Juan: Nossa, eu nem sabia da existência dessa loja.

Jonas: Vem, você vai amar.

~Jonas segura na mão de Juan e puxa ele para dentro da loja. Os dois andam pelos corredor e mexem em alguns discos. Jonas pega um dos discos~

Jonas: Melhor álbum da década.

Juan: Coldplay? Bom, mas não o melhor. Eu prefiro algo mais... assim.

Jonas: Lana Del Rey?

Juan: Sim. Born To Die sem dúvida é um dos melhores dessa década. E o paradise edition ainda veio só para aumentar ainda mais a chance.

~Nesse momento começa a tocar My Kind da Hilary Duff na rádio da loja de discos~

Juan: Ou, ou perai. Esse música pertence a outro álbum que também pode entrar na lista dos melhores dessa década.

Jonas: Não conheço.

Juan: Hilary Duff, Breath In Breath Out, mas especificamente, My Kind.

~Juan então pega um tipo de microfone de pelúcia que estava em uma caixa na loja e finge que está cantando a música~

Moment of clarity
You're leading me where I follow
And all my insanity
You're real for now

~Jonas dá uma risada e começa a andar. Juan anda atrás dele ainda fingindo que estava cantando~

So I keep telling me
You take the weight off my shoulders
You're every missing piece
You're real for now

Jonas: Você não é do clube do coral? Porque não canta de verdade.

~Jonas falava com um sorriso malicioso no rosto. Juan então joga o microfone que estava segurando e começa a cantar e Jonas arregala os olhos~

Juan:
I let my walls come down tonight
Will let you waste my time
I don't care if it's all a lie

~A cena muda. Juan está na sala do coral e todos, exceto Carol estão sentados. Jonas estava ao lado de Maria na primeira fila~

I'm with you for the night
You're taking me, taking me high
You're loving me, you're loving me right
Think you're one of my kind, you're one of my kind

~Jonas sorria e acompanhava o ritmo da música se mexendo e os Warrios ajudavam Juan com o backing vocal~

And so for now
Don't want you, don't want you to stop
I promise I won't get enough
Think you're one of my kind, you're one of my kind

Think you're one of my kind, you're one of my, one of my
Think you're one of my kind, you're one of my, one of my

~Juan chega perto de Jonas~

We'll be going, till I'm overloading
Even though it's breaking me, breaking me
Tearing me, tearing me
I'll be going, till I'm overloading
Even though it's breaking me, breaking me

I'm with you for the night
You're taking me, taking me high
You're loving me, you're loving me right
Think you're one of my kind, you're one of my, one of my

~Juan puxa Jonas para o meio da sala e os Warrios levantam também e todos dançam conforme a música~

I'm with you for the night
You're taking me, taking me high
You're loving me, you're loving me right
Think you're one of my kind, you're one of my kind
And so for now
Don't want you, don't want you to stop
I promise I won't get enough
Think you're one of my kind, you're one of my kind

~Os Warrios aos poucos vão se sentando~

Think you're one of my kind, you're one of my, one of my
Think you're one of my kind, you're one of my

~Juan segura na mão de Jonas e leva ele até o lugar. Jonas senta e Juan volta para o meio da sala~

So for now
Don't want you, don't want you to stop
I promise I won't get enough
Think you're one of my kind, you're one of my kind

~Todos batem palmas~

Jonas: Então isso é o clube do coral? Achei bem legal.

Maria: Nós não somos legais. Nós somos incríveis.

Jonas: Eu até concordo. ~Jonas levanta e vai ao lado de Juan~ Obrigado por me trazer. E aliás, eu adorei a música. Foi bom conhecer vocês pessoal. ~Jonas olha pra Juan e fala um pouco baixo~ A gente se vê.

~Juan apenas sorri e Jonas sai da sala do coral~

Joss: Eu não sabia que podia trazer os ficantes aqui.

Juan: Ele não é meu ficante.

Joss: Não?

Guilherme: Você está saindo com um cara?

Jhey: Ai Guilherme. É por isso que eu todo dia me pergunto como você consegue escolher sempre a música certa pra cantar, se você não consegue nem perceber que seu amigo é gay.

Guilherme: Perai. Primeiro a Carol diz que já saiu com meninas, e agora você diz que é gay.

Maria: Ela não está dizendo isso agora Guilherme, ele sempre foi.

Juan(num to lento): Eu pensei que sabia Gui.

Guilherme: Eu não sabia. E não que isso seja um problema, mas... é horrível quando você é o último a saber das coisas.

Juan: Tudo bem Gui, a gente conversa depois.

Jhey: É, chega dessa discussão de casal. Vocês resolvem isso depois. Ju, pra você que não estava aqui, nós decidimos usar essa semana livre para cantar músicas de apoio à Carol.

Ana: É, como de costume seus pais não aceitaram muito bem a ideia dela ter ficado com outras garotas.

Juan: Droga. Isso é realmente muito ruim. Poucos tem a sorte com os pais como eu tive. Mas achei ótima a idéia.

~O sinal toca e todos pegam suas coisas e saem da sala do coral. Guilherme está andando sozinho pelo corredor quando Juan chega perto dele~

Juan: Gui, a gente pode conversar?

~Guilherme olha para Juan. A cena muda e os dois estão sentados em um banco no pátio do colégio~

Juan: Eu sempre quis te contar. Mas tinha medo.

Guilherme: Medo de que?

Juan: Da sua reação. Eu sempre me vi como um confidente seu. Você sempre vinha e me falava das meninas. Eu até me lembro de quando você veio me perguntar sobre a Joss. Eu gosto disso e tinha medo de que acabasse.

Guilherme: Isso jamais aconteceria. E eu não estou chateado por você ser gay, mas sim por você não ter me contado. Eu te apoiaria na decisão que tomasse. Eu sempre te contei tudo, só achei que você teria a mesma consideração.

Juan: Eu entendo. E te peço desculpas. Mas como eu disse, eu tinha medo de perder sua confiança. E eu já tinha perdido coisa demais, perder sua amizade seria a última coisa que eu desejava perder.

Guilherme: Tudo bem, acho que eu te entendo. Mas não me esconda mais nada ouviu? Principalmente se estiver namorando aquele garoto que você levou na sala do coral.

~Juan dá uma risada~

Juan: Nós não estamos namorando.

Guilherme: Depois de cantar aquela música? Ou ele é um idiota por não te namorar ou talvez você seja bom demais pra ele.

