Game Of Secrets escrita por Roxy
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!
Segunda parte, hein? Não demorou tanto quanto eu esperava, mas eu estou feliz que estou postando agora.
Na minha opinião, esse é minha parte do POV do Jon favorita, com mais tretas...
Bem, espero que gostem!
Jon levantou da mesa em um pulo, e correu. Jon sempre odiou ser o centro das atenções, e tinha plena cônciencia de que todos no refeitorio o encaravam. Não ligou. Sabia que se alguém não a parasse, ela mesma não ia parar nunca.
Empurrou algumas pessoas com pressa, gritou alguns pedidos de desculpas, abriu estrondosamente algumas portas, até achar um corredor repleto de gente.
Passou entre a multidão de forma rápida até ver duas pessoas jogadas no chão. A que estava no chão, gritando, era muito mais alta que a que estava em cima dela, e muito mais loira. Usava o unifrome de lider de torcida — nas cores de Harrenhal, vermelho e branco — na versão mais curta e mais colada, e era cheia de pulseras e colares entranhos. O cabelo loira estava completamente bagunçado e ela gritava enquanto a menina lhe destribuia tapas.
A menina, em cima da loira, era pequena e branca, mas extremamente forte. Os cabelos castanhos também estava bagunçados, mas eram curtos e não fizeram tanto estranho. Os olhos cinzentos estavam cravados na loira, e ela parecia em um tipo de transe. Destruibuia tapas e mais tapas, sem parar. Havia uma multidão em volta, mas ninguém se atrevia a fazer nada.
Até que um garoto loiro saiu do meio da multidão e puxou a morena pela cintura.
— Arya, para! — gritou Tommen, com Arya se debatendo em suas braços. Apesar de dois anos mais novo, Tommen era do mesmo tamanho que Arya, e mais forte. Mas o garoto de quase quinze anos não ia aguentar muito tempo. — Ela não valhe a pena!
Cerenna Lannister se sentou no chão, descabelada, a encarando. Arya tinha parado de se debater nos braços de Tommen, e encarava Cerenna, retribuindo o olhar de ódio que a loira lhe mandava. O canto do lábio de Cerenna sangrava, e Jon percebeu que parecia como se um veneno estivesse escorrendo pela sua boca. Ela limpou o sangue com o polegar — mesmo com ele continuando a sangrar — e se levantou. Descabelada, berrou:
— Sua selvagem! — ela berrou, e Jon soube que todo o quarteirão tinha ouvido. — Você vai pagar caro por isso!
— Nunca mais usa essa boca imunda pra falar dos meus amigos! Nunca mais! — rugiu Arya de volta.
— Não é minha culpa se eu digo a verdade. A loba selvagem amiga da rosinha aleijada e da vagabunda da escola, não podia esperar coisa melhor. — ela rebatou, e Arya gritou, se contorcendo nos braços de Tommen.
Jon percebeu, com dificuldade, que nem Willas e nem Myrcella estavam ali. Podia quase ver a cena, Cerenna insultando Myrcella por alguma coisa, a loira saindo correndo chorando, o moreno indo atrás dela para ajuda-la, e Arya indo brigar. Deve ser por isso que ele não está aqui, é obvío que o Tyrell iria ir segurar Arya se soubesse.
— Arya para! Ela não merece isso, é só mais uma puta qualquer, ela não merece tanta fama em cima dela. — disse Tommen, segurando Arya com dificuldade, encarando Cerenna com raiva. Tommen era o irmão mais chegado de Myrecella, ele faria qualquer coisa pela loira.
Jon pensou em ir lá, ajudar a garota, mas sentiu algo em seu braço. Era Samwell Tarly, o segurando, com Pyp e Grenn atrás.
— Isso não vai durar muito tempo. — disse o gordo. — Sei que ama sua prima, mas você sabe o que vai acontecer que o Diretor Tywin chegar aqui. Ele já não gosta da Arya, mas você metido no meio? Só vai piorar pra ela.
— Cala a boca, prójeto de gótico! — gritou a loira, a maquiagem escorrendo. — Devia sentir vergonha, lobinha, tendo que ser segurada pelo filhinho da mamãe. Cade seus amiguinhos agora?
