Víctimas Del Pecado escrita por Miss Addams


Capítulo 50
Poncho - 26




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Poncho

Estava há tanto tempo ali que estava me sentindo parte do local, estava calmo, pensativo e mórbido. Tranquei meu maxilar me repreendendo apertando o cabo da flor em minha mão fortemente até que me incomodasse mesmo não me ferindo por estar sem espinhos.

Uma rosa.

Era sua flor favorita constantemente o viu usar, acreditando que a flor lhe dava um ar de elegância. Sempre pensei que ele ficava mais irritante quando se achava superior aos outros, algo que era rotina no passado. Suspirei, me lembrando do passado. Era por ele que eu estava ali. Só não pensei que fosse ficar horas aqui.

Virei minha cabeça de lado e o vento bateu no meu rosto mais uma vez, desde que tinha chegado isso ocorreu inúmeras vezes devido ao dia com clima agradável, mas dessa vez foi diferente por que o vento trouxe um perfume feminino que eu reconheceria em qualquer lugar. Fechei os olhos para inspirá-lo melhor.

:- Cheguei há algum tempo e fiquei te observando, por que ficar tanto tempo parado? O que te trouxe aqui? – ela perguntou e escutar sua voz era como uma imensa sensação de alívio em contra peso do clima pesado ainda que calmo no qual eu me encontrasse intimamente.

:- A grande questão é: O que trouxe você aqui? – devolvi a pergunta.

:- Vim enterrar o passado de uma vez por todas. – me informou na lata sem reservas. Eu entendia completamente cada uma daquelas palavras porque eu vim fazer o mesmo, me virei na direção da sua voz não estava tão longe de mim. E quando nossos olhares se encontraram eu me senti um completo tolo, por que eu tive a visão do meu paraíso particular, ainda que estivéssemos num cemitério.

Ela estava especialmente linda! Com um vestido justo ao corpo ele tinha um corte onde mostrava uma de suas pernas, um salto alto e tinha o cabelo ruivo solto, assim como eu tinha uma rosa nas mãos.

Será a razão da minha surpresa por vê-la tão perto, o tempo no qual não nos vemos? Duas semanas desde nossa viagem até os Estados Unidos; desde que eu a libertei e me declarei; desde que Eugênio quase nos matou e que ele foi preso; que tudo foi revelado e que nossa vingança acabou.

Eu pedi um tempo para ela por que eu precisava lidar com o fato do meu irmão ter matado meus pais, ela cedeu e foi ficar com sua família que tinha voltado de viagem e eu fiquei mergulhado no trabalho, não nos vimos nem na agência e menos no hotel. Esse era o nosso reencontro.

Ela veio caminhando até o meu lado e ficou um tempo longo apenas um ao lado do outro em silêncio olhando para a lápide em nossa frente.

:- Desde que essa vingança começou. – ela voltou a falar pensativa – Em algum momento você realmente imaginou que nós estaríamos aqui? Quero dizer, que nós chegaríamos ao final de tudo.

:- Sim imaginei, mas não dessa forma. Por que pergunta isso?

:- Nesse tempo em que fiquei com minha família, tive meus momentos de reflexão. Ás vezes me sinto perdida e vazia, como se eu fosse um carro sem combustível e tivesse perdido a minha direção. O que me da raiva é saber que é isso que eu sempre quis, concluir com essa vingança, mas agora que ela acabou. Eu sinto falta.

Eu entendia o que ela queria dizer. Perdemos tanto tempo e depositamos toda nossa energia para nos vingarmos que agora muitas coisas perderam o sentido.

:- Isso vai passar. – mesmo que também fosse para ela, eu dizia isso para mim. Como uma forma de me convencer. – Logo, encontrará uma nova direção.

:- Talvez eu já tenha. – ela falou e virou o rosto para me encarar e eu fiz o mesmo porque queria saber o que ela queria dizer com isso. Ao contrário do que eu imaginava ela não falou mais nada que me fizesse entender o significado de suas palavras e eu também não disse nada assim que ficamos calados nos encarando por um bom tempo.

:- Eu acredito que para se ter novas direções é preciso enterrar esse passado de vez. – comentei olhando todo o seu rosto, eu tinha vontade de me aproximar mais dela.