Juan: Não, eu conheci ele hoje. Ele é do clube de fotografia. Você sabia que no colégio tem um clube de fotografia? Procuro um há anos. Mas pode deixar que caso isso alcance outro nível, você será o primeiro a saber.

Guilherme: Fico muito agradecido por isso. ~Os dois dão um sorriso. Guilherme estica a mão com o punho fechado e Juan para por alguns segundos e então fecha o punho e bate de leve no de Guilherme~ É por isso que você nunca gostou disso não é?

Juan: Uhum.

~Os dois dão risada. A cena muda~

Sala do Coral.

~Todos os meninos e Carol estão sentados nas cadeiras enquanto Maria, Ana, Joss, Marina e Ariel estavam sentadas em bancos no meio da sala do coral. A banda começava a tocar Anytime You Need a Friend, da Mariah Carey~

Ana:
If you're lonely
And need a friend
And troubles seem like
They never end

Joss:
Just remember to keep the faith
And love will be there to light the way

~Carol abre um enorme sorriso~

Todas:
Anytime you need a friend
I will be here
You'll never be alone again
So don't you fear
Even if you're miles away
I'm by your side

~Guilherme e Daniel estavam sentados ao lado de Carol. Guilherme coloca o braço no ombro de Carol enquanto Daniel segurava sua mão~

Maria:
Don't you ever be lonely
Love will make it alright

Ariel:
When the shadows are closing in
And your spirit diminishing

Marina:
Just remember you're not alone
And love will be there
To guide you home

~Os olhos de Carol estavam cheio de lágrima~

Todas(Maria):
Anytime you need a friend
I will be here
You'll never be alone again(You'll never be alone again)
So don't you fear
Even if you're miles away
I'm by your side

Maria:
Don't you ever be lonely
Love will make it alright

~Carol e os meninos aplaudem~

Carol: Isso foi muito lindo meninas, eu nem sei como agradecer.

Ana: Não precisa. É como a música diz, nós estamos aqui e sempre estaremos para o que precisar.

Joss: Mesmo com todas as diferenças, saiba que pode contar com a gente.

~Carol dá um pequeno sorriso~

Carol: Obrigado.

~O sinal toca. Todos começam a pegar suas mochilas e saem da sala do coral~

Maria: Esse sinal tem tocado muito.

~Todos seguem por caminhos diferentes exceto Carol e Guilherme que andam devagar pelo corredor conversando~

Carol: Sem dúvidas the flash é a melhor série de heróis do momento.

Guilherme: Eu ainda prefiro arrow.

Carol: Ah não, aquele romance chato entre Oliver e Felicity não desce.

Guilherme: Ah para, eles são lindos juntos.

~Carol e Guilherme dão risada. Nesse momento a mãe de Carol chega até perto deles~

Mãe de Carol: Ah, ai está você. Te procurei pelo colégio todo.

Carol(sem vontade): Oi mãe.

Mãe de Carol: Quem é esse? O menino que você finge ser seu namorado para que ninguém perceba que você gosta de meninas?

Carol: Mãe!

Mãe de Carol: O que foi? Você não encheu a boca pra dizer na mesa de jantar? Porque está escondendo agora?

~Os olhos de Carol estavam cheios de lágrima. Algumas pessoas que passavam pelo corredor estavam olhando para eles~

Carol: Porque você está fazendo isso?

~Carol vira e sai andando~

Guilherme: Estou me perguntando que tipo de mãe faz isso com sua própria filha. Se estivesse realmente preocupada com ela você não faria isso, você a apoiaria.

Mãe de Carol: E quem você pensa que é?

Guilherme: Eu sou amigo dela. Coisa que apesar de ser mãe, você nunca vai conseguir ser dela.

~Guilherme vira a vai atrás de Carol. A mãe de Carol continua parada no corredor e abaixa a cabeça~

Colégio Stuart Humphrey, 12:35pm.

~Margarete está andando pelos corredores do colégio falando ao telefone~

Margarete: O que? A própria mãe humilhou ela no meio do corredor do colégio? E ainda na frente dos amigos? Eu aguentei muito mas agora não dá mais. Obrigado pelas informações e... nós vamos nos ver em breve. Até.

~Margareth desliga o telefone e entra na sala do diretor~

Margarete: Diretor, o senhor tem um minuto?

Diretor: Claro Margarete, fique a vontade.

~O diretor aponta para uma cadeira e Margarete se senta~

Margarete: Então, eu gostaria de uma transferência para o John Wester.

~O diretor que estava escrevendo em uns papeis, para de escrever rapidamente e olha para Margarete~

Diretor: O que? Outra vez.

Margarete: Sim, eu preciso.

Diretor: Não, eu não farei isso. Da outra você ficou um pouco mais de um anos lá e então voltou rastejando pra cá.

Margarete: Eles precisam de mim diretor.

Diretor: Aquele pessoal do coral outra vez. Não, eu já disse que não. Os aluns daqui também precisam de você.

Margarete: Não tanto quanto eles.

Diretor: Eu já disse que não Margarete. ~O diretor aumenta o tom~ Então por favor, volte para a sua sala e ensine aquelas crianças um pouco de matemática porque eu não aguento mais todo ano esse colégio ficar em última lugar nas olimpíadas.

~Margarete faz uma cara séria, se levanta e coloca as duas mãos na mesa do diretor~

Margarete: Ou você me transfere agora ou eu peço demissão e então esse colégio nunca mais vai ouvir falar sobre os meus ensinamentos.

Diretor: Você não faria isso.

Margarete: Ah eu faço. E posso fazer agora.

~O diretor olhava sério pra cara de Margareth. Então ele abre uma das gavetas da mesa e pega alguns papeis e começa a escrever. Margareth abre um sorriso calmamente. A cena muda. Todos estão na sala do Coral, exceto Guilherme. Carol e as meninas estão sentadas nas cadeiras enquanto os meninos estão sentados em bancos~

Daniel: Como as meninas se juntaram e prepararam uma música pra você, nós decidimos fazer o mesmo.

Luan: Demos uma olhada na sua playlist do spotify e escolhemos uma música que é incrível.

Jhey: Que por sinal foi a mais tocada da sua playlist na última semana então... espero que goste.

