Any Other Day escrita por Orquídea


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá, voltei! Bom, o capítulo de hoje talvez agradará ou desagradará vocês, mas lembrem-se tudo tem um motivo só não sei se será bom ou ruim.



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Aquele dia, aquele "abençoado" dia foi uma sucessão de eventos ruins. Se eu tivesse sido cauteloso Pepper e Howard não teriam me visto com aquela mulher, se eles não tivessem visto ela não teria inventado aquela licença e saído da sala, se ela não tivesse saído da sala e eu não tivesse ficado com raiva por que ela saiu não teria ouvido a história do relacionamento dos meus pais, se eu não tivesse ignorado tudo o que ouvi do meu pai e a minha consciência gritando em minha mente e tivesse ido atrás dela ao invés de ter ido conversar com o Rhodes, ela não teria saído da empresa e ido caminhar no calçadão da praia e se ela não tivesse feito isso não teria sido atropelada e se não tivesse sido atropelada não estaria em coma há 4 semanas e eu não estaria desesperado há 4 semanas, implorando pra ela acordar há 4 semanas.

— Querido, você precisa ir pra casa tomar um banho e dormir. - minha mãe me diz ao se sentar de frente pra mim na cadeira da lanchonete.
— Já fui em casa tomar banho e não estou com sono. - digo me levantando para retornar ao quarto.
— Não adianta nada ela acordar e te encontrar morto por desidratação, falta de sono e alimentação. - diz ela ao notar que eu só tomei uma xícara de café pra espantar o sono.
— Não vou morrer, eu garanto. - ela balança a cabeça negativamente, mas não me diz mais nada se levanta entrelaça seu braço no meu e antes que possamos sair de lá encontramos com Eva e Frank que são a mãe e o padrasto da Pepper, minha mãe preferiu ficar e conversar com eles e eu segui meu caminho de volta ao quarto, Brian o pai de Pepper e Robert o irmão dela estão próximos a porta, meu cunhado acena com a cabeça quando me vê já o Brian me olha com indiferença, mas nem me importo nós nunca nos demos bem não seria agora que as coisas mudariam, quando me aproximo ele incrivelmente me deixa entrar sem ficar me enchendo o saco e eu entendo o por que disso quando abro a porta e vejo o tal de Adam sentado na cama e conversando com uma Pepper inconsciente.
— Não quero mais sentir medo de nós. - sentir medo de nós? Se ele acha que eu vou deixar o caminho livre tá muito enganado, se não conseguiu ela sem me ter por perto comigo em cima é que não vai mesmo! Eu faço barulho pra que ele perceba que estou aqui e ele permanece sentado.
— Tá na hora de você ir embora. - ele se inclina sussurra algo no ouvido dela e depois deposita um beijo em sua testa, eu me controlo pra ignorar o que vi e aos poucos ele se afasta.
— Amamos a mesma mulher, não é? - ele diz antes de atravessar a porta aberta.
— Amamos.
— E você não vai desistir dela. - ele constata e eu rio.
— Não sou homem de desistir, amigo.- rebato e ele ri.
— Pois somos dois.
— Você vai sair da vida dela.
— Só saio quando ela me disser que devo sair.
— Ela vai dizer. - ele sai do quarto e quando bate a porta eu me sento no sofá e deixo cair toda a minha postura.

Eu estou exausto, meus dias se resumem em ficar aqui no hospital, discutir com o Brian por qualquer coisa e pensar em como um dia minha vida já foi boa, eu esfrego as mãos em meu rosto e repasso em minha mente a minha rotina de hoje que vai ser mais ou menos assim: minha mãe vai aparecer aqui e tentará me convencer a ir embora, eu não irei e ela usará o Howard ou o Rhodes pra me convencer a ir, eu irei brigar com o Brian e Frank se meterá pra me defender daí são eles que vão brigar até que Robert também falará e a Eva gritará com a gente, eles darão uma última olhada em Pepper irão embora e eu volto para o quarto, uma enfermeira irá entrar fará alguns exercícios nela para estimular a circulação, sairá do quarto e do sofá eu ficarei olhando para Pepper esperando que ela acorde e cochilarei sem nem perceber.

