Hisadeva escrita por Lunally


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Preparações finais, encontro na biblioteca de Alexandrina.



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– Pensei que este dia não fosse chegar tão rápido. – diz July sentando na sua poltrona do avião; estamos a caminho do nosso futuro, vamos à biblioteca de alexandrina ao encontro de nossos pais e lá vamos viajar para Hisadeva.

– Ok! Vamos lá, ao mundo mágico. – Helio não perde nenhuma deixa, diz quase gritando e fazendo mãos de jazz que acabaram prendendo em seu cabelo, ele tinha cabelos longos na metade das costas, da coloração preta e olhos azuis como o Hatori, o complexo da July era ele ter o cabelo maior que o dela, ela tinha cabelos pretos, cacheados soltos e curtos ( eu amo a cabelo dela parece de boneca).

Estou sentada do lado do Hatori, na cadeira da janela e Hatori na do corredor.

– Vou dormir a viajem inteira, odeio viajar de avião. – ele me olha de canto. – Você nunca viajou de avião, não é Luna?

– Não. – estou ainda um pouco nervosa por causa da viajem.

Ele riu, por quê? Ele me olha daquele jeito, então se curva e apoia à cabeça em mim e suas pernas compridas invadem o corredor, eu me ajeito de modo que sua cabeça fique próxima da minha.

– Você é tão confortável. – ele fala tão baixo e calmo que quase não escuto só vi seus lábios se mexerem.

Rio, eu não tem assunto para a situação eu estava nervosa com o que nos esperava. Também dormi, não sei por quanto tempo, quando acordei Hatori estava em cima de mim me abraçando deitado com sua cabeça perto do meu pescoço. Olhei para frente July deitada com a cabeça em cima do colo do Helio e o Helio sentado na cadeira inclinada.

– Quantas horas? – uma pergunta vaga já que não tinha ninguém para me responder os outros passageiros estão desmaiados. O Hatori se mexeu de modo que sua boca se colou no meu seio. Estou rubra. Mesmo dormindo você me deixa assim? Ele parece um bebê quieto, calmo e com a expressão relaxada, ele está lindo.

Acaricio seu cabelo com a mão esquerda, pois a direita está presa em seu abraço. Ele se mexe, abre os olhos com dificuldade e fica me olhando e eu olho ele também.

– Estou te amassando? – ele da um sorriso. – Desculpa. – ele se prepara para levantar, porem eu o abraço e dou um beijo em sua testa.

– Não, você não está. – dou um sorriso de leve. E ele volta a dormir.

Pouco tempo depois as aeromoças dão um aviso que estamos chegando ao nosso destino, às luzes se acendem juntamente.

– Chegamos... – eu falei baixinho para o Hatori.

– Sim. – ele se levanta e coloca os sapatos. – Vamos ao nosso destino?

– Pombinhos vão logo! Que eu não tenho tempo. – July sai correndo da poltrona puxando o helio.

– Ai! Que preguiça. – fala o Helio esticando os braços apos ter sido puxado. – Vamos lá! Eu estou com um bom pressentimento!

– Qual? – July sempre atenta.

– Sou o próximo rei! O rei Helio combina, O que acha?

– Tem que ser alguém digno Helio, não um palhaço. – o comentário da July fez todos nos cairmos na risada.

– Vamos logo. – diz Hatori novamente sério.

Um homem que era conhecido dos senhores Liuty veio nos buscar, o Helio deu a apresentar que o conhecia a um bom tempo. O homem estava de camisa amarela, jeans desbotados cinzas e tinha os cabelos loiros, era mais ou menos da idade do meu pai, sofria de calvície com ele.

Ele conversou conosco ate chegarmos a casa dos Liuty , ele nos contou que era casado há 30 anos, tinha duas filhas também casadas e três netos – duas meninas e um menino. Foi a July quem o encheu de perguntas, por isso ele nos contou tudo.

Chegando a casa ela tinha uma grande extensão de madeira que era simulava uma varanda até chegar à porta, a casa tinha dois andares, era toda de madeira muito bonita e bem decorada com moveis rústicos.

– Olá meninos. – diz o pai do Helio que já nos acomodou na casinha de férias dele e da sua mulher.

– Oi. - falamos todos ao mesmo tempo.

– Onde podemos colocar as coisas? – pergunta July, vocês já sabem como ela é!

– Venha aqui. Vou te mostrar. – diz a mãe de Helio, sempre muito educada.

– Cadê meus pais, os da Luna e da July? – pergunta Hatori.

– Estão na biblioteca. Quando se acomodarem meu marido vai levar vocês para lá. – fala a mãe do Helio.

