Víctimas Del Pecado escrita por Miss Addams


Capítulo 38
Dulce - 19




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Eles se sentiam bem estranhos mesmo que o efeito da droga já tenha passado e tudo o que eles faziam juntos ali era esperar.

:- Vocês vão querer algo a mais?

:- Não. Chegamos em nosso limite por hoje. – o jovem falou ainda desconfiado pelo fato dele falar com eles. – Gonzalo, acho que é melhor você ir embora, Poncho está preste a chegar a qualquer momento.

:- Mas, está muito cedo para ele vir para a universidade. – Ficou tenso apenas por escutar o apelido do irmão.

:- Hoje temos uma apresentação, gostamos de ensaiar muito antes para que tudo saia perfeito. – Angelique explicou sentida por que no fundo ela queria ficar mais e ali com Eugênio.

:- Entendi. Eu vou embora e vou deixar Laura e Rodrigo no meu lugar.

A breve conversa foi interrompida pelo celular de Eugênio, havia chegado uma mensagem de Dulce e logo após ele ler, Angelique recebeu uma mensagem também, porém esta foi de seu namorado Poncho que assim como Dulce havia acabado de chegar na Universidade.

:- Temos que ir. – o casal falou ao mesmo tempo, causando surpresa com a sintonia. Eles se encararam.

:- Poncho chegou. – ela disse.

:- Isso Dulce também, estão nos esperando na biblioteca, ficamos aqui e perdemos a noção do tempo. – Eugênio disse se sentindo incomodado por se lembrar que o namorado dela que por sinal era seu amigo, estava esperando por ela.

Felipe professor dos dois os apresentou, não só eles como Dulce e Alfonso, o professor que poderia ter sido o cupido entre os quatro como no caso de Angelique e Poncho era agora o pior professor deles.

Hoje eles tinham uma apresentação justamente para Felipe, mais que nunca eles tinham que ensaiar tudo teria que sair perfeito. Por isso eles teriam o final da tarde pare se preparar e desempenhar o melhor na apresentação, era mais que a nota era questão de cair na aprovação do professor.

Quando ontem combinaram de se encontrar Eugênio soube por uma conversa entre Dulce e Angelique que a morena chegaria mais cedo, ele organizou o seu dia saiu mais cedo do estágio para chegar no mesmo horário que ela. Em nenhum momento se sentiu culpado por manipular esse encontro dos dois, ele se sentia culpado por está atraído por ela.

Depois do encontro com ele e o término do trabalho escrito que seria entregue a noite, eles foram para a lanchonete para comer algo e passar o tempo, a conversar seguia descontraída eles agiam diferente quando estavam sozinhos, ou sem a companhia de Poncho ou Dulce.

Angelique sempre se sentiu a vontade perto dele, mas ao imaginar o que tinha pela frente logo mais a noite, sentiu o corpo todo tremer apesar da sua segurança sobre o assunto que seria abordado. Ela precisava terrivelmente se sentir melhor e mais tranquila.

Veio a ideia.

Eles já fizeram isso antes, não com um propósito como esse, mas numa festa que foram juntos Rodrigo tinha oferecido e eles experimentaram. Precisavam dessa sensação de tranquilidade novamente. No ponto oficial onde se encontrava drogas na universidade estava vazio, o movimento maior era a noite, quem estava ali por casualidade era justamente o irmão de Poncho. Gonzalo.

:- Eu vou apresentar para vocês uma novidade. Vai ser como uma amostra grátis, vocês apenas precisam pagar pela droga que queiram consumir para aliviar no momento da apresentação de vocês, esta em minhas mãos o futuro, - ele tirou do bolso um comprimido e abriu a mão mostrando para o casal que estava de saída. – leveza é o mais novo lançamento, não é uma droga como as outras ela serve como disfarce. Qualquer droga que vocês usem, leveza vai ampliar os efeitos internamente e esconder os efeitos físicos. Tecnicamente é como se vocês estivessem limpos.

Angelique encarou o olhar verde de Eugênio, como se perguntasse um para o outro se valia à pena, era tentador. Mas, um só usaria novamente se o outro também o fizesse. Após uma afirmação de cabeça entre eles, aceitaram a proposta de Gonzalo.

As drogas foram escolhidas, leveza também, eles consumiram compartilhando as sensações juntos. A primeira vez. Dessa vez, não puderam desfrutar melhor do efeito afinal tinham que encontrar com os outros.

Logo depois de se acertar com Gonzalo, o casal saiu em momentos diferentes para encontrar com os amigos.