Nas horas que se seguem tudo o que eu descrevi acontece exceto a parte em que eu desperto do meu cochilo por conta de um ruido, quando o foco voltou eu vi que era Pepper e eu corri pra ela.

— Amor, amor, calma. - digo segurando-a.
— O que é isso?! Me solta! - ela diz assustada. Acho que não está me reconhecendo.
— Pepper, calma, sou eu, Tony. - eu digo e ela se acalma um pouco. - Sou eu. - repito e sorrio.
— Onde eu estou?
— No hospital. - eu aperto a campainha e em poucos segundos a enfermeira surge, acena com a cabeça ao vê-la acordada e saí do quarto, acredito eu que foi atrás do médico.
— O que aconteceu? Por que diabos eu tô com a mão enfaixada e minha perna está tão pesada?
— Você sofreu um acidente. Estava caminhando no calçadão da praia um motorista teve um enfarto enquanto dirigia perdeu o controle e acabou te atropelando.- pego sua mão e a acaricio. - É bom ver seus olhos azuis de novo. - alguém bate a porta e entra, é o médico.
— Que bom vê-la acordada! Eu sou o doutor Christian Rossi.
— Eu sou a Virginia Potts, mas pode me chamar de Ginny ou Pepper.
— Bom saber que você se lembra do seu nome e dos seus apelidos. Vou examiná-la, está bem?- ele faz uma série de perguntas como nome dos pais, do irmão, da melhor amiga, o que antecede tal dia da semana e qual o sucede, repetiu a pergunta, mas trocou o dia da semana por números, testou seu conhecimento básico de matemática pedindo-a pra somar, subtrair, multiplicar, ou dividir as contas, perguntou sobre algumas cores, a instigou a rir e estimulou um curto exercício de seu rosto, e por último usou uma lanterninha que devido a vontade dela de desviar o rosto acho que a incomodou. - Excelente, Pepper, você completou os exercícios com louvor. - diz ele que sorri satisfeito. Ele ia dizer ou perguntar mais alguma coisa, mas ela começou a rir e nós ficamos sem saber o por que.
— O que é engraçado, Pepper? - eu pergunto.
— Nem passamos pelo o bug do milênio e o pessoal da tevê já tá falando em 2012. - ela continua rindo, mas na mesma rapidez que viro a cabeça pra ver o noticiário eu a viro pra encarar o médico. - Que foi?
— Que data é hoje? - o médico pergunta.
— Se o que me aconteceu foi hoje então são 23 de novembro de 1995, se foi a mais dias eu não sei que data é, mas por que a pergunta? - 95? Eu engoli seco, a tensão me tomou e alternei entre olhar para o médico e pra ela. - Vocês podem me falar o que tá acontecendo? Por que você está tenso, Tony? E por que a data é importante?
— Responderemos as suas perguntas, mas preciso que você se submeta a exames.
— Ué, mas você já não fez?
— Já, mas eu preciso de exames detalhados. - nós saímos do quarto e enquanto a preparavam para os exames eu e o médico discutíamos sobre a situação.
— O que podemos fazer pra reverter isso?
— Casos de amnésia são complexos, o trauma que ela sofreu foi forte e o tempo que ela passou desacordada contribuíram para essa perda.
— Eu entendo, mas seria mais compreensível que fosse algo recente 1 mês ou 1 ano e não 17 anos!
— Infelizmente, Sr. Stark, traumas não se baseiam em lógica e compreensão. Existem casos onde o paciente em questão nunca teve qualquer tipo de trauma, era uma pessoa saudável e estabelecido tanto na vida financeira quanto na pessoal que foi dormir após chegar do trabalho ou de uma viagem, etc e quando acordou no dia seguinte haviam perdido completamente a memória.
— Recuperaram a memória?
— Alguns sim, completamente inclusive. Outros, apenas flashes e outros reconstruíram suas vidas mesmo sem lembrar da anterior. - eu esfrego a testa com dois dedos e suspiro enraivecido por conta de todas as coisas ruins que aconteceu a nós. - Sei que isso não é fácil, Sr. Stark, mas para ela será ainda pior, teremos de colocá-la em nossa realidade com sutileza.
— Como é que eu vou dizer com sutileza que ela esqueceu 17 anos da vida dela? - o médico não me responde. - Bom, quando eu for deixá-la a par de tudo eu prefiro fazer isso a sós para não causar ainda mais estranheza, pode ser?
— Pode. Quando os exames acabarem o senhor poderá falar com ela. - eu assinto o médico vai embora e eu fico pensando em como vou contar pra ela tudo o que aconteceu nesses últimos 17 anos.

