A Imperatriz e a Princesa escrita por Melissa França


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores!

Fanfic nova, de personagens diferentes!

A história é totalmente baseada no episódio "When Fates Collide" e em uma música da Isabella Taviani, "A Imperatriz e a Princesa".



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/630414/chapter/1

A mulher de cabelos negros evitou abrir os olhos de maneira rápida, para que, se seus captores ainda estivessem por perto, ela tivesse o elemento surpresa a seu favor. Xena acostumou-se rápido com a luz natural e percebeu estar sozinha em um grande quarto. As mãos estavam presas em correntes de aço e ela não usava suas vestes habituais, apenas um vestido azul digno de uma camponesa.

Ela esforçou-se para escutar algum som, qualquer ruído que a fizesse ter uma mínima noção de onde estava. Entretanto, o silêncio reinava. Era longe do palácio, ela deduziu logo, longe do povoado também, havia um pequeno chiado ao fundo, que ela sabia pertencer a um animal da floresta. A guerreira testou suas correntes para ver até onde elas iriam e até onde sua visão chegava, pôde ver uma janela pequena em um dos cantos do quarto, mas que estava muito distante, por isso mal dava para sentir o ar que entrava por ela.

Xena percebeu, no entanto, que estava em um lugar muito alto. Ela estava em uma torre ou qualquer coisa parecida. Ela fitou a entrada do lugar, era uma porta grande e amadeirada e, antes que pudesse pensar em um modo de sair dali, uma figura feminina chegou. Xena esforçou-se para distinguir a mulher que estava na sua frente, mas o efeito da pancada que recebera na cabeça apenas algumas horas antes ainda não havia saído completamente e uma pequena tontura se instalara, junto de uma visão muito turva.

— A imperatriz está se sentindo confortável em seus novos aposentos? – Era uma pergunta retórica, logicamente, cheia de sarcasmo e deboche.

— Alti. – O nome foi proferido com desgosto e nojo, a guerreira parecia estar recobrando sua consciência por completo agora. Tudo parecia mais claro, mais nítido. César havia a traído, ele havia mandado seus guardas a trancá-la neste local desconhecido e, quando ela lutou, Alti apareceu e usou seus poderes místicos para detê-la.

— Espero que tenha sido bem tratada, minha imperatriz. Confesso que esse não é um dos nossos melhores quartos da torre, mas pedi que preparassem tudo com muito carinho para vossa senhoria. – Xena rangeu os dentes, seu sangue fervia, estava em uma torre mesmo afinal. Queria forçar a mulher que se dizia sua amiga engolir todo este sarcasmo garganta abaixo, contudo algo a conteve.

— Pare com os joguinhos, Alti. Sabe que eu não ficarei muito tempo aqui, diga a César que ele fez uma péssima escolha hoje ao me trair, ele não irá gostar de ter a mim como inimiga. Você sabe, eu tenho muitas habilidades, não terei medo de usá-las contra o meu-, contra o imperador. – Momentaneamente, a guerreira odiou a si mesma por quase chamá-lo de seu.

— Acalme-se, você não precisará de suas habilidades. Você só precisa ficar aqui por um tempo.

— Por um tempo? – A imperatriz indagou com desgosto.

— Na verdade, a eternidade me soa bastante plausível.

— E o que te faz pensar que eu ficarei aqui por mais um segundo? - Disse puxando as correntes. 

— Bom, César me pediu para dizer-lhe algo. - A mulher a rondou. - Acho que fará mais sentido para você do que fez para mim.

— Diga, Alti. – Sem paciência para os joguinhos do espírito ruim, a mulher guerreira disparou. - Essas correntes começaram a coçar e você sabe muito bem que eu odeio me sentir incomodada.

— Acalme-se, ele disse que sabe do seu segredinho e, caso você tente qualquer coisa estúpida, como, por exemplo, tentar fugir desta torre, ele o levará para uma cova. Estamos entendidas?

O coração de Xena parou de bater por um segundo, o sangue parecia ter congelado em suas veias e os olhos da mulher simplesmente queriam derramar algumas lágrimas. César sabia sobre seu segredo, a mulher ainda se perguntava como, mas tudo o que podia pensar era "de que forma faria para protegê-lo?" Ela teria que ficar presa nesta torre até encontrar uma maneira de deter Júlio César? Isso parecia absurdo demais!

Xena não conseguia entender como haviam chegado a isso, o casamento deles nunca foi perfeito, não havia amor, mas havia cumplicidade. Havia o desejo comum de poder. Alti deveria ter o manipulado. Ela tinha consciência de que um dia ele a trairia, mas não pensou que esse dia chegaria tão cedo.

Obviamente nenhuma lágrima da guerreira foi vista por Alti, mas ela sabia que havia conseguido desestabilizar Xena. A mulher teve um pouco de inveja de seu amante, já que ele possuía uma arma muito poderosa contra a Imperatriz, mas nada que a impedisse de seguir seus planos. Ela e César iriam governar Roma e o mundo inteiro sem a interferência da Princesa Guerreira ou da loirinha irritante. Nesta vida elas nunca se encontraram, nesta vida, ambas eram apenas almas solitárias que não iriam interferir no destino do grande Imperado de Roma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que realmente tenham gostado desse comecinho e deixem um comentário amigável ali em baixo. Se não gostaram, podem deixar críticas também! Até a próxima, amores! *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Imperatriz e a Princesa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.