Terapia do Amor escrita por Diinda
... Basta pra não conseguir, te esquecer...
Capítulo V – O Despertar.
- Rin? Por que está chorando? – perguntou Sango vendo a face ainda molhada da irmã. – Está se sentindo bem? – perguntou a menina jogando-se ao lado de Rin na cama.
- Sim, minha pequena, eu estou bem. Eu não sei por que, mas estou muito triste. – respondeu a outra acariciando o cabelo da menor.
- Rin, quero dormir.
- Claro.
Rin colocou Sango em sua cama e ficou esperando até que a pequena dormisse. De fato não entendia porque aquela tristeza. Sabia que tinha ligação com Sesshoumaru, mas não entendia muito bem. Era ela a ' camponesazinha '? Era ela o novo 'brinquedinho'?
Lembrou todos os momentos daquela tarde e achou que talvez, até estivesse se entendendo com o homem de gelo. Pelo menos agora já conhecia um pouco dele. O homem mais bonito que vira e que lhe despertava tudo que nenhum outro despertou, apesar dos poucos que conheceu. Mas ele era diferente em sua indiferença, seu modo fechado e seus momentos de carência. Os olhos dourados ardiam enquanto falava, e os cabelos flutuavam ao vento. Em pouco tempo Rin aprendera a lhe dar com tudo isso.
Mas não era e nem iria ser um brinquedo em suas mãos. O que quer que sentisse por ele não iria vencê-la. _______________________________xXx___________________________________
Rin acordou pela manhã bem disposta, vestiu uma camisa pólo verde, uma bermuda, pôs um chapéu branco e sorriu. Sim, estava linda para ela mesma. Ajudou Sango a arrumar-se, tomaram café e saíram. Demorou mais a voltar naquela manhã.
Comprou o jornal e ficou conversando com Kohaku, na verdade se desculpando pelo que aconteceu. Fazia um belo dia de sol em Yama.
- Então só há um modo de se desculpar comigo. – disse Kohaku – Vamos tomar um sorvete hoje à tarde.
- Eu aceito. – disse Rin. – Que horas?
- Ás 16:00 hr, eu passo para buscá-la.
- Certo. Então eu já vou, beijos.
Quando Rin voltou eram quase 09:00 hr.
- Onde estava mocinha? – perguntou a mãe – Nunca demora tanto.
- Fiquei conversando com o Kohaku, vamos tomar sorvete à tarde.
- Então adiante todo o seu serviço, por favor. Se não sobra tudo pra mim.
- Sem problemas mãezinha.
Rin tomou seu café e ajudou a arrumar a cozinha, em seguida molhou o jardim, varreu a casa, limpou os banheiros e arrumou a dispensa. Então foi ajudar a servir o almoço e em nenhuma das duas refeições Sesshoumaru estava presente.
- Rin, pode servir o senhor Tashio no quarto. – perguntou Maeda após o almoço.
- Não. – disse bruscamente – Faça isso, por favor, mamãe.
- Sim, claro – respondeu Maeda estranhando a atitude da filha. Rin nunca dispensava cuidado nenhum aos hóspedes.
- Ele estava dormindo. – disse Maeda quando retornou – Deixei a bandeja caso sinta fome, que rapaz mais estranho. Sabe que doença ele tem?
- Leucemia. – respondeu Rin num suspiro enquanto preparava um bolo.
- Nossa, e há quanto tempo faz tratamento? – perguntou Maeda preocupada.
- Ele não faz tratamento.
A boca de Maeda abriu-se lentamente, mas não houve como falar tamanho o choque.
- Eu vou conversar com ele, não posso aceitá-lo aqui nessas condições, é negligência. Se quiser ficar terá que começar seu tratamento imediatamente. Eu estou bastante surpresa.
- Mas mãe se mandá-lo embora será ainda pior, ele vai continuar viajando, como fez até agora e estará ainda mais vulnerável.