— Ele é meu amigo! — gritou Arya, inclinada para encarar Cerenna, com Tommen a segurando atrás. Arya conseguiu se soltar de Tommen, e Jon viu uma catatrófe se apróximando, mas a morena não fez nada. Só se apróximou da loira e a encarou. — Pelo menos eu tenho um. Cade seus seguidores agora? E o seu namoradinho? Não tem ninguém pra te ajudar?
A loira cuspia fogo, mas teve a decência de olhar ao redor. Arya estava certa, a loira não tinha ninguém. Todos a olhavam com pena, gravando cada segundo da discussão com seus celulares, e alguns até riam. Jon podia jurar que todos os alunos do ensino médio estavam lá, mas nenhum de seus preciosos irmãos e primos dourados estavam a vista para ajuda-la.
— Foi o que eu pensei. — disse Arya, e se virou para Tommen, se afastando. — Vamos Tommen. — disse Arya, e Jon suspirou alíviado. Seja lá o que aquilo tenha sido, Arya tinha ganhado, e Jon estava surpreso que ela tenha se contentado só com isso.
— Vai! Foge! Foge igual a covarde da sua irmã! — gritou a Lannister, e Arya parou de andar, ainda de costas para ela. Jon bateu o pé. Quase. — Não posso culpa-la, o remorço deve ter sido horrivél. Imagina, a melhor amiga se matou só porque ela transou com o namorado dela. Se eu fosse sua irmã, eu já tinha me enforcado.
Arya se apróximou, cuspindo fogo, e Jon se viu tendo que fugir dos amigos e indo ajudar a prima. Mas Tommen surgiu no espaço que tinha entre as duas, na frente de Arya, com a mão em seu peito a parando.
— Não. Vale. A pena. — ele disse, desesperado, tentando convence-la. — Se a vadia quer se matar, bom pra ela, ninguém vai sentir falta. Mas não deixa ela te arrastar pro inferno com ela.
— Ela já está lá, querido. — disse Cerenna. — Aliais, já deve ser um lugar conhecido para você. Pobre Tommen, o pai é um bêbado, a mãe uma vadia e a irmã tentando ser uma. Deve ser horrivél, não?
Aquela altura, até Jon estava querendo ir lá dar um tapa em Cerenna.
Tommen se virou, lentamente, para encarar a prima. Ele sustentou um olhar para ela por alguns segundos, alguns gelados segundos, mas, quando abriu a boca pra falar, outra pessou ficou na frente dele e enfrentou Cerenna.
— Esse bêbado que você fala, é o meu pai. — rebateu a pequena Barra, com frieza e fúria na voz. Ela era quase metade do tamanho de Cerenna, tendo que levantar a cabeça para encara-la, mas tinha grandeza no olhar. — Esse gótico que despreza é o meu irmão e essa selvagem que tanto grita é a minha amiga.
Cerenna encarou Barra, com pouca fé, e depois olhou para Tommen, que tinha andado pra trás ao lado de Arya. E então riu. Gargalhou alto com o batom vermelho na boca e sangue ainda escorrendo, mas apenas ela riu. Tudo estava em silêncio.
— A selvagem, o gótico e a pequena bastarda. — disse Cerenna, se abaixando, apoiando as mãos nas próprias coxas para ficar da mesma altura que Barra, e sorrindo com pena. — Hoje é, realmente, o dia dos oprimidos tomarem coragem, não?
Em resposta, Barra lhe lançou um tapa. Ela podia ser tão baixa quanto Arya, até mais, mas o tapa era forte. Fez Cerenna virar o rosto, e seu lábio estourar. Na direita, sangrava pelo tapa de Arya e, na esquera, pelo tapa de Barra.
Como se não bastasse, Rickon surgiu da multidão, puxando Barra apara trás.
— Barra, para. — ele sussurrou, mas a menina não ouviu.
— Bastarda é a sua mãe! — rugiu. — Eu posso ser pequena, mas tenho mais honra e coragem que você junto com todas as suas seguidoras.
— Ok, já chega! — gritou Cerenna. — Tá legal, Gangue do Jardim da Infância, cançei de brincar. — ela disse, e encarou Barra. — Você é bem bravinha, não? Tanto quanto a selvagem. Poderiam ser irmãs. — disse ela, e levantou a cabeça, sorrindo, encarando Arya. — Olha, outra bastarda do Robert! Eu não duvido, a Senhora Stark nunca me enganou. Nossa!, imagina, namorando com o próprio irmão. Eu sabia que os Lannister eram assim, não os Baratheons.
