I've Got You escrita por Queenie Winchester


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hello, alguém ainda por aqui?
Se sim, fico feliz e já aproveito para pedir desculpas pelo sumiço.
Eu realmente quero terminar I've Got You, eu não gosto de começar algo e não chegar ao fim. Espero contar com vocês para concluir esse objetivo.
É isso, boa leitura.



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“Dê tudo que você tem / E dance suas preocupações para longe / Esqueça o ontem”

Love Is The Name – Sofia Carson

Havia se passado uma semana desde que Beto vira Clarita e Francis se beijando. Durante esse tempo ele evitara ir ao Café para não ter que cruzar com o novo casal. Mas naquela quarta-feira ele não teve outra saída, teve que ir até lá, Júnior fazia questão de sua presença, bem como da presença de Carol. Beto não entendia os motivos do cunhado para isso, mas não queria discutir, então simplesmente trocou de roupa e acompanhou o casal até o estabelecimento.

O caminho todo ele estava em silêncio. Perdido em seus próprios pensamentos, sem saber ao certo como agir diante daquela terrível situação. Mas bem sabia ele que a culpa era única e exclusivamente dele. Ninguém mandou beijar Clarita a força.

— Beto querido? — Carol chamou tirando-o de seus pensamentos.

— Sim? — ele respondeu ainda meio perdido.

— Está tudo bem?

— Claro, porque não estaria?

— Você estava meio perdido — Júnior se pronunciou olhando pelo retrovisor.

— Ah não é nada, só não estou tendo um bom dia...

— Cá entre nós Beto, faz uma semana que você não vem tendo um bom dia — Júnior ponderou. — Sabe se quiser conversar, eu estou aqui...

— Sei disso, quem sabe mais tarde?

— Você é quem sabe. Bom chegamos.

Beto olhou para a fachada do Café e respirou fundo. Estava na hora de parar de fugir. Entrou em silêncio atrás do casal, apenas para evitar que sua voz entregasse seu nervosismo. Queria rir de si mesmo, o quão patético ele era? Quantos anos tinha?

Assim que se viu dentro do café percebeu que todos os funcionários estavam ali e que não havia cliente algum no local. Essa imagem fez Beto ficar curioso, o que Júnior estaria aprontando?

— Bom dia pessoal — Júnior falou alegremente.

— Bom dia — os funcionários lhe responderam no mesmo tom.

— Eu chamei todos vocês aqui para dar uma notícia, na verdade duas.

— E essas notícias são boas? — Maria Cecília perguntou.

— Sim. Sim. São ótimas, Ceci — Júnior sorriu ainda mais.

Para Beto aquilo não podia ser mais estranho. Júnior estava muito empolgado, estava até chamando Maria Cecília pelo apelido.

— Que notícias são essas Dr. Júnior? — Beto ouviu a voz suave de Clarita perguntar, ele sabia que ela estava se roendo de curiosidade.

— Se acalme senhorita Clarita — o homem respondeu ainda sorrindo. — Eu vou lhes dizer. A primeira delas é que conseguimos fechar o mês no azul! O Café está se recuperando financeiramente de uma forma muito rápida. E logo voltaremos a ter tranquilidade para trabalhar.

Os presentes aplaudiram, finalmente uma notícia boa. Era notório que o número de clientes havia aumentado, talvez mais pela curiosidade de conhecer o filho do Dr. Ricardo do que pelo serviço em si, mas de qualquer forma isso estava ajudando e agora todos eles tinham esperança de ver o Café se reerguer.

— E a segunda notícia qual seria? — Francis disse e Beto o fuzilou com os olhos, até uma miséria palavra que ele dizia irritava Beto.

— Bom, como o nosso intuito é continuar aumentando cada vez mais os lucros do Café, eu estive pensando em reformular a nossa aparência, o nosso modo de trabalhar.

— Como assim Júnior? — Tobias perguntou antes que Beto o fizesse.

— Acho que nós devemos trabalhar em um ambiente mais aconchegante e acolhedor para os nossos clientes. Sabe muitas pessoas vem até o Café para relaxar, se distrair, conversar com os amigos e acabam encontrando um cenário muito sério. Eu quero descontrair o Café. Quero trazer a alma jovem para esse lugar.

— E você tem alguma ideia de como vai fazer isso? — Letícia questionou.

— Como eu disse Le eu quero colocar uma alma jovem aqui, e cá entre nós já faz um tempo que eu não sou jovem, então eu não faço ideia de como fazer isso — Júnior riu e foi acompanhado pelos presentes.

— Certo, então quem vai fazer isso? — Beto se fez ouvir pela primeira vez desde que chegou ao local. Ele pode sentir os olhos de Clarita sobre ele, mas não a olhou, ela queria distância não?

— Fico feliz que essa pergunta tenha vindo de você Beto — Júnior disse satisfeito. — Eu estava esperando poder contar com a sua ajuda nisso.

— Como assim? Você quer que o Beto te indique alguém? — Carol perguntou, tão confusa quanto qualquer outro ali presente, exceto talvez pelo próprio Beto. Ele sabia o que Júnior queria dizer...