:- É por isso que você está aqui?

:- Sim.

:- Eu também vim me despedir dele de uma vez por todas. – ela deixou de me olhar para ver a lápide de Felipe Gomez nosso ex-carrasco.

Era um dos poucos túmulos que estavam menos arrumados só estava bem organizado por que talvez algum dos funcionários ou alguém que foi visitar parente deixou ali uma flor para que não ficasse vazio e feio. Em contra partida todos os outros túmulos em que ali se estavam eram coloridos e bem cuidados olhei para dois túmulos em especial nos quais eu também havia passado horas ali. Dona Judite e Dom Tadeu, meus pais.

Sai dos meus pensamentos quando vi Dulce jogar com firmeza a rosa que tinha nas mãos no túmulo de Felipe.

:- Que a paz nunca esteja convosco. – ela desejou vingativa e depois me deu um olhar significativo e só entendi quando ela começou a andar na direção da saída daquele cemitério me fazendo entender que já tinha dado o tempo dela ali.

Olhei uma última vez o túmulo e joguei a rosa assim como fez Dulce não disse nada para me despedir daquele fantasma e nem precisava. Andei mais rápido para alcançar Dulce em sua caminhada e quando consegui eu voltei a falar.

:- Sabe que nós dois precisamos...

:- Conversar. – Dulce terminou minha frase e ainda estava na minha frente. Virou a cabeça de lado para me ver. – Precisamos continuar a enterrar o passado.

:- Onde? - perguntei afrouxando minha gravata para depois colocar minha mão no bolso.

:- Onde toda essa história começou. – ela disse e se virou para frente por que havíamos chegado no estacionamento. Vi que o seu carro era um dos primeiros estacionados ela caminhava na sua direção ao contrário da minha moto que estava mais afastada.

Parei de andar e a vi abri a porta do seu carro e antes de entrar me encarou para falar.

:- Nos encontramos lá. – sem me deixar a questionar nada, entrou no seu carro fechou a porta e ligou e a vi sair com o seu carro do cemitério para depois voltar a caminhar até minha moto.

Nosso próximo encontro estava marcado no Elite Way University, nossa antiga universidade. O começo de toda nossa história vingativa.

O trajeto até Universidade não foi difícil ainda mais para uma manhã de domingo sem trânsito pensei em como Dulce faria para entrar no Elite Way. Depois da notícia da prisão de Eugênio e da morte de Rodrigo um dos investidores, estava bem complicado entrar e se comunicar com os responsáveis pela instituição.

Não sei quanto tempo leva para uma pessoa esquecer uma notícia, pelo menos uma pessoa que não está envolvida nela, talvez não exista um tempo certo poderia variar de três dias à três semanas, três horas e quem sabe três minutos. Eu penso nisso por que quando cheguei no Elite Way não encontrei essa dificuldade dos últimos tempos ao que parece acontecia um evento no local, por que estava cheio.

As pessoas não afetadas realmente pelo fato de Eugênio ser preso e Rodrigo estar morto, já devem ter esquecido. Assim fácil, era como saber se hoje vai ou não chover na verdade, elas substituem as notícias para falar. Já as pessoas envolvidas se esforçam para esquecer ou simplesmente ignoram esse fato, já ter se passado três semanas é uma ajuda nessa tarefa que não é difícil para mim. Mesmo que eu tenha pensado nisso todos os dias.

Caminhando pelo estacionamento vi o carro de Dulce estacionado, apenas o carro por que não havia nenhum indício do paradeiro dela. Se a conhecia bem ela queria que eu a procurasse. Foi o que eu fiz.

Chegando numa das entradas da Universidade me dei conta que não entrei com tanta facilidade assim, o evento se tratava de uma festa para alunos e pais, deu para ver que havia alguns repórteres da imprensa do lado de fora tentando entrar talvez tentando reacender com mais informações sobre o caso de Eugênio. Alguns me reconheceram e antes que chamasse para falar qualquer declaração eu me infiltrei na festa graças a Dulce que tinha calculado tudo.

De alguma forma meu nome estava na lista e não pensei duas vezes em entrar e procurar por Dulce.

