Víctimas Del Pecado escrita por Miss Addams


Capítulo 25
Poncho - 14




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Poncho

:- Depois nos falamos. – eu finalizei a ligação massageando minha testa, sentindo uma provável dor de cabeça se aproximando.

Eu precisava pensar, eu precisava pensar, repeti isso mentalmente. E aproveitei que estava ali fora e tirei um maço de cigarro, decidido a fumar quantos cigarros fossem necessários para eu consegui tomar alguma decisão e nenhuma atitude imprudente. Poderia fumar lá dentro, mas eu não conseguiria pensar com tantas pessoas lá. Ainda mais com os gritos de dor que às vezes surgia.

Era uma informação importante, porém que estava ligada diretamente a mim. Não teria que envolver Dulce ou Maite na história, eu resolveria aquilo. Somente eu.

Decidi da maneira mais racional possível, por mais que meus interesses também fossem sentimentais, mas de alguma maneira Maite estava certa que precisava deixar o meu lado emocional de lado, nesse caso ele só atrapalharia. E também tenho que provar que eu posso ter o controle de tudo, será como um teste.

Conclui guardando aquela informação dentro da minha cabeça, enquanto soltei um trago do meu cigarro.

:- Hei, Bonitão. – Voz de Maite surgiu atrás de mim. – Desculpe interromper seu momento solitário de diversão, mas já esta na hora de parar.

Eu me voltei a ela deixando o cigarro cair para depois apaga-lo com o pé, ela tinha razão. Mais uma vez. Entrei com ela naquela mansão, como muitos fatos do nosso cotidiano poderiam ser irônicos, não é verdade? Por exemplo, entramos os sequestradores de Nicole. Eles vivem numa mansão na classe média da cidade. Quando achamos a localização dos caras maus, montei um esquema junto com Maite para não só captura-los e sim nos vingarmos. Eu e principalmente Dulce.

Maite e eu chegamos novamente no porão da mansão, era onde haviam as provas contra os falsos policiais, parecia que não só seqüestravam crianças, como também eram assaltantes e revendiam drogas, um prato cheio para a verdadeira policia. Eu diria. Julgando que puxando a ficha de cada um deles, eram procurados por vários delitos.

Mas, claro que antes de chamar dessa vez os verdadeiros policiais, resolvemos fazer uma festinha e render os sequestradores e torturar um por um, na busca de respostas. Com certeza não vou esquecer por um bom tempo ao ver Jorge se torturado na minha mão, foi literalmente um prazer.

Agora a cena que eu e Maite presenciávamos era a de Dulce torturando Jorge, ele já estava ensanguentado, havia levados choques e permanecia levando por que Dulce não se contentava queria que ele sofresse mais e mais. Só que eu tinha que por um ponto final nisso.

:- A adrenalina dela está muito alta, Dulce não esta acostumada a isso, Poncho. – Maite falou baixo, relacionando a tortura que ela estava fazendo aos sequestradores. – Fora que temos pouco tempo e eles não falaram nada, preferem morrer. Se for assim, que assim seja. – ela deu os ombros, provavelmente querendo descobrir por si mesma o enigma do caçador.

:- Ela não sabe o que pode acontecer a ela, você está certa, não está acostumada. Não tem a mesma prática que você ou eu. – comentei com ela. – Fora que a policia pode chegar a qualquer momento, temos que sair e ainda eliminar as pistas de que estivemos aqui.

Ela concordou com um sinal de cabeça.

:- Chame Dulce vou arrumar nossos carros. – Maite com um aceno de cabeça chamou os nossos homens que estavam ali em baixo, todos eles de tocas, por um momento lembrei quando às vezes Maite e eu nos juntamos e dos apelidos que tínhamos em nosso mercado. La logia.

:- Dulce?

Ela pareceu ignorar o meu chamado e deu um soco na boca do estômago de Jorge, ela continuava dar exclusividade a ele.

:- Dulce temos que ir embora agora. – com um tom mais sério eu falei com ela.

:- Vão fugir na nossa festinha? – Jorge perguntou rindo com a boca cheia de sangue. – São uns fracos mesmo, quem está chegando aí?

:- Cala a sua boca. – Dulce falou com ele lhe dando um chute entre as pernas, o fazendo ficar vermelho.

