A filha de Esme e Carlisle escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 12
Capítulo 11: Aniversárioo




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Outubro de 1921 – Toledo, Ohio

Esme PDV

O mês inicia e eu não posso evitar sentir saudade de Edward, logo será meu aniversário e ele não estará presente. Sinto tanto a sua falta! Onde será que ele está? O que estará fazendo? Obviamente eu sei a resposta. Ele está matando. Eu sei que ele vai se arrepender e depois voltará para casa, e estou me preparando para perdoá-lo. Eu e meu marido vamos recebê-lo de volta como o filho pródigo que retorna para casa.

Os dias ficam ainda mais longos quando Carlisle precisa sair e me deixar sozinha. Eu sei que ele fica absurdamente preocupado. Cada manifestação que eu sinto da nossa filha me deixa feliz, mas ao mesmo tempo não posso evitar de sentir a dor cada vez mais intensa. Eu entendo que essa gravidez não é normal. Sufoco um grito e lágrimas escorrem por minha face ao ouvir o som de ossos sendo quebrados. Meus ossos. Carol é forte. Assim como o pai. Mesmo se eu tiver que morrer por ela, eu darei a minha vida de bom grado. Darei a minha vida para o fruto de meu amor pelo meu amado marido. Eu estarei dessa forma dando a minha vida por ele também. Sempre o amei mais do que a minha própria vida. Eu amo tanto Carlisle que não há como explicar.

 

Carlisle PDV

Eu estou no hospital arrumando os papeis para minha saída. A principio serão férias e depois meu desligamento total. Estou dando um tempo em meu trabalho para cuidar de minha mulher e de minha filha que vai nascer. Claro que eu não disse qual era o motivo da minha saída, mas o diretor do hospital ficou mesmo muito contrariado com minha demissão, não compreendia porque, mas não me implorou para ficar. Se eu queria sair deveria ter um motivo muito forte.

Não consegui encontrar um meio para salvar as duas. A principio eu queria me livrar de nossa filha, o erro que eu cometi. Mas assim que eu falei com Esme sobre o meu plano ela me convenceu de que não podia fazer isso com um bebê. Seria como estar me matando e matando ela ao matar nossa filha.

Tenho que conseguir salvar as duas, não quero perder nenhuma. Nem a minha esposa nem a nossa filha que ainda sequer conhecemos. Ela será linda como a mãe!

Mesmo com todo o sacrifício Esme optou por levar a gestação até o fim, a 'morte' dela e o nascimento de nossa filha. Eu vou me concentrar em salvá-la. Não posso perder minha Esme. Não vou permitir. Ninguém pode tirá-la de mim. Ninguém pode separar nós dois. Nada nem ninguém!

Eu também quero sair do hospital para ficar ao lado de minha esposa, não suporto imaginar ela sozinha em casa passando por aquelas dores horríveis. Mesmo com todo amor que sente por nossa filha ela deve sofrer muito cada vez que sente uma contração.

Quando eu chego em casa, a tarde está se transformando em noite. Assim que chego na porta de casa subo correndo para nosso quarto. Esme está a cada dia mais debilitada. Seus olhos apresentam profundas olheiras esverdeadas. Ela está cada dia mais magra, embora sua barriga esteja mais volumosa a cada dia.

...XXX...

 

Dias passam mesmo quando parece impossível e a expressão de minha esposa é cada dia mais assustadora. Até mesmo para mim, que vi muitas coisas assustadoras nesses quase três séculos de existência. Está amanhecendo o dia dezesseis e dou um beijo na testa de minha amada.

— Feliz aniversário, querida!

— Obrigada – ela se esforça para sussurrar.

Fico atônito quando ouvimos mais uma costela sendo quebrada.

— Bom dia filha – Esme se faz de forte, reprimindo a dor que certamente está sentindo. Lágrimas escorrem pela sua face. Eu estendo minha mão para afagar seu rosto. - Obrigada por me desejar feliz aniversário também. Eu sei que você me ama o tanto que eu amo você!

— Não faça assim, filha. Não machuque a sua mãe - peço como se Carol pudesse me ouvir.

— Eu sei que ela não faz por querer. Se ela pudesse iria se desculpar – diz Esme com a voz débil e as mãos sobre a barriga.

— Deve já estar quase na hora.

— Não suportarei mais muito tempo.

— Não fale assim Esme, você vai conseguir.

— Com certeza – diz sua voz evanescente.

— Eu prometo que eu vou transformá-la quando chegar a hora.

— Não sei se eu vou aguentar.

— Seja forte querida – ouvimos mais um estalo.

— Ahhhhhhhhhhh – ela suspira e geme. – Ela é forte. Mais forte do que eu.

Fico em silêncio, sem saber o que dizer. Esme parece saber exatamente o que pode acontecer com ela. Tem plena consciência do que vai acontecer. Ela sabe que vai morrer. E há uma pequena possibilidade de que ela se torne uma vampira. É o que eu espero. Sinceramente, eu espero poder transformá-la. Se eu não tivesse adiado, ela não precisaria passar por isso. Eu a transformaria logo em vampira. Eu não posso viver sem ela. Não poderei suportar se ela morrer.

''Oh Deus, por favor, não deixe Esme morrer, faça com que eu a transforme. Faça com que nossa filha nasça de uma forma que não faça Esme sofrer tanto. Por favor, eu imploro. Eu sei que eu sou um vampiro, e talvez o Senhor me deteste. Mas, eu nunca matei uma pessoa, sou um vampiro bom, ajudo a salvar vidas humanas, mesmo sendo um vampiro luto para não ser um monstro assassino, espero que isso signifique que o Senhor esteja comigo.''

Eu estou fazendo uma oração, não acredito! Estou completamente sem esperança, só resta a fé. Talvez Deus me ouça. Eu espero que, talvez tolamente, que há ainda um ponto para mim, que eu tenha algum credito por tentar. Que eu seja digno de que Deus me ouça.

...XXX...


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