Princess - Uma nova seleção escrita por Vickysmeow


Capítulo 1
Capítulo 1: Destino


Notas iniciais do capítulo

Hey leitores! Bom, se estão lendo as notas, significa que ficaram curiosos. U.U Então espero que gostem e vou colocar um "parenteses" ahahah (Amo a série A Seleção e a tia Kiera) ;-; Boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/630575/chapter/1

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=z4EHuvys99Q

Destino

O vento faz meus cabelos voarem para trás. Quente e cheio de segredos. Eles sabem o que há fora dos muros do castelo. Eu não. Assim como os passarinhos - que pousam nos galhos das arvores do jardim e depois voam novamente - sabem como é ver o mundo lá de cima. Pelo menos eles são livres.

Ser a herdeira da coroa é difícil. Para quem vive lá fora, a vida é bem menos complicada. Mas infelizmente, bastaram catorze minutos para eu nascer e ter o meu destino todo decidido e planejado pelos outros e não por mim mesma.

Sou Cloe blauth. Ninguém é melhor do que eu. Eu sou a herdeira de Angeles.

Ás vezes me pego repetindo essas palavras em minha mente. Não sei o por quê mas, elas me dão confiança e me fazem ser forte. Sem esses pensamentos, acho que eu não conseguiria.

Deixo a brisa acariciar meu rosto enquanto aproveito o silencio da escuridão. Abro os olhos e reparo como o jardim do palácio desaparece no horizonte. É realmente reconfortante e ao mesmo tempo entediante saber que cresci correndo entre as arvores e os arbustos cheios de rosas, lavanda, tulipas e todas as outras flores que consigo me lembrar agora.

– Alteza! - Ouço Madeline se aproximar.

Conheço Madeline desde que me entendo por gente. Ela praticamente cuidou de mim desde que nasci. Minha segunda mãe para todos os efeitos e causas. Aliás, ela que faz os vestidos mais lindos que já vi na vida quando preciso.

Madeline faz uma reverencia e sorri. Apesar de ter os olhos mais verdes que conheço, seu sorriso é o que mais gosto nela. Não sei exatamente sua idade, mas, ela não aparente ter mais de cinquenta anos. Nunca me atrevi a perguntar, acho que seria indelicadeza da minha parte.

– O rei e a rainha pedem sua presença no jantar esta noite. - Ela diz e me deixa um sorriso de compaixão.

Essa e todas as noites desde que disse não para a seleção!

– Obrigada. - Agradeço forçando um sorriso.

***

Seguro o maravilhoso vestido azul turquesa que Madeline fez para mim um pouco acima dos pés para não tropeçar no mesmo e acabar me espatifando no chão brilhante. Ando o mais lentamente que consigo. Não quero chegar àquele jantar. Não quero discutir com meus pais de novo.

Enquanto meus saltos estalam no piso, os guardas parecem estatuas em um fila de cada lado da parede. Há um grupo de seis para cada corredor do palácio. Meu pai diz que houve tempos escuros em Angeles, onde rebeldes atacavam a realeza em busca de liberdade e dinheiro. Ele me explicou que um dos reis passados, acabou com o sistema de castas. O que, na minha opinião, foi inteligente.

A porta da sala de jantar está aberta e entro mesmo sem bater.

Sou Cloe Bauth. Ninguém é melhor do que eu. Eu sou a herdeira de Angeles.

– Cloe, querida! - Meu pai diz se levantando com um sorriso.

Caminho até meu lugar na mesa - do lado esquerdo - de meu pai e a frente de minha mãe. Ela sorri enquanto bebe um pequeno gole do vinho em sua taça de cristal.

– Como está? - Meu pai ainda tenta me fazer falar.

Não vou falar com eles. Eles querem me obrigar a fazer um coisa que eu não quero. Eu não vou dar o que eles querem e deixa-los feliz, enquanto eu estarei estragando a minha felicidade.