~A banca começa a tocar Little Things, do One Direction~

Luan:
Your hand fits in mine
Like it's made just for me
But bear this in mind
It was meant to be
And I'm joining up the dots
With the freckles on your cheeks
And it all makes sense to me

Junior:
I know you've never loved
The crinkles by your eyes
When you smile,
You've never loved
Your stomach or your thighs
The dimples in your back
At the bottom of your spine
But I'll love them endlessly

~Carol estampava um sorriso enorme no rosto. Maria que estava sentada em uma das últimas cadeiras cantava a música em voz baixa sem que ninguem percebesse~

Juan:
I won't let these little things
Slip out of my mouth
But if I do, It's you
Oh it's you
They add up to
I'm in love with you
And all these little things

Diego:
You can't go to bed
Without a cup of tea
And maybe that's the reason
That you talk in your sleep
And all those conversations
Are the secrets that I keep
Though, it makes no sense to me

Jhey:
I know you've never loved
The sound of your voice on tape
You never want to know how much you weigh
You still have to squeeze into your jeans
But you're perfect to me

Juan e Junior:
I won't let these little things
Slip out of my mouth
But if it's true, It's you
It's you
They add up to
I'm in love with you
And all these little things

Daniel:
You'll never love yourself
Half as much as I love you
You'll never treat yourself right darlin'
But I want you to
If I let you know
I'm here for you
And maybe you'll love yourself like I love you
Oh...

Jhey:
I've just let these little things
Slip out of my mouth
'Cause it's you, Oh it's you
It's you
They add up to

Jhey e Daniel:
And I'm in love with you
And all these little things

Todos:
I won't let these little things
Slip out of my mouth
But if it's true
It's you, It's you
They add up to
I'm in love with you
And all your little things

Carol: Vocês são muito lindos meninos, obrigada.

~Carol se levanta e todos os meninos vão até ela e dão um abraço em conjunto. A cena muda e o pessoal do coral está saindo da sala quando encontram Guilherme parado no corredor em frente ao armário~

Junior: Sentimos sua falta na sala.

Ana: Os meninos cantaram uma música linda pra Carol e você ficou de fora.

~Guilherme olha pra Carol e ela estava com um pequeno sorriso no rosto~

Guilherme: Desculpa. Eu adoraria ter cantado uma música pra você mas tive que resolver umas coisas. Posso retribuir te levando pra casa hoje?

Carol: É claro.

~Carol abre um sorriso. Guilherme então vê Juan no fim do corredor conversando com Jonas. Jonas segurava a mão de Juan enquanto eles conversavam. Guilherme não conseguia ouvir o que eles diziam mas os dois estavam dando risada até que o telefone de Jonas toca e ele sai de perto de Juan~

Guilherme: Mas antes, só me deixa resolver mais uma coisa.

Carol: Tudo bem.

~Carol começa a caminha com o pessoal do coral. Guilherme fecha a porta do armário e anda em direção a Juan~

Guilherme: Oi.

Juan: Oi Gui. Tá perdido?

Guilherme: Não. É que eu vi você e o Jonas conversando e não pude deixar de perceber que sempre que o telefone dele toca ele sai de perto de você.

Juan: Você está me vigiando?

~Juan diz segurando o riso~

Guilherme: Não... eu só tava olhando e percebi isso. E não é a primeira vez que percebo.

Juan: Hum... É uma coisa pessoal dele, eu não quero ficar me intrometendo.

Guilherme: Pelo nível de amizade, eu achei que ele já tinha te contado tudo sobre ele.

Juan: Você está com ciúmes?

~Juan parecia um pouco irritado~

Guilherme: Não Ju, só estou procupado. Sei la. Você mal conhece esse cara e já fica por ai andando de mãos dadas com ele.

Juan: É por isso que eu nunca te contei. Você diz que tá tudo bem mas eu sei que não está.

Guilherme: Juan, você está confundindo as coisas.

Juan: Eu não estou confundindo nada Guilherme. Pode deixar que eu sei me cuidar muito bem.

~Juan vira e sai andando deixando Guilherme parado sozinho. A cena muda e Guilherme chega até a saida do colégio e encontra Carol~

Guilherme: Oi Carol.

Carol: Nossa você demorou.

Guilherme: Desculpa. E desculpa de novo, não vou poder te levar em casa. triste?

Carol: Primeiro fica de fora da música e agora me da um bolo em cima da hora. Pensarei se fico brava ou não.

~Guilherme segura nas mãos de Carol e olha nos olhos dela~

Guilherme: Prometo que vou te recompensar.

~Carol abre um pequeno sorriso~

Carol: Tudo bem. Espero que a recompensa seja boa.

Guilherme: Vai ser.

~Guilherme dá um beijo bem perto da boca de Carol e em seguida sai andando. Carol coloca a mão onde Guilherme beijou. A cena muda, Carol está andando pela rua até que chega em frente de casa. Carol para por alguns segundos em frente a porta e em seguida senta na calçada. Nesse momento, Heliton que estava indo em diração à sua casa, vê Carol sentada e vai até ela~

Heliton: Oi.

Carol: Oi Heliton. O que faz por aqui.

Heliton: Eu estava indo pra casa. Moro a algumas quadras daqui.

Carol: Ah sim.

Heliton: E você, o que faz sentada ai na calçada?

~Carol dá um suspiro~

Carol: Eu não consigo entrar. Não consigo olhar para os meus pais e ficar na expectativa de alguns deles falar alguma coisa que eu sei que vai me magoar.

Heliton: Olha, mesmo tendo certeza de que minhas palavras sairiam mais facilmente com uma música da Avril Lavigne, eu vou tentar de outra forma. Há dois anos atrás, minha irmã que na época tinha 16, descobriu que estava grávida. Eu fui o primeiro que ela contou, e nós estávamos muito felizes, até que ela decidiu contar aos meus pais e a felicidade acabou. Meus pais expulsaram ela de casa. Ela arrumou as coisas e sumiu. Eu nunca mais a vi. Até alguns meses atrás. Meu sobrinho está quase completando um ano e meus pais decidiram chama-la para morar com a gente de volta, porém ela não aceitou. Por muito tempo eu senti muita raiva dos meus pais pelo que eles fizeram com minha irmã, mas naquele momento eu percebi que eles são apenas uma versão um pouco maior e mais autoritária de nós mesmos. E que eles erram e falam coisas sem pensar tanto quanto a gente. Eu sei que é difícil mas.. pensa que daqui a alguns anos, você vai estar no lugar deles.

Carol: Nossa. Parece que eu coloquei tudo pra fora. Muito obrigado pelas palavras. Até que para um calouro, você é inteligente.

Heliton: Isso foi um pouco grosseiro. ~Os dois dão risada. Heliton se levanta~ Só tente se lembrar que não importa o que falem, eles vão continuar sendo seus pais, logo, você vai ser sempre a filha deles.

Carol: Muito obrigado.

