Depois daquele feriado de carnaval, no qual ficamos três dias juntos dos colegas, tive bastante tempo para pensar, mesmo que não houve nenhum ocorrido muito importante. Fiquei quebrando minha cabeça durante o final de semana, pensando sobre aquilo que o Felipe havia dito, ficava repassando aquela cena, várias e várias vezes. Não acredito, será? Ele estaria interessado em mim? Ou eu devo esperar mais, porque como meu amigo disse, pode não ser nada, mas é inevitável, me apaixono muito rápido.

Enfim poderia ter alguma ideia esclarecida, chegou a semana de aula, que seria inteira, sem interrupções. Cheguei na sala, me sentei do lado do Felipe, não sabia como iniciar uma conversa com ele, então fingi uma derrubada de lápis, ele pegou, quando me devolveu fiz uma cara de surpresa, do estilo; Oh! Você?

Falei um oi, como vai você, mas parecia que ele só respondia por educação, pois estava com cara de tédio, parecia que não estava nem um pouco afim de falar comigo, depois disso, me virei rapidamente, pensando em algo para as coisas tomarem um rumo diferente, quando fui virar de novo, ele pegou sua mochila, e se levantou, foi para outro canto da sala, no qual se sentou ao lado de uma menina, o que me deu muita raiva, e ciúme, me fez pensar várias besteiras. Eles estão ficando? O-ou ou pior estão namorando?

Me deixando surpresa com a facilidade de que tenho para criar pensamentos desagradáveis, olhar uma simples cena e transformar em uma confusão... ma-ma-mais o que!? Por que ela…!?

Meu coração acelerou, e as palmas da minha mão, começaram a suar, por que ela estava se esgueirando nele? Essa vadia...

No intervalo comuniquei o que havia presenciado aos meus amigos, a Renata concordou, ficou furiosa, xingou a menina, que nem conhecia, mas o Rodrigo ficou mais é com raiva de mim, não digamos raiva, mas ele me disse coisas que doeu mas depois concordei:

–Cara! Vocês estão juntos por acaso?? Acho que não!

Eu –Nã-não mas

Ele me interrompeu de um jeito um pouco grosseiro:

– Então pronto, essa menina não é nenhuma vadia, não por isso pelo menos, se ele não tem compromisso com você, não deve se meter nesse assunto, entendo que você goste dele, mas tente se controlar!

Eu –Eu me controlar?! Por que ela que não se controla?

Ele –Vou falar de forma mais clara; Se ela estava agarrando ele

Por que ele deixou?

Eu –Por que, por que...

Eu meio embaraçada tentei responder mas o desprezo no olhar de Rodrigo destruiu todos os meus argumentos ridículos, fazendo-o perder a paciência e se virar, fiquei um pouco envergonhada quando cheguei em casa, pela atitude que eu tive com meu amigo, agir daquela forma, por um assunto ridículo, ele tinha mais para se preocupar, então decidi que não ia ficar me esculachando por causa de meninos, não quer dizer que eu ia desistir, apenas não deixar isso em primeiro lugar, queria dar mais importância às coisas de maior valor, aos meus amigos, e tratei de pegar o telefone e enviar uma mensagem para ele, ele como sempre, além de um ser legal e compreensível, era meu amigo.