Back To The Future - Part IV escrita por Capitã Sparrow


Capítulo 2
Meu velho amigo, Isaac Newton


Notas iniciais do capítulo

Agora as coisas ficam interessantes ~~
Espero que gostem!!



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Os dois saíram da loja de fantasias com as roupas que serviriam de disfarces. O século XVII parecia convidativo para Dr. Brown, mas Marty não tinha certeza se era uma boa ideia. Doc queria ir para o ano de 1666, o ano em que foi fundada a Academia das Ciências em Paris e Isaac Newton fez grandes descobertas e invenções em Londres. Ele estava ansioso e animado. Não parava de contar sobre as experiências que deram errado e como foram aqueles anos tentando fazer que a máquina do tempo desse certo.

Ambos pegaram suas roupas. Doc foi o primeiro a se vestir, colocou o gibão curto verde musgo e um calção largo preto, as meias brancas iam até o joelho e usava sapatos pretos com grandes fivelas douradas. A roupa era extravagante, cheia de fitas verdes e adornos dourados.

Marty tirou sarro de Doc vestido daquela forma, mas quando chegou sua vez de colocar a roupa fez uma careta. Seu gibão era vermelho, assim como o calção, e sua camisa branca estava cheia de babados e detalhes coloridos. Decidiu fazer a viagem com seu velho tênis Nike, os sapatos eram extremamente desconfortáveis e chamativos.

— Eu estou absurdamente ridículo. — afirmou Marty baixando a cabeça. — Espero que ninguém me veja assim.

— Você está fabuloso! — discordou Doc enquanto enchia o recipiente do lado de fora com o líquido das latinhas, deixaram no estoque outra 5 Cocas, para a viagem de volta.

O cientista pegou uma espécie de cobertor de plástico e deu para McFly vestir, ele fez o mesmo, e abriu um pequeno compartimento dentro da geladeira. De lá tirou um vidrinho com um líquido azul muito suspeito.

— O cobertor vai nos manter vivos, assim como esse líquido que inventei para manter nosso corpo funcionando bem com a temperatura baixa. O AHDB, Anti-Hipotérmico do Dr. Brown, tem um gosto meio exótico e fará você sentir um pouco de náuseas, mas ele é indispensável. — disse entregando o frasco na mão do garoto, que tomou num gole só.

— SANTO CRISTO! O que tem nesse negócio? — disse Marty assumindo um aspecto verde.

— Existem coisas que é melhor não sabermos a origem. — respondeu Doc com sabedoria e virando o seu frasco também. — Ugh! — O cientista pegou dois óculos protetores, entregou um para o garoto e colocou o seu. — Agora aperte bem o cinto, Marty! — alertou encostando-se em um dos lados e prendendo a tira de couro bem firme. Feito isso apertou um pequeno botão do cobertor, fazendo com que ele inflasse, McFly seguiu o exemplo e os dois estavam prontos.

— Eu gostava do DeLorean... — disse Marty começando a se arrepender de ter aceitado fazer essa viagem maluca.

Quando Dr. Brown fechou a porta, a geladeira ficou bem apertada para os dois que estavam quase em cima um do outro. Apertou o botão verde repetidas vezes enquanto acompanhava a conta no relógio.

— Você está pronto?

— Não.

— Aqui vamos nós! — exclamou enquanto empurrava uma pequena alavanca para baixo.

A geladeira começou a vibrar e a temperatura no termômetro começou a reduzir. Quando atingiram a marca de -30 º os dois tremiam muito, e Marty sentiu seus lábios se rachando, causando uma dor ardida. Chegaram aos -76 º e seus corpos formigavam bastante.

— Doc! Eu não sinto meus pés!

— Esta tudo bem Marty! O AHDB está fazendo com que seu sangue circule, mesmo que você não sinta. Se ele falhasse, no entanto, provavelmente teríamos que amputar nossas pernas.

— AMPUTAR NOSSAS PERNAS? — McFly sentiu seu estômago embrulhar.

— Não se preocupe! De acordo com meus cálculos isso só aconteceria se atingíssemos os -127 º!

— Por que diabos uma geladeira, Doc? Por que não escolheu uma caixa de madeira?! — choramingou Marty.

A geladeira começou a tremer cada vez mais e a temperatura não parava de cair. Quando finalmente atingiram os -118 º, um barulho forte, como se fosse uma explosão, fez com que os ouvidos do garoto ficassem zunindo. Então sentiram o impacto. Como se a geladeira tivesse caído.

