Rotten Flesh escrita por Gwen


Capítulo 16
Parte II- Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

EucleNC *------* Obrigada por favoritar, tipo, muito mesmo
Bem pessoa, pessoas, todo mundo o/ Olá :v
Eu vou passar a postar agora de duas em duas semanas, por causa do colégio e das provas, espero que entendam.
Bem... Espero que gostem do Adam XD
Boa leitura ^^



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Adam:

“No principio as coisas não eram tão extremas como agora.

O meu primeiro dia nisso tudo começou bem normal, na realidade.

Era o primeiro dia das férias de primavera, Amber, minha namorada, e eu tínhamos planejado passar a semana toda em casa sem fazer absolutamente nada de especial. Diferentemente das outras pessoas que planejavam ir à praia ou a passeios românticos com piquenique e tudo mais, tudo o que queríamos era nos tornar parte do sofá, comer pizza e mais besteiras gordurosas todos os dias. A faculdade nos cansou ao ponto de que qualquer outra atividade que não fosse comer, dormir e fazer nada já nos tirava o folego... bem, algumas coisas de tirar o folego não eram tão ruins assim, se é que me entende.

Naquela manhã a nossa primeira atividade foi uma aposta que havíamos feito na noite anterior. Quem levantaria por último da cama?

—Já desistiu? —murmurei a apertando mais em meus braços enquanto enterrava meu rosto na curva de seu pescoço

—Mesmo que eu tivesse você não me deixaria levantar, não é? —ela resmungou

Ri.

—Não mesmo.

Ela se virou para mim, me perdi em seus olhos esmeraldinos, ela era tão linda... as maçãs de seu rosto eram coradas, seus lábios naturalmente vermelhos, seu queixo fino... sua pele era tão macia quanto nenhuma outra. Eu amava aquela mulher de uma forma tão intensa... É algo impossível de se esquecer.

—Pare de me encarar desse jeito. —ela me deu um tapa no braço

—Arte é feita para ser apreciada, oras. —sorri sacana

Ela revirou os olhos.

—Bobão. —sorriu

Ri.

—Não foi assim que você me chamou ontem. —zombei

Ela tapou o rosto com as mãos, envergonhada.

—Adam! —bradou

Tirei suas mãos do seu rosto e tomei seus lábios com os meus.

O telefone tocou, o beijo cessou mas nenhum de nós se mexeu, ele continuou a tocar e eu rezei para que parasse, mas ele não parou.

—Deve ser sobre meu pai. —Amber falou séria

—Pode ser o tatuador tentando remarcar de novo, deixa para lá. —falei

O telefone continuou insistente.

—Eu preciso ir checar, pode ser importante.

Ela se desvencilhou dos meus braços e foi correndo para a sala. Bufei e sentei na cama.

—Você perdeu. —gritei para ela

Sem resposta.

Ouvi um zunido, meu celular estava vibrando na minha calça no chão do outro lado do quarto, eu o encarei e torci o nariz insatisfeito, o universo realmente estava conspirando contra mim naquele dia. Levantei-me contragosto e fui até lá pega-lo.

Era Carlos, um amigo meu da faculdade, nós dois fazíamos aula de desenho junto com Amber, ele é um cara legal.

Mas eu não estava com saco para ninguém naquele dia.

—Que é?! —ralhei

—Iiih, parece que alguém não foi bem amado noite passada. —zombou

—Para o inferno, Garcia. —bufei

Ele riu.

—Calma, McQuinzel, eu venho em paz. —disse—Eu tenho uma pergunta para te fazer, tipo, ela é muito importante e precisa ser respondida com urgência.

Fiquei sério, pensei que pudesse ser algo relacionado a faculdade ou ao trabalho, nós tentávamos levar essas coisas a sério, por mais que Carlos seja um retardado com um senso de humor vergonhoso.

—O que é? —indaguei

—Ok...Amber ela... está com ou sem roupa agora? —começou todo sério me preocupando, mas terminou com a maior voz de pervertido

Encerrei a chamada e joguei o celular na cama tentando ignorar o que eu havia acabado de ouvir para evitar um futuro homicídio. Fui até o banheiro, precisava fazer minha higiene matinal antes de puxar Amber para o sofá e não sair de lá até o dia seguinte.

Meu cabelo estava uma bagunça, minha ideia sempre foi cortar aquela juba castanha bem baixinho, mas Amber me dizia que era meu charme então eu sempre deixei ele assim, nunca nem grande de mais nem curto de mais.

