Central Park

Percy, junto a Jason e Nico mantinham sozinhos a aproximação das criaturas, até então desconhecidas. Segundo Diana, eles se pareciam com Mahkai, mas diferentemente deles, esses monstros tinham apenas um tronco, apesar dos quatro braços e tinham a pele esverdeada e não ébano como são os Mhakei, contudo, segundo ela mesma; os Mahkai apareceriam cedo ou tarde e se aparecessem agora, tudo seria perdido uma vez que Vesta desapareceu e a chama, tivera o mesmo destino de sua “mãe”, embora, a presença de Emily contrariava toda essa lógica.

O lago chamado de The Roservoir, estava bem agitado. Percy, fazendo jus de seu poder de filho de Poseidon, criou uma massiva parede de agua e sempre que as criaturas se aproximavam, ele os atingia com jatos d’aguas tão potentes, que alguns perdiam seus membros, fato que Diana não acreditava, mesmo os Olimpianos tiveram dificuldade para, sequer, feri-los e aquele semideus, estava desmembrando seus algozes.

– Humano! – Ela bradou, ao lado de Emily, que se mantinha quieta, sendo protegida por Jason. – Como um filho de Netuno é capaz de lutar assim, tão formidavelmente? Nunca houve um filho do mar com tamanho poder.

– Não sei o que acontece com Netuno, mas sabe? Quando ele era chamado de Poseidon ele era bem fortinho. – Ele suava, demonstrando quanta energia empregava para manter aquela parede.

– Poseidon? – Questionou mais para si, do que para os outros. – Você conhece Netuno pelo seu nome Grego?

– É claro! – Percy olhou para a deusa com um olhar, tipo “WTF” – Eu sou Grego, afinal. – e soltou mais um jato, jogando mais uma criatura para longe.

– Entendo. – Divagou, a deusa. – Vocês são todos semideuses gregos. – Ela olhou para Jason e depois para seu pulso, olhando sua tatuagem SPQR com raio, a dez listras. – Essas marcas são romanas, você é um filho de Roma.

– Sim, minha senhora. – Falou Jason. – Mas, a história é longa, o que podemos explicar é que tivemos um grande problema com gigantes e tivemos que nos reunir.

– Gaia.....- Novamente divagou. – Vocês mataram os Gigantes e agora, vieram para esse lugar, para nos ajudar. – Ela saiu de seu transe e caminhou em direção a Percy, que já não tinha mais a potência de outrora. – Acredito que meu pai esteja fazendo algo em relação a isso.

– Sim, foi ele que nos mandou. – Nico, também, suando, saiu de um buraco de sombra. Nico também estava fazendo sua parte, Percy era forte, mas não seria capaz de evitar todos os ataques, a aqueles que conseguiam penetrar, eram levados ao submundo por uma mancha negra que nasciam em seus pés, esse era Nico, usando de seu dom de filho de Hades. – Meu Pai, Hades e meus tios, Zeus e Poseidon nos enviaram, como deve imaginar, nossa missão é encontrar a chama protege-la e leva-la ao Olimpo.

Diana demonstrou uma tristeza nos olhos, como se ao ouvir a palavra Olimpo, ele sentisse uma tremenda dor em seu amago, que de fato, era verdade.

– O Olimpo, caiu, meu jovem. – Lagrimas verteram de seus olhos. – O que restou de minha casa foi escombros, meu Pai foi superado, meu irmão morto e minhas irmãs capturadas, estou aqui com o pingo de esperança que reuni para salvar minha terra, mas...

Ela não terminou, via que a situação não era boa, as criaturas vinham com força total e não davam indícios que parariam tão cedo e pior, se mesmo Hércules fora superado, aqueles jovens também seriam.

– Olha, quer saber? – Parcy “acordou a deusa, que estava perdida em sua própria dor. – Quando lutei com Cronos...é quer dizer, para você é Saturno, que seja. – Ele ainda usava a força para manter a barreira de agua. – Ele conseguiu entrar no Olimpo e vou te dizer, a coisa foi feia, ela arrebentou toda sua casa, enquanto os deuses estavam lutando contra Tifão, o Olimpo fico acabado, destruído e vou te dizer, nem Hércules foi capaz de vence-lo, acho que ele deve ter fugido pra ser sincero, mas a verdade é que após Cronos perder e Tifão derrotado, o Olimpo, foi reconstruído pela minha namorada, Annabeth que é filha de Atena, então...- Diana o interrompeu.

– Filha de Minerva? Mas isso é impossível! – Exclamou. – Minha irmã é virgem, assim como eu!

– Longa historia. – Deu ombros. – Mas a questão é, assim como na batalha contra Cronos, podemos reconstruir o Olimpo, quanto a seu irmão, Apollo, devemos apenas honra-lo derrotando esses monstros e outra coisa! Era você que tinha que estar me dando força não o contrário, entendeu?

Jason sorriu; Nico, também. Era raro ver situação onde um deus perdia suas forças, não a força de seus braços, mas sua fé e Percy, fizera exatamente o que Bob fez quando estava de frente com Tártaros, há anos atrás, deu forças a Percy, lhe deu fé e fé, era tudo o oque Diana precisava.

