Memórias de uma vida escrita por AnmyChan


Capítulo 8
Boate




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Aquela festa estava sem animação e não eram nem 23h da noite, já que os presentes ali não bebiam como eu, ou não sabia o que é celebração de verdade eu estava entendiado. Quando notei que havia pessoas indo embora procurei Stu, que não foi tão difícil acha-lo era só procurar o buffet.

— Hey Stuart. – Cheguei perto dele.

— Fala Ed.

— Vamos embora?

— Sim, mas vai para casa?

— Não, eu estava pensando em ir para uma boate. – Sorri.

— Boate, boate mesmo?- Se aproximou e falou baixo. - Tipo Stripper?

— Não Stuart, boate, música, danças, bebidas, petiscos. Gente que sabe se divertir de verdade.

— Oh Claro, vamos. – Ele levantou e cada um foi para um carro, decidi seguir Stu, que pelo o que percebi estava me levando para a Boate de sempre.

O caminho era o mesmo, as lojas fechadas dando em consideração ao horário, e pessoas bem vestidas com suas roupas de noite, sem falar as várias garotas de programas que estavam por ali. Estacionei o meu carro assim que vi o Stuart fazendo isso, desliguei o carro e joguei a chave no bolso, saindo e fechando a porta. Liguei o alarme depositando minha mão no bolso da minha calça, eu estava sem o meu terno e apenas com a camisa social com mangas dobradas até os cotovelos. Fomos em silencio até a porta, recebendo assovios e gritos de quem estava por ali, dei alguns autógrafos e quando fui tirar uma foto uma moça me puxou e me beijou a boca, eu comecei a rir sem jeito.

— Meu primeiro beijo. – Brinquei.

— Digo o mesmo. – Ela sorriu e eu fiquei com a maior cara de incrédulo.

Olhei para Stu, e ele apenas riu e me puxou para dentro, a música alta, o cheiro de cigarros misturado com o cheiro de álcool, era tudo tão familiar e ao mesmo tempo estranho. Sentamos em uma mesa afastada com uma corda na frente escrito “VIP”, estávamos em casa. Stu pediu uma Smirnoff, e eu uísque.

— Vai devagar Ed, faz tempo que você não bebe. – Ele me alertou.

— Esta tudo bem, eu sou adulto agora, eu acho.

— Quanto mais velho, maior é a duvida.

— Me deixa seu velho chato. – Sorri e recebi minha bebida.

Da onde estávamos, dava para ver claramente a pista de dança uma moça, loira de olhos azuis e um corpo totalmente bem definido dançavam e iam até o chão encostava-se a um rapaz. Ela rebolava, passava a mão nele, e me encarava dando a entender que ela queria fazer aquilo tudo comigo. Olhei instantaneamente para Stu, que me estava de boca aberta olhando para ela e para mim.

— Ela quer seu brinquedinho Ed. – Ele riu.

— Ela quer é outra coisa Stu.

— Mas mesmo que ela queira fama e seu dinheiro, vai lá bobo. Vai se divertir.

— Não sei, ela é gostosa, mas não faz meu tipo.

— Como? Cresceu e agora tem tipo?

— Fica quieto Stu. – Gargalhei voltando minha atenção para a multidão, então eu a encontrei, Rose a Barman estava por ali.

Ela estava com um vestido preto e salto, cabelo estava em um rabo de cavalo e sua amiga estava do seu lado. Sabia que talvez ir atrás dela seria meio problemático. Me contentei em observar o seu trajeto pela boate, a amiga dela a guiou até o bar e foi nesse momento que chamei o garçom.

— Toma. – Lhe entreguei dinheiro. – De uma dose da sua melhor batida para ela. – Apontei.

— Claro Senhor.

— Então aquele é o seu padrão? – Stu disse sorrindo.

— Exatamente.

Acompanhei de longe o garçom se aproximando dela e oferecendo a bebida, no começo vi que era recusou e depois aceitou quando o rapaz apontou para mim que acenei e ela sorriu. Um sorriso largo fazendo seus olhos fecharem, e então a chamei.

— Tem certeza Ed?

— Tenho.

— Então vou indo para casa, preciso saber como a Sarah esta e tenho certeza que espera por mim. – Se levantou e apertou minha mão. –  Vai ficar bem?

— Tudo bem. Vou sim Stu, não se preocupe. Manda um beijo para o Nick e para a Sarah.

— Pode deixar. – Ele saiu comprimento Rose com um aceno de cabeça e foi embora, logo Rose se sentou ao meu lado. – Esta me seguindo Senhorita?

— Eu, não! Achei que estivesse naquela festa animada. – Ela riu se sentando.

— Eu? Não aguentava aquilo tudo.

— Não imaginava isso. – Ela continuou rindo.

— Eu nem falei direito com o dono do clube por que não sei pronunciar seu sobrenome. – Sorri.

— Mentira. É tão fácil o sobrenome Blair.

— Você não esta querendo que eu tente né?

— Estou, vai repete comigo, Blair. – Soltei um suspiro me virando para frente tentando não olhá-la nos olhos.

— “Blérg”. – Quando soltei voltei o meu olhar para ela que estava com as bochechas infladas e a mão na boca. – Vai pode rir dessa vez passa. – Automaticamente ela começou a gargalhar, mesmo com a pouca luz a vi ficar velha de tanto rir e eu ri um pouco sem graça.

— Eu.. não acredito. – Ela fazia pausas entre as risadas. – É tão... fácil.

— Para vocês americanos. Para nós britânicos, “puros” -  Fiz aspas com os dedos. – É horrível.

— Que drama. – Ela riu. – Então Ed, mudando de assunto, não esta muito tarde? Sei lá não tem uma menininha para cuidar? – Ela se referiu a Pietra.

— Tudo bem, ela esta com meus pais.

— Ela é fofa mesmo? Aquilo que dizem nas revistas é verdade?

— O que dizem? – Olhei assustado.

—Calma, eu li uma revista esses dias que dizia que ela era um encanto de criança, e que muitas agências a queriam para seus comercias e desfiles.

— Ah isso, sim. O meu docinho é fofa mesmo e eles insistiram por meses para ela participar de um comercial, mas eu não deixei.

 - Por que?

— Porque ela é nova e eu escolho por ela ainda, quando ela crescer ela poderá escolher por si só. Mas por enquanto já é o suficiente expor ela nas noticias que saem comigo.

— Então acabo de confirmar mais uma coisa. – Ela me olhou diretamente nos olhos.

— O que? – Perguntei curioso.

— Que você é um grande Pai.

Sorrimos um para o outro, ela realmente estava começando a me interessar. Não que eu estivesse “apaixonado” já, mas ela tinha seus feitiços e cartas escondidas nas mangas, que me faziam querer saber mais e mais daquela garota. Não custa tentar me aproximar de mulheres novamente, não é?!


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