Estou trêmula, chorosa, nervosa, eu não consigo acreditar que estou em outubro de 2012, que perdi 17 anos da minha vida, eu não quero acreditar nisso! Isso tem que ser uma brincadeira do Tony, tem que ser, não pode ser verdade, eu não posso ter vivido tudo isso e não lembrar, eu não posso ter me casado com ele e não lembrar, eu não posso! Eu apelo para médico e enfermeiras para que me digam ao menos o ano em que estamos e dão a mesma resposta que Tony, eu me desespero e clamo pelo os meus pais, meu irmão, a Lis, alguém que eu confie que eu saiba que não vai me sacanear e ele diz que já chamou e que estão pra chegar e durante minha espera ele ficou fora do meu quarto. A porta abre e eu vejo três rostos conhecidos, entretanto, mais velhos que eu me lembre.

— Mãe. Pai. Bob! - os três dão um jeito de me abraçar e eu me sinto segura graças a presença deles.
— Como você está se sentindo, querida? - minha mãe pergunta acariciando o meu rosto.
— Mãe, eu sinto um vazio aqui no peito. Um vazio que eu não consigo explicar. - ela me da um abraço com cuidado para não me machucar e planta um beijo na minha cabeça como ela fazia quando eu tinha pesadelos e ela vinha me acalmar. - Em que ano estamos? - os três se entreolham e entram em um acordo com um aceno de cabeça.
— 2012. - ela diz e uma fagulha de medo incendia minha mente e meu corpo.
— Eu sou casada com o Tony? - pergunto temerosa.
— Sim. - meu irmão responde e eu me desespero.
— Ginny, se acalme.
— Me acalmar?! Pai, eu perdi 17 anos da minha vida não tem como me acalmar!
— Não, não tem como, mas você precisa se acalmar. - diz minha mãe com doçura em sua voz. - Respire fundo, se ache e pergunte o que quer saber que vamos responder... Exceto sobre o seu casamento isso você vai ter de perguntar ao Tony. - eu me frusto com a resposta por que tudo o que eu não quero agora é encarar Tony, mas pelo visto terei de fazer isso.
— Então pelo menos me coloquem a par da vida de vocês.
— Sou um arquiteto renomado, me casei com uma mulher chamada Gwen, sou pai de duas meninas, Audrey de 12 anos e Bella de 5 anos.
— Eu tenho duas sobrinhas. - sorrio emocionada, contente por meu irmão e ele aperta minha mão. - Eu espero que você cuide bem das suas meninas, Bob.
— Cuido tão bem quanto posso.
— E vocês dois? Por favor, me digam que ainda moram em Miami.
— Não filha, só eu moro em Miami, sua mãe mora em Washington. Sua mãe e eu nos separamos em 97. - a notícia me pega de surpresa e eu quase pulo da cama.
— O quê? Por que?
— Não vem ao caso, Ginny. O fato é que assim como seu irmão, seu pai e eu estamos muito felizes com as novas famílias que formamos.
— Como assim novas famílias?
— Nós nos refizemos depois que nos separamos. Eu me casei com o Frank...
— Frank? Meu padrinho Frank? - ela assente.
— Aquele traidor. - meu pai diz e minha mãe lhe dá um olhar mais que mortal.- Não me olhe assim, Eva, ele foi um traidor.
— Não me faça discutir com você, Brian. - percebo um tom de mágoa a até mesmo ressentimento na voz dela e ele se contém.
— E você pai?
— Eu? Eu não me casei de novo. - ele coça a cabeça e suspira. - Mas você tem um irmão que está prestes a completar 15 anos. - sinto os meus olhos arregalarem, minha boca despenca, meus pensamento vão a mil, agora entendo a separação e o ressentimento da minha mãe há pouco, meu pai a traiu! Raiva e indignação são os primeiros sentimentos que me tomam e olho para ele sentindo uma raiva como nunca senti antes. - Não me olha assim, filha.