– Nunca imaginei que seria amparada por outro homem que não seja meu irmão. – Diana, ao contrário de antes, ela possuía um olhar de predador, como todo caçador possuía. – Lhe agradeço, filho de Netuno, lhe agradeço por lembrar-me de não perder a fé. – Ela caminhou em direção ao semideus. – Descanse herói, está na hora de eu ser a Deusa que deveria ter sido.

Tocando o ombro de Percy a deusa o fez cair, não como se tivesse atingido e machucado, mas sim, derrubado para descansar. Com efeito, a parede de agua caiu e os monstros, agora vistos, correram com as bocas espumantes em direção ao grupo

– Felicito-o, ó filho de Poseidon. – Diana fitava um grupo de criaturas que chegavam ao número de mais de cinquenta. – Foi capaz de segurar sozinho esse grande número de monstros, honrarei seus esforços com tudo que possuo.

Percy, sentado um pouco atrás da deusa, sorrio. – Eu já vi como a senhora luta, quer dizer, quando estava em sua forma de Artemis, seja como for, eu sei qual é sua força e confio em ti para nos livrar dessas coisas lindas ai.

A deusa sorrio, era raro ela lutar ao lado de um homem, tão raro que lutou apenas ao lado de Orion, que mais tarde tentou corteja-la e foi morto por Apolo, mas ali, junto aos semideuses, junto a aquele filho de Poseidon ou Netuno, ele se sentia como na época em que lutou ao lado de Orion, quando ambos era como um, quando eram perfeitos e lutavam como irmãos. Indubitavelmente, se lembrou de Apolo, que mesmo irritante e deveras ciumento, era um grande irmão, protetor e de certa forma engraçado e incrivelmente poderoso quando este, decidia lutar com tudo o que tinha.

– Levante-se, Perseu Jackson. Há eons não convidava um homem para a caça, e hoje, chagara a hora de fazer tal convite.

Percy não entendeu e se não fosse por Jason, que até o momento estava calado, levanta-lo e dizer que Diana estava chamando-o par alutar ao lado dele, assim como foi com Orion, a eons atrás. – Ela está chamando-o para fazer parte da caça.

– Éé....- Foi isso que saiu da boca de Percy.

– Isso é tudo que tem a me dizer, Herói? – Sorriu a bela e surrada Diana. – Não é educado deixar uma donzela esperando.

– Seria uma honra. – Voltou a si. – É, eu não vou precisar parar de namorar né?

Diana não podia deixar de sorrir com tal comentário. É de comum conhecimento que as caçadoras, são virgens, como a Deusa e mesmo que a pergunta tenha sido engraçada, foi válida de um jeito bem cômico.

– Haha, não, não Percy Jackson, você não precisara abandonar sua namorada. Nossa caçada irá durar até terminar essa missão.

– Então, esta na hora de matar alguns monstros. – Percy, com sua espada em mãos e pronto para a batalha, sorria como se estivesse pronto para iniciar uma disputa com um grande e velho amigo. – Ei Grace! Vai ficar parado aí sem fazer nada?

– A missão dele é proteger a menina e o menino, quando ao filho de Hades, devo dizer que seu dom nos dará uma grande vantagem, vocês dois levem Pegasus e Emily para longe dessa área. Joel, acredito que você conheça a essa cidade muito bem, ajude-os, guie-os para um local seguro.

–Sim senhora. – Joel, que conhecia a história de todos os Olimpiano, mal pode se conter quando Diana deu a ele, aquela “missão” e mesmo que ele morresse, ele completaria tal tarefa.

– Senhora. – Emily, se adiantou. – Meu Pai, ele ficou de me encontrar aqui. – Ela sentia muita dor em suas pernas, mas estava firme. – Ele pode nos ajudar ele é policial.

– Muito bem minha linda. – Diana se adiantou até o Pegasus, onde estava Emily. – Sua coragem e força me surpreende, devo dizer. – Ele sorriu. – Vá com esses heróis ao lugar onde está seu Pai, Joel cuidara de você e Jason e Nico irá proteger vocês assim.

– Sim senhora, iremos conseguir. – Disse Emily e foi surpreendida por um beijo carinhoso de Diana, como há tempos não recebia de uma mulher, como recebia de sua falecida mãe. – Se cuide por favor.

– Não se preocupe minha criança. – Sorrio a deusa. – Estou bem acompanhada e irmão. – Olhou para Jason. – Seu destino está entrelaçado a essa jovem, em hipótese alguma, deixa-a sozinha.

– Sim, é...irmã, se cuida. – Ele estava vermelho, afinal, a única irmã que tinha contato, era Thalia e raramente ela a via. – É raro eu ver minhas irmãs, eu não queria...- Se calou, não conseguiu terminar a frase.

– Não há com que se preocupar, meu irmão. – Ela segurou a mão de Jason. – Já perdi um irmão antes e não perderei novamente, agora, vá e proteja-os com tudo o que tem.