***

— ESTAMOS VIVOS! — comemorou Marty. — ESTAMOS VIVOS!

— GRANDE SCOTT! NÓS CONSEGUIMOS! — disse Doc olhando pela fresta da janela que não estava coberta com gelo. — ESTAMOS EM SETEMBRO DE 1666!

Os dois se soltaram dos cintos e desinflaram os cobertores, guardando-os novamente no compartimento interno. Doc pegou uma espécie de creme e passou no rosto, dando instruções para que Marty fizesse o mesmo e por último passaram uma espécie de batom incolor, para manter a pele e lábios hidratados.

— Doc, se você contar para alguém do batom eu juro que te...

— Se chama manteiga labial. — interrompeu. — Agora vamos logo que quero ver se chegamos no lugar correto.

— Onde deveríamos estar?

— Em Woolsthorpe Manor, uma fazenda localizada em Lincolnshire, leste da Inglaterra.

— Achei que iriamos para Londres.

— E vamos! É só uma pequena parada.

Os dois ajeitaram suas roupas e colocaram os chapéus, saindo da máquina do tempo com cuidado. Haviam parado justamente atrás do celeiro, então Doc apenas jogou alguns arbustos por cima, para camuflar a geladeira. Parecia ser umas três da tarde e a fazenda era um pouco distante de onde estavam, seguiram em direção a ela. Quando começavam a se aproximar Doc parou e exclamou:

— GRANDE SCOTT!! É ELE! — Apontou para um homem deitado sob uma grande macieira.

— Quem? — perguntou Marty confuso.

— Isaac... Newton!

— Não acredito. Eu odeio esse cara! — reclamou lembrando-se de todas as aulas sofridas de física, em que o professor os obrigava a decorar as leis de Newton. McFly nunca foi muito bom na área de exatas, afinal, seu negócio era a música.

Os dois se aproximaram e ficaram encarando o homem que dormia, como se fosse um fantasma ou algo do tipo. Suas roupas eram todas pretas e ele usava uma peruca branca média, que disfarçava um pouco seu grande nariz. Isaac roncava profundamente e sobre sua barriga podia-se ver um caderno com capa de couro cheio de anotações e desenhos.

— Ai! — exclamou Marty quando uma maçã caiu sobre sua cabeça. Ele olhou para cima e viu que outra estava se desprendendo do galho, prestes a cair. — Cuidado Doc! — advertiu apontando para cima.

Doc fez um barulho com a garganta, como se lhe faltasse o ar, e deu um pulo para trás. Aquilo fez o homem acordar assustado com os estranhos que o rodeavam. Quando foi falar algo a maçã se desprendeu do galho e antes que atingisse o homem, McFly a jogou longe com um tapa.

— Quem sois vós, estranhos?

Doc estava petrificado e seus olhos estavam mais arregalados que o normal. Diante do seu silêncio, Marty respondeu improvisando:

— Eu sou Mart... Dr. Frankenstein! E esse é o meu professor, Dr. Brown. Nós somos cientistas de Hill Valley e estamos a caminho de Londres para realizarmos um experimento cientifico secreto.

— Cientistas?! Nesse caso, sejam bem-vindos a Woolsthorpe Manor. Seria um prazer hospedá-los em minha casa essa noite, caso não tenham um lugar de estadia.

— Obrigado, senhor. Muita bondade sua. Marty estava se esforçando para falar de modo mais natural possível, mas era difícil quando ele era um adolescente de três séculos à frente. Isaac questionou quais ciências estudavam e que tipos de experiências conduziam, o garoto contou sobre algumas invenções de Doc, deixando o físico maravilhado. Isaac mostrou os quartos onde ficariam hospedados e deixou que descansassem.

— A ceia será servida às seis horas em ponto. Esperá-los-ei ansiosamente para terminarmos essa conversa deveras interessante. — e dizendo isso saiu pela porta, folheando as anotações de seu caderno.

Marty fechou a porta e chamou seu amigo pelo nome, sem obter resposta. Então começou a chacoalhá-lo, fazendo com que acordasse daquele estado.

— GRANDE SCOTT!

— Que diabos Doc! O que aconteceu?

— Nós arruinamos o passado!

— Do que você esta falando?

— Aquela maçã deveria cair na cabeça de Isaac Newton, fazendo com que pensasse na teoria da gravidade!


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Notas finais do capítulo

Eita... Esses dois sempre se metem em confusão kkkk
Omg, como amo eles! Esse Marty então... Me seduz kkk OwO
Reviews? *-*



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