:- Herrera como demorou. – escutei sua voz enquanto caminhava por um dos principais corredores. Me virei para ver ela ali me esperando fumando um cigarro.

:- Um pouco talvez. – respondi para ela que caminhou até minha direção tomou um dos meus braços cruzou com o seu e me indicou o caminho para começarmos a andar.

:- Por um momento pensei que não quisesse conversar comigo. – ela comentou sorridente olhando para as pessoas que passavam também no corredor.

:- Pensou errado. O que está acontecendo aqui?

:- Um evento com palestras e uma festa para os pós-doutorados. Sabe como a memória dessa gente é fraca, me refiro aos últimos acontecimentos, é claro. O mais surpreendente é como nossos nomes estão na lista de convidados.

:- E como eles estão? - perguntei curioso.

:- Desde a primeira impressão que tive de Stefan achei que ele era um pé-rapado que tinha conquistado o coração de minha irmã Ceci, depois de saber que sua família é rica me surpreendi ainda mais ao saber que no lugar de Rodrigo entrou Leandro um novo acionista, ele é um primo de Stefan.

Grande parte do meu corpo ficou tensa, só de escutar Dulce pronunciar o nome de outra pessoa do sexo masculino, podia sentir o meu sangue ferver. Ela sabia disso e fez para me provocar.

:- Quer dizer que sua família então administrará essa Universidade?

:- Quer dizer que ela pagará alguém para administrá-la. – Ela soltou seu braço de mim. Jogou o cigarro num cinzeiro instalado para o evento num canto e abriu uma porta próxima logo em seguida. Se virou e sorriu para mim.- Que ironia, não acha?

A vi entrando na sala e um sorriso se instalou no meu rosto, um sorriso de arrogância que eu passei a ter com os anos. O convite dela para que eu entrasse na sala foi aceito, demorei para reconhecer o local estava bem diferente.

:- Você se lembra daqui? – ela me pareceu ler meus pensamentos, ou melhor, minhas lembranças.

Joguei meu terno para trás para colocar as mãos no bolso da minha calça e de propósito me virei de costas para que ela não me identificasse, estava diferente, porém me lembrava.

:- Nossa primeira festinha juntos.

De costas escutei o riso convencido de Dulce sem que ela visse alarguei o meu sorriso, de uma forma ou de outra independente da conversa que nós tenhamos aqui. Tudo parecia voltar ao normal entre nós dois. As provocações, o ar convencido e desafiador dela assim como a minha arrogância e prepotência.

:- Quando vinha trabalhar aqui disfarçada esse era um local que estava sempre fechado, me perguntava o que tinha aqui dentro. Tudo não passava de algum projeto frustrado de Eugênio para que aqui voltasse a ser o que era. O que algum dia foi.

Fechei o meu sorriso observando o lugar, era o antigo estúdio de música incluindo um grande salão criado para os universitários de música e dança, em nosso tempo de universidade se aproveitando da acústica do lugar e subornando os vigias fizemos várias festas para os populares da universidade, para variar Rodrigo era o organizador, tinha esquecido daquela noite, mas ao entrar aqui e ainda mais acompanhado de Dulce. As lembranças eram tão presentes que pareciam vivas.

:- O que aconteceu com esse estúdio? – Perguntei me virando finalmente e ela parecia tão absorvida em lembranças quanto eu.

:- Ao que parece depois que Eugênio assumiu a frente do Elite, ele fechou o lugar, construiu outro estúdio para os universitários e esse lugar ficou fechado ainda que bem organizado e limpo talvez ele não gostasse das lembranças desse local.

Encaramos-nos.

Sabia que ela lembrava o mesmo que eu.

:- Você acha que se aquela noite fosse diferente... – ela deixou uma pergunta no ar. E eu não sabia responder.

:- Não sei. – dei os ombros. – Não me arrependo nada do que fiz.

:- Nem eu.

:- Sempre fomos pessoas diretas e não tem o porquê dessa vez ser diferente. – comecei falando. – Sabe que nunca fui um cara bonzinho, sou um conquistador sempre fui até conhecer Angelique e até mesmo Maite. – Arqueei minha sobrancelha ao ver sua careta ao me escutar mencionar as mulheres que mudaram minha vida, incluindo ela. – Existem coisas que você não sabe sobre mim.