– Cloe, vai ter que falar alguma hora. Por que não facilita as coisas? - Minha mãe diz depois de repousar sua taça a frente do prato.

Ignoro sua pequena ordem disfarçada de gentileza e observo o jantar. Peru assado com açafrão, batatas doces ao molho rosê e salada de palmito com ervas.

Meu estomago se revira. Estou morrendo de fome mas, não quero comer. Isso seria aceitar o jantar e o pedido de desculpas escondido em algum lugar dele. Pedirei para Madeline me servir no quarto depois que sair dali.

– Está bem. Chega. - Minha mãe se inclinou para frente com os cotovelos apoiados na mesa - me surpreendi por ela estar quebrando uma de suas próprias regras - e me lançou um olhar critico e irritadiço.

– Lauren, agora não! - Meu pai falou desistindo de parecer calmo. Sua voz foi severa quando se dirigiu a minha mãe. - Vocês estão em pé de guerra a mais de duas semanas!

– David, sei o que estou fazendo. E estou dizendo que uma seleção é o melhor para ela. - Minha mãe retrucou abaixando a voz.

Melhor para mim! Como ela ousa dizer isso?!

– Não, mamãe. Está fazendo o melhor para vocês! - Explodi e me levantei da cadeira.

Eu não vou mais escutar isso. Eu sei o que é melhor para mim mesma e não preciso que eles me digam qual é o meu destino. Eu faço meu destino e garanto que não será com um anel em meu dedo.

Minha mãe me encarou, pronta para começar a discutir comigo de novo como fizera três vezes essa semana e duas na passada. Meu pai também me olhou, mas parecia surpreso. eu nunca tinha enfrentado ela daquele jeito.

– Cloe, por favor não. - Meu pai pediu esfregando as têmporas.

– O que foi? Vocês planejaram toda a minha vida desde que eu nasci! Vivem dizendo o que eu devo ou não devo fazer! Meu Deus, eu tenho dezoito anos! Quando vão parar de tentar controlar a minha vida?! - Gritei e precisei parar para respirar.

Não precisei encarar nenhum dos dois para perceber que ambos me olhavam. Arrisquei mesmo assim e meu pai não me encarava. Estava de cabeça baixa esfregando a testa. Já minha adorável e agradável mãe me fuzilava. De longe podia-se sentir o cheiro de irritação além da conta. Para os que ousam pensar, crueldade.

Esperei ela vir até mim. Não me encolhi e nem recuei. Pelo contrário, segurei seu olhar e a encarei da mesma forma que ela o fazia naquele momento. Minha mãe levantou as mãos e esperei por um tapa. Mas, ela apenas segurou meu rosto de forma delicada. A última coisa que pensei que ela fosse fazer.

– Cloe, procure entender. Para você podemos parecer péssimos pais. Mas, só queremos o seu bem. E queremos que sua vida seja tão perfeita quanto a nossa.

Vida perfeita! Nossa vida não é perfeita nem de longe quanto mais de perto!

– Então, abaixe essa voz. Ponha-se no seu lugar de princesa e futura herdeira de Angeles e aceite que a Seleção vai acontecer você querendo ou não. - Sua voz mudou de delicada e maternal para cruel e dura. - Agora - Ela sorriu voltando ao seu lugar na mesa. - Senta-se e termine o jantar conosco.

Fiquei para no lugar. A raiva pulsando dentro de mim. Quando meus pais me olharam novamente, eu quis falar tudo o que eu sentia e o quanto eles haviam me perdido.

– Cloe, por favor. Sente-se! - Meu pai falou indicando meu lugar - como se eu já não soubesse - com a mão. - Obedeça.

O olhei chocada. Ele sempre me apoiava nas coisas. Principalmente, quando eu brigava com mamãe. Mas agora, parece que ela o corrompeu e o tirou de mim. Estou tão distante do meu pai quanto estou de conseguir vencer minha mãe contra a Seleção.

Dei as costas para a mesa e para eles. Cansei de ser tratada como criança todas as vezes que me aproximo deles. Me recuso a ser a herdeira de pessoas tão horríveis assim.

