Memórias de uma vida escrita por AnmyChan
Aquela festa estava sem animação e não eram nem 23h da noite, já que os presentes ali não bebiam como eu, ou não sabia o que é celebração de verdade eu estava entendiado. Quando notei que havia pessoas indo embora procurei Stu, que não foi tão difícil acha-lo era só procurar o buffet.
— Hey Stuart. – Cheguei perto dele.
— Fala Ed.
— Vamos embora?
— Sim, mas vai para casa?
— Não, eu estava pensando em ir para uma boate. – Sorri.
— Boate, boate mesmo?- Se aproximou e falou baixo. - Tipo Stripper?
— Não Stuart, boate, música, danças, bebidas, petiscos. Gente que sabe se divertir de verdade.
— Oh Claro, vamos. – Ele levantou e cada um foi para um carro, decidi seguir Stu, que pelo o que percebi estava me levando para a Boate de sempre.
O caminho era o mesmo, as lojas fechadas dando em consideração ao horário, e pessoas bem vestidas com suas roupas de noite, sem falar as várias garotas de programas que estavam por ali. Estacionei o meu carro assim que vi o Stuart fazendo isso, desliguei o carro e joguei a chave no bolso, saindo e fechando a porta. Liguei o alarme depositando minha mão no bolso da minha calça, eu estava sem o meu terno e apenas com a camisa social com mangas dobradas até os cotovelos. Fomos em silencio até a porta, recebendo assovios e gritos de quem estava por ali, dei alguns autógrafos e quando fui tirar uma foto uma moça me puxou e me beijou a boca, eu comecei a rir sem jeito.
— Meu primeiro beijo. – Brinquei.
— Digo o mesmo. – Ela sorriu e eu fiquei com a maior cara de incrédulo.
Olhei para Stu, e ele apenas riu e me puxou para dentro, a música alta, o cheiro de cigarros misturado com o cheiro de álcool, era tudo tão familiar e ao mesmo tempo estranho. Sentamos em uma mesa afastada com uma corda na frente escrito “VIP”, estávamos em casa. Stu pediu uma Smirnoff, e eu uísque.
— Vai devagar Ed, faz tempo que você não bebe. – Ele me alertou.
— Esta tudo bem, eu sou adulto agora, eu acho.
— Quanto mais velho, maior é a duvida.
— Me deixa seu velho chato. – Sorri e recebi minha bebida.
Da onde estávamos, dava para ver claramente a pista de dança uma moça, loira de olhos azuis e um corpo totalmente bem definido dançavam e iam até o chão encostava-se a um rapaz. Ela rebolava, passava a mão nele, e me encarava dando a entender que ela queria fazer aquilo tudo comigo. Olhei instantaneamente para Stu, que me estava de boca aberta olhando para ela e para mim.
— Ela quer seu brinquedinho Ed. – Ele riu.
— Ela quer é outra coisa Stu.
— Mas mesmo que ela queira fama e seu dinheiro, vai lá bobo. Vai se divertir.
— Não sei, ela é gostosa, mas não faz meu tipo.
— Como? Cresceu e agora tem tipo?
— Fica quieto Stu. – Gargalhei voltando minha atenção para a multidão, então eu a encontrei, Rose a Barman estava por ali.
Ela estava com um vestido preto e salto, cabelo estava em um rabo de cavalo e sua amiga estava do seu lado. Sabia que talvez ir atrás dela seria meio problemático. Me contentei em observar o seu trajeto pela boate, a amiga dela a guiou até o bar e foi nesse momento que chamei o garçom.
— Toma. – Lhe entreguei dinheiro. – De uma dose da sua melhor batida para ela. – Apontei.
— Claro Senhor.
— Então aquele é o seu padrão? – Stu disse sorrindo.
— Exatamente.
Acompanhei de longe o garçom se aproximando dela e oferecendo a bebida, no começo vi que era recusou e depois aceitou quando o rapaz apontou para mim que acenei e ela sorriu. Um sorriso largo fazendo seus olhos fecharem, e então a chamei.
— Tem certeza Ed?
— Tenho.
— Então vou indo para casa, preciso saber como a Sarah esta e tenho certeza que espera por mim. – Se levantou e apertou minha mão. – Vai ficar bem?
— Tudo bem. Vou sim Stu, não se preocupe. Manda um beijo para o Nick e para a Sarah.
— Pode deixar. – Ele saiu comprimento Rose com um aceno de cabeça e foi embora, logo Rose se sentou ao meu lado. – Esta me seguindo Senhorita?
— Eu, não! Achei que estivesse naquela festa animada. – Ela riu se sentando.
— Eu? Não aguentava aquilo tudo.
— Não imaginava isso. – Ela continuou rindo.
— Eu nem falei direito com o dono do clube por que não sei pronunciar seu sobrenome. – Sorri.
— Mentira. É tão fácil o sobrenome Blair.
— Você não esta querendo que eu tente né?
— Estou, vai repete comigo, Blair. – Soltei um suspiro me virando para frente tentando não olhá-la nos olhos.
— “Blérg”. – Quando soltei voltei o meu olhar para ela que estava com as bochechas infladas e a mão na boca. – Vai pode rir dessa vez passa. – Automaticamente ela começou a gargalhar, mesmo com a pouca luz a vi ficar velha de tanto rir e eu ri um pouco sem graça.
— Eu.. não acredito. – Ela fazia pausas entre as risadas. – É tão... fácil.
— Para vocês americanos. Para nós britânicos, “puros” - Fiz aspas com os dedos. – É horrível.
— Que drama. – Ela riu. – Então Ed, mudando de assunto, não esta muito tarde? Sei lá não tem uma menininha para cuidar? – Ela se referiu a Pietra.
— Tudo bem, ela esta com meus pais.
— Ela é fofa mesmo? Aquilo que dizem nas revistas é verdade?
— O que dizem? – Olhei assustado.
—Calma, eu li uma revista esses dias que dizia que ela era um encanto de criança, e que muitas agências a queriam para seus comercias e desfiles.
— Ah isso, sim. O meu docinho é fofa mesmo e eles insistiram por meses para ela participar de um comercial, mas eu não deixei.
- Por que?
— Porque ela é nova e eu escolho por ela ainda, quando ela crescer ela poderá escolher por si só. Mas por enquanto já é o suficiente expor ela nas noticias que saem comigo.
— Então acabo de confirmar mais uma coisa. – Ela me olhou diretamente nos olhos.
— O que? – Perguntei curioso.
— Que você é um grande Pai.
Sorrimos um para o outro, ela realmente estava começando a me interessar. Não que eu estivesse “apaixonado” já, mas ela tinha seus feitiços e cartas escondidas nas mangas, que me faziam querer saber mais e mais daquela garota. Não custa tentar me aproximar de mulheres novamente, não é?!
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