Heliton: Passa lá em casa qualquer hora pra gente conversar mais. Minha mãe vai adorar falar o quanto ela se arrepende das coisas que fez e que provavelmente seus pais também se arrependerão.

Carol: Eu vou adorar.

~Carol sorri. Heliton sorri de volta e sai andando em direção à sua casa. Carol levanta, e entra em casa. Carol passa pela cozinha e vê sua mãe em frente ao fogão. Carol passa direto e começa a subir as escadas quando sua mãe te chama~

Mãe de Carol: Carol?!

~Carol para, respira fundo e vai até a cozinha~

Carol: Oi mãe.

Mãe de Carol: Você chega em casa e nem fala nada?

Carol: É que eu tenho alguns exercícios pra fazer e estudar pra duas provas, por isso subi direto.

Mãe de Carol: Ok... O almoço já está pronto. Chame seu irmão e venham almoçar.

~Carol faz uma cara confusa~

Carol: Tudo bem...

~Carol volta a subir as escadas e sua mãe grita: "Eu fiz lasanha de molho branco." Carol para por um momento na escada e fala em voz baixa~

Carol: Minha preferida.

Dia Seguinte, Pátio do John Wester.

~Daniel, Junior e Maria estão andando pelo pátio~

Daniel: Ontem eu finalmente consegui ver o último episódio de Quantico, e está cada vez melhor.

Maria: Ainda não consegui assitir, mudar de colégio do nada é um pouco tenso. Ainda estou tentando me acertar com as aulas e matérias.

Junior: E eu também não. O coral e as cheerios acabam comigo. Eu chego em casa e só penso em dormir. E ainda tem a Ana... ~Todos dão risada~ Falando em cheerios, lá vem o treinador.

~Treinador Ribeiro andava um pouco apressado~

Junior: Bom dia treinador. Ensaio hoje na mesma hora de sempre?

Ribeiro: Não. Os ensaios de hoje estão cancelados, tenho umas coisas para resolver. Já que perguntou, está encarregado de avisar os outros.

Junior: Ué.

Maria: Acho que hoje você consegue ficar em dia com suas séries.

~Daniel acompanha o treinador Ribeiro com o olhar e vê que ele entra na sala da diretora. Daniel fixa o olhar pelo vidro da porta~

Daniel: Perai, aquela alí na sala da diretora não é...

~Nesse momento o treinador Ribeiro tampa o vidro com a cortina~

Maria: O que Dani?

Daniel: Nada. Acho que eu estou vendo coisas.

Junior: Vão indo pra sala do coral que eu vou dar uma volta no pátio pra vê se encontro alguém das cheerios por aqui.

~Daniel e Maria concordam com a cabeça. Eles seguem pelo mesmo caminho que já estavam andando enquanto Junior vai para o lado contrário. A cena muda. Todos já estão sentados na sala do coral, exceto Joss. Maria e Luan estavam sentados em bancos no meio da sala~

Marina: O bom de temas da semana como esse, é que todo mundo se identifica um pouco.

Luan: Nós sabemos que a semana é dedicada à Carol, mas no final do dia, todos nós temos segredos que preferimos esconder.

Marina: Essa música não é particularmente para Carol, é pra todos nós.

~Marina olha para os rapazes da banda e eles comaçam a tocar Demons, do Imagine Dragons na versão do Boyce Avenue~

Luan:
When the days are cold
And the cards all fold
And the saints we see
Are all made of gold

Marina:
When your dreams all fail
And the ones we hail
Are the worst of all
And the blood's run stale

Luan:
I want to hide the truth
I want to shelter you
But with the beast inside
There's nowhere we can hide

Luan e Marina:
No matter what we breed
We still are made of greed
This is my kingdom come
This is my kingdom come

Luan:
When you feel my heat
Look into my eyes
It's where my demons hide
It's where my demons hide

Marina:
Don't get too close
It's dark inside
It's where my demons hide
It's where my demons hide

Luan:
When the curtain's call
Is the last of all
When the lights fade out
All the sinners crawl

Marina:
So they dug your grave
And the masquerade
Will come calling out
At the mess you made

Luan:
Don't want to let you down
But I am hell bound
Though this is all for you
Don't wanna hide the truth

Luan e Marina:
No matter what we breed
We still are made of greed
This is my kingdom come
This is my kingdom come

~Todos sorriam enquanto Marina e Luan cantavam. Ana estava com a cabeça enconstada no ombro de Junior~

Marina:
When you feel my heat
Look into my eyes
It's where my demons hide
It's where my demons hide

Luan:
Don't get too close
It's dark inside
It's where my demons hide
It's where my demons hide

~Os olhos estavam cheios de lágrimas Marina enchem de lágrimas~

Marina:
They say it's what you make
I say it's up to fate
It's woven in my soul
I need to let you go

Luan:
Your eyes, they shine so bright
I want to save their light
I can't escape this now

Luan e Marina:
Unless you show me how

~Marina começa a cantar com muita vontade. Luan coloca a mão no ombro dela~

When you feel my heat
Look into my eyes
It's where my demons hide
It's where my demons hide
Don't get too close
It's dark inside
It's where my demons hide
It's where my demons hide

~A música acaba. Alguns batem palmas, enquanto outros faziam uma cara confusa~

Ray: Está tudo bem Marina?

Ana: Essa música é incrível, ela mexe comigo de várias maneiras.

Marina: Não é isso. Como o Luan disse, todos nós temos segredos pra esconder e é muito ruim quando um desses segredos afeta todas as pessoas que você gosta. Quando Joss recebeu o convite para ir pra austrália estudar, eu fui a primeira a saber. Eu soube muito antes de todos vocês e eu escondi isso. O coral acabou, pois todos foram pegos de surpresa. E eu fingi que não sabia de nada. ~Marina começa a chorar~ Eu andava pelos corredores e tinha medo de falar com vocês, porque tudo tinha desmoronado por minha causa. Se eu tivesse falado com vocês, dava tempo de preparar algo sem a Joss... mas eu preferi não contar.

Guilherme: Marina, você não tem que se culpar por isso.

Jhey: Joss é sua amiga, a gente te entende. E olha pra nós, apesar de tudo, estamos de volta.

~Carol se levanta e vai até Marina~

Carol: Pare de se culpar pelos erros dos outros. Se Joss decidiu ir embora e te contou isso, não era sua obrigação nos contar. Você só estava sendo honesta e guardando um segredo de sua amiga. Acho que todos nós fariamos o mesmo. E eu adorei a música.