– Subam e aproveitem a casa! Vamos buscar vocês na hora do almoço, tem bastante tempo até lá. - diz o Sr. liuty.

– Obrigada. – falei e subi com a mãe do Helio que estava nos levamos para cima.

– Escolham os quartos. - disse a mãe do Helio se retirando.

Hatori me puxa pela cintura. – Vamos ficar nesse! Se você não gosta deste, pode escolher outro quarto.

– Pode ser esse mesmo. – a July me olha, da um sorriso e entra no mesmo quarto que o Helio, Ela está amando isso! Porem ela está na mesma situação que eu!

– Vou tomar um banho ou você quer tomar um primeiro? – Hatori um cavaleiro nato.

– Bem... – ele me cortou

– Podemos tomar juntos. – e me beija

Não sei o que falar, eu estou ruborizada de vergonha. Ele dá um sorriso bobo que é a coisa mais linda do mundo.

– Venha. – ele me puxa ate o banheiro. – Espere um momento, eu já volto. – ele saiu do banheiro, ouço o barulho da chave, ele trancou a porta, ouvi a porta dos armários sendo abertas e fechadas , ele deve estar pegando toalhas.

A July vem correndo me abraçar, ela estava sentada na sala me esperando.

– Luna! Minha amiga! Nem te falo! Acho que eu descobri uma coisa! – ela me puxa para o sofá. – Nossa! Como vocês demoraram a sair do quarto...

– O que você descobriu? – tive que falar algo antes que ela complicasse as coisas e começasse a perguntar.

O Hatori se sentou no sofá da frente e Helio estava na poltrona.

– Bem... Eu descobri que nos não somos as únicas criaturas mágicas que derrotaram o vilão! – ela nos olhou esperando um reação, mas eu não fiquei surpresa, por certo lado ela esta certa, ainda tem o povo de Hisadeva pra nos ajudar. – Não são os Hisedaveanos. – parece que leu a minha mente as sereias fazem isso? – Estava lendo um dos livros da mãe do Helio...

– Ela te emprestou? – Helio sabia que não, mas perguntou.

– Olha! devemos saber do nosso destino, né? – ela deu uma risadinha. – O feitiço era de seis crianças e somos quatro! Falta duas.

– Como assim? Será que tem mais crianças aqui na terra? Então devemos procurá-las! – diz Helio.

– Não a magia é assim: Duas ficam em suas origens, quatro desceram para conhecerem os impuros, a magia das estrelas, dos jardins Hespérides, do fogo dos dragões e da manipulação de Le fay juntos com a cura e a gravidade se juntaram após a maior idade espiritual de todos, para que a paz em Hisadeva volte a ser solene e a magia seja libertada á todos que residem no mundo que Lucinda fez aos puros.

– Então, tem duas “crianças escolhidas” em Hisadeva, percebo que elas controlam a gravidade e a cura, elas já devem ter adquirido a maior idade e provavelmente devem se conhecer, pois as outras quatro " crianças prometidas" que somos nos, vivem juntas então a duas de Hisadeva vivem juntas lá também. – parei para respirar. – Provavelmente teremos que encontrá-las, mas se eles viveram lá devem ter contato com outros Hisedaveanos assim, sabendo como se utiliza a magia deles e nos não fazemos ideia disto. – penso. – Vamos ter que aprender.

– Não havia pensado nisto. – diz Helio, serio novamente.

– Quando eles iriam nos contar isso. – diz Hatori baixinho.

– Não sei. – falei baixinho também. – Temos que nos preocupar em como vamos aprender a usar a nossa magia.

– Espera. – Helio levanta. – Estava pensando nisso, se só a rainha que a pedra escolher pode usa-lá. – ele para. - Como eu sou o futuro rei eu posso abrir o portal! – ele não perde nenhuma oportunidade para brincar, mesmo que o que ele disse não tenha ligação com o assunto que falavamos.

– Vamos esperar eles chegarem, ainda tem muitas coisas que não foram respondidas, alias temos só uma parte da pedra se ela estava com a minha mãe à pedra deve a ter procurado para este propósito: encaminhar-nos para Hisadeva. – digo.

– Pode ser! Mas vou matar minha mãe e meu pai, porque não falaram de vez tudo que devemos saber? – diz o Helio irritado, ele quase nunca fica assim.

– Calma! – fala o Hatori e vai em direção a porta. – Talvez nem eles saibam.

– Espera! – eu me viro para a July. – Como você leu isto?

– Lendo – fala July desorientada

– Mas esta em Hisedavanes. - falo rindo

– Ah? Isso é um língua? - ele ri também

– Não sei, mas como leu?