Veio uma expressão de surpresa para logo mais algo incrédulo ao que eu disse, deve ter associado a algumas das duas mulheres que eu citei.

:- O que foi dessa vez? Se descobriu apaixonado novamente por Angelique ou acha que é pai de um filho da Maite?

Ficaria aborrecido com suas acusações, mas estava nítido o tom ciumento em sua voz e, além disso, o seu corpo me dizia isso também.

:- Nada disso. – neguei sorrindo. – Sempre foi uma pessoa inteligente, entretanto você deixou passar alguns detalhes sobre a minha vida.

:- Sem rodeios, Alfonso. – ela bufou cruzando os braços.

:- Já parou para pensar por que tenho homens trabalhando para mim? No resgate de sua sobrinha? No seu?

:- No começo eu fiquei curiosa, mas depois pensei que não tinha nada com sua vida. A verdade é que a curiosidade foi deixada de lado. Dizem que devemos agradecer o milagre, mesmo sem saber exatamente quem é o santo. – ela deu os ombros e estava abaixando a guarda novamente o ciúme foi substituído pela curiosidade voltando a tona agora bem mais forte do que antes.

:- Alicate que aonde quer que esteja, espero que esteja bem. – olhei para cima como se ele pudesse me ver. – Me deu uma base sem precedentes, mas eu precisava me tornar um homem poderoso e implacável e tinha que fazer isso do pior modo. Se eu queria me vingar e me tornar no pior pesadelo dos meus inimigos tinha que me tornar um cara mal.

Ela me interrompeu por soltar um sorriso malicioso algo que me contaminou mesmo que eu não pudesse perder o foco da minha história, esse era o único segredo que ela não sabia, a partir dessa descoberta eu seria completamente transparente e todo dela.

:- E para me tornar esse cara mal, estava no lugar certo, na prisão. Nessa mesma época conheci Maite. Com sua ajuda anos depois, me transformei no que sou hoje... Assassino.

Dei um tempo para que ela comentasse algo, entretanto ela não falou absolutamente nada e também não conseguia interpretar nada em sua expressão, era como se quisesse que eu continuasse a falar para poder expressar algo.

:- Maite me integrou na La logia, é uma máfia secreta onde existem os mais violentos e talentosos assassinos, compram o nosso trabalho. Escolhem alguém, dão um motivo e pedem para matar fica ao seu critério aceitar ou não. Trabalho numa área específica dessa máfia, com os mais audaciosos e trabalhosos roubos. Eu roubo os corruptos, sejam políticos, empresários, magnatas, assaltantes, traficantes, tanto faz. Claro que já aceitei alguns trabalhos para assassinatos, matei pessoas e não me arrependo disso. Por essa razão eu tenho homens ao meu dispor, quanto mais importante mais vantagens se obtém.

:- Agora eu entendo muitos fatos inexplicáveis, sua influência, seus empregados, situações suspeitas. Faz sentido finalmente a sua ligação tão profunda com Maite. – ela me olhou desacreditada. – Tudo isso significa que por me envolver contigo estou correndo perigo? Afinal você deve ter mais inimigos.

:- Discrição e sigilo são um dos pilares do meu trabalho e também dos integrantes de la logia, claro que dentro dessa máfia tem briga de ego e poder, pessoas sem escrúpulos que não tem nada a perder. Sou um homem que estou em um patamar alto, tenho vários alvos assim como inimigos que querem o meu lugar, você é a pessoa mais próxima de mim.

:- Estou correndo riscos. – ela concluiu. Isso significava que mesmo que nossa vingança tenha terminado, ainda podiam existir próximas batalhas contra outros inimigos. – Foi ela. Por quê?

:- Planejamos tudo desde sempre, ela só se aproximou para me ajudar e para matá-lo tinha um motivo particular que não tenho o direito de revelá-lo. – Logo expliquei tudo, Maite foi à assassina de Rodrigo.

:- Não vou negar em dizer que ela é irritantemente boa no que faz e o melhor é que ela está longe daqui e talvez não volte tão cedo. Por que não vou sentir nem um pouco a sua falta. – Se eu conhecia bem Maite, ela era capaz de voltar e ainda ajudar nas investigações do assassinato de Rodrigo, lógico para incriminar outra pessoa.

