Quem sabe então assim ? escrita por DCAlexanderRizzles


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Voltei , ainda há alguém aqui ?
Enfim ,hoje eu estou com tanta dor de cabeça , que só vou mesmo agradecer por quem chegou até aqui , em especial a uma querida Super Mulher que esperou o capítulo 8 até depois da 1 da manhã, tadinha gente , mas muito obrigada por isso , e sobretudo pela paciência.Mais um capítulo costurado pra vocês , se não fizer sentido , avisem-me por favor ,eu não lido bem em fazer coisas sem tempo e não fazia parte dos meus planos esses capítulos , enfim , espero que gostem, beijos.



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Desde que saíra correndo do almoxarifado, tomando o elevador e deixando seus companheiros sem nada entender, Jane foi à procura de um lugar calmo, onde pudesse sentar e pensar, sem correr o risco de ser interrompida por algum conhecido do departamento.

Jane dá voltas no quarteirão e sem querer ser encontrada já que se dirigirá para um lugar próximo dali ela decide estacionar seu carro, próximo a cafeteria onde trabalha a ex namorada de Frost, já que o ambiente de lá não é o melhor para quem quer um minuto para ouvir seus pensamentos.

Jane desce, estaciona e após estacionar, aciona o alarme e se afasta do carro, indo em direção à uma livraria, ela odeia o café de lá, mas não poderia ir para a cafeteria do departamento, pois tudo que ela não precisava naquele momento era de Angela, tentando arrancar dela, o que nem ao menos ela sabia ao certo o que a fazia se sentir daquela forma.

Jane tinha certeza que ali, ninguém a encontraria, por dois motivos, não veriam seu carro, e outro porque uma livraria seria o último lugar onde alguém a procuraria.

Jane se acomoda, e acompanhada de um cappuccino que ela julgara realmente gostoso, sobretudo em comparação como café que ela nem ao menos pediu porque já conhecia, de uma vez que foi com Maura em busca do livro Persuasão, de Jane Austen, Maura amava aquele livro, e sempre que conhecia alguém e não sabia muito o que dar de presente, o comprava para tal pessoa.

Jane nunca entendera ao certo a ideia desse livro. Achava que vendo o filme a Casa do Lago, entenderia melhor, mas sucesso. Jane continuou sem entender.

Naquele dia tudo em que Jane não se concentrara era no filme que costumava fazer Maura chorar sem parar.

Jane lembra motivada por isso, de uma ocasião em especial que ela e Maura, assistiram a esse filme, que Jane, como já dito, nem prestara muita atenção, pois Maura descansava sua cabeça em seu colo, e Jane instintivamente, sem ao menos pensar, toma seus cabelos macios, e massageia-os fazendo cafuné.

Jane nem viu o tempo passar enquanto os cheiros inebriantes dos cabelos de Maura se impregnavam em seus dedos e não satisfeitos passeava à altura de seu rosto fazendo Jane desejar embrenhar seu rosto entre eles, mas ela não faria isso, ela não podia, ela não devia sequer sentir aquilo tendo sua melhor amiga deitada em seu colo. Mas ela sentiu, porém, não deu devida importância à aquilo, e assim como Maura julgara ser algo passageiro, ela também julgou. Até agora.

Agora sentada, e divagando em pensamentos, Jane lembra de uma vez que foi com Maura, ao shopping para a loira compra um vestido, e que Maura precisou de ajuda para fechá-lo.

O vestido que Maura escolhera, era lindo, era elegante, mas ao mesmo tempo despojado, tinha uma cor escura, que Jane não sabia dizer se era um azul petróleo ou mesmo um preto grafite fosco

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Jane?

Sim Maur .-Respondia Jane do lado de fora do trocador

–Você poderia me ajudar a fechar esse zíper?

–Claro. Jane dirige-se, e com cuidado para não expor à loira, entra ainda de costas para ela

–Desculpa, eu sei que estou demorando e que você odeia shopping, mas eu vou compensar –Dizia loira envergonhada, olhando por sobre seu ombro direito, indicando que Jane podia ajudá-la naquele momento.

Jane acompanha o olhar da legista e fica estática, ao notar a pele branca, totalmente exposta, a partir da curva do quadril, mas mesmo assim deixando-a visivelmente provocante.

Jane ainda a observava, hipnotizada com a visão que tinha da pele branca, desenhada por sardas que realmente parecia destacar ainda mais a delicadeza de sua pele, quando de repente Maura ergue o rosto, mas sem olhar para o espelho, permanece alheia à toda reação que seu corpo causara em Jane, enquanto ela estava de cabeça baixa.

–Jane, quanto mais você demorar, mais tempo seu tormento vai durar!-Dizia Maura com um olhar meigo, como se soubesse o quanto incomodava a morena.

–E que tormento! –Dizia Jane não medindo as palavras

–Desculpa Jane, eu sei que é um tormento fazer compras comigo, mas eu juro esse é o último–justificava a médica com a boca em curva, ficando ainda mais encantadora.

–Oque? Não! Maura, não foi isso que eu disse que era um tormento, mas enfim, vamos–dizia tentando escapar de justificativas, e posicionando Maura novamente, não deixando nunca de observá-la.

–Não é? Então o que te atormenta?

