Game Of Secrets escrita por Roxy


Capítulo 4
Jon - Parte Dois


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Segunda parte, hein? Não demorou tanto quanto eu esperava, mas eu estou feliz que estou postando agora.

Na minha opinião, esse é minha parte do POV do Jon favorita, com mais tretas...

Bem, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/630596/chapter/4

Jon levantou da mesa em um pulo, e correu. Jon sempre odiou ser o centro das atenções, e tinha plena cônciencia de que todos no refeitorio o encaravam. Não ligou. Sabia que se alguém não a parasse, ela mesma não ia parar nunca.

Empurrou algumas pessoas com pressa, gritou alguns pedidos de desculpas, abriu estrondosamente algumas portas, até achar um corredor repleto de gente.

Passou entre a multidão de forma rápida até ver duas pessoas jogadas no chão. A que estava no chão, gritando, era muito mais alta que a que estava em cima dela, e muito mais loira. Usava o unifrome de lider de torcida — nas cores de Harrenhal, vermelho e branco — na versão mais curta e mais colada, e era cheia de pulseras e colares entranhos. O cabelo loira estava completamente bagunçado e ela gritava enquanto a menina lhe destribuia tapas.

A menina, em cima da loira, era pequena e branca, mas extremamente forte. Os cabelos castanhos também estava bagunçados, mas eram curtos e não fizeram tanto estranho. Os olhos cinzentos estavam cravados na loira, e ela parecia em um tipo de transe. Destruibuia tapas e mais tapas, sem parar. Havia uma multidão em volta, mas ninguém se atrevia a fazer nada.

Até que um garoto loiro saiu do meio da multidão e puxou a morena pela cintura.

— Arya, para! — gritou Tommen, com Arya se debatendo em suas braços. Apesar de dois anos mais novo, Tommen era do mesmo tamanho que Arya, e mais forte. Mas o garoto de quase quinze anos não ia aguentar muito tempo. — Ela não valhe a pena!

Cerenna Lannister se sentou no chão, descabelada, a encarando. Arya tinha parado de se debater nos braços de Tommen, e encarava Cerenna, retribuindo o olhar de ódio que a loira lhe mandava. O canto do lábio de Cerenna sangrava, e Jon percebeu que parecia como se um veneno estivesse escorrendo pela sua boca. Ela limpou o sangue com o polegar — mesmo com ele continuando a sangrar — e se levantou. Descabelada, berrou:

— Sua selvagem! — ela berrou, e Jon soube que todo o quarteirão tinha ouvido. — Você vai pagar caro por isso!

— Nunca mais usa essa boca imunda pra falar dos meus amigos! Nunca mais! — rugiu Arya de volta.

— Não é minha culpa se eu digo a verdade. A loba selvagem amiga da rosinha aleijada e da vagabunda da escola, não podia esperar coisa melhor. — ela rebatou, e Arya gritou, se contorcendo nos braços de Tommen.

Jon percebeu, com dificuldade, que nem Willas e nem Myrcella estavam ali. Podia quase ver a cena, Cerenna insultando Myrcella por alguma coisa, a loira saindo correndo chorando, o moreno indo atrás dela para ajuda-la, e Arya indo brigar. Deve ser por isso que ele não está aqui, é obvío que o Tyrell iria ir segurar Arya se soubesse.

— Arya para! Ela não merece isso, é só mais uma puta qualquer, ela não merece tanta fama em cima dela. — disse Tommen, segurando Arya com dificuldade, encarando Cerenna com raiva. Tommen era o irmão mais chegado de Myrecella, ele faria qualquer coisa pela loira.

Jon pensou em ir lá, ajudar a garota, mas sentiu algo em seu braço. Era Samwell Tarly, o segurando, com Pyp e Grenn atrás.

— Isso não vai durar muito tempo. — disse o gordo. — Sei que ama sua prima, mas você sabe o que vai acontecer que o Diretor Tywin chegar aqui. Ele já não gosta da Arya, mas você metido no meio? Só vai piorar pra ela.

— Cala a boca, prójeto de gótico! — gritou a loira, a maquiagem escorrendo. — Devia sentir vergonha, lobinha, tendo que ser segurada pelo filhinho da mamãe. Cade seus amiguinhos agora?