— Eu preciso de um tempo pra assimilar tudo isso, será que vocês podem me deixar só? - peço com um tom nada amistoso.
— Vou mandar o Tony entrar, tá certo? - eu assenti. - Procure ouvir ele até o fim, está bem? E quando a conversa terminar descanse. - os primeiros a se movimentar pra sair do quarto foram minha mãe e meu irmão, meu pai ainda permaneceu me olhando e apesar de saber toda a raiva que eu tava sentindo ele beijou a minha testa, eu me recuso a olhá-lo e por isso fecho os olhos e só torno a abri-los quando ouço a porta bater, é questão de segundos para que a porta se abra novamente e Tony entre, ele está abatido, sua barba espessa apaga o seu mundialmente conhecido cavanhaque, mas o que antes eu ignorei por conta do meu alvoroço ao acordar foi alguns fios brancos da sua cabeleira negra. O contato visual estabelecido fez com que meus pelos se eriçassem, tudo o que eu quero agora é entender nossa história e como ela evoluiu para esse patamar.
— Quando você disse que era casado eu jurava que era com a Bethany. - Bethany Cabe, a única mulher a qual eu vi Tony realmente babar arrisco dizer até a amar, a relação deles era bem complicada e ele realmente se empenhava para mantê-la, mas eles viviam em um triângulo amoroso onde ele amava a Bethany que amava ele e o ex-marido ou é ex-noivo, enfim, o fato é que Tony tem ou tinha os quatro pneus arriados por ela. - Você se mudou para a Europa pra ficar com ela, não admitia que ninguém falasse mal dela e quando sua mãe fazia isso você brigava com ela sem se importar se suas palavras a machucavam, mas agora tenho a surpresa de saber que não foi com ela que você se casou e sim comigo, por que?
— Por que duas pessoas se casam, Pepper? - ele pergunta com deboche. - Eu vi a vida de outra forma e como a construí com você foi muito melhor do que como eu imaginei que seria com ela. Muita coisa aconteceu nesses últimos 17 anos, eu mudei.
— Há quanto tempo somos casados?
— 15 anos. - minha boca vai ao chão e ele se senta ao meu lado, seus olhos transparecem cansaço e quando nosso contato é quebrado ele olha para as mãos e respira fundo. - A história é longa, espero que não esteja com sono. - ele se ajeita na cama, da um sorriso cansado e começa a narrar os fatos que nos levaram a casar.

Depois daquela conversa eu o evitei por uma semana que por acaso foi a que eu fique até ter minha alta, de lá pra cá eu fui vendo as novidades da minha vida e me colocando a par também da vida das outras pessoas ao meu redor, Lis ainda continua com sua filosofia de viver cada dia como se fosse o último, Rhodes casou-se teve um filho se separou e atualmente mantém um relacionamento com uma Tenente do exército, Happy também se casou e também é pai só que de uma menina e vendo a vida deles assim eu fico me perguntando por que eu e Tony não tivemos filhos, será que um de nós ou nós dois somos inférteis? Ou será que quisemos assim? Eu perguntei a minha mãe e a Lis, mas ambas fugiram do assunto e eu não insisti talvez queiram que eu pergunte ao Tony e farei isso mais tarde quando tiver em minha casa... Nossa casa.

— Pronta pra irmos?- ele pergunta ao entrar no quarto, eu assinto e ele pega a bolsa de mão, eu me ajeito com as muletas que vão ser minhas companheiras por um tempo e sigo meio sem jeito para o carro.- Sua família vai estar lá em casa.- eu balanço a cabeça e nós seguimos pra casa sem trocar uma palavra sequer.