~Carol limpa as lágrimas que caiam no rosto de Marina~

Marina: Agora você está me reconfortando.

~Todos dão risada~

Carol: É como você disse, temas como esse acaba tocando todos nós de maneiras diferentes.

~Marina levanta do banco e abraça Carol~

Guilherme: Se não se importam, poderiamos agora ir todos para o auditório? É minha vez de dizer algumas coisas.

~Carol abre um sorriso. A cena muda, Guilherme está no palco do auditório enquanto todos os outros estão sentados nas cadeiras~

Guilherme: Eu tentei encontrar as palavras certas pra dizer, mas nada parecer sair tão facilmente da minha boca como uma música. Então deixei os textos de lado e fui atrás da música perfeita. Não precisei de muito na verdade. Bastou um nome e eu encontrei. Não quero falar muito, vou deixar que a música fale por mim.

~Guilherme senta na cadeira do piano e começa a tocar Not Alone, do Darren Criss~

Carol: Eu não acredito.

Guilherme:
I've been alone
Surrounded by darkness
I've seen how heartless
The world can be

I've seen you crying
You felt like it's hopeless
I'll always do my best
To make you see

~Guilherme olha pra Carol. Carol exibia um sorriso enorme no rosto~

Baby, you're not alone
Cause you're here with me
And nothing's ever gonna bring us down
Cause nothing can keep me from lovin' you
And you know its true
It don't matter what'll come to be
Our love is all we need to make it through

I still have trouble
I trip and stumble
Trying to make sense of things sometimes
I look for reasons
But I don't need em
All I need is to look in your eyes
And I realize

Baby I'm not alone
Cause you're here with me
And nothing's ever gonna take us down
Cause nothing can keep me from lovin' you
And you know it's true
It don't matter what'll come to be
Our love is all we need to make it through

Cause you're here with me
And nothing's ever gonna bring us down
Cause nothing, nothing, nothing can keep me from lovin' you
And you know it's true
It don't matter what'll come to be
You know our love is all we need
Our love is all we need to make it through

~A música acaba. Todos batem palmas

Guilherme: A música já disse tudo mas, quero que saiba que eu realmente estarei aqui para o que você precisar. ~Guilherme desce do palco e vai até Carol~ Nós nos aproximamos muito nesses últimos meses e eu pude conhecer a Carol por trás de todo aquele rancor. E eu gostei muito do que conheci. Gostei tanto ao ponto de querer estar sempre ao lado dela. Como um amigo, e até mais que isso. ~Carol e alguns outros Warriors arregalam os olhos~ Eu sei que a gente nunca ficou ou fizemos algo a mais, ~Jhey da uma risada~ mas é como se eu não precisasse de nada disso pra saber o quanto eu gosto de você. ~Guilherme segura na mão de Carol~ Então, eu queria saber se você não quer ser minha namorada.

~Carol abre um sorriso enorme~

Carol: Isso foi lindo. Desde a música, até agora. Eu estou sem palavras, não sei o que dizer.

Ana: Diz que sim garota.

Carol: É claro que é sim. Eu adoraria ser sua namorada.

~Guilherme da um sorriso. Em seguida coloca as mãos no rosto de Carol e os dois se beijam. Os membros dos Warriors gritam e batem palmas. Maria abaixa a cabeça. O sinal toca, todos levantam das cadeiras e saem do auditório. A cena muda, Guilherme e Carol estão andando pelo corredor do colégio quando encontram Joss~

Joss: Oi.

Guilherme: Oi Joss.

Joss: Eu infelizmente não pude estar na hora do pedido, mas saibam que eu desejo tudo de melhor pra vocês. De verdade. ~Joss aponta pra Carol~ Cuida dele.

Carol: Pode deixar.

~Guilherme e Carol dão um sorriso~

Guilherme: Obrigado Joss. ~Joss sorri em seguida sai andando~ Então, estive pensando se você não gostaria de saber para jantar comigo hoje.

Carol: Jantar? Nunca me convidaram pra jantar ontem.

Guilherme: Não sei se isso te conforta, mas é a primeira vez que eu chamo alguém para jantar.

~Os dois dão risada~

Carol: Eu adoraria.

Guilherme: Tudo bem. Te pego as 8:00pm. Sem atrasos.

Carol: Eu nunca me atraso.

Guilherme: Espero que não.

~Guilherme para bem perto de Carol e os dois se beijam por bastante tempo~

Carol: Esse é o único motivo que faria eu me atrasar para qualquer coisa.

~Guiherme abre um sorriso~

Guilherme: Deixa eu ir. Ainda tenho que dar uma aula de informática para os idosos.

Carol: Eu acho lindo o que você faz.

Guilherme: Eu até gosto sabia. Aqueles velhinhos me cativaram de alguma forma.

Carol: Ou talvéz você tenha cativado eles.

~Guilherme abre um sorriso~

Guilherme: Deixa eu ir. Assim como eu, eles não gostam de atrasos.

Carol: Quantas vezes eu terei que repetir que eu nunca me atraso.

Guilherme: Já entendi. Até mais tarde.

~Eles dão mais um beijo rápido e saem andando um pra cada lado~

Guilherme: Só mais uma coisa. ~Carol para e olha pra ele~ Eu te amo.

~Carol abre um sorriso enorme~

Carol: Eu te amo também.

~Guilherme sorri e os dois voltam a andar~

Casa da Carol, 7:10pm.

~Guilherme para em frente à porta e toca a campainha. Guilherme fica parado por alguns segundos até que Carol abre a porta~

Guilherme: Oi. Acho que cheguei um pouco cedo demais.

Carol: E como pode ver, eu já estou pronta. Isso é para nunca mais duvidar de mim. ~Os dois dão um sorriso e em seguida se beijam rápido~ Só deixa eu pegar a minha bolsa. ~Carol entra em casa, pega a bolsa em cima de uma mesinha, em seguida vai até a sala onde seu irmão estava sentado~ Ei, você. Já estou indo. Não faça besteira, não abra a porta pra ninguém e...

~O irmão de Carol corta ela e os dois falam juntos~

"Não mexa com fogo."

Irmão de Carol: Já sei. Mamãe fala sempre a mesma coisa.

Carol: Que bom que sabe. Quando eles chegarem, diga que não vou demorar.

~Carol volta até a porta, sai e de casa e fecha a porta~

Carol: Vamos?

Guilherme: Sim. Espero que goste do lugar.

Carol: Certeza que vou gostar.