– Não sei! Eu só li, eu entendi, aqui olha. – ela me entrega o livro.

– Eu também! Eu estou entendendo.

– Me da isso. – Hatori pega o livro. – Como isso é possível?

– Como disse antes, devemos esperar nossos pais antes de tomarmos qualquer decisão. - fechei o livro e o coloquei na mesa.

Todos concordarão comigo.

Nossos pais chegaram, ninguém falou nada, minha mãe me deu um abraço e me perguntou. – Filha esta tudo bem? - eu fiz que não com a cabeça.

Meu pai ficou olhando como se não entendesse ate que a July começou a ler a profecia. – Viram! Viram! – ela gritou. – Tinha ainda mais um punhado de porcaria sobre essa porra de maldição! Chega! Vocês nem sabem de nada. – ela joga o livro na mesinha de centro. – Vocês sabiam que temos que aprender ainda a usar essas merdas de poderes? – ela não economizou nos palavrões. – E como a pedra vai abrir o portal sem uma rainha, hein?! – ela respira. – Quer saber? Vou dar uma saída é coisa de mais para mim. – ela ri secamente. – Ouviram é coisa de mais para MIM! PARA MIM! - ela saiu da casa e o Helio foi atrás dela, eu estava indo também mas, meu pai me conteve.

– Tudo bem. – eu fiquei perplexa com ação de July, eu nunca havia presenciado um momento em que ela estivesse assim, tão brava, frustrada e sem entender nada “era coisa de mais para ela” para a atenta July. Então era demais para mim também, para todos nos.

– Onde vocês acharam esta profecia? - perguntou a mãe de July com uma expressão de assustada no rosto.

– Estava em um dos livros de Hisadeva que a mãe do Helio tinha e antes que pergunte como os lemos eu lhes digo que de alguma forma entendemos. – tentei falar calma, mas parece que não deu muito certo.

– Bem - disse o Sr. Onedara. – Mais duas crianças de origem gravidade e cura...

– Não sabíamos disso. - disse a Sra. Liuty - Esse livro está aqui algum tempo, iriamos mostrar a vocês junto com outros que pegamos, mas não sabiamos o que estava escrito também.

– Claro que não saberiam... – disse Hatori olhando pro nada. – Só os Hisedaveanos poderiam ler tal coisa.

– Meu filho... – o pai de Hatori se aproximou dele. – Eu sei que não demos muitas informações a vocês, mas é porque também não sabemos de muitas coisas, você vai ter que descobrir isto sozinho. – ele para. – Sinto muito Luna, você também deve estar passando pelo mesmo problema que meu filho, e a July e também o Helio, claro! Mais peço a você que seja madura e nos ajude a compreender esta situação. – ele para olha para Hatori que ainda está olhando para o nada e volta à atenção para mim. - Pense só, em nos humanos estudados e com um conceito feito na cabeça acreditar em fadas, duendes, em fantasias. – era como se eu pudesse ver o sofrimento no olhar do Sr. Onedara, mas não falei nada, não tinha o falar, alias nem eu, nem eles e nem mais ninguém sabia sobre Hisadeva. – Por favor, como vamos poder acreditar ainda nisso se vocês nem se quer tem interesse?

– Vocês nunca pensaram que era apenas doidos que mentiram pra vocês sobre isso? – Hatori fala e olha para o pai.

– Realmente eu fui o primeiro a pensar que eram loucos, pois isso contraria todas as minhas teses estudos, mas quando vi a transformação deles não soube me conter era algo... Mágico... Sem qualquer discrição, você não pode negar o que seus olhos te mostram, asas meu filho! Asas em ninfas, asas finas e curtas e de fadas! Longas como borboletas, orelhas finas e grandes em elfos, magos com feitiços maravilhosos de estrelas caindo em volta de você, era algo... - o olhos do senhor Onedara brilham - Inacreditável! Não acreditei quando vi, só permaneci no lugar vendo aquela beleza...

– Porque eles foram embora? Porque não ficaram aqui? – perguntei quase chorando devido a fala do pai do Hatori, foi tão comovente, não dava para imaginar a beleza de tal descrição.

– Eles tinham um povo a proteger, uma civilização a cuidar, uma nação para zelar e resolveram se sacrificar para protegê-los, eles colocaram seus próprios filhos em frente à profecia para que um dia eles pudessem tornar aquele mundo magico que viviam ao que era há 300 anos. Seu pais também não conviveram com a rainha Lucinda, mas eram hisadevianos e pertenciam a esta magia.

– Como eles abriram o portal?