Beto estava sentando no sofá assistindo a um filme qualquer. Não tinha nada para fazer, estava entediado. Se soubesse que ficar atoa seria tão chato teria aceitado o emprego que Júnior lhe ofereceu na filial da Califórnia.

Ouviu a porta se abrir e um Júnior visivelmente cansado passar por ela.

— Parece que o dia foi longo hoje cunhado — Beto brincou vendo o homem se sentar no outro sofá.

— Nem me fale, muitas reuniões, muitas decisões, muitas reclamações — Júnior soltou um suspiro cansado. — São muitos “ões” para eu resolver antes de voltarmos para o Brasil.

— Eu entendo você, mas tenho certeza de que vai dar conta, afinal você reergueu essa empresa do zero, quem faz isso faz qualquer coisa.

— Você tem razão Beto, mas tem uma coisa que eu não consigo fazer...

— E o que seria?

— Trazer você para os negócios.

— Ah Júnior você sabe a minha opinião sobre ficar trancado o dia todo em uma sala...

— Eu sei, você odeia, mas eu estava pensando em outra coisa...

— Que seria?

— Sabe lá no Brasil, talvez tenha algo que você possa fazer pela empresa sem precisar ficar dentro dela o dia todo.

— E o que seria?

— Você vai me ajudar a levantar o Café Boutique, Beto.

— E como você acha que eu vou fazer isso?

— Na hora certa você vai saber. Eu só preciso acertar algumas coisas antes. Posso contar com você?

— Não Carol — Júnior disse despertando Beto de suas lembranças. — Eu quero que o Beto faça isso.

Todos olharam para Beto surpresos.

— Posso contar com você? — Júnior repetiu a pergunta que havia feito há alguns meses.

— Pode — Beto respondeu de forma firme. — Eu vou fazer desse lugar um ponto obrigatório para qualquer pessoa de qualquer idade — ele disse olhando a sua volta deixando as ideias virem a mente. — Você vai ver, vai se surpreender.

— x —

Surpresa. Esse era o estado de Clarita. Depois de ter deixado claro para Beto que não queria mais vê-lo, seria obrigada a conviver com ele todos os dias a partir daquele.

O pior não era ter que conviver com Beto, era ter que conviver com a lembrança do beijo. Mesmo que ela estivesse saindo com Francis, ainda não tinha conseguido arrancar de sua mente o ocorrido. E nem queria.

 Clarita podia sair com Francis e com todos os outros homens do planeta, mas nenhum deles seria capaz de fazê-la parar de pensar em Beto. Ela definitivamente não esperava por isso. Achou que como Letícia e Mili haviam dito “o beijo desmistificaria Beto”. Mas o que acontecia era exatamente o contrário. Por mais que não tivesse sido um beijo romântico, como ela havia imaginado há muitos anos, ainda era um beijo de Beto, e seria muito difícil encontrar alguém que fosse capaz de superar esse parâmetro.

— Pelo visto não vai dar mais para fugir dele — Le disse ao ouvido de Clarita.

— Não estava fugindo dele — Clarita disse baixo. — Estava apenas...

— Tentando colocar os pensamentos em ordem e ficando perto dele não iria conseguir e bla bla bla — Le disse com um tom tedioso enquanto imitava perfeitamente a voz de Clarita.

Clarita encarou a amiga com uma sobrancelha levantada.

— Que foi? — Le se fez de desentendida. — Foi você quem disse isso.

As duas ouviram Maria Cecília dispersar o pessoal e seguir com Beto e Júnior para o escritório, aproveitaram para se sentar nos banquinhos do balcão até que desse o horário de abrir o Café.

— Le — Clarita suspirou cansada. — Não posso ficar com o Beto, porque ele namora e porque ele não é a mesma pessoa por quem eu me apaixonei. E não posso ficar com o Francis porque ele não é o Beto.

— Esse é o seu problema Clarita — a garota encarou a amiga sem entender. — Você pensa demais e vive de menos. E daí que o Beto que voltou não é mais o mesmo que saiu daqui? Você também mudou! Não pode ao menos dar a ele uma chance de te mostrar o novo “eu” dele? E outra você realmente acha que ele ama a Érica? Porque honestamente Clarita, você vem com esse papo de não quer que ela sofra, mas me responda ela sofre mais estando com um cara que não a ama ou ouvindo a verdade? — Le não deixaria Clarita responder, precisava colocar um pouco de juízo na cabeça da amiga. — Quanto ao Francis, enquanto você procurar por alguém para ser o substituto do Beto, acho melhor mantê-lo apenas como amigo.

Clarita pensou em responder, mas a amiga estava certa. Ela realmente precisava tomar uma atitude em relação a Francis. E precisava aceitar que não estava ajudando Érica ao obrigar Beto a seguir com o namoro dos dois.


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Notas finais do capítulo

Eu queria agradecer e me desculpar caso o capítulo não esteja como esperado. Não vou estipular uma data para o próximo, mas garanto que será logo.
Até o próximo!!



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