A filha de Esme e Carlisle escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 3
Capítulo 2




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Esme’s POV

Eu fiquei muito contente apesar de para os meus pais ter parecido que eu estava chocada quando soube que iria me casar com o doutor Cullen. Eu estava prometida para ele, mesmo ainda sendo muito nova para me casar. Ele foi muito gentil em esperar alguns anos para a cerimônia.

A vida segue normalmente, eu ainda vou para a escola. Lá, gosto muito de ensinar os mais jovens e às vezes eu até ajudo a professora.

O Dr. me contou que seu nome era Carlisle, que sua família havia vindo da Inglaterra, sua mãe morrera lhe dando à luz, mas, infelizmente, como seu pai e sua tia não tinham condições o deixaram em um orfanato em Columbus, onde ele havia crescido. Sozinho.

—Pobrezinho. Eu não vou deixá-lo só. Nunca. Vou fazer tudo que puder para fazê-lo feliz. – minha mão tenramente afaga-lhe o rosto. – Seus pais teriam orgulho de você ser médico.

Carlisle segura minha mão.

— Obrigada pela compreensão Esme. E pelo carinho. ...Mas eu preciso lhe contar algo... não quero esconder nada de você. Não quero te machucar. Deus sabe como eu não quero te machucar. Eu amo muito você e se você quiser ir embora depois de me ouvir...

— Carlisle eu não vou. Eu não posso. Eu te amo.

— Esme... sou... eu sou um vampiro.

Fiquei um pouco espantada. Mas as lendas que eu ouvi os vampiros eram feios e tinham aversão a sangue. Como pode ser? Carlisle é médico. Médico! Vê sangue todos os dias. Parece que ele sentiu o pavor em meu rosto, mas não era medo, era admiração:

— Você está com medo?

— Mas como? Você é lindo e mexe com sangue todos os dias.

— Você não está com nojo de mim?

— Carlisle! Oh Carlisle, claro que não! Eu nunca teria nojo de você. Você é um bom homem. Eu te amo. Sou sua noiva. Agora quero mais que tudo ser sua esposa.

— Por quê? Está interessada na imortalidade que eu poderia lhe dar?

— Não é isso, parece que não me conhece, eu não sou assim.

— Por isso que gosto de você Esme, você é uma moça diferente de todas que já conheci. É uma honra para mim tê-la a meu lado.

— Eu é que sou afortunada, mas você ainda não me explicou porque você é lindo?

— Você imaginava que os vampiros são feios?

— Horríveis. Assustadores.

— Eu posso ficar assim... Mas não quero te assustar.

— Eu sei que você pode. Mas então o sol não te queima?

— Não. Olhe!

Ele se colocou na frente da janela onde um raio de sol atingiu seu lindo rosto angelical. Eu gritei desesperada:

— Nãaaaaaaaaaaaaaao.

— Confie em mim, amor – a voz gentil dele era calma e serena.

Então eu vi a coisa mais espetacular do mundo, meu anjo brilhando, foi como se ele tivesse uma aura que resplandecia sobre ele agora nesse momento. Eu perguntei:

— Dói?

— Nada.

— Água benta? Balas de prata? Crucifixo? Estaca? Alho?

— São apenas lendas. Está vendo o meu colar?

— Uma cruz!

— O que acaba mesmo com a gente é nos esquartejar e queimar.

— Que horror!

— Isso nunca vai acontecer comigo Esme – ele me abraça firme contra o peito musculoso e forte. Meu homem. Meu noivo. Além de lindo e rico, ele é inteligente, sábio e sensível. Sabe como tratar uma mulher.

— Você é lindo!

— Como eu posso ser bonito se sou um vampiro? – pude ouvir a amargura na voz dele. - Ou, como eu posso ser um vampiro se eu sou bonito? – ele pensou. - Nem todos os vampiros são feios. Embora alguns sejam realmente repulsivos. Tanto na aparência, bem como nas atitudes.

— Por quê?

— Nem todos os vampiros seguem a dieta que eu resolvi seguir. Eu a chamo de dieta ‘vegetariana’, pois ao contrário da maioria da minha espécie eu me alimento apenas de sangue de animais.

— Carlisle, meu querido, cada vez eu te admiro mais.

— Esme, minha linda, você é uma ótima garota! A melhor do mundo. Fico feliz de ter te encontrado.

— Você tem mesmo 23 anos?

— Sim, eu tenho.

— Há muito tempo?

— Desde 1663. Eu nasci em 1640 na Inglaterra...

— No período da Revolução Gloriosa!

— Quase, um pouco antes. Eram tempos muito conturbados. Em que vigorava a intolerância religiosa.

— Mas como você se tornou um... anjo?

— Anjo, Esme? Eu sou um demônio. Um VAMPIRO!

— Não! Você é um anjo. Escolheu ser um anjo. Você cuida das pessoas feridas... Como consegue?

— Séculos de prática.

— Como você se tornou um anjo, Carlisle? – voltei à pergunta que ele não havia me respondido anteriormente.

— Meu pai me encarregou da caça às bruxas e monstros quando ele ficou velho. Não me conformava nem me sentia confortável com a matança de tantas pessoas inocentes, erroneamente condenadas por serem o que não eram. Se fossem o que eram acusadas de ser, nós nunca as pegaríamos. Diversas mulheres que buscavam apenas curar com plantas foram condenadas como bruxas... Eu era muito inteligente, tanto que encontrei um grupo de verdadeiros vampiros nos esgotos da cidade de Londres, quando cercamos eles, eu e algumas pessoas, um deles veio para cima de mim e me atacou, e a outros três.

— Oh! – meu queixo caiu, fiquei espantada com a história de meu noivo.

— Eu sabia que meu pai destruiria qualquer coisa que foi tocada pela criatura – Carlisle continuou. – até mesmo seu filho. Então eu me arrastei e escondi no meio de batatas podres em um galpão enquanto a dor me corroía. Quando a dor passou e eu senti que podia sair na noite – eu enxergava tão bem como se fosse meio-dia – ao ver pessoas ao longe pude sentir o sangue delas correndo em suas veias, senti necessidade de atacar e satisfazer minha sede. Fiquei revoltado de ter me tornado um mostro. Tentei me matar...

— Não!- Disse exasperada. Não podia imaginar MEU Carlisle morrer.

Porém, ele continuou como se eu não tivesse o interrompido:

— ...mas devido à minha enorme força de recém-criado, ou seja, vampiro novo, não surtiu efeito minhas tentativas de suicídio. Eu estava tão enojado que atravessei então o Canal da Mancha a nado.

— O Canal da Mancha! A NADO!

Ele assentiu com a cabeça e continuou.

— Depois de nadar cheguei exausto à França, eu estava cansado e não queria me alimentar e por isso ficava cada vez mais fraco. Até que, num dia a vontade foi insuperável e eu me vi atacar um rebanho de cervos que passavam. Minha sede era tanta que tomei todos.

— Você nunca encontrou o vampiro que o atacou?

— Para ser sincero, nem quero. Para quê?

Eu bocejei de sono. Carlisle me abraçou e eu dormi assim envolta em seu peito rijo. Meu lar. O lugar ao qual eu pertencia.

...XXX...


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