– A rainha Lucinda previu isto e fez um ultimo feitiço da pedra portal que um fragmento da pedra encontraria as crianças como é descrito na profecia no caso vocês, por favor, eu sei que posso estar pedindo de mais para vocês, mas não abandone este destino... Eu nunca iria me perdoar se não cumprisse a minha promessa aos pais de vocês, que eu iria cuidar com amor e carinho de vocês e guiá-los aos destinos de vocês, espero que ao menos a primeira parte eu tenha realizado. – ele olha para Hatori com um olhar melancólico e o Hatori sai e sobe para o quarto.

– Obrigada. – estou chorando. – Muito obrigada!

– Pelo o que? – diz o Sr. Onedara confuso

– Por compartilhar um pouco sobre nossos pais! – enxugo as lagrimas. – Vou falar com ele, espere um pouco.

– Acho melhor você deixá-lo sozinho minha filha, vá para o seu quarto. – fala minha mãe

Meu deus, eu esqueci. – Acontece que estou no mesmo quarto que ele. – olho para eles, parecem que não gostaram do que falei. – Vou lá. – eu abraço a todos na sala e rapidamente subo as escadas, mas ouvi meu pai falar:

– Ela esta cada vez mais parecida com a mãe.

– É não só na aparência mais também na personalidade. – diz minha mãe concordando.

Terminei de subir as escadas e entrei no corredor, abri a porta ele não estava na cama.

– Hatori? – ele estava no banheiro. – Tudo bem? – ele abriu a porta estava com as roupas molhadas, os seus olhos azuis escuros o quais eu olhava, estavam vermelhos, ele estava chorando. – Hatori... – tentei consolar ele mas, pareceu um tipo de clemência do que um tipo consolo, não sabia o que falar, só tinha o visto chorar duas vezes na vida uma quando sua avó morreu no hospital, e outra em que eu briguei com ele e disse que não queria vê-lo nunca mais (ele acabou me dando um ursinho panda de pelúcia e fizemos as pazes) – Vai ficar tudo bem. – ou pelo menos eu queira acreditar.

– Não. – ele falou e deu um passo pra frente. – Não Luna, não vai dar tudo certo! – ele falou com a voz calma, mas vi que estava estressado com tudo isso.

– Hatori – não sei se choro ou dou um escândalo de raiva.

– Luna, você mesmo disse que nos não sabemos o que vai acontecer lá e se um nos morrer? E se esse for você? O que eu vou fazer?

– Não, pare! Isso não vai acontecer! – “o pior é se você morrer Hatori" queria falar isso, mas não disse.

– E quem te disse isso? – ele me abraça e me molha também. – Não há garantias de que vamos sair disto vivos... Luna você acha que vamos aprender a usar esses poderes assim de uma hora pra outra?

– Não... – o que eu poderia dizer? Sim! Vamos! É claro, vamos pegar a pedra e vamos derrotar o bruxo vilão, e vamos libertar Hisadeva, vamos achar o próximo rei ou rainha e é claro, só para melhorar vamos fazer isso tudo nas férias!

– Luna, agora que eu e você estamos juntos, eu não quero que tudo isso vá embora por causa de uma coisa assim.

– Uma coisa? Uma civilização, pessoas, uma nação! Como você quer que eu vire as costas pra isso? – me afastei dele. – Não vou continuar a fingir que esta tudo bem, mas também não vou ficar achando que tudo vai dar errado! Você já parou pra pensar se nos fossemos quem estivéssemos lá? E se as pessoas que nos salvariam dessem as costas para isso? Hein?! – levantei o tom, eu estava furiosa. Como ele pode pensar assim?

– E você já parou para pensar, e se essas pessoas não quiserem arriscar a vida deles? – ele também levantou o tom. – Você acha que eles iriam até lá? é justo eles morrerem sem nem conhecer quem estão protegendo? Se jogarem na morte?

– Sim acho... Porque eu vou até lá e se eu não conseguir pelo menos eu tentei... Pelo menos vou poder ver o mundo em que meus pais viveram, o que era para eu viver, eu vou dar pelo menos uma esperança aqueles que esperaram seus "salvadores" se não der certo agora eu sei que depois outros viram lutar! Não vou ficar atrasando o inevitável! – estava saindo do quarto quando ele me pegou pela cintura e me abraçou pelas costas.

– Desculpe-me. – ele respira fundo - Se é assim, eu também vou ter que ir. – ele me abraçou mais forte – Mas se for para alguém morrer, não vai ser você!

– Não diga isso ninguém vai morrer. – me viro de frente para ele. – Vá se secar.


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Notas finais do capítulo

O Próximo capítulo é decisivo!
Não percam!



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