A mansão em que ele vive pertence a família Stark há muito tempo, eu lembro que Tony vivia dizendo que quando saísse da casa dos pais iria morar aqui, mas eu achava que ele só dizia isso da boca pra fora, obviamente o imóvel passou por reformas e ganhou o toque dele, quando entrei fui recebida por um cachorro me assustei no começo, mas eu gostei de saber que temos um cachorro tão lindo e dócil.

Me senti bem aliviada ao ver tantos rostos conhecidos e saber que não vou ficar sozinha com ele logo de cara, os pais dele também estão aqui e mesmo depois de tantos anos ainda gostam da minha pessoa o que é bom por que eu não queria que a relação entre eles e eu fosse igual a do Tony e do meu pai que por sinal ainda não conseguiu todo o meu perdão e pelo o que eu vi nem o do Robert, já minha mãe parece feliz com o Frank e eu espero que eles continuem assim ela não merece sofrer outra decepção, a minha cunhada e as minhas sobrinhas também estão aqui me permitindo finalmente conhecê-las meu irmão soube escolher a esposa ela é linda e muito simpática a beleza dos dois foi passada para as filhas que são lindas loirinhas dos olhos verdes e pelo o que eu vi gostam muito do Tony a mais nova foi um pouco cismada no começo, mas logo se rende a ele que a meu ver daria um ótimo pai. Conforme o tempo passa minha família, Lis, Rhodey, Happy e os pais de Tony vão embora e o silêncio que fica entre nós é constrangedor.

— Você quer descansar?
— Não, quero comer.
— Então eu vou fazer minha especialidade.
— Macarrão com queijo?
— Ding, ding, ding! Ponto para a moça linda e ruiva. - ele me guia pela casa e me leva a cozinha, com o seu jeito extrovertido ele me distrai enquanto "cozinha" e por um momento esqueço de toda essa confusão. - E então está bom? - eu assinto e passamos a conversar e essa foi a conversa mais louca da minha vida por que nós não falamos sobre o passado e nem sobre o presente só estamos falando, é como se fosse um mecanismo para matar o tempo e acabar com o constrangimento e isso funcionou até chegar a hora de dormir, apesar de eu insistir pra que eu fique em outro quarto ele me faz ficar no ''nosso quarto" e por mais que aquele cômodo me pareça familiar eu ainda me sinto deslocada ali dentro e custo a dormir.

Se foi três dias desde a minha chegada a minha "casa", volta e meia, Tony, some e volta e meia os pais dele ou meus pais aparecem aqui, me fazem companhia por um tempo e depois eu volto a ficar sozinha, a mansão é tão grande e solitária que chega a ser incômodo ficar aqui só, agora que tenho mais intimidade vago pela a casa e resolvo descer a escadaria que fica na sala, quando chego lá embaixo me deparo com uma parede e porta de vidro que tem uma tranca que exige um código pra poder entrar.

— Jarvis, qual é a minha senha?
— 911.- eu rio, não acredito que a minha senha é o número da emergência. Digito e a porta se abre silenciosamente, Tony está sentado em uma cadeira e debruçado sobre uma mesa, meus passos são silenciosos e cautelosos, mas antes que eu o toque vejo a esquerda de sua mesa um porta retrato de vidro que tem uma foto onde Tony e Howard seguram um menino, cada um segura uma perna e o menino um troféu, o sorriso dos três é largo evidentemente de satisfação, mas o que me chama atenção é que a diferença entre a criança e os homens mais velhos são os olhos azuis que ela possui... Será? Não é possível! - Tony. - eu chamo e ele se vira girando a cadeira sua expressão é de confusão e aflição, mas eu ignoro tudo isso e preparo a pergunta que quero saber. - Quem é esse menino? - ele olha para o chão por alguns segundos e hesitante começa.
— Amor... Na nossa história tem coisas que não te contei. - o tom dele não me transmitia algo bom e apesar de ter ficado ali parada eu não sei se quero saber o que ele ainda não me disse.


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