Caminhei até onde eles estavam, alguns sequestradores estavam desmaiados outros estavam apenas calados, todos estavam amarrados em cadeiras durante a tortura tudo o que conseguimos descobrir era que eles são amadores, fazem qualquer tipo de trabalho desde que paguem bem, caçador apenas os contratou. Não olhei para o verme que era Jorge e peguei forte no braço de Dulce para que entendesse.

:- Já chega vamos agora. – Ela me olhou e quase não reconheci Dulce. Se soltou do meu aperto e se abaixou ficando na altura da orelha de Jorge.

:- Você não sabe a vontade que tenho de tirar sua vida agora. – disse bem calma contrastando com a mulher que há pouco tempo o torturava e agredia violentamente. – Mas, andei pensando bem, isso seria um presente para você na sua miserável vida. Sua mulher e filhos te rejeitam, fogem como o diabo da cruz, acredito que até desejar a morte você já o deve ter feito.

Dulce falava impiedosa esse tipo de tortura ela não tinha feito ainda com Jorge, soubemos investigar a vida de cada um dos assaltantes para encontrar alguma pista de como encontra-los e eu vi de perto o efeito das palavras de Dulce. Jorge não se sentiu tão ferido quanto agora.

:- Então decidi fazer melhor. Vou deixar você aqui até que a polícia verdadeira chegue, sabe não gosto de policiais, mas agora eles vão servi para algo útil. E sabe onde você vai ficar? Na mesma prisão onde ficou Poncho. – ela apontou para mim. – Está tudo articulado, você vai ter uma boa vida lá. – Dulce sorriu para ele que a olhou tenso, sabendo que seria justamente o contrário. – Aproveite sua nova vida, Jorge.

Finalmente vi que ela viria comigo, estávamos caminhando para a saída do porão, mas na porta ela parou e virou novamente para os homens amarrados e calados.

:- Quase me esqueci, antes dos policiais chegarem, vocês têm uma visitinha de seus velhos amigos. Espero que o recado de não voltar a se meter com minha família, esteja bem claro, se não o tiver, acho que a prisão vai servir para ficar fixo na mente de cada um. – ela sorriu para depois acenar, mesmo que eles não olhassem estavam escutando. – Tchau, rapazes.

Quando saímos eu estava tentando reconhecer essa Dulce María, logo entramos no carro onde Maite e os outros homens nos esperavam, olhei para o muro que cercava a mansão verificando se as câmeras estavam ligadas, Maite tinha razão elas estavam desligadas desde ontem.

:- Vamos de uma vez, pegaremos à estrada que eles usam para sair daqui. – Brad, um dos homens que trabalha para Maite, sugeriu.

Seguimos uma estrada que ficava atrás da mansão era deserto, mesmo estando num bairro de classe média, não havia casas próximas. Eles deviam usar essa estrada para não chamar a atenção dos moradores e também de policiais.

:- Parece que o único contato que eles tiveram com o caçador, foi por telefone. – Não serviram para nada. – Maite comentou e já estávamos parados no trânsito da cidade.

:- Tenho que falar com Dalton urgente. – dessa vez eu falei. – Tenho que saber a que pé anda a investigação, caçador deve ter algum contato na polícia para está tão irritado e agir dessa forma.

:- Não interessa como ele está ou deixa de agir, eu só quero colocar minhas mãos nele. – era a primeira vez que Dulce falava desde que entrou no carro, quando já estávamos perto do nosso hotel.

:- Dulce você tem que se controlar suas emoções. – Maite olhou para ela que estava ao seu lado no banco da frente, mas Dulce só olhava o que estava fora do carro, encostada na janela. – Você quase matou hoje Jorge e assim não conseguiu nenhuma informação.

:- Ele precisava de uma lição.

:- Mas, não valia a pena era uma peça insignificante nessa estória toda.

:- Foi pouco o que eu fiz, ele merecia morrer, a forma como ele arrancou e ameaçou Nicole. Merecia a punição além do mais eu gostei de vê-lo sofrer.