~Guilherme sorri e Carol retribui. A cena muda, os dois estão entrando em um restaurante pequeno porém aconchegante. As mesas eram decoradas com velas, e as lamparinas do teto eram em formato de pequenos balões. De fundo, tocava uma versão instrumental de "For Good", do música Wicked. Os dois são acompanhados pela recepcionista que os leva até uma mesa. Guilherme e Carol agradecem e se sentam~

Carol: Já amei.

Guilherme: O que?

Carol: O lugar é lindo, e a música de fundo já me ganhou assim que entramos.

~Guilherme dá um sorriso~

Guilherme: Que bom que está gostando.

~Guilherme e Carol continuam a conversar por bastante tempo até que o garçom chega com os devidos pratos. Guilherme e Carol comem e continuam a conversar. Os dois davam risadas em meio das conversar e cantarolavam as músicas que tocavam~

Carol: Esse restaurante tem a melhor trilha sonora que um restaurante pode ter.

~Nesse momento, um rapaz se posiciona no canto do restaurante com um suporte e microfone em sua frente~

XXX: E agora chegou o momento da noite que nós dedicamos uma música à alguém. Porém, hoje nós já temos a nossa dedicatória. Eles estão comemorando um dia de namoro. ~Carol olha rápido para Guilherme, que estava sorrindo~ Essa música é dedicada de Guilherme para Carolina.

~A banda se junta ao rapaz que estava em pé e começam a tocar All I Ask Of You, do musical O Fasntasma da Ópera. Carol olha sério pra cara de Guilherme com lágrimas nos olhos~

Guilherme: Está tudo bem?

Carol: Não. É só a minha música preferida do meu musical preferido. Eu literalmente não estou bem.

~Guilherme dá um sorriso. Em seguida puxa a cadeira, coloca bem perto da de Carol e seguda na sua mãe. Carol encosta a cabeça no ombro de Guilherme e os dois param para assistir a apresentação~

No more talk of darkness,
Forget these wide-eyed fears.
I'm here, nothing can harm you
My words will warm and calm you.
Let me be your freedom,
Let daylight dry your tears.
I'm here, with you, beside you,
To guard you and to guide you...

~Guilherme olha de rabo de olho pra Carol e percebe que seus olhos estavam cheios de lágrima~

Say you love me
Every waking moment,
Turn my head with talk of summertime...
Say you need me with you,
Now and always...
Promise me that all you say is true...
That's all I ask of you...

~A cena muda. Guilherme e Carol estão andando pela rua de mãos dadas~

Let me be your shelter,
Let me be your light
You're safe - no one will find you
Your fears are far behind you...

All I want is freedom,
A world with no more night
And you always beside me
To hold me and to hide me...

~A cena muda novamente. Guilherme e Carol estão no restaurante dançando juntos~

Then say you'll share with me
One love, one lifetime
Let me lead you from your solitude
Say you need me with you
Here, beside you
Anywhere you go, let me go too...
Christine, That's all I ask of you...

Then say you'll share with me
One love, one lifetime
Say the word
And I will follow you...

~A cena muda, os dois estão sentados em um banco na rua. Eles conversavam e sorriam um para o outro~

Share each day with me,
Each night, each morning...

Say you love me...
You know I do...
Love me, That's all I ask of you...

Anywhere you go
Let me go too...
Love me
That's all I ask of you...

~A cena muda. Os dois estão andando pela rua até que param em frente a casa de Carol. A música termina~

Carol: Foi uma das melhores noites que eu já tive. Obrigada.

Guilherme: Eu ia dizer o mesmo.

~A porta da casa de Carol de repente se abre. O pai dela aparece na varanda, bastante bravo.~

Pai da Carol: Filha, isso é hora de chegar em casa? Para dentro, agora!

Carol: Pai, deixa eu só...

Pai da Carol: Carolina, agora! ~Ele a interrompe, praticamente gritando com ela.~

~Carol olha para Guilherme, praticamente pedindo desculpas pelo que estava acontecendo com o olhar antes de virar e subir a escada para a varanda. Ele começa a ir embora, porém para ao ouvir a discussão.~

Pai da Carol: Quem você acha que é para deixar seu irmão em casa sozinho a essa hora da noite? E com quem você estava? Com alguma das suas namoradinhas?

Carol: Pai, para com isso! ~O sorriso que estava até então em seu rosto desaparece.~ O Bruno já é bem grandinho para ficar sozinho por algumas horas. E eu já falei que eu não tenho namoradas, pai! Eu não sou lésbica! Eu estava com um amigo meu da escola, posso?

~O pai da Carol a puxa para dentro de casa e bate a porta, fazendo com que Guilherme voltasse. Ele sobe as escadas rapidamente, mas para por alguns instantes, escutando a briga entre o pai e Carol. Ele finalmente toca a campainha, e a mãe da Carol abre a porta.~

Mãe da Carol: Você? ~Ela diz, um pouco assustada, chamando a atenção de Carol e do pai.~

Carol: Gui? O que você tá fazendo aqui?

Pai da Carol: Esse não era o menino que estava até agora com você? Ele é seu namorado de mentira ou o quê? Alías, por que ele andaria com alguém como você? Ele sabe que você...

Carol: Pai, já chega! Sim, ele sabe que eu já beijei garotas antes, ele soube bem antes de vocês! E não, ele não é meu namorado de mentira nem nada. Ele é meu namorado mesmo, e ele me ama do jeito que eu sou, sem julgamentos, coisa que vocês nunca fizeram!

Mãe da Carol: Filha, que mentira! Nós te ama...

Pai da Carol: Como assim seu namorado mesmo?! ~Ele interrompe a mãe da Carol e ri sarcasticamente.~ Ontem mesmo você nos disse que já saiu e beijou garotas e no dia seguinte aparece aqui com um "namorado"? Faça-me o favor, Carolina...