— Ele é meu amigo! — gritou Arya, inclinada para encarar Cerenna, com Tommen a segurando atrás. Arya conseguiu se soltar de Tommen, e Jon viu uma catatrófe se apróximando, mas a morena não fez nada. Só se apróximou da loira e a encarou. — Pelo menos eu tenho um. Cade seus seguidores agora? E o seu namoradinho? Não tem ninguém pra te ajudar?

A loira cuspia fogo, mas teve a decência de olhar ao redor. Arya estava certa, a loira não tinha ninguém. Todos a olhavam com pena, gravando cada segundo da discussão com seus celulares, e alguns até riam. Jon podia jurar que todos os alunos do ensino médio estavam lá, mas nenhum de seus preciosos irmãos e primos dourados estavam a vista para ajuda-la.

— Foi o que eu pensei. — disse Arya, e se virou para Tommen, se afastando. — Vamos Tommen. — disse Arya, e Jon suspirou alíviado. Seja lá o que aquilo tenha sido, Arya tinha ganhado, e Jon estava surpreso que ela tenha se contentado só com isso.

— Vai! Foge! Foge igual a covarde da sua irmã! — gritou a Lannister, e Arya parou de andar, ainda de costas para ela. Jon bateu o pé. Quase. — Não posso culpa-la, o remorço deve ter sido horrivél. Imagina, a melhor amiga se matou só porque ela transou com o namorado dela. Se eu fosse sua irmã, eu já tinha me enforcado.

Arya se apróximou, cuspindo fogo, e Jon se viu tendo que fugir dos amigos e indo ajudar a prima. Mas Tommen surgiu no espaço que tinha entre as duas, na frente de Arya, com a mão em seu peito a parando.

— Não. Vale. A pena. — ele disse, desesperado, tentando convence-la. — Se a vadia quer se matar, bom pra ela, ninguém vai sentir falta. Mas não deixa ela te arrastar pro inferno com ela.

— Ela já está lá, querido. — disse Cerenna. — Aliais, já deve ser um lugar conhecido para você. Pobre Tommen, o pai é um bêbado, a mãe uma vadia e a irmã tentando ser uma. Deve ser horrivél, não?

Aquela altura, até Jon estava querendo ir lá dar um tapa em Cerenna.

Tommen se virou, lentamente, para encarar a prima. Ele sustentou um olhar para ela por alguns segundos, alguns gelados segundos, mas, quando abriu a boca pra falar, outra pessou ficou na frente dele e enfrentou Cerenna.

— Esse bêbado que você fala, é o meu pai. — rebateu a pequena Barra, com frieza e fúria na voz. Ela era quase metade do tamanho de Cerenna, tendo que levantar a cabeça para encara-la, mas tinha grandeza no olhar. — Esse gótico que despreza é o meu irmão e essa selvagem que tanto grita é a minha amiga.

Cerenna encarou Barra, com pouca fé, e depois olhou para Tommen, que tinha andado pra trás ao lado de Arya. E então riu. Gargalhou alto com o batom vermelho na boca e sangue ainda escorrendo, mas apenas ela riu. Tudo estava em silêncio.

— A selvagem, o gótico e a pequena bastarda. — disse Cerenna, se abaixando, apoiando as mãos nas próprias coxas para ficar da mesma altura que Barra, e sorrindo com pena. — Hoje é, realmente, o dia dos oprimidos tomarem coragem, não?

Em resposta, Barra lhe lançou um tapa. Ela podia ser tão baixa quanto Arya, até mais, mas o tapa era forte. Fez Cerenna virar o rosto, e seu lábio estourar. Na direita, sangrava pelo tapa de Arya e, na esquera, pelo tapa de Barra.

Como se não bastasse, Rickon surgiu da multidão, puxando Barra apara trás.

— Barra, para. — ele sussurrou, mas a menina não ouviu.

— Bastarda é a sua mãe! — rugiu. — Eu posso ser pequena, mas tenho mais honra e coragem que você junto com todas as suas seguidoras.

— Ok, já chega! — gritou Cerenna. — Tá legal, Gangue do Jardim da Infância, cançei de brincar. — ela disse, e encarou Barra. — Você é bem bravinha, não? Tanto quanto a selvagem. Poderiam ser irmãs. — disse ela, e levantou a cabeça, sorrindo, encarando Arya. — Olha, outra bastarda do Robert! Eu não duvido, a Senhora Stark nunca me enganou. Nossa!, imagina, namorando com o próprio irmão. Eu sabia que os Lannister eram assim, não os Baratheons.