–Maura, vira! Deixa eu fechar logo isso que aqui está ficando abafado. -Dizia Jane realmente atordoada

–Eu estou com frio! Mas enfim, por favor feche-o. Dizia Maura contraindo seu corpo ao sentir o contato das mãos de Jane, as mãos dela estavam tão geladas, que Maura não viu coerência para o calor que ela dizia que sentia, mas não quis se prolongar, deu de ombros.

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Como num filme, que agora fazia sentido em sua cabeça, Jane percebia.

Ela também estava apaixonada por Maura, desde muito antes daquela sexta-feira.

Aquela fatídica noite, no entanto, só havia sido a primeira vez que ela teve certeza que Maura a correspondia e que ela, tomada unicamente por medo, a rejeitou.

Maura fazia parte de tudo em sua vida. Jane não sabia ao certo o momento em que deixara de vê-la apenas como amiga, ela chega a acreditar , que nunca a vira dessa forma , tantas eram as inúmeras ocasiões que agora vinham em sua mente .E que em todas , ela se via encantada por Maura .Desde que conhecera Maura, não fazia nada sem antes pensar em como aquilo afetaria a legista, no entanto, agora se sentia mal , se sentia péssima por saber que nas últimas semanas , ela não pensou em Maura, nem mesmo o quanto a fizera sofrer tentando afirmar sua sexualidade indo a encontros maçantes, que ela sabia que era a única forma de não ceder aos seus sentimentos. Ela tinha medo de ser rejeitada por Maura, mas foi extremamente egoísta ao rejeitá-la, ao sair de sua casa, apenas com um top preto que vestia sob sua camiseta, aquela camiseta encharcada de vinho que na fuga, deixara para trás, jogada na mesinha de centro de Maura. Jane foi covarde, e sabia que precisava dar um fim a esse martírio.

Ainda atordoada, Jane pede a conta, e sai em direção ao carro, algumas lágrimas, insistem em rolar pelo seu rosto, ela as enxuga sem muito cuidado com as marcas que pode causar, e apressa os passos para alcançar seu carro.

Já no carro, Jane faz o caminho de volta ao departamento, mas decide que naquele momento não pode voltar para lá, passando direto por lá, e seguindo numa direção que nem ao menos ela sabia para onde a levava.

Jane dirigia há cerca de 30 minutos, ainda sem saber aonde ia, mas se assusta quando sua celular toca.

Jane desvia o olhar e olha no display uma selfie linda da Maura, pisca sem parar, o que a faz chorar ainda mais por saber que aquele sorriso talvez nunca mais seria privilégio seu, tamanha dor a causara todo esse tempo.

Jane ignora todas as chamadas de Maura, pois tinha certeza que não estava pronta para ouvi-la agora.

Jane continuava divagando enquanto dirigia, quando um aviso de mensagem de texto lhe chamava atenção, achando que podia ser Frankie, ou de um dos detetives, resolve encostar o carro no acostamento.

Mas fica estática ao ver que quem lhe enviara o texto era justamente Maura:

–Preciso falar com você, mas você se recusa a me atender L

Mas eu preciso falar com você Jane, é importante! Você pode vir à minha casa dentro de uma hora? (Maura)

Jane confere o relógio, são 17;43 horas, e tenta ganhar tempo respondendo:

Desculpa Maura, eu estava dirigindo, não dava mesmo para atender. Desculpa. Mas, enfim, pode ser umas 20 horas? Estou com problemas. (Jane)

–Problemas? O que houve Jane, onde você, está? Me diz que vou aí te encontrar –Maura não disfarça a preocupação que sentia.

Não Maur! A última pessoa que eu quero ver agora é você, não me entenda mal, eu só preciso de um tempo, okay? E de um banho. Te amo Maura :* (Jane )

–Jane! Eu também te amo, você sabe disso ♥ .

Te vejo às 20 horas então, vou preparar um jantar. (Maura)

–Okay.(Jane )

Maura estava agora, mais do que nunca decidida a dizer com todas as letras à Jane que a esperança que ela nutria, logo após ser rejeitada ao se declarar para ela já não existia.

Agora ela tinha certeza ao rever em sua caixa de mensagens enviadas, uma que ela mandou minutos depois de Jane deixa-la lá, sozinha, rejeitada, encharcada de vinho, e após se esvair em lágrimas.

Maura lê com lágrimas nos olhos a mensagem na tela de seu smartphone:

–Quem sabe isso passe, sendo eu tão inconstante? :/ (Maura)

Agora estava claro, que não passou, e que provavelmente estava ainda mais forte, uma vez que agora, já não era uma simples atração, num momento isolado, já não era só atração física, ou curiosidade.

Ela estava sim apaixonada por Jane, e estava disposta a deixar que todos vissem isso, e ao menos no departamento, isso já trazia resultados, as piadas de seus colegas, eram mais embasadas, mais certas do que diziam, diferente das vezes que faziam só para provocar Jane pelo seu jeito durão.

Frost e Korsack, já sabiam o que aparentemente Jane ainda se negava a ver. Quanto à Frankie, Maura tinha lá suas dúvidas pois por inúmeras vezes ela notara o desconforto que sua presença lhe trazia, em como seus olhares de soslaio, mas mesmo assim, sem que Maura esperasse por qualquer tipo de iniciativa dele, um dia ele a beijou.

Maura é tirada de seus pensamentos quando a campainha toca.


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Notas finais do capítulo

O preço de uma história mais extensa é exatamente esse, a espera dolorosa pelo final feliz ...Mas espero não desapontá-los .Beijos , vejo vocês no próximo ?