Terapia do Amor escrita por Diinda


Capítulo 12
A Primeira Vez Nunca se Esquece




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Nota da Autora: Gostaria de salientar que todos os fatos aqui são totalmente ficticios. Lendo cada blog sobre essa doença me emocionei tantas vezes que acho que meus relatos não chegam nem perto do que realmente é. É pior do que possa parecer...

Capítulo XI – A Primeira Vez Nunca se Esquece.

Miroku andou até Rin circundando-a pela cintura com um braço.

- Não fique assim senhorita, o Sesshoumaru é forte vai superar tudo isso você verá. – disse ele, as mãos descendo lentamente pelas costas dela. – Enquanto isso eu vou estar aqui para consolá-la.

- Eu prometo Houjo que se você fizer o que está pensando... me levantarei dessa cama e... o acertarei com a força que eu conseguir reunir... e com certeza não será pouca. – sussurrou alguém com dificuldade, respirando profundamente.

Rin virou-se rapidamente, Sesshoumaru olhava para ela com os olhos meio abertos. Ela correu até a cama.

- Oh Sesshy, você... finalmente. Eu... tão preocupada. – as palavras saiam entrecortadas pela emoção.

- Rin... onde estamos? – perguntou ele – Me sinto tão mal, o que o Houjo está fazendo aqui?

- Estamos em Londres. – dizia ela – Você passou mal e tivemos que chamar sua família, eles o trouxeram para cá para iniciar seu tratamento.

As feições dele se contraíram levemente.

- Rin, eu não queria ...

- Chega Sesshoumaru, nós vamos salvar sua vida. – ela pôs um dedo em seus lábios.

- E vamos estar todos aqui com você, vamos apóiá-lo e quando tudo terminar, eu ainda vou estar com você.

Ele fechou os olhos.

- Precisamos sair, senhorita Higurashi. – disse Miroku pondo a mão no ombro de Rin.

- Tire sua mão nervosa dela Houjo.

- Até mais Sesshy. – disse Rin e inclinando-se beijou a testa dele – Eu volto logo.

Curvou-se lentamente e tocou-lhe os lábios com carinho. Ela saiu sem fazer barulho.

- Como ele está Rin? – perguntou Kagome quando ela saiu.

- Abatido. – disse ela triste. – Posso acompanhá-lo durante a sessão? – perguntou ela a Miroku.

- Infelizmente não senhorita, mas pode vê-lo assim que acabar. – respondeu ele.

- Então vou esperar aqui.

- A que horas vão começar? – perguntou Kagome.

- A enfermeira e a psicológa já estão com ele, dentro de alguns minutos eu creio. – respondeu o médico.

- E quando ele vai poder ir pra casa? – perguntou Izayoi.

- Depois deste período de dez dias. Assim poderá vir pras sessões e voltar para casa. – repondeu ele.

- Não suporto mais, preciso ir. – disse Izayoi relococando o chapéu enxugando lágrimas que escorriam pelo rosto, estava visivelmente abalada.

- Rin, eu vou trabalhar. Tem certeza que vai ficar? – perguntou Kagome.

- Sim.

- Voltamos assim que pudermos, certo?

- Sem problemas. – respondeu ela. Kagome segurou sua mão e pôs algo dentro quando Rin abriu viu algumas notas. – Não preciso disto.

- Não vi você trazer nada e não pode ficar sem se alimentar, considere como um pagamento por ficar aqui.

- Não preciso, não estou fazendo isso pelo dinheiro. – disse Rin ofendida.

- Eu sei, eu sei. Me perdoe, mas coma alguma coisa, precisaremos muito da sua ajuda.

Rin apenas balançou a cabeça. As duas mulheres despediram-se e Miroku retornou ao quarto deixando Rin sozinha na sala de espera. Ela suspirou olhando ao redor e em seguida foi sentar-se num dos sofás ali perto. Estava menos triste, ao menos Sesshoumaru acordara e sabia que ela estava ali para apoiá-lo. Era o inicio de uma batalha, da qual esperava que saíssem ilesos.

- Você também é acompanhante? – alguém perguntou fazendo Rin sair dos seus pensamentos.

- Oh sim.

- Meu irmão menor tem meningite, ele só tem dois anos. – o rapaz parecia muito sensibilizado. – Ah meu Deus, meu Sato. – ele limpou duas lágrimas que escorreram no rosto enquanto falava.

- Eu não sei o que dizer, é mesmo complicado, ele é só uma criancinha.

