Abrigo seguro escrita por bekayurio


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Estou postando isso pra equilibrar com a fic brutasha que postei semana passada. Pov Natasha



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–Onde ela esta?- um homem musculoso perguntou, eu suspeitava que ele era o líder do grupo responsável pela minha procura.

–Entrou naquele beco.- o outro respondeu apontando o dedo para onde eu estava escondida. Olhei para a parede que fechava o beco, procurando uma forma de pular. Por sorte, tinha uma cassamba de lixo e umas caixas empilhadas ali. Dava para saltar.

Corri para pegar impulso e saltei sobre o muro com uma cambalhota. Ainda deu pra ouvir quando o líder soltou um rosnado e mandou carros para patrulhar a área.

Virei a rua correndo, sempre mantendo a maleta firmena mão. Aquela maleta era o motivo de eu estar ali. Era minha missão entregá-la segura nas mãos de Fury.

Era para ser uma missão discreta. Eu devia entrar no prédio sem ninguém ver, e sair do mesmo jeito, porém o plano fracassou quando o segurança que assumiria o próximo turno chegou mais cedo, me viu e acionou o alarme. Um erro patético de calculo de tempo.

Agora eu estava sendo procurada por todos os cantos. Minha melhor amiga era as sombras, elas eram minha única chance de escapar daquela confusão. Se alguém passasse por mim, eu teria que me fundir com o silêncio e a sombra, que, por acaso, era minha especialidade.

Eu corria sem parar para respirar. Minha missão era ultra secreta e muito importante. Prova disso era Fury não me dar detalhes do que tinha na maleta e me dar ordens diretas para não abri-la sob nenhuma circunstancia. Não poderia vacilar. Agradeci internamente por ser altas horas da madrugada e fiz uma nota mental para evitar ao máximo ruas movimentadas enquanto dêsse, para não arriscar civis, claro que eu não poderia fazer isso até a Shield, porque a Shield ficava num lugar com movimento considerável.

Meu corpo não conseguia mais correr, minhas pernas doiam e meus pulmões se esforçavam, mas eu precisava parar para recuperar o ar. Parei atrás de um bar moribundo.

Aquele lugar fedia a xixi, tanto que meus olhos ardiam, mas não tinha como eu me livrar do cheiro insuportável, estava ofegante, procurando por ar.

Eu duvidava que dentro do bar o cheiro seria diferente. Aquela parte da cidade era mal frequentada, por isso, mal vista. Daí minha seguinte lógica: se me matassem aqui, iriam suspeitar ser algo relacionado com briga de ganges ou diriam que eu era só mais uma viciada. Meu orgulho não poderia suportar aquilo. Eu sou a Viúva Negra, não uma qualquer.

Olhei para a maleta em minhas mãos. Fechada e intacta. Bom.

Saí em disparada para a rua, já recomposta, e esbarrei em um bêbado cambaleando e tentando cantar alguma música qualquer. Ele poderia ser um dos agentes disfarçados, mas se fosse já teria atirado em mim.

–Ela esta aqui!- gritou um guarda.

Desviei de direção e consegui escapar, mas ele devia ter alertado onde havia me visto aos outros. Todos eles viriam para cá. Se eu não mudasse de estratégia, seria cercada e pega. E eu tinha que me concentrar na maleta, se aquela maleta voltar para as mãos erradas, muitas pessoas inocentes iriam pagar pelo meu erro. Um simples e terrível erro para alguém da minha área: Ser notada.

Acelerei ainda mais o passo. Não daria tempo de ir para a base da Shield e não sabia para onde ir.

"Pensa, pensa" me obriguei a articular outro plano. Não tinha nenhum, só poderia correr para o mais longe possível. Talvéz esconder o maleta, mas onde? Estava ficando sem tempo.

–Achei ela.- gritou um homem, ele avançou com o carro. Começaram a atirar, desviava como podia e, sem parar de correr, tirei minha arma e rebatia os tiros. Eu tentava atirar no pneu, mas não tinha como ter uma boa mira daquela forma, então me concentrei apenas em correr, e decidi que era melhor economizar as balas para os agentes que estavam à pé.

Estava correndo o mais rápido que conseguia, mas eles estavam de carro, era impossível correr mais que eles. Senti uma bala acertar meu braço com a arma, soltei um guincho de dor. Não dava para fugir deles. Só se....