– Sim. – Jason estava orgulhoso, raramente tinha a confiança de uma irmã e quando tinha, era de Thalia, agora sua irmã divina, estava dando a ele, uma missão, cujo qual, segundo ela, transcendia as eras. – Vamos! Disse de pronto.

Tão logo, Jason, Pegusus e os outros deixaram Percy e Diana sozinhos com as cinquenta criaturas. A diferença, agora era que ambos poderiam lutar sem se preocupar em proteger outras pessoas e agora, poderiam empregar sua total atenção aos invasores

– Venham! Eu Diana, filha de Júpiter senhor do céu e dos raios, deusa da Caça e da Lua, acabarei com cada um de vocês! – O brado da deusa ecoou por todo o Park, era como se um terremoto tivesse sacudido a terra, como se os deuses, que não era mentira, viessem para a terra em todo seu esplendor.

Ela atirou sua lança, num silvo mortal, a lança levou consigo quatro criaturas de uma vez. O estranho, como reparou a deusa, os monstros, diferente de antes, foram mortos o mesmo instante.

– Eles estão morrendo. – falou.

–Hué? Não é essa a intenção? – Perguntou Percy.

–Sim, sempre foi, mas eles simplesmente não morriam. A grande razão pelo Olimpo cair, foi porque esses monstros, simplesmente não morriam, somente os raios de meu pai, fazia algo realmente considerável, mas agora.

– Bom, não faço ideia do que seja, mas se estão morrendo, ótimo. –

Novamente o lago explodiu, vários tentáculos de agua emergiram do lago, pegando cada monstro, jogando no ar e antes que atingissem o solo, Diana em todo seu poder acabavam com elas em uma voracidade incrível. A deusa, não era simplesmente uma eximia caçadora, mas era umas das melhores guerreiras do Olimpo, tirando sua irmã mais velha em sua forma Grega, Atena.

Diana brandia sua lança, agora de volta as suas mãos, como se estivesse brincando. A cada movimente, era dois ou três monstros mortos. Quando ela atirava a lança, mais ou três caiam e não era somente isso, Percy lutava como um titã, não usava somente as aguas do lago, ele usava sua espada, Contracorrente como se ela fosse uma extensão de seus braços, eram como um só; ele estocava, riscava e girava. A cada movimento, ele levava consigo dois monstros.

Diana se sentiu como se estivesse na época em que lutou ao lado dos irmãos Hércules e Apolo, quando ambos, matarem o gigante Gration, no Olimpo. Foi uma luta incrível, onde Apolo o enchia de flechas e Diana o distraia com suas estocadas com a lança, Hercules por sua vez, o atingiu com sua clava acabando de vez com o gigante.

Desta vez, era ela e o filho de Poseindon ou Netuno. Ele lutava de forma desleixada, sem postura ou melhor dizendo, sem padrão, o que deva aos seus adversários pouquíssimo tempo para pensar e tempo nenhum para prever seus golpes, uma vez, que não tinha padrões e era inconstante, ora, ele estocava, ora batia com o cabo da espada, quando não decidia cortar.

– Muito bem, Semideus. Agora entendi. – Devemos ter lutado juntos em algum momento. – Todas aquelas lembranças, de fato, era porque ela se sentia nostálgica, era devido ao fato de que, em algum momento, era havia lutado ao lado de Percy. – Não sei quando e nem onde, mas sinto que lutei como sua companheira.

– Haha. – Ele ria enquanto cortava ao meio um monstro. – Sim, lutamos há alguns anos, acho que eu tinha quatorze anos, meu deus, já faz mais de dez anos. – Era como se eles não estivessem prontos para perder a vida numa luta contra uma horda de criaturas insanas. – Lutamos contra Atlas no monte Tam e devo dizer, eu te vi se transformando em Águia, em Urso e gazela, foi completamente estranho e completamente incrível!

– Atlas! Meu antigo inimigo. – A Deusa, não se recordava daquilo, mas ela desconfiava de onde ele tinha vindo, e isso dava margem ao que ele dizia. – Muito bem, Perseu Jackson, se gostou dos meus golpes, mostrei-lhe outra vez mais.

Foi a deixa, Diana correu como um trem para cima dos monstros. Percy, de longe, via a mesma cena, ora era um urso de duzentos quilos trucidando um monstro, ora era uma gazela em passo singelos e suaves jogando os mesmos monstros para o alto, ele viu também uma rena empurrando as criaturas.

– Já que é assim. – Percy levantou-se em uma mini tempestade. Seu corpo foi coberto por um furacão, ele levitou-se e um singelo abalo de terra seguiu-se a isso. – Está na hora de mandar esses caras pra bem longe.

– Devo concordar com você!

As criaturas tinham sido reduzidas a quase nada, muitas deles fugiram e outros jaziam acabadas, mortas. Mas, não era o fim, algo estaria vindo para testar aquela dupla, algo que feria ambos usarem tudo o que tinham....

– Há quanto tempo, Artêmis... – A voz ressoou de um ser corpulento, forte e com um olhar de predador, o que de fato, é o que ele era.