- Pois é, e é tudo tão doloroso. – ele parou alguns segundos. – Prazer, Aiko .

- Prazer Rin. E como ele está?

- Sofrendo muito, está internado a três dias mas não apresenta nenhum avanço. Minha mãe está desesperada.

- Entendo.

- O Sato é uma criança muito viva, sorridente, enérgico. Vê-lo naquele estado é desesperador.

Rin permaneceu calada, nem sabia o que dizer. Era como imaginar Sango com toda sua animação, deitada em uma cama de hospital.

- Também tenho uma irmã menor, acho que sei como se sente.

Aiko suspirou pesadamente e ouviu seu estômago roncar.

- Vou até a lanchonete. Me acompanha?

Rin olhou o relógio, eram 13hr o tempo havia passado muito depressa.

- Sim. – respondeu ela. – Não estou com fome, mas preciso de um café. – ela sorriu.

Caminharam tranquilamente entre os corredores do hospital, de cada leito uma energia diferente surgia para Rin, não havia nada a ser dito. Apenas a tristeza e a solidão, poderiam ser até mesmo palpáveis ali. Uma das cantinas do hospital ficava do lado de fora, em um pátio descoberto, que foi para onde seguirão. Rin queria ver a luz do dia, sentir o vento, pois não havia sol. As nuvens tomavam conta do céu, num dia muito nublado.

- Vai chover muito durante a noite. – comentou Aiko.

- É mesmo, mas até que eu gosto da chuva. – disse ela fechando o zíper do casaco verde que Kagome lhe emprestara.

Rin pediu o café e Aiko um sanduíche do cardápio, quando se sentaram a mesa.

- Não é melhor que você peça uma refeição? Deve estar muito faminto. – perguntou Rin.

- Assim está bom. Mas você ainda não me contou o que faz aqui. – disse ele.

Ela sorveu um gole do café quente que haviam acabado de servir.

- Estou acompanhando meu namorado. – disse ela parando para pensar no que dissera. Namorado...

- Ah, sei... E o que ele tem? – perguntou Aiko.

- Leucemia.

- Nossa, eu sinto muito. E como ele está?

- Não sei, não consegui compreender muito bem ainda. Mas parece que o estado dele é muito delicado, ele ficou muito tempo sem tratamento.

- Entendo.

Então ela parou. 'Porque estou contando tudo isso para alguém que não conheço?' Um sino ressou em seus ouvidos, era quase como um alerta aquele som que ninguém além dela escutara. Bebeu o resto do líquido rapidamente.

- Eu preciso ir. – disse levantando-se.

- Já estou terminando aqui.

- Não, eu vou indo na frente.

E virou-se andando depressa para se afastar dali, retornou ao hospital e seguiu para o banheiro, o coração batendo forte, descompassado pelo susto.

Lavou o rosto e voltou a sala de espera, Aiko não estava lá. Rin sentiu-se mais aliviada e sentou-se esperando que Miroku aparecesse com notícias em breve.

Quinze minutos depois ele passou apressado em direção ao quarto de Sesshounaru. Logo depois saiu dando instruções a uma enfermeira, enquanto lia uma prancheta.

- Há algo errado doutor? – perguntou ela aproximando-se.

- Algumas pequenas complicações, mas está tudo sob controle fique tranquila.

- A sessão acabou? Elé está bem? – perguntou preocupada.

- Não, ainda não acabou falta pouco e poderá vê-lo. Com sua licença.

Ele retornou ao quarto. Ela sentou-se de volta no sofá.

O pouco tempo de Miroku transformara-se em horas. Horas intermináveis na opinião de Rin.

- Como ele está?

- Bem, a primeira sessão é sempre muito difícil mas tenho certeza que ele vai suportar. – disse Miroku com um sorriso amarelo. Esse aí é muito duro, até pra morrer. – Rin fez uma cara desesperada – Digo, ele vai resistir. Pode entrar agora.

Rin adentrou o quarto silenciosamente, como de costume Sesshoumaru estava de olhos fechados, parecia ressonar. As feições estavam contraídas e as mãos apertavam o lençol da cama, enquanto gotas de suor brotavam da sua testa. Ela o observou alguns instantes e depois segurou devagar sua mão, quando abriu a boca para falar, no mesmo momento Sesshoumaru arregalou os olhos.

- Chame o médico. – gritou.

E virando-se na cama pôs-se a vômitar.

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Notas finais do capítulo

Desculpe a demora gente, mas ai está mais um capitulo com muita emoção!

Kissus a todos



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