Saio o mais rápido que meus saltos permitem daquela sala e nem ligo para o guardas me perguntando se estava tudo bem ou se havia acontecido algo. Me segurei para não dar um boa resposta para o sétimo que me questionou.

Subo as escadas até o quarto andar do palácio e somente quando alcanço o corredor do meu quarto, começo a correr. Assim que entro, bato a porta e Madeline - que tirava o pó inexistente da estante de livros do outro lado do quarto - vem até mim na mesma hora.

– Alteza, você está bem? - Ela pergunta apertando o pano nas mãos.

Vou até o closet e pego a mala que foi comprada especialmente para nossa viagem até a Carolina do Norte - que a propósito não aconteceu - e a abro no chão.

– Vou ficar assim que sair daqui! - Falei jogando qualquer peça de roupa que achava pela frente. Uma delas caiu para fora da mala e Madeline rapidamente a pegou.

– Foi tão ruim assim o jantar? - Ela perguntou insistindo.

– Ruim? Foi o pior jantar da minha vida! - Respondi fechando a mala após colocar o ultimo vestido.

– Onde vai? Não pode sair do castelo Alteza! Seus pais vão mandar Angeles inteira atrás da senhorita! - Madeline parecia estar tentando me fazer ficar, mas não ia funcionar.

– Duvido que sentiriam minha falta. - Retruquei indiferente e com pressa. Abro a porta do quarto e antes de sair penso em uma ameaça forte o suficiente para convencer Madeline de não me dedurar. - Se contar para eles, estará fora do castelo antes que possa me pedir desculpa.

***

Por incrível que pareça, não foi difícil passar pelos guardas com uma mala gigante nas mãos. Sem perguntas ou interrogatórios. Nada de Majestades também. Mas, a parte difícil, foi descer a escadaria da frente até o jardim e me lembrar para que lado ficava o Helicóptero da realeza.

Quando cheguei, fiquei feliz por ver o helicóptero da realeza no heliponto. Parado e prontinho para usar em casos de emergência. Puxei a mala e me aproximei.

– Elliot? - Chamei pelo piloto. Nada. Nenhuma resposta.

Minha expectativa diminuiu. Sem ninguém para pilotar, como vou fugir? Não tive aulas de "Como pilotar helicópteros quando você quer fugir".

Me aproximo mais do heliponto odiando o vento frio que joga meus cabelos contra meu rosto. Como o clima pode mudar tão rápido? Parece até minha situação com meus pais.

Há um armazém perto dali. Deixo a mala e caminho até o mesmo. Bato na porta de vidro antes de entrar. Apesar de que eu não preciso pedir permissão a ninguém.

Sou Cloe Bauth. Ninguém é melhor do que eu. Eu sou a herdeira de Angeles.

Procuro por Elliot. O lugar é simples e quente. Há uma mesa com duas cadeiras diferentes, um sofá e um tapete de pelos que parece ser muito confortável. Porém, há caixas de madeira por todos os lados e latas de refrigerante abertas e amassadas, caixas de pizza pela metade... e Kile.

Kile Donavan é o filho de Elliot. Pelo que minha mãe me contou um dia, a família deles serve a muito tempo os Bauth. Geração por geração. Engraçado, pois nunca falei muito com Elliot, mas - infelizmente - conheço Kile e ele não passa de um idiota irritante. Lembro-me que brincamos algumas vezes quando pequenos, mas aí ele crescemos e ele virou insuportável.

– Ele não está. Posso avisa-lo de que... - Ele disse se levantando do que estava fazendo e assim que percebeu quem era, adicionou o sarcasmo na voz. - Alteza!

– kile. - Falei em um suspiro de tédio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Me contem! Quero saber o que acharam! Deixem um Like e sua opinião, pois ela é muito importante. Até o próximo capítulo. Beijinhos... - Vicky.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Princess - Uma nova seleção" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.