Guilherme: Os senhores me deem licença, mas eu não posso ficar aqui apenas ouvindo vocês falando essas coisas para a minha namorada e melhor amiga ~Guilherme respira fundo e olha para Carol antes de continuar.~ Olha, eu fui criado por uma família evangélica, minha família passou por algumas coisas parecidas com o que está acontecendo aqui, eu sei que é difícil, eu entendo o que os senhores estão passando. Mas, se vocês estão realmente preocupados com a Carol, vocês deveriam fazer algo para ajudá-la, e não para deixá-la mais para baixo. Todos temos problemas e passamos por situações difíceis, mas a família e os amigos nos fazem continuar depois de todas essas batalhas ~Ele se vira para o pai de Carol.~ Você pediu para que ela fosse sincera em relação a tudo, e ela foi. Eu gosto muito da filha de vocês, eu me importo com ela, e eu não aguento vê-la sofrendo desse jeito. Eu sei que não é fácil, mas muitas vezes esse tipo de atitude acaba salvando a pessoa. Meu irmão se envolveu com drogas quando era mais novo, e todos começaram a julgá-lo e deixá-lo de lado, menos a minha família. E isso fez com que ele largasse aquela vida e continuasse seguindo em frente. Esse é o dever da família... Vocês não podem ficar contra ela no momento em que ela mais precisa de vocês ~Ele então anda até Carol e põe uma mão em seu rosto.~ Desculpa ter invadido assim, mas eu não consegui ficar longe... Qualquer coisa, você sabe onde eu moro, e a porta lá de casa está sempre aberta para você, ok? ~Ele sussurra, antes de beijá-la por um curto instante e deixar a casa. Depois que Guilherme sai, os três ficam em silêncio por alguns instantes, antes de Carol começar a falar.~

Carol: Essa coisa com as meninas... ~Ela começa falando baixinho.~ Aconteceu só duas vezes, sabe? E não foi nada além de alguns beijos... É uma coisa que eu não consigo lidar... É... É como sentir vontade de comer carne do dia em que devemos comer só peixe. Você se sente culpado por aquele desejo, mas o que você pode fazer? Às vezes você consegue se controlar, outras não... E o Gui... Ele não é alguém que eu vou usar para esconder quem eu realmente sou, porque agora eu não preciso mais esconder isso, e eu realmente gosto dele. Eu espero que vocês entendam isso e me aceitem do jeito que eu sou. Porque eu já sofri por muito tempo tentando reprimir isso e eu sinceramente cansei de sofrer ~Ela termina de falar e seca uma lágrima que escorria pela sua bochecha.~ Agora, se vocês me dão licença, eu estou bastante cansada e quero descansar um pouco.

~Carol sobe as escadas para seu quarto antes que qualquer um deles pudesse falar alguma coisa. Assim que entra, ela fecha a porta e se joga na cama, respirando fundo para não começar a chorar. Ela tinha que ser forte... Seu telefone começa a tocar dentro da bolsa e ela o atende~

LIGAÇÃO

Maria: Oi!

Carol: Oi... ~Carol diz, fungando.~

Maria: Eita, o que foi, amiga?

Carol: Meus pais... Eu sai com o Gui hoje e acabei chegando "muito tarde" e meu pai obviamente acabou levando isso para o lado que ele quer da conversa, começou a falar um monte de merda sobre a minha sexualidade, sobre eu e o Gui... Enfim, o de sempre, sabe? ~Ela ri sarcasticamente.~

Maria: Isso é tudo culpa minha, Carol... Eu que causei todo esse problema, eu não deveria ter...

Carol: Ei, não é culpa sua, miga. Eu já tinha ficado com uma outra garota antes de você, então...

Maria: Eu vou fingir que eu acredito só pra te fazer se sentir bem ~As duas riem.~ Mas deu tudo certo no final?

Carol: Eu sinceramente não sei, eu subi pro meu quarto depois que o Gui foi embora e... ~Alguém bate na porta do quarto de Carol e entra antes de ela responder. É sua mãe~ Uhm, Maria, a gente se fala depois, tá?

Maria: Tá tudo bem?

Carol: Tá... Depois te ligo ~Ela desliga antes de Maria responder~

Mãe da Carol: Posso entrar?

~Carol apenas gesticula para a mãe, que entra e fecha a porta. Ela fica alguns segundo em pé antes de se sentar ao lado da filha na cama~

Mãe da Carol: Eu queria pedir desculpas ~Carol se espanta~ Eu não agi certo como pessoa e muito menos como mãe. O que o seu amigo disse para mim no colégio mais cedo e agora... Me fez pensar no jeito que eu tenho lidado com as coisas. Eu posso não concordar com algumas atitudes suas, mas eu continuo sendo sua mãe. Você continua sendo minha filha. Eu te amo mais do que qualquer coisa nesse mundo, Carol. E nada vai mudar isso. E eu percebi isso agora. Você não querer ser advogada, você ter... Beijado garotas... Nada disso vai mudar quem você é aqui ~Ela põe a mão sobre o seu coração~ E isso é o que mais importa. Eu sinto muito de verdade, filha.

~Carol está sem palavras. Ela estica os braços e abraça a mãe com força, as lágrimas voltando a escorrer. A mãe a abraça de volta~

Carol: Você não tem ideia de o quão bom foi ouvir isso ~Ela fala entre soluços~ Obrigada, mãe. De verdade. Obrigada mesmo...

Mãe da Carol: Filha, é meu papel de mãe... E, além disso, é meu papel como sua amiga... Afinal, é isso que somos, não? ~As duas sorriem~ E esse menino Guilherme? Você não me contou nada sobre ele! Quero saber de tudo!

Carol: Vou te contar tudo mãe, prometo... Mas pode ser amanhã? Eu tenho duas provas amanhã cedo e realmente preciso descansar...

Mãe da Carol: Claro ~Ela sorri e beija a testa da filha~ Sonhe com os anjos, filha.

~Carol sorri. Sua mãe se levanta da cama, apaga a luz, sai do quarto de Carol e fecha a porta. Carol se acomoda na cama e fica por alguns segundos olhando para o nada até que pega no sono~

Dia seguinte, Sala do Coral.

~Todos estão sentados até que Carol entra na sala do coral e para bem no meio dela de frente para todos~

Carol: Bom dia pessoal. Eu queria começar o dia dizendo que estou me acertando com meus pais.

Ray: Sério?

Carol: Sim.

Ana: Temos que comemorar.

Carol: Não gente, para. Eu queria agradecer vocês por mais uma vez estarem comigo quando eu preciso. Acho que esse tempo que fiquei afastada de vocês fez eu ficar ainda mais rancorosa, mas parece que as coisas estão voltando a ser o que era antes. Eu não podia deixar de agradecer, particurlamente o meu namorado. ~Guilherme dá um sorriso~ Isso parece bem clichê mas... mesmo com somente dois dias de namoro, você já é o melhor namorado do mundo. Obrigado por estar comigo ontem, eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse aparecido, de verdade. Pra encerrar a semana, eu gostaria de cantar uma das minhas músicas preferidas. Obrigada mais uma vez.