Entrei no outro beco e, como não tinha nada para pular, escalei, ignorando a dor acentuada no meu braço e o fato de eles continuarem a atirar. Tinha perdido minha arma, já que quando atiraram no meu braço não tive força para segurar a arma, mas ainda tinha minha faca.

Atravessei a rua e corri novamente. Eles não demorariam a dar a volta. Minha visão estava embaçada, sacodi a cabeça para organizar a cabeça. Minha cabeça repetia " RUIM, RUIM" como um alerta vermelho. Claro que minhas chances de vencer em uma luta corpo a corpo diminuíram bastante com o tiro.

Não conseguia mais ver onde estava indo, minhas pernas apenas me levavam. Eu levei um tempo para perceber que tinha saído daquela parte da cidade, porque não dava para ver pessoas inconcientes no chão de tão bebadas, nem a leve neblina que os viciados criavam, mas ainda não sabia onde estava.

Minha perna fraquejou um intante e eu caí no chão, meu primeiro instinto foi verificar a maleta. Ela esta inteira. Apurei o ouvido e não ouvi nem carro, nem passos se aproximando, menos mal. Levantei e olhei onde estava, para pelo menos ver onde poderia me esconder, mas levei uma grande surpresa ao reconhecer a cafeteria que eu encarava do outro lado da rua. Levantei o rosto para ver o prédio na minha frente, senti uma onda de alívio.

Fui acordada do pequeno transe pelo barulho de um carro, estava um pouco longe, mas foi o suficiente.

Saltei e segurei a escada de incêndio, que cedeu com meu peso e veio até o chão, peguei a maleta e subi depressa, parei apenas para puxar de volta a escada que tinha feito descer.

Parei na janela de costume e bati, mas o lugar podia estar vazio. Afastei essa possibilidade da cabeça. Olhei a janela e vi que estava aberta, entrei. Bem naquele momento, o mesmo carro que me perseguira virava a esquina e passava pela rua. Me afastei da janela.

Dentro do cômodo estava escuro. Segui para o cômodo seguinte, só então me permiti acender alguma luz.

Me senti fraca por causa da perda de sangue, minha adrenalina tinha acabado. Deixei a maleta na mesa de madeira que tinha ali e me sentei numa cadeira. Verifiquei meu braço, estava sangrando bastante. Deitei a cabeça sobre a mesa por um instante. Só um instante, pensei muito cansada para me manter em pé, é tudo que eu preciso.

–Natasha- ouvi a voz de Clint chegar na sala, levantei a cabeça. Clint estava de pijama e era evidente que eu o acordara. Ele buscou o quite que insistia em guardar e começou a tirar a bala.

–Desculpe se te acordei.

–Não é por isso que deve se desculpar. Você só tem que parar com essa mania de levar tiros.

–Só se você prometer fazer o mesmo- falei com um sorriso no canto dos lábios. Ele olhou para mim, estava terminando de enrolar uma gaze na ferida.

–Você esta mudando de assunto- ele sorriu. Guardou o quite agilmente e se virou para mim- vamos entregar isso ao Fury e mandar reforços para dispersar esses idiotas.

–Depois - falei puxando ele para um beijo- faz muito tempo que não te vejo por causa dessa missão idiota que você foi. Tudo que Fury dizia era "ele esta bem, Romannof"- fiz aspas com as mãos, enquanto fazia uma imitação barata. Ele riu. -Acredita que ainda virava os olhos?!

–Acho que ele fica um pouco descansado quando não estamos juntos na Shield. Ele não tem que se preocupar com nós dois treinando de madrugada.- rimos juntos.

–Ou em uma missão mais demorada, quando nos mandam juntos, você sabe- completei- mas ele fica satisfeito com os resultados das missões.

– É, mas chega de papo furado. Já faz tempo que quero te ver, sabia?- Clint me puxa com cuidado para um beijo. Ainda bem que me curo com rapidez, pensei, não ficaria nada feliz se não conseguisse aproveitar Clint direito por causa domaldito tiro. Se isso acontecesse, quem tivesse atirado em mim iria se arrepender de ter nascido.

De qualquer modo, eu já me sentia um pouco melhor graças aos cuidados de Clint, então eu podia dizer que ainda faltava muito para essa noite acabar. Ainda bem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e , por favor, comentem.



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