Maite não disse mais nada olhei para o retrovisor e encontrei o olhar da motorista, sabia que ela não aprovava essa atitude de Dulce, ela estava envolvida demais e isso uma hora ou outra daria errado. Só que ela também entendia a adrenalina era alta e muito difícil de ser controlada e ainda assim Jorge e cada um dos sequestradores mereciam cada tortura, servia para caçador saber que não estávamos acuados. Se ele responderia com violência, nós também.

O silêncio voltou a dominar o carro cada um com seus pensamentos, eu senti o meu celular vibrar e logo vi a mensagem, eu teria que encontrar tempo para encontrá-lo.

Precisamos nos ver.

‘– ● –’

Era estranho chegar em casa e não ser recebido pelas gargalhadas de Enzo ou pela bagunça dele pela casa, mesmo brigando ele estava acostumado e agora sentia falta. Estranhou não ver os papeis de trabalho de Angelique pela sala, na sua mania de trabalhar ao mesmo tempo que olhava o filho.

Por vezes até brincava com ele.

Eugênio sabia que independente de tudo o que havia acontecido as lembranças ainda estavam nítidas em cada canto daquela casa, mesmo que ele ainda se sentisse mal com remorso por sua culpa. Era um sacrilégio ver a ex-noiva na universidade e não poder tocá-la ou ficar junto a ela. Pelo menos podia olhá-la de longe como várias vezes fazia.

Suspirou por ter chegado tão tarde em casa, sua empregada já deveria ter ido dormir, sentiu falta de uma companhia, se lembrou que a mãe ainda estava viajando de férias, talvez agora fosse a hora de tentar esquecer sua tristeza e solidão. Decidiu voltar a trabalhar, isso mesmo, tinha que resolver os problemas da universidade.

Desatou o nó na gravata e antes de subir para o quarto encontrou toda a correspondência, deveria ser mais contas e cartas de cobrança, veria isso depois. Chegou em seu quarto e jogou tudo em sua cama, começou a tirar a roupa para tomar um banho pensando em tirar o estresse do dia e o peso do seu coração.

Já aproveitando os efeitos ao menos físicos do seu corpo e deitou na sua cama, olhando para cima, aquele quarto tinha tantas lembranças. Precisava de uma vez por todas se distrair, antes de começar a trabalhar foi olhar as suas contas de uma vez por todas.

Como já suspeitava, contas e mais contas, dele e da universidade. Entre o os papéis estava um envelope mais pesado tinha um dvd dentro, Eugênio estranhou estava endereçado a ele, mas ainda era anônimo. Quem mandaria um dvd suspeito para ele?

Pensou em Dulce e Poncho e sentiu receio em colocar o dvd, mas precisava sanar sua curiosidade.

Meu caro ex amigo, depois desse tempo todo eu decidi brindar os velhos tempos sabe, é bom relembrar o passado, você também deve saber como é isso, relembrando o passado com Dulce. Com o passar dos anos, Angelique mudou para melhor não é verdade? Eu pensei em retribuir a traição de vocês anos depois, tardo mais não falho. ~ ele sorriu olhando diretamente para a câmera que o gravava~ Desfrute dessa vingança tanto quanto eu, Eugênio.

Terminou o vídeo mostrando dedo do meio para a tela, para quem assistia e nesse caso especialmente Eugênio, a filmagem tinha aparentemente terminado e Eugênio ficou sem entender absolutamente nada. Alfonso estava louco?

Só que as imagens começaram e Eugênio pareceu ficar imobilizado a medida que as imagens surgiam, não conseguia acreditar no que seus olhos viam. Era Poncho e Angelique juntos e pior transando. Mesmo quando a imagem já tinha acabado realmente Eugênio não se mexia, cada som que ele escutou e imagem feriu o homem loiro profundamente, se Angelique se sentiu assim quando recebeu imagens dele com Dulce, ele sabia como ela se sentia. Entretanto ainda assim ela era culpada, ela estava no mesmo nível que ele, ela tinha errado como ele.

Não queria mais algumas lágrimas quentes de raiva escorregaram por seu rosto, tirou o dvd e destruiu aquele cd. Sentia nojo raiva e agora estava decidido a se vingar.

Antes não queria ter mais seus encontros com Dulce, mas agora o seu querer era outro, continuaria com Dulce somente para ferir Alfonso. Se eles estavam juntos Alfonso sentiria o que ele estava se sentindo naquele momento, prometeu a si mesmo.

‘●’


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