Foi a gota d'guá para qualquer um que estivesse ouvindo, princípalmente para Arya. Insultou ela, Barra, a Senhora Stark, os Lannister e Baratheons em uma tacada só. Jon foi pra frente, já cançado de ficar parado, mas Pyp e Grenn o seguraram pelos ombros.
— Me soltem!
— É pro seu bem. — sussurrou Sam, mas nem precisava falar tão baixo. Jon tinha gritado, e ninguém tinha se importado.
Arya correu como um leopardo pra cima da loira, mas outra sombra foi mais rápida. Aparecendo por trás da menina, Gendry Baratheon a segurou pela cintura e chegou a levanta-la no ar. O irmão mais velho de Edric era bem mais alto que Arya, e muito mais forte, e, mesmo com a menina se debatendo freneticamente, o moreno não soltava por nada.
— Me solta! Me solta! — ela berrava, entre outros grunhidos e rugidos, mas o garoto era firme como uma rocha.
— Você só vai piorar tudo. — ele disse e, sussurrou algo em seu ouvido. No meio da euforia da multidão, ninguem notou, mas Jon notou. Engoliu aquele gesto a custo. Ele a estava segurnado perto de mais, falava calmo de mais, como se esquecesse das pessoas ao redor. Mas tinha olhos e ouvidos de mais a sua volta. Eles precisavam tomar cuidado.
Ninguém viu, mas Arya se acalmou com o que ele disse. Só Jon viu. Jon, e Cerenna.
— Outro Baratheon? — perguntou Cerenna, rindo. — Deuses, Arya, você não se cança? Olha, só vou te dar um aviso, cuidado para não se apegar a ele. Enfiar todos os remédios da casa goela abaixo pode ser mal e família.
Arya berrou e gritou, mais forte do que nunca, e Jon viu que Gendry ia vacilar. Arranjou forças onde não sabia que tinha e se soltou do aperto de seus amigos, correndo até o circulo da briga.
No meio de Arya e Cerenna, parado, Jon observou a situação. Gendry estava atrás de Arya, a segurando pela cintura, enquanto Tommen, Barra e Rickon estavam logo atrás. Olhou para o outro lado, onde estava apenas uma Cerenna raivosa, irônica e sangrenta. Sem professores, ótimo.
A gritaria continou, até Jon falar.
— JÁ CHEGA! — berrou, e Jon soube que Porto Real toda tinha ouvido. Todos se calaram, Cerenna com seus xingamentos, Arya com seus rugidos, a pessoas ao redor com seus flashes... Todos. — Para com isso agora! Estão no meio da escola, acham mesmo que isso vai dar certo?
— Finalmente achou aglguém descente pra te ajudar, lobinha.
— Olha aqui garota — disse Jon, se virando para Cerenna. —, ou você fica quieta agora, ou você vai se meter em muita encrenca. E eu vou me certificar disso.
— Foi uma ameaça, Targaryen?
— Não. — ele disse, sustentando um olhar contra ela. — Foi só um aviso. O primeiro e último.
Cerenna ficou quieta, com medo, igual a todos ao seu redor. O tom que Jon usara fora frio, firme como ele nunca tinha usado na vida antes. Se Ygritte o visse naquele exato momento, nunca mais o chamaria de Snow de novo.
E, por um minuto, o silêncio reinou. Só por um minuto.
— Puta! — gritou Barra, e tudo recomeçou.
Arya se debatendou nos braços de Gendry, a multidão e seus gritos, Barra tendo se controlada por Rickon e Tommen, e Cerenna, incansavél, destribuindo piadas. Jon desistiu, cançado.
— O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO AQUI?
De todos os gritos que Jon Targaryen já tinha ouvido na vida, o de Tywin Lannister foi o maior, mais alto, e mais silênciador que já tinha ouvido.
— Mas que baderna está acontecendo na minha escola? — perguntou, os olhos verdes agora escurecidos. — Lannisters, Baratheons, Starks e Targaryen, pra minha sala, os seis, AGORA!
E Jon soube que Westeros toda tinha ouvido.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Desculpe qualquer erro, estou com pressa, vou almoçar.
Tchau!