Gonzalo estava preste a sair da sala quando encontrou ela encostada na porta, barrando a saída dele. Mais que ela queria? Foi o que ele se perguntou.

:- Gonzalo você ainda continua vindo aqui. – Ela disse o encarando.

:- É o que você está vendo. – Ele abriu os braços mostrando que estava ali presente. – O que você quer Laura?

:- O que eu quero? – ela riu nervosamente. – Minha vida de volta! Vocês estão me censurando no negócio, eu preciso sobreviver, eu preciso das drogas! Têm agiotas me cobrando.

Gonzalo viu o quanto ela estava alterada, não estava no seu melhor, era falta do consumo da droga estava afetando ela.

:- Se você está assim é por sua conta, não tomou o cuidado necessário agora estão em cima de você. Se for descoberta, será sozinha Laura. – ele se referiu quando quase flagraram ela vendendo drogas para um universitário dentro da Universidade. Fora da zona de conforto deles.

Que era aquela sala onde os dois estavam agora, uma sala antiga feita para a outra estrutura do prédio, era uma sala que estava abandonada a anos pelos dirigentes da Universidade, era próxima ao estacionamento lugar onde as câmeras não estão ligadas especialmente esse lado que então não havia nenhuma segurança, Laura quem descobriu essa sala. Rodrigo e Gonzalo viram ali uma perfeita fonte de oportunidades para investir, conseguiram arrumar tudo para que ali fosse o maior ponto de drogas sendo vendidas e consumidas naquela Universidade.

:- Se me pegarem pegam vocês também! – ela ameaçou começando a andar torta até onde ele estava e apontou um dedo na cara de Gonzalo. – Você sabe quantos segredinhos eu guardo, se me pegarem tenha certeza que eu vou abrir minha boca se eu cair levo vocês comigo.

Gonzalo ferveu por dentro tamanha a raiva que ele ficou ao ver ela o ameaçando, ele tirou o dedo trêmulo dela de seu rosto e o entortou fazendo uma careta de dor nela. Logo em seguida pegou em seu braço com muita força ao ponto de ficar uma marca vermelha na pele da mulher.

:- Eu acabo com você antes! – ele falou baixo com raiva olhando nos olhos dela. – Eu esmago você como um inseto, Laura, melhor ficar longe de tudo isso e melhor ficar com a boca bem fechada.

Dito isso empurrou a mulher e se encaminhou para a saída da sala. Laura estava decidida, sabia que a corda sempre arrebentava para o lado mais fraco, nesse caso ela, porém se isso acontecesse ela contaria tudo o que sabia, não tinha nada a perder. Tinham tirado tudo de precioso dela. Agora era uma pobre mulher que não consegue sustentar o próprio vício.

Gonzalo era outro decidido ele caminhava para fora da Universidade, pelo caminho onde as câmeras não filmavam. Tinha que sair dali antes que Poncho por casualidade o visse e também por que cometeria alguma bobagem com Laura. Ele sabia que ela guardava muitos segredos comprometedores, mas ela também sabia o que ele costumava fazer com os inimigos dele.

Se ela abrisse a boca, ele a mataria.

‘●’

Dulce

As portas do elevador se abriram e eu me senti nervosa, era arriscado. Eu me sentia pior do que quando encarnei pela primeira vez Clotilde. Por segurança eu olhei bem para o quarto antes de entrar, talvez alguém estivesse ali.

Como previa estava tudo vazio, toda a cobertura, claro que eu tomei cuidado para está aqui justamente quando o quarto estivesse desocupado.

Eu não tinha muito tempo e não poderia ser flagrada, por mais que eu tivesse bem disfarçada era melhor não arriscar ainda mais com eles que me conhecem. Puxei o carrinho com lençóis sujos e empurrei para dentro do quarto. Com precaução olhei para os pontos estratégicos do quarto conhecia ali tão bem, nada, nem um sinal de câmeras como eu suspeitava. Parece que Poncho não estava se precavendo, qual seria o método para a segurança dele? Mais por que isso me importava?

De qualquer maneira isso era um ponto positivo para o que eu vim fazer aqui, me pouparia o trabalho de ter que desinstalar as câmeras.

Eu tinha uma missão pela frente, tinha que rever as câmeras do hotel, Poncho algum tempo atrás adotou um sistema onde ele tinha acesso a todas as câmeras de segurança do hotel, ele conseguia ver ao vivo tudo o que as câmeras do hotel filmavam num sistema de cópia, ele não me explicou direito e pelo o que eu via nem ele monitorava muito. O fato era que eu daria sentido a todo esse recurso, precisava rever as imagens para saber quem era aquele caçador.