:- Por fim, nesse momento você conhece por completo, Dulce. Sem segredos, sem rodeios o que quero que saiba é que ao contrário do que pensa, sou um homem movido a emoções e sentimentos, o problema é minha intensidade. Quando odeio, levo isso até as últimas consequências.

:- E quando você ama?

:- Eu sou pior. O que quero dizer é que durante toda a minha vida, só existiu uma pessoa que tirava esse pior de mim. E ela é você.

:- Está dizendo que me ama, Alfonso. – ela usou um tom sabichão, mas havia algo que não consegui identificar.

Eu fiquei em silêncio a encarando, pensando no quanto aquela mulher era desprezivelmente atraente, não só o seu corpo, mas a sua alma, seu coração. Eu queria tudo dela.

:- Estou.

Minha última palavra soou como um eco no ambiente, ela não falou mais nada novamente. Estávamos em situações distintas desde a primeira vez que admiti ama-la. Antes existia Eugênio e uma vingança e agora não mais.

:- Quem é esse Alfonso que eu não reconheço? – ela repetiu uma pergunta de anos atrás, me senti tentado a chegar mais perto e foi o que eu fiz. Assim como no passado, eu também respondi.

:- Você não me conhece, Dulce María.

Abrimos um sorriso juntos de puro desejo e havia algo a mais.

:- Você que pensa. – Me aproximei e ela também e foi mais rápida que eu, me puxou pela gravata e levantando uma perna puxou meu corpo contra o dela, só tive tempo de empurra-la para um canto do salão. Com os corpos grudados eu fiz menção de beijá-la, duas vezes ela tinha a boca aberta e nossas respirações cruzavam, afastei meu rosto para falar e com uma mão apertar o seu queixo bruto.

:- Admite!

:- O que? – ela sussurrou olhando minha boca, já levantava suas mãos para colocá-las em minha barba.

:- É a sua vez. – insisti.

:- Eu amo você. – falou puramente e até senti um tremor no corpo. Ela levantou a mão e deu um tapa que não doeu o meu rosto. – Eu amo você cretino. Só não queria admiti-lo por que minha vingança e minha obsessão por Eugênio me deixaram cega.

:- Você é uma tapada por não enxergar o obvio.

:- O que?

:- Eu sou o homem para você. – sorri e ela também.

:- Existe algo que você também não sabe. – olhar os seus olhos castanhos misteriosos, sinceros e desejosos. Fui eu quem te aproximou de Angelique. – foi minha vez de ficar surpreso com a revelação - Eu a desafiei a conhecer você, fui eu quem te viu primeiro que me interessei eu precisava testá-lo. Só não contava que você se apaixonasse por ela e que eu me interessasse por Eugênio.

A minha ligação com aquelas três pessoas eram tão forte que até hoje descubro algo assim, sabe-se lá o que aconteceria se Dulce não tivesse desafiado Angelique, talvez estivéssemos juntos hoje.

:- Não vai falar nada?

:- Não tenho o que dizer, esse é um passado que eu não quero lembrar agora. O que eu estou pensando realmente é quando você vai me beijar e se curvar de novo perante a mim.

:- Você só não é mais convencido por que não tem espaço nesse corpo. – ela foi tirando bem vagarosamente meu terno para depois jogar em qualquer lugar atrás de mim. Abriu minha camisa e me puxou mais próximo dela, levantando sua cabeça deixando sua boca sob minha respiração.

:- Como ficaremos? – não sabia para onde olhar, seu rosto, olhos, boca.

:- Juntos! – ela se esticou e me deu uma pequena mordida no queixo.

:- Juntos?! – apenas assentiu para minha pergunta e foi a minha vez de me abaixar e morder seu queixo, sabendo que não podíamos resistir mais ao que sentíamos nos beijos, um beijo violento cheio de desejo e aquele seria o primeiro de muitos aquele dia.

Ainda que não fosse mais religioso o que não poderia negar era que aquela mulher seria o meu eterno pecado e eu mesmo que negasse, sempre seria sua vítima.

Fim!


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