Foi a gota d'guá para qualquer um que estivesse ouvindo, princípalmente para Arya. Insultou ela, Barra, a Senhora Stark, os Lannister e Baratheons em uma tacada só. Jon foi pra frente, já cançado de ficar parado, mas Pyp e Grenn o seguraram pelos ombros.

— Me soltem!

— É pro seu bem. — sussurrou Sam, mas nem precisava falar tão baixo. Jon tinha gritado, e ninguém tinha se importado.

Arya correu como um leopardo pra cima da loira, mas outra sombra foi mais rápida. Aparecendo por trás da menina, Gendry Baratheon a segurou pela cintura e chegou a levanta-la no ar. O irmão mais velho de Edric era bem mais alto que Arya, e muito mais forte, e, mesmo com a menina se debatendo freneticamente, o moreno não soltava por nada.

— Me solta! Me solta! — ela berrava, entre outros grunhidos e rugidos, mas o garoto era firme como uma rocha.

— Você só vai piorar tudo. — ele disse e, sussurrou algo em seu ouvido. No meio da euforia da multidão, ninguem notou, mas Jon notou. Engoliu aquele gesto a custo. Ele a estava segurnado perto de mais, falava calmo de mais, como se esquecesse das pessoas ao redor. Mas tinha olhos e ouvidos de mais a sua volta. Eles precisavam tomar cuidado.

Ninguém viu, mas Arya se acalmou com o que ele disse. Só Jon viu. Jon, e Cerenna.

— Outro Baratheon? — perguntou Cerenna, rindo. — Deuses, Arya, você não se cança? Olha, só vou te dar um aviso, cuidado para não se apegar a ele. Enfiar todos os remédios da casa goela abaixo pode ser mal e família.

Arya berrou e gritou, mais forte do que nunca, e Jon viu que Gendry ia vacilar. Arranjou forças onde não sabia que tinha e se soltou do aperto de seus amigos, correndo até o circulo da briga.

No meio de Arya e Cerenna, parado, Jon observou a situação. Gendry estava atrás de Arya, a segurando pela cintura, enquanto Tommen, Barra e Rickon estavam logo atrás. Olhou para o outro lado, onde estava apenas uma Cerenna raivosa, irônica e sangrenta. Sem professores, ótimo.

A gritaria continou, até Jon falar.

— JÁ CHEGA! — berrou, e Jon soube que Porto Real toda tinha ouvido. Todos se calaram, Cerenna com seus xingamentos, Arya com seus rugidos, a pessoas ao redor com seus flashes... Todos. — Para com isso agora! Estão no meio da escola, acham mesmo que isso vai dar certo?

— Finalmente achou aglguém descente pra te ajudar, lobinha.

— Olha aqui garota — disse Jon, se virando para Cerenna. —, ou você fica quieta agora, ou você vai se meter em muita encrenca. E eu vou me certificar disso.

— Foi uma ameaça, Targaryen?

— Não. — ele disse, sustentando um olhar contra ela. — Foi só um aviso. O primeiro e último.

Cerenna ficou quieta, com medo, igual a todos ao seu redor. O tom que Jon usara fora frio, firme como ele nunca tinha usado na vida antes. Se Ygritte o visse naquele exato momento, nunca mais o chamaria de Snow de novo.

E, por um minuto, o silêncio reinou. Só por um minuto.

Puta! — gritou Barra, e tudo recomeçou.

Arya se debatendou nos braços de Gendry, a multidão e seus gritos, Barra tendo se controlada por Rickon e Tommen, e Cerenna, incansavél, destribuindo piadas. Jon desistiu, cançado.

— O QUÊ ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

De todos os gritos que Jon Targaryen já tinha ouvido na vida, o de Tywin Lannister foi o maior, mais alto, e mais silênciador que já tinha ouvido.

— Mas que baderna está acontecendo na minha escola? — perguntou, os olhos verdes agora escurecidos. — Lannisters, Baratheons, Starks e Targaryen, pra minha sala, os seis, AGORA!

E Jon soube que Westeros toda tinha ouvido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpe qualquer erro, estou com pressa, vou almoçar.

Tchau!