Poderia me infiltrar na própria sala de segurança do hotel, mas estava com uma suspeita muito forte de que algum funcionário do hotel esteja ajudando caçador e se fosse diretamente da sala de segurança seria como cair diretamente numa armadilha, ele só poderia ter acesso ao hotel. Isso explicava os bilhetes serem entregues de diversas maneiras.

Olhei a hora no meu relógio e decidi começar com tudo de uma vez por todas, fui até o notebook de Poncho o liguei, peguei o meu óculos para visualizar melhor, me deparei com uma tela de segurança eu precisava digitar a senha para continuar. Mais essa agora, parei para me concentrar não me lembrava da senha dele por que ele nunca me contou.

Tentei algumas palavras. Números possíveis.

Suspirei pensando, não era possível ser alguma data a não ser que seja cortada por que eram cinco caracteres. Comecei a eliminar nomes significativos, como Enzo a quem ele pensava ser seu filho ou Angelique, um pequeno demais outro grande demais. Me surgiu uma possibilidade fui até o teclado e digitei desejando está errada.

Maite.

Fechei os olhos para não ver o que aconteceria a seguir até escutar o alerta abri os olhos para ver.

Acesso negado.

Ufa! Ao menos isso ele não fez, colocar o nome dela como senha do seu próprio notebook era íntimo demais. Nem que eles fossem tão próximos assim. Próximos. Será que... Seria possível? Digitei.

Dulce.

E mais uma vez vi o acesso ser negado.

Não sei se fiquei mais irritada por não consegui descobrir essa senha ou por eu não ser justamente a senha, neguei com a cabeça eu estava desperdiçando tempo, não poderia ser palavras tinha que ser números. Entretanto havia diversas possibilidades. Tinha que ser algo obvio, algo que ele se lembrasse, que fosse marcante na sua vida. Pensei em vários números que pudesse se encaixar, mas estranhamente apenas a palavra vingança me vinha à cabeça.

Só poderia ser algo relacionado a ela. Tinha que ser isso, então eu tentei mais uma vez.

23409.

Digitei e esperei para ver o que aconteceria, eu estava no caminho certo tinha certeza disso. Por outro lado, o note dele me mostrou que estava errada ao ver que mais uma vez o acesso foi negado, eu tinha a sorte desse note não bloquear como era o sistema do meu. Quais números seria a senha de Alfonso que fosse relacionado à nossa vingança? Neguei novamente com minha cabeça como se minhas ideias estivessem embaralhadas, não poderia ser presunçosa novamente ainda assim tinha uma chance de ser provável. Então digitei.

25304.

E me surpreendi quando o notebook abriu o seu desktop, o que aquilo significava? Talvez fosse uma senha totalmente discreta afinal, apenas eu e ele compartilhávamos aquele peso conosco, aqueles números se tornaram tatuagem em nossa vida. 23409 se tornou o nome de Alfonso na prisão, era o seu número de presidiário e o meu que era a senha dele, 25304. Por que Poncho tinha o meu número como sua senha?

Deixei de pensar nisso quando vi à hora eu tinha ficado muito tempo apenas para abrir o note, fui direto ao programa e nos arquivos para achar algo de suspeito.

Eu perdi a noção do tempo que eu fiquei ali vendo as imagens, encontrei as imagens do dia em que quase encurralei o caçador, estava suspeitando que Rodrigo tinha algo que ver com tudo isso, mas nas imagens mostra que ele chegou um dia antes de tudo estava hospedado quando esse cara misterioso surgiu, eles uma vez se encontraram no corredor. Foi a imagem mais suspeita que eu encontrei, impressionante que o homem afinal tinha características fortes masculinas.

Alto ombro e costas largas a mão era grande usava aliança, ele entrou no hotel pouco antes de ir para o restaurante onde eu estava, em nenhuma das câmeras filmou o seu rosto era como se ele soubesse os pontos que elas filmavam ou não, quando ele entrou e foi para o restaurante no mesmo corredor principal de acesso do hotel, Rodrigo passou por ele. Estranho que eles sequer se olharam era como se não conhecessem. Mas, eu sabia que isso poderia ser nada.