- E vou ficar assistindo ele morrer na minha casa?
- Dei-me um tempo, eu vou convencê-lo mãe. Lembra de que estamos aqui para garantir que ninguém morra como o papai? Então nós vamos ajudá-lo.
- Sim. – os olhos da mãe marejaram-se. – Sim, nós vamos.
- E Lily, está melhor? – perguntou Rin desviando do assunto.
- Sim, amanhã cedo quando for levar Sango na escola, você vai ao hospital acompanhar sua volta.
- Certo. – sorriu Rin.
O dia passou tranquilamente, a tarde colhia flores com Sango quando ouviu seu nome.
- Rin. – chamou ele do quarto.
- Sim. – ela olhou como se estivesse distraída, levantando a aba do chapéu.
- Pode vir até aqui, por favor? – ele estava arfante.
- Estou subindo senhor. – Rin ficou preocupada, subiu levando consigo algumas flores.
Bateu à porta e ele abriu-a.
- Estou aqui senhor Tashio. – tentou manter a indiferença pondo as flores no jarro.
- Rin. – disse ele sentando-se na cama. – Tem alguma coisa errada comigo. Veja.
Ele retirou a camisa que vestia e Rin prendeu a respiração ao ver aquela cena. Desconcentrou-se em fingir.
- Olhe todas as manchinhas vermelhas, de onde surgiram Rin? – ele parecia perturbado.
Rin olhou atentamente, sentou-se na cama, mas nada respondeu, estava pensando.
- Tenho sentido palpitações desde cedo, quase não dormir. Ajude-me Rin. – disse ele sentando ao seu lado e lançando a cabeça no colo dela.
- Não há nada que eu possa fazer pelo senhor, só você pode ajudar-se. Vai ter que iniciar seu tratamento. – disse acariciando a cabeleira prateada, pois era muito difícil resistir.
- Não. – disse ele recuperando-se instantaneamente.
- Ora, não há razão para não fazer isso. Se quiser dar-se por vencido agüente as conseqüências, pois essas... – disse apontando para seu peito – São apenas o início, vão piorar.
- Você não está me ajudando senhorita Higurashi. – disse ele secamente levantando a cabeça.
- Não senhor. – disse ela pegando em sua mão – É o senhor quem não está se ajudando. Posso lhe servir todas as refeições, e lhe dar toda minha amizade e carinho. Posso fazer mais, trazer flores ao seu quarto e cuidar para que esteja sempre limpo, mas não posso tirar essa doença de você.
- Pode me dar amor? – perguntou ele de repente.
- Amor? – Rin estava visivelmente confusa. – O que quer dizer com isso?
- Não dizem que o amor sara todas as feridas.
- As feridas da alma, não as do corpo. As do corpo ele apenas ajudar a sarar, com carinho, cuidado e dedicação.
- Então...?
- Então vamos procurar um médico pra você, não lhe deixar acontecer o que aconteceu com meu pai.
- E o que aconteceu com ele?
- Morreu por falta de tratamento, considerava-se muito velho e que não surtiria efeito nele. Bobo. – disse ela virando-se para janela para que não visse seus olhos turvos de lágrimas. – Morreu em casa conosco numa madrugada.
- Eu sinto muito Rin.
- Não sente não. – gritou ela virando-se de abruptamente – Pois se realmente sentisse, senhor Tashio iria fazer seu tratamento, não iria ter o mesmo fim que meu pai. Cabeça dura, cabeça dura. – e saiu correndo do quarto deixando-o só.
