I feel myself.. escrita por Isabela Beatriz


Capítulo 1
Au milieu de la monotonie ..




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12 de maio de 2015...

Era terça-feira, para muitos era um dia diferente, contudo para ela, uma ninguém em meio ao tudo, era como todos os dias fatídicos e irritantes, tão como uma segunda-feira, ao qual todos odiavam pelo cansaço displicente do domingo em farra, não que ela andasse em farras, não podia permitir-se tal prazer, trabalhar, estudar, e ajudar a seu tão amado pai, desde que sua mãe biológica morreu, não tinha conseguido muito êxito no quesito alegria, para todos uma garota comum, pelo menos em versão aos seus sentimentos, ninguém sabe das dez milhões de mortes que ela sofreu ao saber que sua mãe não havia sobrevivido ao ‘passeio com o papai’, se pudesse descrever a mesma, não haveria palavras para descrever o quão feliz ela fazia a pequena Lizzy, Mas ninguém perguntou a ela de maneira sincera e importante o que ela sentiu ao descobrir o falecimento da mãe, a não ser a sua madrasta, de todas as vezes em que ela morreu, em todas, ela se sentiu pequena e frágil, como se um terremoto de 8.7 seguido de um tsunami aparentemente de 25 metros a tivesse atingido, e nossa.. Que dor profundo foi aquela que atingiu o seu íntimo ao lembrar que a ideia do tão adorável passei fora dela, morria todos os dias ao saber que não voltaria com seus tão estimados pais, mesmo depois de se passado 10 anos, a dor não diminuía, era só lembra da falecida Elisabeth que a dor retornava com uma avalanche de volta ao seu peito, os olhos graúdos e de um azul tão claro que se aproximasse o bastante era refletido o indivíduo próximo a ela, era como a beira de uma ilha bem cuidada, cristalina, aqueles olhos que muitos juravam ser refletido a alma. Mas o destino brincava com ela de uma maneira que chegava a ser cômico, três anos após o falecimento da mãe, seu pai casou-se de novo, não que não tenha gostado, adorava a sua mais nova governanta da casa, desde que sua mãe morrera naquele trágico acidente ela tinha se tornado um dos seus grandes pilares, não podia se imaginar sem ela, após esses anos de uma tranquilidade assustadoramente suspeita, ela descobriu que sua madrasta, a senhora Tieta, tinha Leucemia, passaram 5 anos tentando ajuda-la de todas as formas cabíveis, mas era tarde, a morte rondava o berço de seu leito.

Sabendo que sua tão adorada Tieta iria junto com sua mãe, ela agarrou-se ao pai desesperadamente como se ele fosse a ancora e seu único ponto de luz para sobreviver, a pequena Lizzy tinha um medo absurdo de que seu pai também fosse, se negou veemente a ver Tieta, tinha medo do que poderia enxergar, afinal, quando sua mãe morreu tinha apenas 7 anos, e agora com seus 15 anos iria sofrer outra perda?, não, isso não era justo com a pequena Lizzy, Dois anos depois, Tieta morreu, Ela se sentia a menor das criaturas e a menos amada, a vida já não lhe era tão bela assim, pelo menos não aos olhos da não tão pequena assim Lizzy, Olhou-se no espelho com uma agonia conhecida e incomoda, um desespero percorreu seu corpo, como sempre, via-se a face dela refletida no espelho, sua semelhança a mãe era incrível, seus pequenos traços. Deve ser por isso que seu pai não conseguia olhar em seus olhos, era o que pensava, a palma da mão de Lizzy percorreu seus cabelos, deslizava a escova sobre seus cabelos ondulados e macios de uma forma tão delicada, cabelos negros, tão quão a cor do preto mais escura que se via, era uma das poucas coisas que via de seu pai, a pele tão alva e branca que quem via, confundia com uma nazista, percorreu os delicados dedos até o rosto, a pequena boca rosada e ao mesmo tempo carnuda, o nariz empenado como o de uma duquesa, ou algo similar a isso, seus cabelos negros dava ênfase a pele alva, o rosto tão perfeito quanto o corpo, os cílios naturalmente longos e curvados, a sobrancelha era perfeita, impecavelmente bem desenhada e penteada, quem via pensava que fazia, mas ninguém sabia que era do tipo desleixada, aquela que não se importa para beleza, não por ser verdadeiramente desleixada, mas porque não achava que merecia o tempo gastado em si mesma, só gastava tempo com o extremo necessário, pentear cabelo, hidratante, um gloss e apertava as bochechas para dar um pouco de vida ao que ela discordava ter.. Ninguém, via o que ela era, de verdade, além de um rosto bonito, olhou-se uma última vez ao espelho, e logo em seguida pegou a mochila, pôs o all star e rumou ao trabalho, graças ao seu pai não iria precisar se matar no trabalho, pelo menos não pelo dinheiro, era o que pensava, chegando a empresa foi logo tratando de organizar a papelada, cumprimentando a todos que via ao seu caminho, assentindo simplesmente com a cabeça e lhes dando um meio sorriso.
Assim que entrou em seu escritório, foi por vez em seu mundo de negócios, ninguém poderia reclamar que o trabalho da mesma era ruim, sem sombra de dúvida todos elogiavam seu trabalho, com um currículo impecavelmente chamativo aos olhos de outras empresa ela acabou se tornando destaque na empresa, apesar disso, ninguém sabia do pai de sucesso que existia por traz daquele rosto mal cuidado, entrou com o nome de solteira da falecida mãe, se fosse para ter êxito em sua carreira, que fosse por seus esforços e não pelo nome de importância popular, faria do seu jeito, e o jeito dela.. Bom, o jeito dela era brilhante, mesmo que não soubesse e ninguém a tivesse dito pelo desconforto total na frente dela. Assim que começou a escrever uma cabeleira loira entrou em seu recinto.


Sempre tão devota ao trabalho Srta. Cross -Não era como se não existisse um intimidade mutua ali, era mais um provocação intima entre os dois amigos de longa data, aquele que em seu mais íntimo lhe desejava um bem inestimado e que em secreto também lhe desejava, mas isso era para ele algo quase que um perigo.


Alguns tem algo ao qual almejar Sr. Black, mas não acredito que tenha vindo aqui apenas para certificar-se do meu trabalho vendo que sabe disso há um tempo. - Desgrudou os orbes grandes e chamativas do papel ao homem erguido a sua frente numa pose quase que intimidadora, mas claro, para quem não o conhecia. - Quer me dar o prazer de ouvir a sua verdadeira intenção ou terei de arrancar de ti a força Sr. Black?


Me surpreendo o quão agressiva pode se mostrar ser Srta. Cross. – Fingiu-se ofendido, como um verdadeira carneirinho endiabrado- Tenho uma proposta para ti pequena Lizzy.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, me perdoem pelos erros ortográfico ou algo semelhante a isso..



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