Peguei um hd externo e passei todas imagens que eu precisava rever com calma, antes que Poncho voltasse para o seu quarto. Assim que eu notei que só ali eu passei mais de três horas, decidi que era o momento de parar, desliguei o notebook. E fui até a cama de Poncho para trocar realmente tudo cumprindo a “função” do meu disfarce assim que eu estava terminando tudo escutei o barulho do elevador e o ruído de conversas.

:- Você tem que ter paciência Poncho, não da para prender um traficante de um dia para a noite, claro que ele fugiria. – Escutei a voz de Maite se sobressair.

:- Mas, tudo estava armado Dalton fez questão de ir... – A voz irritada de Poncho parou e assim como eu estava paralisada, meu coração disparou sem que eu pudesse controlar.

:- O que foi? – Ela perguntou.

:- Tem alguém aqui. – ele disse e eu escutei os passos deles pelo quarto entrando definitivamente nele.

Eu não tive muito tempo para pensar apenas respirei fundo e me virei para onde os dois estavam, usando uma segurança que eu não possuía e tinha que encontrar por que naquele momento eu precisava.

:- Desculpe senhor, eu estou apenas trocando os lençóis pensei que não havia problema em fazer isso mesmo sem ter ninguém aqui. Tem hospede que acha melhor não ter nossa presença.

Eu forcei minha voz para disfarçá-la o máximo possível, ambos conheciam minha voz qualquer descuido meu tudo terminaria ali. Claro que não entraria na cobertura de Poncho de cara limpa, eu suspeitava de fraude entre os seguranças do hotel, eu sai do hotel no começo da tarde fui até um restaurante qualquer e depois de almoçar, me troquei no banheiro coloquei o meu disfarce, uma peruca loira natural, uma máscara para mudar minhas características, lentes de contato, estava sem salto e também usei uma barriga falsa para dar a impressão de gordura.

Na minha frente os dois me olhavam desconfiados, na verdade eu encarava mais a Poncho eu precisava da aprovação dele, de ninguém mais.

:- Me desculpe a senhora, eu não quis ser grosseiro apenas estranhei alguém está aqui. Pode continuar o seu trabalho. – Ele se desculpou e eu consegui respirar melhor, ele não notou nada, não sei se isso era bom ou ruim. Se eu consegui me infiltrar no seu quarto, outra pessoa também o poderia fazer.

Em contrapartida Maite estava me analisando eu sabia pelo olhar dela sobre mim. Ela fazia isso com todos, com ela eu fiquei um pouco mais apreensiva porque além de mulher ela era extremamente detalhista e tinha um olho clínico para essas coisas, enganá-la seria mais difícil que Poncho. Mas, ela deixou de me olhar e não disse mais nada conclui que eles não falariam mais por que eu estava presente. Só que eu estava enganada.

:- Dalton não conseguiu nada por que deveríamos ter agido antes. – ela voltou a falar e eu voltei a fazer o que estava fazendo.

:- Eu também concordo, mas as coisas não dependiam apenas de mim. Você sabe disso, mas ele é policial tudo tem que acontecer do seu jeito.

Eu terminei o que tinha que fazer e meio contra a vontade eu comecei a empurrar o carrinho para a saída e em direção do elevador, eu queria escutar mais daquela conversa quem era o traficante que eles estavam falando? Por que ele fugiu de Dalton?

Tentei uma última alternativa, eu abri o elevador e o deixei em espera quem estava ali não conseguia ver alguém do quarto e vice e versa, e esperei um tempo quem sabe eles não soltavam algo a mais que fosse importante.

:- Eu sei agora mais uma vez o seu irmão é um dos traficantes mais procurados do país. – escutei a voz de Maite, minha vontade era de voltar e ficar próximo a entrada do quarto para vigiá-los, porém isso era arriscado demais. – De novo Poncho? Já vai ligar esse notebook para vigiá-la?

Eu dei um sobressalto, por que só poderia ser eu de quem eles falavam aquele era um sinal de que eu deveria sair dali. Foi o que eu fiz. Não me importei que eles escutassem que só agora eu estava saindo, se fosse para me descobrir eles tinham feito antes, quer dizer, não garanto nada com Maite. Era perigosa e eu estava aprendendo a identificá-la.

De qualquer modo tinha feito um bom trabalho, além de não ter sido reconhecida descobri que Gonzalo, irmão de Poncho é um traficante de drogas procurado pela polícia. Eu tinha em minhas mãos um hd com preciosas imagens com pistas fortes do caçador.

Engraçado era saber que supostamente Poncho estava me vigiando, sendo assim eu daria algo para ele ver, pensei me lembrando da senha dele do notebook.

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