As palavras de Rin ficaram ecoando em sua mente, mas para que mais dor em sua vida. Passar por um tratamento doloroso iria mesmo salvá-lo? Duvidava. Deitou-se e sentiu-se febril. Queria que ela ainda estivesse ali, que continuasse a acariciar seus cabelos, a mantê-lo acordado ou velar seu sono, até mesmo enfrentá-lo. Socou o travesseiro. ' Ora Rin, o que você está fazendo comigo? '
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Rin aprontou-se para sair com Kohaku, vestiu uma calça branca, uma camiseta florida e colocou o mesmo chapéu. Eram amigos há tanto tempo, desde criança na verdade, que Kohaku considerava-o seu irmão mais velho. Daquele que sempre lhe persegue, bate e chateia. Que chamamos de pentelho.
Sango veio lhe avisar que ele havia chegado afinal ela também estava pronta, pois Rin iria levá-la. Não via mal nenhum nisso.
- Ela também vai conosco? – perguntou Kohaku um pouco desapontado quando ambas apareceram.
- Sim, mamãe precisa de paz para fazer o jantar e ela quis vir. Há algum problema?
- Não. – disse Kohaku tentado disfarçar o desapontamento. – Ela será bem vinda.
Independente a estação do ano Yama, que significa montanha, era sempre agradável e fazia valer seu nome. Pois a cidade nascera num vale entre duas grandes montanhas.
A primavera então cobria as calçadas de flores e deixava nas ruas um cheiro agradável, era uma linda cidade de poucos habitantes escondida e guardada.
A tarde foi muito afável. Rin brincou com Sango no parque e deliciou-se em sorvete com Kohaku.
- Ela está mesmo crescendo. – disse Rin sentando enquanto Sango corria para o lago com outras meninas. – Eu é que devo estar ficando velha. – riu com gosto.
- Nada disso Rin, você está ficando mulher. Cada dia mais bela. – disse Kohaku segurando em sua mão. – Sorte terá o homem que se casar com você.
- Quando esse príncipe encantado aparecer, pode ter certeza que será o padrinho. – sorriu Rin.
- E se eu quiser ser o príncipe?
Rin nada respondeu, corou e desviou o olhar.
- Rin, olhe para mim. – insistiu Kohaku – Não quer tentar?
- Não você é meu irmão Kohaku, não consigo enxergá-lo além disso.
- É o novo hóspede não é?
- O que quer dizer? – perguntou Rin.
- Ele está mexendo com você não está? Significa mais que um homem doente, não é?
Ela nada respondeu, baixou o olhar e suspirou.
Voltaram em silêncio, toda animação havia indo embora como o sol. Kohaku parecia desapontado e Rin não sabia o que dizer, no fundo sentia-se culpada. Quando vinham chegando perto de casa avistou Sesshoumaru parado com uma das mãos no carro, parecia ofegar.
Ele levantou a cabeça e os olhares se cruzaram, não soube dizer o que eles transmitiam mais se sentia pegando fogo como se estivesse com febre.
Ele entrou no carro fechou a porta e partiu.
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Próximo Capitulo:
- Ela não é mais minha namorada, eu precisava de ajuda, de um amigo. Ela era a mais próxima já que está passando as férias aqui perto. Eu precisava de cuidados, que não recebi aqui porque a pessoa que deveria estar cuidando de mim estava tomando sorvete com outro. – sua voz estava carregada de ciúme.
- E por que não procurou minha mãe? Minha tia? Não negamos cuidado a ninguém aqui. – ela estava de pé. – Como sabe onde eu estava?
- Por que eu queria você, caramba. E elas não são você. – disse ele como se fosse muito óbvio. – Eu sei de muitas coisas sobre você. E suas flores, seu jardim, seu riso, seu cheiro. – ele suspirou.
Ela emudeceu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Oiee...
Tava sumida, mas to de volta. Perdoem-me os capítulos pequenos, mas está meio complicado e estou tentando escrever algo bom para vocês. Então, passo mais tempo lendo, relendo e pesquisando que escrevendo.
Quero agradecer a todos que tem acompanhado, dessa vez com nomes: Maka, Tenyo, Arlequina, Electra, Venus, Andressaf.
E aos que vinherem...
continue acompanhando.
Até a proxima!!
Kissus