Aquela mulher... ela conseguia me dobrar com uma facilidade sobrenatural, ela me tinha na palma da mão... eu sinto falta dela, muita. Tudo o que eu espero é que ela não esteja morta.

Mas sabe, eu posso soar um pouco narcisista, mas eu sei que meu cabelo não é meu charme, meus olhos azuis e meu tanquinho, ah sim, ninguém resiste a um homem assim, eu sou maravilhoso.

[Carlos: E modesto]

[Adam: Eu sei, obrigado... pode parar de revirar seus olhos, amigo, não vai conseguir atirar se ficar vesgo]

O celular voltou a tocar, terminei de me barbear e fui até lá.

Grunhi ao ver o visor.

—Garcia, eu não quero mais ouvir um ‘A’ de você. —bradei

—B. —ele riu e eu rosnei—Qual é, irmão, foi só uma brincadeira, relaxa.

—O que você quer? Desembucha antes que eu desligue de novo ou decida ir ai chutar seu traseiro.

Ele suspirou.

—Você e Amber vão sair hoje à noite? —indagou

—Por quê?

—Parece que um grupo de vândalos está pretendendo realizar um ataque no centro hoje, não acho que as ruas vão estar mais seguras. —ele disse, agora sério

Passei uma mão no rosto e suspirei.

Havia muitos ataques de vândalos por todo o canto, saqueadores, baderneiros e assassinos, todos decidiram que podiam simplesmente sair por ai para fazer o que bem entendessem. Não havia mais segurança.

—Como ficou sabendo? —perguntei

—Samantha vai. —respondeu em um tom mórbido

Arregalei os olhos surpreso, Samantha é nossa amiga de infância, embora eu e Carlos só tenhamos nos conhecido na faculdade, ambos conhecemos Samantha quando pequenos e ela é como uma irmãzinha para mim. Ela gostava de aventuras e é a mais maluca entre nós, mas eu nunca imaginei que fosse a esse ponto.

—Ela vai o que?! —gritei

—Ela falou que seria divertido e quando eu falei que era loucura ela simplesmente saiu do apartamento. —ele disse—Isso foi ontem no fim da tarde, não consegui falar com ela até agora.

—Por que não me avisou antes?! —continuei gritando

—Eu tentei ontem, mas você não atendia, e agora... você sabe que quando eu estou nervoso fico fazendo piadas, eu não consigo controlar. —Ele baixou a voz

—Carlos, você tem noção da gravidade disso? Cara, ela pode morrer! —gritei com ele ainda mais

Ele ficou calado. Soquei a parede e urrei.

—Me encontre no píer em quarenta e cinco minutos. —falei e desliguei

Comecei a me vestir com pressa, eu teria que explicar para Amber o porquê de eu estar saindo assim e arrumar uma forma de convencê-la a não ir, talvez dependendo do lugar para onde iríamos procurar Sam poderia ser perigoso levar Amb junto.

Enquanto eu abotoava a camisa Amber entrou no quarto devagarinho, parecia receosa.

—Adam... —ela chamou, sim, ela estava receosa.

—O que aconteceu? —me aproximei preocupado

—Meu pai piorou da gripe, então não vai poder ir a viagem com os meninos do time... —contou—Vamos ter que ir no lugar dele.

Suspirei e sorri, talvez fosse melhor assim, eu iria junto quando quer que fosse a viagem e ficaríamos longe dessa bagunça em San Francisco. Abracei sua cintura e beijei sua testa.

—Por mim tudo bem, quando é?

—O ônibus sai em três horas.

Me afastei dela grunhindo e me arrastei até a cama, me sentei e escondi meu rosto nas mãos.

—O que foi? —ela perguntou intrigada

—Eu não posso ir. —falei

—Por que não?

—Samantha está com problemas... vai estar, eu e Carlos vamos procura-la.

Amber sentou-se ao meu lado e fez cafuné em minha cabeça.

—Está tudo bem, é por um bem maior, além do mais vou ficar só um dia fora mesmo, devo estar de volta depois de amanhã. —ela disse compreensiva, afinal já sabia como Samantha era—Só tome cuidado, por favor.

Me virei para ela e ela sorriu para mim.

—Eu vou. —falei—Vou sentir sua falta.

Ela me beijou.

—Eu também. —falei—Eu te amo.

—Eu te amo também.”


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Notas finais do capítulo

Então, mereço reviews? Favoritos?
:3



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