~Carol olha para os rapazes da banda, eles começam a tocar (Un)Lost, do The Maine~

Carol:
I'm not looking for anything in particular
But I'm far more desperate than you think
I wonder what it's like to be the Universe
Experiencing itself ironically

I need some space to run around
I'll always have the underground
I'll build my road despite the cost
I'm not looking to be found
No, no not at all

I'm unaware where I'm going
Or if I'm going anywhere at all
But I know I'll take the leap
If it is worth the fall
So as long as the blood keeps flowing
I'll set a sail and swim across
I'm not looking to be found
Just want to feel unlost

Carol e Warriros:
With my eyes closed this feels like home
Carol:
I drift in my own head and all I really know is
Carol e Warriors:
Whatever this is doesn't get easier
Carol:
So take it slow, just take it slow
Between the silence and the sound
I'll never lose the underground
I'll build my road despite the cost
I'm not looking to be found
No, no not at all

Carol e Warriors:
I'm unaware where I'm going
Or if I'm going anywhere at all
But I know I'll take the leap
If it is worth the fall
So as long as the blood keeps flowing
I'll set a sail and swim across
I'm not looking to be found
No, not at all

~A cena muda. Carol e Guilherme estão andando pela rua de mãos dadas, até que chegam na porta da casa de Carol~

The World disarms before a flash
And you are not allowed to be anybody else
Control what you can, confront what you can't
And always remember how lucky you are to have yourself

~Carol está em seu quarto junto de Guilherme. Os dois estão sentados na cama se beijando. Os dois param de se beijar e se olham por um minuto. Guilherme então tira a blusa e os dois voltam a se beijar. Guilherme coloca a mão no ombro de Carol e desce a alça de seu vestido bem devagar~

I'm unaware where I'm going
Or if I'm going anywhere at all
But I know I'll take the leap
If it is worth the fall

~A cena intercala entre a sala do coral e quarto de Carol~

So as long as the blood keeps flowing
I'll set a sail and swim across
I'm not looking to be found
Just want to feel unlost

~Carol deita na cama e Guilherme deita por cima dela. A cena volta para a sala do coral. A música acaba e todos batem palmas. Guilherme se levanta, vai até Carol e os dois se beijam. Os Warriors gritam mais. Os dois terminam o beijo sorrindo. Nesse momento uma voz ecoa pelos auto falantes da sala do coral~

XXX: Membros do coral. Favor se direcionarem para o auditório.

~Todos se olham~

Ana: Eu juro que se for os Hunger Throat de novo eu vou chuta-los.

~A cena muda. Os Warriors estão entrando no auditório. As luzes do palco estão acesas e uma pessoa estava sentada em um banco. Os Warriors chegam mais perto do palco e conseguem então ver quem está sentado~

Joss: Margareth?

Jhey: O que você faz aqui?

Margareth: Eu soube que vocês estavam tendo problemas e eu jamais deixaria vocês passarem por isso sozinhos. Desculpe por ter chegado um pouco atrasada. Ao que parece, vocês já superaram mais essa.

Carol: Mas como você soube?

Margareth: Vou aderir também o tema da semana e vou contar um segredo que eu tenho guardado. ~Margareth levanta do banco~ Desde que eu sai daqui, eu sentia que algum dia tudo isso ia voltar. E eu queria estar presente, não queria perder nada, porém continuar aqui estava sendo muito difícil. Então deixei uma pessoa responsável por vigiar vocês.

Guilherme: Você estava espionando a gente?

~Guilherme disse sorrindo. Os outros deram risada~

Margareth: Sim. Mas não como um hacker, ele apenas estava esperando a hora que o coral voltasse. Ele nunca dizia nada, até o dia em que Joss estava de volta. Naquele momento eu sabia que finalmente, tudo estaria voltando ao que era antes, e era só eu aguardar. E aqui estão vocês. Eu não poderia estar mais feliz. É muito bom quando o resultado das coisas que fazemos dão certo. Vocês não só retornaram com o coral, vocês atrás dos antigos membros, e de novos também como eu posso ver. ~Heliton, Diego, Lucas e Ariel dão um sorriso~ Mas eu ainda me sinto culpada por ter demorado tanto. E como de costume, preparei uma música pra vocês. Espero ainda saber fazer isso.

~Um rapaz entra e senta no banco do piano. Os Warriors sentam nas cadeiras do auditório de frente para o palco. Margareth vai até o meio do palco. Ela estava usando um vestido longo preto. O rapaz começa a tocar Hello, da Adele~

Margareth:
Hello, It's me
I was wondering if after all these years
You'd like to meet
To go over everything
They say that time's supposed to heal ya
But I ain't done much healing

Hello
Can you hear me?
I'm in California dreaming about who we used to be
When we were younger
And free
I've forgotten how it felt before the world fell at our feet

There's such a difference
Between us
And a million miles

Hello from the other side
I must've called a thousand times
To tell you I'm sorry
For everything that I've done
But when I call you never
Seem to be home

Hello from the outside
At least I can say that I've tried
To tell you I'm sorry
For breaking your heart
But it don't matter, it clearly
Doesn't tear you apart anymore

Hello
How are you?

~A cena muda. Margareth está em frente à uma sala colcando seu nome na porta~

It's so typical of me to talk about myself
I'm sorry, I hope
That you're well

~O treinador Ribeiro passa por ela e dá um sorriso. Margareth retribui e em seguida acompanha o treinador com o olhar até ele sumir do corredor~

Did you ever make it out of that town
Where nothing ever happened?

It's no secret
That the both of us
Are running out of time

~A cena muda. Margareth está no auditóro. Nesse momento umas luzes mais fortes acendem no palco mostrando os Warriors atrás de Margareth. Todos usavam roupas pretas~

Margareth (Warriors):
So hello from the other side (other side)
I must've called a thousand times (thousand times)
To tell you I'm sorry
For everything that I've done
But when I call you never
Seem to be home

Hello from the outside (outside)
At least I can say that I've tried (i've tried)

Margareth e Warriors:
To tell you I'm sorry
For breaking your heart
But it don't matter, it clearly
Doesn't tear you apart anymore

Oohh, anymore
Oohh, anymore
Oohh, anymore
Anymore

Hello from the other side (other side)
I must've called a thousand times (thousand times)
To tell you I'm sorry
For everything that I've done
But when I call you never
Seem to be home

Hello from the outside (outside)
At least I can say that I've tried (i've tried)
To tell you I'm sorry
For breaking your heart
But it don't matter, it clearly
Doesn't tear you apart

Margareth:
Anymore

~A música acaba e as luzes se apagam~


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Notas finais do capítulo

PRÓXIMO CAPÍTULO "Better Together" - 17/12



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